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4 ESTRUTURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA MODELAGEM

4.2 CONSTRUÇÃO DA MODELAGEM

A modelagem para gestão de riscos organizacionais proposta foi construída utilizando os conhecimentos teóricos previamente apresentados, aliados com infor- mações colhidas nas etapas de coleta de dados. Para atingir os objetivos propostos e construir uma ferramenta prática e de fácil utilização, optou-se por utilizar o software Microsoft Excel®.

Na planilha, foram divididas em abas distintas as etapas da modelagem, desde a inserção dos dados por parte dos gestores, passando por planilhas de cálculo até chegar ao resultado final: um painel com filtros, indicando os principais riscos organi- zacionais a que a empresa precisa dar atenção. Também há uma aba correspondente às alternativas e seus possíveis impactos nos riscos identificados, e por fim a compi- lação dos resultados de todas as empresas.

O painel inicial da ferramenta, apresentado na Figura 10, permitiu ao usuário acessar ambos os instrumentos de coleta (referentes à etapa do ciclo de vida e aos aspectos intangíveis), o dashboard (tanto o painel de controle quanto à inserção e controle das respostas aos riscos) e a compilação dos resultados das empresas (apre- sentados no Capítulo 5).

Figura 10 – Painel inicial da ferramenta de gestão de riscos organizacionais

Fonte: Autor.

A aba de seleção do ciclo de vida do negócio permitiu ao gestor identificar em qual etapa do ciclo organizacional se encontrava o seu negócio. Na Figura 11, é apre- sentado o painel de identificação do ciclo de vida do negócio.

Figura 11 – Painel de seleção do ciclo de vida do negócio

Fonte: Autor.

no Anexo A. Ele foi transcrito para o Excel a fim de facilitar a inserção dos dados repassados pelos gestores, assim como posteriores cálculos dentro da modelagem. Como é possível perceber através da Figura 12, na parte superior foi apresentado um sumário em que o gestor ou o pesquisador puderam selecionar diretamente um tópico de sua preferência.

Figura 12 – Parte inicial do instrumento de coleta na modelagem

Fonte: Autor.

Ao responder o formulário de coleta, os gestores compararam de maneira pa- reada os subitens de cada grupo. Além disso, foi solicitado o nível de importância para a empresa dos grupos de ativos intangíveis. Ele é um fator multiplicador para que fosse possível identificar o perfil da empresa e suas prioridades diante dos aspectos intangíveis propostos.

A planilha de cálculos foi alimentada pela resposta dos gestores. Após reali- zada a normalização da matriz de julgamentos, foi realizado o cálculo das prioridades médias locais, que resultaram nos índices apresentados no painel de controle. Para verificação da relação de consistência, foram calculados os autovetores b e c, o auto- valor máximo, o índice de consistência, bem como a relação de consistência, por meio do índice randômico proveniente da Tabela 1, calculada a Relação de Consistência e realizada sua verificação. A Figura 13 apresenta essa etapa.

Figura 13 – Planilha de cálculos da modelagem

Fonte: Autor.

Após serem realizados os cálculos baseados nos valores adicionados pelos gestores das EBTs incubadas pesquisadas, foi apresentado um painel de controle, em que foi possível visualizar os principais riscos organizacionais identificados na em- presa. Nesse painel, o pesquisador pôde filtrar os riscos por grupos de ativos intangí- veis ou por capital (de informação, de inovação, humano e organizacional). Sem os filtros, foram apresentados os riscos de maior índice geral, mesmo que esses estives- sem em grupos distintos. A Figura 14 apresenta o painel de controle, com as opções de filtros, a lista dos 10 principais riscos organizacionais identificados e com o gráfico com o índice de importância de cada um desses riscos para a empresa. À direita, há um controle do número de inconsistências de acordo com os resultados obtidos atra- vés das coletas de dados. Para ser considerada consistente, a RC precisa ser menor do que 0,10, conforme abordado no subcapítulo 2.4.2.1.

Figura 14 – Painel de controle da ferramenta

Fonte: Autor.

À medida que foi escolhido algum filtro por capital, ele apresentou por ordem de prioridade os 10 principais riscos identificados nos grupos daquele capital em es- pecial. Na Figura 15, após a inserção de dados aleatórios no painel do instrumento de coleta, foi selecionado o filtro de Capital da Informação. Assim, foram apresentados por ordem de impacto riscos dos grupos de Formação, Know-how, Resultados e Re- tenção do capital intelectual.

Figura 15 – Painel de controle com filtro de capital selecionado

Fonte: Autor.

Após filtrar por capital, foi possível que os riscos em potencial fossem filtrados por grupos, em que foram comparados de forma pareada. Dessa maneira, foram apre- sentados os principais riscos em potencial em ordem de prioridade para a empresa. Na Figura 16, após o filtro de Capital de Informação ser ativado, foi escolhido o filtro do grupo Resultados, sendo identificados quatro riscos organizacionais.

Figura 16 – Painel de controle com dois filtros selecionados

Após essa etapa, foram listadas as principais alternativas a cada risco, identifi- cadas pelo pesquisador junto aos gestores, como é possível perceber na Figura 17. É importante ressaltar que cada alternativa possuiu um impacto previsto em cada risco, podendo aumentar ou diminuir seu impacto.

Figura 17 – Principais alternativas e o impacto que causam aos riscos em potencial

Fonte: Autor.

Por fim, conforme apresentado na Figura 18, foi construída uma planilha de compilação dos dados referentes as 32 coletas realizadas. Foram ordenados, em re- lação ao número de ocorrências, os 10 principais riscos organizacionais dessas em- presas. A ferramenta foi estruturada para gerar os rankings geral, por capital, por in- cubadora e por etapa do ciclo de vida do negócio.

Figura 18 – Planilha de compilação dos dados

Fonte: Autor.