4 ESTRUTURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA MODELAGEM
4.3 CONSTRUÇÃO DE RELATÓRIOS PARA OS GESTORES
5.1.4 Análise de recorrência por incubadora
Além das análises geral, por capital e por etapa do ciclo de vida do negócio, também se entendeu necessário realizar o estudo analisando os riscos em potencial por recorrência e por índice médio percentual de impacto nas incubadoras em que as
empresas da pesquisa estão alocadas. Por meio da Tabela 10, pode-se perceber os cinco riscos mais recorrentes da análise por incubadora.
Tabela 10 – Análise de recorrência por incubadora
(continua) Incubadora Código do Risco Número de recorrências Descrição ITEC - UNIFRA
15.1 7 Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
4.1 6 Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
13.2 6 Pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos
7.2 4 Baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional da empresa
9.1 4 Baixa flexibilidade da empresa perante alteração das tendências de mercado
ITSM - UFSM
8.2 6 Inexistência ou estágio inicial de implantação de pro- grama de participação nos resultados
4.1 4 Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
6.2 4 Baixa eficácia das ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento
7.2 4 Baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional da empresa
7.1 3 Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
Raiar - PUCRS
2.1 2 Baixo nível de contribuição do clima organizacional para os resultados da empresa
4.1 2 Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
9.2 2 Baixa flexibilidade da empresa perante alterações de demanda de mercado
13.1 2 Não utilização de ferramentas de gestão e controle de projetos
15.1 2 Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
Pulsar - UFSM
7.1 6 Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
15.1 6 Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
17.1 5 Baixo nível de investimentos da empresa em PD&I 6.1 4 Baixa frequência de utilização de ferramentas de
transferência e acessibilidade de conhecimento 13.2 4 Pouco conhecimento ou conhecimento informal na
Tabela 10 – Análise de recorrência por incubadora (conclusão) Incubadora Código do Risco Número de recorrências Descrição ULBRATECH - ULBRA
7.1 2 Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
8.2 2 Inexistência ou estágio inicial de implantação de pro- grama de participação nos resultados
9.1 2 Baixa flexibilidade da empresa perante alteração das tendências de mercado
10.5 2
Não adequação a sistemas certificação de qualidade ou não utilização de seus critérios como norteadores de gestão
12.3 2 Baixo nível dos resultados gerados pelos investimen- tos feitos nos últimos anos na empresa
ITUNISC - UNISC
8.2 2 Inexistência ou estágio inicial de implantação de pro- grama de participação nos resultados
9.1 2 Baixa flexibilidade da empresa perante alteração das tendências de mercado
13.2 2 Pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos
15.2 2 Baixo nível de interação/cooperação da empresa com universidades
17.1 2 Baixo nível de investimentos da empresa em PD&I
ITEC - UCS
3.2 2 Baixo nível de identificação dos clientes com os pro- dutos e/ou serviços da empresa
4.1 2 Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
6.2 2 Baixa eficácia das ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento
7.1 2 Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
12.2 2 Pouca eficácia no controle dos investimentos feitos pela empresa
Fonte: Autor.
A Figura 26 apresenta graficamente os dados da Tabela 10. Dentro dos qua- dros, são descritos os códigos dos riscos em potencial e seu índice de recorrência. Dessa análise é possível compreender os riscos em potencial mais recorrentes em cada incubadora. Nas incubadoras Raiar, ULBRATECH, ITUNISC e ITEC (UCS), ob- servou-se número de recorrências igual para os cinco riscos identificados em cada uma. Isso deve-se ao fato de que foram entrevistados gestores de duas empresas em cada incubadora. Portanto, a análise delas foi mais aprofundada em relação ao índice médio percentual de impacto.
Figura 26 – Representação gráfica da análise de recorrência por incubadora
Fonte: Autor.
Quanto à incubadora ITEC (UNIFRA), o risco mais recorrente entre as empre- sas entrevistadas foi o 15.1, relacionado ao baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo, seguidos pelos riscos 4.1 e 13.2, corresponden- tes, respectivamente, à baixa frequência na realização de pesquisas de satisfação com os clientes e ao pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos.
Em relação à incubadora ITSM, percebeu-se como risco mais recorrente o 8.2, relacionado à inexistência ou estágio inicial de implantação de programa de participa- ção nos resultados. Por fim, a incubadora Pulsar apresentou maior recorrência nos riscos 7.1 e 15.1, relacionados ao alto nível de rotatividade dos colaboradores das empresas e ao baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo, respectivamente.
Quanto ao impacto médio de cada um dos riscos em cada incubadora de em- presas, os resultados assemelharam-se em partes à situação anterior. Através da Ta- bela 11, pode-se perceber os cinco riscos de maior índice percentual médio de im- pacto por incubadora.
Tabela 11 – Análise de índice percentual médio de impacto por incubadora (continua) Incubadora Código do Risco Número de recorrências Descrição ITEC - UNIFRA
15.1 75,09% Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
4.1 73,54% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
6.1 72,22% Baixa frequência de utilização de ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento 16.1 66,44% Baixo nível de investimento da empresa em novos
mercados
7.2 64,58% Baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional da empresa
ITSM - UFSM
17.2 76,08% Baixo percentual de funcionários da empresa atuando na área de PD&I
7.2 69,38% Baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional da empresa
4.1 68,10% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
6.1 68,06% Baixa frequência de utilização de ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento 6.2 66,67% Baixa eficácia das ferramentas de transferência e
acessibilidade de conhecimento
Raiar - PUCRS
15.1 83,75% Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
9.2 68,75% Baixa flexibilidade da empresa perante alterações de demanda de mercado
6.1 68,06% Baixa frequência de utilização de ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento 4.1 67,87% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis-
fação com os clientes
7.1 66,67% Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
Pulsar - UFSM
18.1 76,67% Baixo nível de sucesso dos produtos/serviços lança- dos pela empresa
15.1 67,59% Baixo nível de interação/cooperação da empresa com programas do governo
11.2 67,41% Baixo nível de vantagem competitiva da marca da em- presa frente aos concorrentes
7.1 66,98% Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
6.2 62,04% Baixa eficácia das ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento
ULBRATECH - ULBRA
4.1 77,66% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
7.1 75,00% Alto nível de rotatividade de colaboradores na em- presa
3.1 71,43% Baixo nível de fidelização da marca em relação aos clientes
12.3 70,56% Baixo nível dos resultados gerados pelos investimen- tos feitos nos últimos anos na empresa
Tabela 11 – Análise de índice percentual médio de impacto por incubadora (conclusão) Incubadora Código do Risco Número de recorrências Descrição ITUNISC - UNISC
6.2 83,33% Baixa eficácia das ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento
6.1 75,00% Baixa frequência de utilização de ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento 4.1 72,31% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis-
fação com os clientes
13.2 67,38% Pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos
15.2 62,50% Baixo nível de interação/cooperação da empresa com universidades
ITEC - UCS
14.3 77,06% Não utilização ou pouca utilização de redes sociais como forma de contato com os clientes
4.1 75,00% Baixa frequência na realização de pesquisas de satis- fação com os clientes
6.2 75,00% Baixa eficácia das ferramentas de transferência e acessibilidade de conhecimento
9.1 75,00% Baixa flexibilidade da empresa perante alteração das tendências de mercado
13.2 63,84% Pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos
Fonte: Autor.
A Figura 27 apresenta graficamente os dados da Tabela 11. Dentro dos qua- dros, são descritos os códigos dos riscos em potencial e índice médio percentual de impacto.
Considerando o índice percentual médio de impacto das empresas por suas respectivas incubadoras, percebeu-se que em seis delas o risco em potencial 4.1 apa- rece presente, referindo-se à baixa frequência na realização de pesquisas de satisfa- ção com os clientes. Em todas as incubadoras, esse item apresentou um índice médio de mais de 67%, demonstrando que essa é uma carência quase geral nas empresas incubadas. A única incubadora que não apresentou esse risco em potencial entre os cinco de maior impacto foi a Pulsar, pertencente à Universidade Federal de Santa Maria.
Figura 27 – Representação gráfica dos índices médios percentuais de impacto por incubadora
Fonte: Autor.
Os riscos com códigos 6.1 e 6.2 apareceram entre os de maior impacto em quatro das incubadoras. Eles correspondem, respectivamente, à baixa frequência e à baixa eficácia de utilização de ferramentas de transferência e acessibilidade de co- nhecimento. De acordo com alguns gestores de empresas participantes da pesquisa, não há investimento em relação a essas ferramentas, pois muitas delas estão em fase inicial, possuindo apenas os sócios ou um baixo número de colaboradores.
5.1.5 Análise de recorrência dos riscos organizacionais por grupo de capital