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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.4 ANÁLISE INDICADORES DA RENTABILIDADE

A rentabilidade tem como objetivo revelar os percentuais de remuneração dos investidores utilizando várias bases no processo de mensuração, dentre os principais indicadores são elencados nesse estudo, o retorno sobre o capital social, os ativos e do patrimônio líquido da empresa. O esperado é o crescimento anual desses indicadores, de maneira a melhorar o retorno dos investimentos considerando os resultados apresentados (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015).

Dentre os indicadores de rentabilidade, estão a Rentabilidade do Capital Social, a Rentabilidade do Patrimônio Líquido e a Rentabilidade do Ativo Total, considerando as empresas analisadas neste estudo. A Rentabilidade do Capital Social estabelece a proporção de lucro líquido do exercício com o capital social realizado da empresa, objetivando a identificação em quanto a empresa está remunerando o capital investido pelos seus sócios.

A média da Taxa de Rentabilidade do Capital Social do Nível 1 da GC, demonstrou em 2017 uma taxa de 22,71%, obtendo decréscimo nos seguintes anos para 19,63% em 2018 e 17,29% em 2019. A mediana apresentou uma taxa de 23,06% em 2017, 22,31% em 2018 e 24,29% em 2019. O desvio padrão demonstrou uma pequena variância entre os indicadores no período analisado, sendo em 2017 uma taxa de 18,63%, em 2018 diminuiu para 9,07% e em 2019 aumentou para 13,76%.

A melhor remuneração ocorreu no ano de 2017 com 56,79% no Banco Bradespar S.A., já no ano de 2018 ocorreu uma diminuição nesta taxa para 29,04% e como fator negativo para este banco, destaca-se que não houve rentabilidade no ano de 2019, devido a instituição apresentar prejuízos no ano, dessa maneira demonstrando uma taxa negativa de -9,83%, sendo também o único banco que demonstrou retorno negativo, enquanto que o Banco BMG S.A, exibiu os menores resultados, porém crescentes no período, em 2017 de 0,49%, em 2018 de 8,65% e em 2019 de 10,42%.

Tabela 4: Coeficiente de Rentabilidade COEFICIENTES DE RENTABILIDADE CRCS CRPL CRAT BANCOS 2017 2018 2019 2017 2018 2019 2017 2018 2019 NÍVEL 1 Banco BMG S.A 0,49% 8,65% 10,42% 0,44% 8,38% 9,58% 0,07% 1,27% 1,99%

Banco Bradesco S.A 29,30% 24,96% 28,19% 14,71% 13,43% 15,62% 1,41% 1,28% 1,54%

Banco Estado do Rio Grande do Sul S.A 23,06% 20,67% 24,42% 14,89% 12,33% 16,27% 1,47% 1,16% 1,54%

Banco Pan S.A 3,18% 5,43% 14,89% 2,95% 4,67% 12,01% 0,42% 0,72% 1,87%

Banco Bradespar S.A 56,79% 29,04% -9,83% 26,44% 11,95% -4,22% 20,56% 11,19% -3,99%

Banco Itaú Unibanco Holding S.A 23,91% 26,39% 28,63% 16,09% 17,04% 18,61% 1,62% 1,65% 1,70%

Banco Itausa S.A 22,25% 22,31% 24,29% 15,05% 16,72% 18,11% 12,86% 14,71% 15,66%

Média 22,71% 19,63% 17,29% 12,94% 12,08% 12,28% 5,49% 4,57% 2,90%

Mediana 23,06% 22,31% 24,29% 14,89% 12,33% 15,62% 1,47% 1,28% 1,70%

Desvio Padrão 18,63% 9,07% 13,76% 8,75% 4,41% 7,96% 8,00% 5,82% 6,02%

NÍVEL 2

Banco Inter S.A 15,44% 7,98% 3,81% 12,57% 7,14% 3,58% 1,34% 1,20% 0,78%

Banco ABC Brasil S.A 18,66% 16,86% 19,38% 12,76% 11,14% 12,23% 1,57% 1,38% 1,52%

Banco BTG Pactual S.A 31,89% 32,63% 54,43% 12,58% 12,74% 18,47% 2,02% 1,84% 2,44%

Banco Indusval S.A -24,33% -11,91% -1,60% -72,46% -64,77% -3,45% -7,75% -4,14% -0,58%

Banco Pine S.A -20,53% -3,87% -9,62% -23,38% -4,96% -13,12% -2,60% -0,47% -1,16%

Média 4,23% 8,34% 13,28% -11,59% -7,74% 3,54% -1,08% -0,04% 0,60%

Mediana 15,44% 7,98% 3,81% 12,57% 7,14% 3,58% 1,34% 1,20% 0,78%

Desvio Padrão 25,14% 17,48% 25,33% 37,43% 32,63% 12,50% 4,16% 2,45% 1,48%

NOVO MERCADO

Banco Brasil S.A 16,35% 20,09% 25,15% 12,13% 14,43% 17,18% 0,91% 1,08% 1,30%

MERCADO TRADICIONAL

Banco Estado do Espirito Santo BANESTES

S.A 16,49% 15,15% 16,62% 12,06% 10,44% 13,54% 0,73% 0,55% 0,90%

Banco Alfa Investimento S.A 7,61% 7,83% 9,88% 3,49% 3,65% 4,58% 0,39% 0,40% 0,57%

Banco Amazônia S.A 3,97% 6,72% 16,96% 3,42% 5,63% 12,52% 0,38% 0,58% 1,34%

Banco Estado do Sergipe BANESE S.A 36,92% 17,97% 24,03% 23,72% 15,41% 19,27% 1,76% 1,19% 1,51%

Banco Estado do Para S.A 31,19% 37,12% 27,67% 25,27% 25,33% 23,73% 3,73% 4,33% 3,69%

Banco Mercantil de Investimentos S.A -41,68% 5,03% 2,71% -23,03% 3,47% 1,81% -12,53% 2,48% 1,26%

Banco Mercantil do Brasil S.A 15,08% 11,88% 22,94% 9,07% 6,85% 12,15% 0,73% 0,58% 1,08%

Banco Nordeste do Brasil S.A 25,19% 25,91% 45,55% 19,10% 17,49% 32,00% 1,32% 1,26% 2,96%

Banco Santander S.A 10,45% 13,92% 17,19% 10,49% 13,97% 17,11% 1,42% 1,77% 2,18%

Banco Bradesco Leasing S.A 13,63% 5,88% 10,71% 9,32% 4,04% 7,27% 0,45% 0,20% 2,17%

Banco de Brasília S.A 24,20% 36,02% 46,35% 14,87% 20,26% 21,80% 1,54% 2,12% 2,45%

Banco Paraná S.A 26,55% 38,49% 24,40% 12,15% 16,88% 12,27% 3,49% 4,97% 3,07%

Média 14,13% 18,49% 22,08% 9,99% 11,95% 14,84% 0,28% 1,70% 1,93%

Mediana 15,79% 14,53% 20,07% 11,28% 12,21% 13,03% 1,03% 1,22% 1,84%

Desvio Padrão 20,15% 12,71% 13,19% 12,49% 7,33% 8,53% 4,19% 1,56% 0,97%

A Rentabilidade do Patrimônio Líquido evidencia o percentual de lucro líquido auferido em relação ao montante total aplicado pelos acionistas no período, quanto maior a porcentagem positiva, melhor será este indicador.

A média da Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido apresentou uma situação positiva e linear no período em análise, sendo em 2017 de 12,94%, em 2018 de 12,08% e em 2019 de 12,28%. A mediana demonstrou em 2017 uma taxa de 14,89%, em 2018 diminuiu para 12,33% e em 2019 aumentou para 15,62%. Assim, o desvio padrão apresentou uma pequena variância entre os indicadores das empresas, tendo uma taxa de 8,75% no primeiro ano, 4,41% no segundo ano e de 7,96% no último ano analisado.

O Banco Bradespar S.A., ainda apresentou a melhor taxa no ano de 2017 com 26,44%, obtendo ainda um decréscimo no ano seguinte para 11,95% e no último ano obteve uma taxa negativa, ou seja, continuou apresentando prejuízo no ano de 2019 de -4,22%. O segundo banco que exibiu as melhores taxas foi o Banco Itaú Unibanco Holding S.A., se mantendo em situação crescente e linear no período analisado, com 16,09% em 2017, 17,04% em 2018 e 18,61% em 2019. O Banco BMG S.A., demonstrou uma rentabilidade reduzida frente aos resultados, das demais empresas, sendo em 2017 sua menor taxa com 0,44%, em 2018 com 8,38% e em 2019 com 9,58%, obtendo como destaque positivo o aumento das taxas de remuneração no período em estudo.

A Rentabilidade do Ativo Total procura evidenciar em quanto a empresa conseguiu remunerar os seus Ativos, onde quanto for maior a porcentagem deste indicador, melhor. A média da Taxa de Rentabilidade do Ativo, demonstrou no ano de 2017 uma taxa de 5,49%, baixando em 2018 para 4,57% e mais ainda em 2019 para 2,90%. A mediana se manteve estável, apresentando uma taxa de 1,47% em 2017, 1,28% em 2018 e 1,70% em 2019. O desvio padrão apresentou pouca variância no período, sendo em 2017 de 8,00%, em 2018 diminuiu para 5,82% e em 2019 obteve um pequeno aumento para 6,02%.

O Banco Bradespar S.A., novamente apresentou a melhor taxa durante o ano de 2017 de 20,56%, possuindo a melhor rentabilidade do ativo, sendo uma taxa bastante alta de remuneração em relação aos resultados dos demais bancos, já no ano de 2018 ocorreu uma redução e o percentual ficou em 11,19% e no ano de 2019 novamente apresentou um prejuízo, retratando uma taxa negativa de -3,99% não obtendo assim remuneração no período analisado. O Banco Itausa S.A, apresentou

resultados crescentes e estáveis durante os três anos, onde exibiu uma remuneração considerada boa e como fator positivo se manteve em situação crescente durante o período analisado, com 12,86% em 2017, 14,71% em 2018 e 15,66% em 2019.

A média da Taxa de Rentabilidade do Capital Social do Nível 2 da GC, no ano de 2017 demonstrou uma taxa de 4,23%, aumentando nos seguintes anos para 8,34% em 2018 e 13,28% em 2019. A mediana apresentou redução ao longo dos três anos analisados, 15,44% no ano de 2017, baixando para 7,98% no ano de 2018 e em 2019 para 3,81%. Assim, o desvio padrão demonstrou uma variância, no ano de 2017 de 25,14%, diminuindo para 17,48% no ano de 2018 e aumentando novamente a margem para 25,33% no ano de 2019.

O Banco BTG Pactual S.A., revelou as melhores taxas durante os três anos em estudo, em 2017 apresentou 31,89%, em 2018 32,63% e em 2019 um aumento significativo para 54,43%. O Banco Indusval S.A. exibiu resultado negativos em todos os anos analisados, no ano de 2017, 2018 e 2019, -24,33%, -11,91% e -1,60% outro banco que apresentou também resultados negativos no período analisado foi o Banco Pine S.A, exibiu -20,53%, -3,87% e -9,62%, não houve rentabilidade nessas empresas e indicaram prejuízos durante o período.

A média da Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido retratou taxas negativas nos dois primeiros anos devido a dois bancos apresentarem resultados altos e negativos durante o período, sendo -11,59% em 2017, -7,74% em 2018, ficando positivo para 3,54% em 2019. A mediana apresentou grandes oscilações, no ano de 2017 foi de 12,57%, no ano de 2018 baixou para 7,14% e no ano de 2019 mais ainda para 3,58%. O desvio padrão apresentou 37,43% em 2017, 32,63% em 2018 e diminuiu para 12,50% em 2019, apresentando uma variância no último ano.

Seguindo os resultados da rentabilidade do patrimônio líquido, o Banco BTG Pactual S.A, continuou apresentando as melhores taxas do período em relação aos outros bancos, remunerando no ano de 2017 em 12,58%, no ano de 2018 em 12,74% e no ano de 2019 em 18,47% com a melhor remuneração do período estudado. Isto posto, o Banco Indusval S.A., exibiu -72,46%, -64,77% e -3,45% em 2017, 2018 e 2019 respectivamente e o Banco Pine S.A, exibiu -23,38%, -4,96% e -13,12% nos três anos respectivamente, visto que estes bancos ainda continuaram apresentando prejuízo durante o período neste indicador também.

A média da Taxa de Rentabilidade do Ativo Total representou taxas negativas no primeiro e no segundo ano ainda, com -1,08% no primeiro ano, -0,04% no segundo

ano e 0,60% no terceiro ano. A mediana demonstrou 1,34% em 2017, diminuindo nos seguintes anos para 1,20% em 2018 e para 0,78% em 2019. Deste modo, o desvio padrão também apresentou decréscimo no período, sendo de 4,16% no primeiro ano, baixando para 2,45% no segundo ano e para 1,48% em 2019.

Em relação as demais entidades, o Banco BTG Pactual S.A. continuou exibindo as melhores taxas, com 2,02% em 2017, 1,84% em 2018 e 2,44% em 2019. Isto posto, novamente os bancos Indusval S.A. e Pine S.A, apresentaram prejuízo durante os três anos verificados, com -7,75% em 2017, -4,14% em 2018 e -0,58% em 2019 o Banco Indusval S.A. e com -2,60% em 2017, -0,74% em 2018 e -1,16% em 2019 o Banco Pine S.A., visto que estes bancos apresentaram prejuízos nos três indicadores de rentabilidade como também durante o período analisado, não demonstrando rentabilidade ao longo dos anos em relação aos seus ativos totais, sendo que também apresentou situações de prejuízo nos coeficientes de lucratividade, bem como margens altas nos coeficientes de endividamento.

O Banco do Brasil S.A., é o único banco inserido no Nível do Novo Mercado da GC, onde apresentou na Rentabilidade do Capital Social uma taxa de remuneração de 16,35% no ano de 2017, 20,09% no ano de 2018 e 25,15% no ano de 2019, exibindo assim no último ano a sua melhor remuneração e como fator positivo destaca-se o aumento da taxa ao longo do período em análise, o que é bom do ponto de vista do investidor interno e externo da entidade.

O Patrimônio Líquido do Banco do Brasil S.A., foi remunerado no primeiro ano em 12,13%, no segundo ano em 14,43% e no terceiro ano em 17,18%, onde é possível perceber que foi no terceiro ano que houve a sua melhor remuneração de capital próprio. E o Ativo Total apresentou uma remuneração no ano de 2017 de 0,91%, aumentando para 1,08% em 2018 e para 1,30% em 2019, este indicador é considerado que quanto maior o coeficiente ou taxa de remuneração, melhor é o desempenho econômico da entidade.

A média da Taxa de Rentabilidade do Capital Social do segmento Mercado Tradicional demonstrou no ano de 2017 14,13%, no ano de 2018 aumento para 18,49% e no ano de 2019 para 22,08%. A mediana apresentou oscilações durante o período, em 2017 exibiu uma taxa de 15,79%, em 2018 de 14,53% e em 2019 de 20,07%. O desvio padrão foi de 20,15% no ano de 2017, 12,71% no ano de 2018 e 13,19% no ano de 2019, demonstrando variância no período.

No ano de 2017 o Banco do Estado do Sergipe BANESE S.A, apresentou a maior taxa de 36,92%, já no ano de 2018 a maior taxa foi do Banco Paraná S.A., com 38,49% e no ano de 2019 o Banco de Brasília S.A., exibiu a melhor remuneração do período diante dos demais bancos com 46,35%. O único banco que apresentou taxa negativa entre os três anos analisados foi o Banco Mercantil de Investimentos S.A., com -41,68% em 2017, exibindo também as menores taxas do período com 5,03% em 2018 e com 2,71% em 2019, indicando prejuízo no primeiro ano e uma baixa rentabilidade no segundo e no terceiro ano, onde registrou também prejuízo no indicador da margem de lucro, no qual apesar de ter apresentado estas taxas, demonstrou índices altos de liquidez e baixos de endividamento.

A média da Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido retratou 9,99% no ano de 2017, obtendo um acréscimo nos seguintes anos para 11,95% no ano de 2018 e para 14,84% no ano de 2019. A mediana se manteve em uma situação linear, com 11,28% em 2017, 12,21% em 2018 e com 13,03% em 2019. Já o desvio padrão demonstrou variância entre os três anos verificados, com 12,49% em 2017, baixando para 7,33% em 2018 e aumentando um pouco para 8,53% em 2019.

O Banco do Estado do Pará S.A., apresentou os melhores resultados no primeiro e segundo ano, como também se manteve em uma situação de linearidade no período, com 25,27% em 2017, 25,33% em 2018 e com um pequeno decréscimo para 23,73% em 2019. O Banco do Nordeste do Brasil S.A, exibiu em 2017 19,10%, em 2018 17,49% e em 2019 exibiu um acréscimo significativo para 32,00%, sendo a melhor remuneração do período. O Banco Mercantil de Investimentos S.A, ainda apresentou prejuízo no ano de 2017 com -23,03% e no ano de 2019 apresentou a menor taxa dos três anos analisados, com 1,81%.

A média da Taxa de Rentabilidade do Ativo Total evidenciou em 2017 uma taxa de 0,28%, alcançando um acréscimo nos anos seguintes para 1,70% em 2018 e 1,93% em 2019. Da mesma forma, a mediana demonstrou acréscimo ao longo dos anos, com 1,03% em 2017, 1,22% em 2018 e 1,84% em 2019. O desvio padrão evidenciou decréscimo durante os três anos em análise, apresentando 4,19% em 2017, 1,56% em 2018 e 0,97% em 2019.

No ano de 2017 o Banco do Estado do Pará S.A., apresentou a maior taxa com 3,73%, aumentando para 4,33% no ano de 2018 e diminuindo para 3,69% no ano de 2019. O Banco Paraná S.A., também demonstrou resultados altos em relação aos demais bancos, com 3,49% em 2017, 4,97% em 2018 e com 3,07% em 2019, sendo

no ano de 2018 o resultado mais alto de remuneração do período estudado. Isto posto, novamente o Banco Mercantil Investimentos S.A., apresentou taxa negativa no ano de 2017 com -12,53%, isto é, houve prejuízo no ano de 2017, não conseguindo obter rentabilidade neste ano diante dos seus ativos totais.

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