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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.3 ANÁLISE INDICADORES DE LUCRATIVIDADE

O indicador de lucratividade revela o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho desenvolvido, sendo um dos principais indicadores econômicos de uma empresa (ASSAF NETO; LIMA, 2014). Dentro do indicador de lucratividade estão inseridos os seguintes coeficientes: Margem de Lucro Operacional Bruto, a Margem de Lucro Operacional Líquido e a Margem de Lucro Líquido do Exercício.

Para cada resultado da empresa a partir das suas receitas, apresenta-se o que é conhecido como fases do lucro, a Margem de Lucro Operacional Bruto demonstra o coeficiente de Lucro Operacional Bruto com que a empresa opera sobre sua receita operacional líquida. Quanto maior e mais estável for o coeficiente ou taxa, melhor é o desempenho da entidade em relação a si mesma.

Conforme a Tabela 3, a média da Taxa de Margem de Lucro Bruto do Nível 1 da GC apresentou taxas negativas no período, com -12,56% em 2017, -7,12% em 2018 e -7,49% em 2019. A mediana também apresentou pouca oscilação no período, sendo também margens negativas com -37,61% em 2017, -38,70% em 2018 e 43,27% em 2019. O desvio padrão em 2017 apresentou uma taxa de 76,39%, em 2018 um acréscimo para 84,51% e em 2019 para 98,87%.

Tabela 3: Coeficientes de Lucratividade COEFICIENTES DE LUCRATIVIDADE CMLB CMLOL CMLLE BANCOS 2017 2018 2019 2017 2018 2019 2017 2018 2019 NÍVEL 1 Banco BMG S.A -57,63% -40,47% -59,05% -0,62% 12,78% 4,12% 0,47% 7,28% 11,10%

Banco Bradesco S.A -27,91% -33,64% -42,08% 17,23% 17,27% 10,76% 12,57% 14,88% 17,03%

Banco Estado do Rio Grande do Sul S.A -32,59% -36,93% -39,79% 16,64% 16,84% 16,39% 11,76% 10,75% 15,75%

Banco Pan S.A -56,05% -54,37% -53,36% 0,91% 5,98% 7,19% 1,38% 2,98% 7,93%

Banco Bradespar S.A

Banco Itaú Unibanco Holding S.A -42,63% -42,10% -44,47% 16,11% 17,51% 16,18% 12,23% 14,67% 14,41%

Banco Itausa S.A 141,44% 164,78% 193,77% 163,19% 182,68% 214,26% 166,29% 180,65% 211,04%

Média -12,56% -7,12% -7,49% 35,58% 42,18% 44,82% 34,12% 38,53% 46,21%

Mediana -37,61% -38,70% -43,27% 16,38% 17,06% 13,47% 12,00% 12,71% 15,08%

Desvio Padrão 76,39% 84,51% 98,87% 63,04% 68,97% 83,15% 64,99% 69,77% 80,82%

NÍVEL 2

Banco Inter S.A -28,69% -37,97% -49,52% 9,44% 13,86% 8,80% 8,82% 10,53% 9,33%

Banco ABC Brasil S.A -2,06% -21,76% -12,10% 20,98% 13,09% 19,56% 19,82% 17,41% 22,13%

Banco BTG Pactual S.A -24,08% -1,30% 2,56% 19,47% 29,82% 43,29% 26,77% 28,02% 34,71%

Banco Indusval S.A -31,27% 16,69% 7,27% -77,86% -84,76% -41,12% -69,53% -57,25% -16,14%

Banco Pine S.A -43,29% -9,64% -52,32% -37,61% -6,67% -30,89% -23,26% -5,68% -12,94%

Média -25,88% -10,80% -20,82% -13,12% -6,93% -0,07% -7,47% -1,39% 7,42%

Mediana -28,69% -9,64% -12,10% 9,44% 13,09% 8,80% 8,82% 10,53% 9,33%

Desvio Padrão 15,09% 20,65% 28,41% 43,37% 45,39% 35,28% 39,63% 33,54% 21,99%

NOVO MERCADO

Banco Brasil S.A -10,48% -14,70% -18,45% 10,83% 16,98% 9,05% 8,35% 12,55% 15,34%

MERCADO TRADICIONAL

Banco Estado do Espirito Santo BANESTES

S.A -21,03% -28,21% -28,99% 9,75% 10,67% 12,01% 6,31% 7,10% 10,24%

Banco Alfa Investimento S.A -14,18% -5,31% -14,21% 3,87% 8,36% 10,04% 4,30% 5,94% 6,98%

Banco Amazônia S.A -5,52% -7,04% -7,30% 28,08% 21,02% 23,14% 4,54% 8,37% 18,28%

Banco Estado do Sergipe BANESE S.A -33,35% -39,41% -41,19% 22,26% 19,88% 17,09% 12,15% 9,79% 12,26%

Banco Estado do Para S.A -48,23% -44,95% -45,85% 22,54% 30,43% 30,61% 16,56% 19,00% 19,17%

Banco Mercantil de Investimentos S.A -202,52% -28,58% -57,63% -119,18% 50,87% 19,73% -67,75% 28,20% 17,01%

Banco Mercantil do Brasil S.A -52,02% -61,83% -68,47% 5,46% 5,66% 2,92% 2,71% 2,57% 5,07%

Banco Nordeste do Brasil S.A -8,84% -5,35% -1,23% 21,51% 24,79% 44,35% 13,26% 14,43% 31,63%

Banco Santander S.A -28,61% -36,91% -30,27% 20,32% 22,57% 30,58% 12,80% 18,16% 22,83%

Banco Bradesco Leasing S.A 0,08% -3,20% -1,57% 3,16% 4,64% 7,66% 3,26% 4,01% 8,71%

Banco de Brasília S.A -51,14% -54,74% -55,23% 11,02% 18,88% 18,71% 7,05% 10,76% 13,45%

Banco Paraná S.A -23,52% -22,00% -30,04% 27,62% 46,65% 25,82% 19,67% 29,68% 22,17%

Média -40,74% -28,13% -31,83% 4,70% 22,03% 20,22% 2,90% 13,17% 15,65%

Mediana -26,07% -28,40% -30,15% 15,67% 20,45% 19,22% 6,68% 10,27% 15,23%

Desvio Padrão 53,92% 20,17% 22,60% 40,05% 14,83% 11,59% 22,93% 8,97% 7,70%

A melhor Margem de Lucro Bruto ocorreu no Banco Itausa S.A., apresentando acréscimo durante os três anos analisados, sendo em 2017 uma taxa de 141,44%, em 2018 de 164,78% e em 2019 de 193,77%. Diante disso, este banco apresentou o melhor desempenho durante o período, visto que isso acontece geralmente por conta do aumento de suas receitas ou da redução de seus custos. Observando de maneira geral os anos de 2017, 2018 e 2019 o restante dos bancos apresentaram uma margem de lucro bruto negativa, ou seja, as empresas não apresentaram lucro no período, bem como acumularam prejuízos no decorrer dos três anos em estudo.

A Margem de Lucro Operacional Líquido revela a margem de lucro com que a empresa opera depois de absorver os custos e as despesas operacionais (líquidas), evidenciando sua eficiência operacional.

A média da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido apresentou em 2017 uma taxa de 35,58%, em 2018 houve um acréscimo para 42,18% e em 2019 para 44,82%. A mediana em 2017 foi de 16,38%, em 2018 de 17,06% e em 2019 um decréscimo para 13,47%. O desvio padrão retratou uma variância do primeiro ano para os seguintes anos, sendo em 2017 uma taxa de 63,04%, em 2018 um aumento para 68,97% e em 2019 obteve um aumento relevante para 83,15%.

O Banco Itausa S.A., exibiu ótimos resultados em relação a sua margem líquida, apresentando em 2017 uma taxa de 163,19%, em 2018 elevou-se para 182,68% e em 2019 para 214,26%. O Banco BMG S.A., apresentou prejuízo no primeiro período em 2017, sendo uma taxa de -0,62%, no entanto houve uma evolução no ano de 2018 que gerou um aumento significativo nesta taxa para 12,78%. O Banco Pan S.A., durante os três anos demonstrou as menores taxas em relação aos outros bancos, em 2017 apresentou 0,91%, em 2018 um acréscimo para 5,98% e em 2019 passou a ser de 7,19%.

A Margem de Lucro Líquido do Exercício relaciona-se com o valor do lucro líquido final com a Receita Operacional Líquida, que tem por objetivo examinar a parcela de lucro líquido final que ficou para a organização em proporção as suas vendas líquidas no exercício.

A média da Taxa de Lucro Líquido do Exercício foi de 34,12% em 2017, 38,53% em 2018 e 46,21% em 2019. A mediana obteve pouca oscilação, havendo um pequeno acréscimo no último ano, apresentando uma taxa de 12,00% em 2017, 12,71% em 2018 e 15,08% em 2019. Isto posto, o desvio padrão demonstrou em 2017

uma taxa de 64,99%, em 2018 de 69,77% e em 2019 de 80,82% demonstrando também pouca variância durante o período analisado.

O Banco Itausa S.A., novamente exibiu as melhores taxas no período, obtendo acréscimo ao longo dos três anos analisados e demonstrando excelentes resultados em relação a sua lucratividade, apresentando uma taxa no ano de 2017 de 166,29%, no ano de 2018 de 180,65% e no ano de 2019 de 211,04%.

O Banco Pan S.A., apresentou os menores resultados durante os três anos consecutivos em relação aos outros bancos, sendo também valores baixos ao considerado bom para este indicador, retratando em 2017 uma taxa de 1,38%, em 2018 de 2,98% e em 2019 de 7,93%.

A média da Taxa de Margem de Lucro Bruto do Nível 2 da GC apresentou resultados negativos, no ano de 2017 exibiu uma taxa de -25,88%, diminuindo para - 10,80% em 2018 e em 2019 elevou-se para -20,82%. A mediana no ano de 2017 foi de -28,69%, no ano de 2018 obteve um decréscimo para -9,64% e em 2018 um leve aumento para -12,10%. O desvio padrão demonstrou variância nos resultados, obtendo acréscimo ao longo dos anos, sendo em 2017 uma taxa de 15,09%, em 2018 de 20,65% e em 2019 de 28,41%.

O Banco Indusval S.A., foi o único banco que não obteve prejuízo nos dois últimos anos consecutivos, partindo de um prejuízo no ano de 2017 com uma taxa de -31,27%, conseguiu se recuperar nos anos seguintes, obtendo uma taxa de 16,69% em 2018 e 7,27% em 2019. O Banco BTG Pactual S.A., operou com prejuízo nos dois primeiros anos, em 2017 de -24,08%, em 2018 de -1,30% e em 2019 aumentou para 2,56%. No entanto, por mais que estes bancos saíram do prejuízo nos últimos anos, não alcançaram margens muito significativas para obter um ótimo índice de lucratividade.

A média da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido apresentou margens negativas, em 2017 uma taxa de -13,12%, em 2018 de -6,93% e em 2019 de -0,07%, demonstrando uma situação decrescente dos indicadores ao longo dos anos analisados. A mediana em 2017 foi de 9,44%, em 2018 de 13,09% e em 2019 de 8,80%. O desvio padrão apresentou 43,37% em 2017, 45,39% em 2018 e 35,28% em 2019, representando variância durante o período em estudo.

O Banco BTG Pactual S.A., demonstrou em 2017 uma taxa de 19,47%, em 2018 de 29,82% e em 2019 demonstrou a melhor taxa de 43,29%, no qual evidencia a sua eficiência operacional. O Banco Indusval S.A. e o Banco Pine S.A., exibiram

margens negativas durante os três anos em análise, no qual o Banco Indusval S.A, demonstrou taxas mais elevadas, sendo em 2017 de -77,86%, em 2018 de -84,76% e em 2019 de -41,12%, sendo possível perceber a elevação das despesas operacionais, em especial no ano de 2018.

A média da Taxa de Margem de Lucro Líquido do Exercício em 2017 foi de - 7,47%, em 2018 diminuiu para -1,39% e em 2019 aumentou novamente para 7,42% com uma margem positiva. A mediana se manteve em uma situação de linearidade, obtendo uma taxa de 8,82% em 2017, 10,53% em 2018 e 9,33% em 2019. O desvio padrão demonstrando uma certa variância nas taxas, sendo em 2017 de 39,63%, em 2018 diminuiu para 33,54% e em 2019 para 21,99%.

O Banco BTG Pactual S.A., retratou as taxas mais elevadas e crescentes durante o período, em 2017 uma taxa de 26,77%, em 2018 de 28,02% e em 2019 de 34,71%, isto é, gerou uma boa lucratividade, principalmente no ano de 2019 que evidencia uma margem superior as anteriores. O Banco Indusval S.A., e o Banco Pine S.A., novamente exibiram taxas negativas, ou seja, margens com prejuízos, onde o Banco Indusval S.A., retratou as taxas mais altas, em 2017 de -69,53%, em 2018 de -57,25% e em 2019 de -16,14%.

O Banco do Brasil S.A., do Nível Novo Mercado da GC apresentou na Margem de Lucro Bruto uma taxa de -10,48% em 2017, aumentando nos seguintes anos para -14,70% em 2018 e para -18,45% em 2019. Deste modo, percebe-se que este banco não obtém retorno com suas vendas, ou seja, ele opera com prejuízo.

A Margem de Lucro Operacional Líquido em 2017 apresentou uma taxa de 10,83%, em 2018 elevou-se para 16,98% e em 2019 diminuiu para 9,05%. A Margem de Lucro Líquido do Exercício foi de 8,35% em 2017, crescendo nos seguintes anos para 12,55% em 2018 e 15,35% em 2019. A lucratividade deste banco por conta destes resultados, não é alta e estável para que haja um lucro considerado ótimo, no qual este indicador é estimado em relação a quanto maior, melhor no que se trata do desempenho da organização em relação a si própria.

A média da Taxa de Margem de Lucro Operacional Bruto do Mercado Tradicional demonstrou taxas negativas em 2017 de -40,74%, em 2018 de -28,13% e em 2019 de -31,83%. A mediana apresentou pouca oscilação, em 2017 foi de - 26,07%, em 2018 de -28,40% e em 2019 de -30,15%. O desvio padrão apresentou uma variância com decréscimo nos dois últimos anos, sendo em 2017 de 53,92%, uma queda em 2018 para 20,17% e em 2019 para 22,60%.

De forma geral, é possível perceber que apenas o Banco Bradesco Leasing S.A., no ano de 2017 apresentou uma taxa positiva de 0,08%, no entanto é uma taxa muito baixo para este coeficiente, onde o restante dos bancos apresentaram taxas negativas, ou seja, prejuízo no período, O Banco Mercantil Investimentos S.A., em 2017 exibiu a maior taxa de -202,52%, decaindo nos últimos anos para -28,58% e - 57,63%.

A média da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido retratou em 2017 uma taxa de 4,70%, em 2018 elevou-se para 22,03% e em 2019 uma leve diminuição para 20,22%. A mediana foi de 15,67% em 2017, 20,45% em 2018 e 19,22% em 2019. O desvio padrão em 2017 foi de 40,05%, em 2018 obteve um decréscimo para 14,83% e em 2019 para 11,59%.

O Banco Mercantil Investimentos S.A., exibiu um prejuízo no ano de 2017 com uma taxa de -119,18%, porém em 2018 demonstrou a taxa mais alta em relação aos outros bancos de 50,87%, decaindo para 19,73% em 2019. A segunda taxa mais alta foi de 46,65% no ano de 2018 do Banco Paraná S.A., o que demonstra que estes bancos operam com sobra no ano de 2018 após o recebimento de suas vendas e obtém lucratividade no período analisado.

A média da Taxa de Margem de Lucro Líquido do Exercício foi de 2,90% em 2017, com um acréscimo para 13,17% em 2018 e de 15,65% em 2019. A mediana em 2017 revelou uma taxa de 6,68%, em 2018 um acréscimo para 10,27% e em 2019 para 15,23%. O desvio padrão obteve decréscimo ao longo dos anos, demonstrando em 2017 22,93%, em 2018 8,97% e em 2019 7,70%.

O Banco Paraná S.A., se manteve estável nos anos de 2017, 2018 e 2019 com 19,67%, 29,68% e 22,17% respectivamente. O Banco Mercantil Investimentos S.A., no primeiro ano exibiu um prejuízo com uma taxa de -67,75%, em 2018 exibiu uma taxa de 28,20% e em 2019 de 17,01%, sendo no segundo ano sua melhor margem diante da lucratividade. O Banco do Nordeste do Brasil S.A., demonstrou taxas baixas nos dois primeiros anos, de 13,26% e 14,43% respectivamente e em 2019 demonstrou a taxa mais alta de 31,63% diante do restante dos bancos, sendo uma taxa satisfatória, porém com necessidade de melhorar esse desempenho para que não haja desinteresse de seus investidores.

O Banco Mercantil do Brasil S.A., retratou as menores taxas no período, em 2017 de 2,71%, em 2018 de 2,57% e em 2019 de 5,07%. O segundo banco que demonstrou as menores taxas foi o Banco Bradesco Leasing S.A., com 3,26% em

2017, um pequeno aumento para 4,01 em 2018 e 8,71% em 2019. Deste modo, percebe-se que estes bancos exibiram pouco desempenho final e não demonstraram resultados satisfatórios ao considerado bom para este indicador, diante das margens analisadas.

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