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4 ESTRUTURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA MODELAGEM

5.2 APLICAÇÃO DA MODELAGEM EM UMA EMPRESA

Para demonstrar a eficácia da ferramenta desenvolvida, o presente subcapítulo aborda sua aplicação em uma das empresas participantes. Tendo em vista que a pes- quisa trata a respeito de riscos organizacionais, expor o nome da empresa na Disser- tação poderia gerar desvantagens a ela em relação à concorrência. Sendo assim, de- nominou-se a empresa com o nome genérico “Empresa A” para essa etapa do estudo.

Durante a coleta de dados, foi explicado ao gestor da empresa a respeito das fases do ciclo de vida do negócio e a importância de sua correta identificação. Em

conjunto com o pesquisador, foi identificado que a empresa se encontrava na etapa de “Expansão”. A Figura 28 demonstra a seleção da etapa na ferramenta de coleta.

Figura 28 – Seleção da etapa do ciclo de vida do negócio no instrumento de coleta

Fonte: Autor.

Após a coleta de dados junto ao gestor da Empresa A, as informações foram aplicadas na modelagem. A Figura 29 apresenta a planilha com os cálculos para iden- tificação dos índices percentuais de impacto relativo para o subgrupo Liderança, inse- rido em Capital Humano. Ressalta-se que a Relação de Consistência para o cálculo demonstrado foi de 0,009, validando os resultados.

Figura 29 – Planilha de cálculo para o subgrupo Liderança

Através dos cálculos realizados pela modelagem matemática proposta, foi pos- sível coletar os dados dos principais riscos identificados na aba Painel de Controle. Inicialmente, foram analisados de maneira geral os 10 principais riscos em potencial a que os gestores precisam dar atenção. Conforme é possível analisar na Figura 30, os 10 principais riscos da Empresa A são:

 baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional da empresa;

 baixa frequência de utilização de ferramentas de transferência e acessi- bilidade de conhecimento;

 baixo nível de investimento da empresa em novos mercados;

 não existência de um canal de comunicação/captação para novas ideias na empresa;

 baixo percentual de funcionários que exercem atividades ligadas à sua formação acadêmica;

 pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos;  baixa flexibilidade da empresa perante alteração de tendências de mer-

cado;

 baixa frequência na realização de pesquisas de satisfação com os clien- tes;

 baixo nível de receptividade do ambiente de trabalho em relação a novas sugestões;

Figura 30 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise geral

Fonte: Autor.

Identificou-se que dentre os 10 principais riscos, três são relacionados a Capital de Informação, três possuem relação com Capital de Inovação, dois com Capital Hu- mano e outros dois com Capital Organizacional. Ademais, foi possível perceber que dentre todos os cálculos realizados pela modelagem, nenhum apresentou inconsis- tência, ou seja, RC < 0,1.

Logo após, foram selecionados os filtros para identificação dos principais riscos em potencial por capital. Inicialmente, realizou-se a identificação dos principais riscos relacionados a Capital Humano. A Figura 31 apresenta essa seleção, que teve como principais riscos em potencial identificados o 4.1, correspondente à baixa frequência na realização de pesquisas de satisfação com os clientes, e o 2.2, relacionado ao baixo nível de receptividade do ambiente de trabalho em relação a novas sugestões.

Figura 31 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise por capital humano

Fonte: Autor.

Na aplicação do segundo filtro por capital, foram selecionados riscos relaciona- dos a Capital de Informação. A Figura 32 apresenta os resultados, que identificaram três riscos organizacionais com índices percentuais de impacto bem acima dos de- mais.

Os três principais riscos ligados a Capital de Informação na Empresa A são:  baixo nível de resultados gerados pela renovação do quadro funcional

da empresa;

 baixa frequência na utilização de ferramentas de transferência e acessi- bilidade de conhecimento;

 baixo percentual de funcionários que exercem atividades ligadas à sua formação acadêmica.

Figura 32 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise por capital de informação

Fonte: Autor.

Em relação a Capital Organizacional, dois riscos destacaram-se dos demais: pouco conhecimento ou conhecimento informal na gestão de projetos, e baixa flexibi- lidade da empresa perante alterações das tendências de mercado. A Figura 33 de- monstra a seleção na ferramenta.

Figura 33 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise por capital organizacional

Por fim, o último filtro por capital foi selecionado, permitindo a análise dos prin- cipais riscos organizacionais por Capital da Inovação. Como é possível perceber atra- vés da Figura 34, dois riscos destacaram-se dos demais em seu índice percentual. Eles referem-se ao baixo nível de investimento da empresa em novos mercados e à não existência de um canal de comunicação/captação para novas ideias na empresa.

Figura 34 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise por capital de inovação

Fonte: Autor.

Dentro da modelagem, também foi possível selecionar a análise por grupos menores de riscos organizacionais relacionados aos ativos intangíveis que se encon- travam dentro dos grupos. O primeiro grupo dentro de Capital Humano, por exemplo, corresponde à Liderança. Os cálculos para esse grupo são demonstrados na Figura 29, e os resultados no Painel de Controle na modelagem são apresentados na Figura 35.

Figura 35 – 10 principais riscos organizacionais da Empresa A - análise do grupo Li- derança

Fonte: Autor.

Dois dos riscos organizacionais sobressaltaram-se nesse grupo: baixo nível de confiança dos líderes em relação ao trabalho desempenhado pelos colaboradores e baixo controle dos líderes em relação aos projetos realizados pela empresa.

A modelagem, portanto, foi desenvolvida de modo que o gestor pudesse anali- sar os principais riscos organizacionais de sua empresa como um todo, permitindo-o filtrar por grupo de capital e por grupo de riscos relacionados a ativos intangíveis. Dessa forma, tornou-se possível que a empresa planeje em quais grupos de risco pretende minimizar primeiro.