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Análise paramétrica com base em estudo

Cenário 0 – Alteração dos dados climáticos do modelo calibrado para os dados do arquivo climático anual De Benedetto (2006) As condições internas ini-

5.4.3 Análise dos resultados

A análise dos Cenários foi feita de duas formas:

– Nos dias representativos de inverno e de verão, foram calculados os ganhos e perdas devido aos resultados obtidos no modelo paramétrico. Foram consideradas: as trocas internas, a condução pelos componentes opacos e trans- parentes, os ganhos internos (devido à iluminação, pessoas e equipamentos), os ganhos solares, a ventilação e a carga latente e sensível.

– Ao longo de todo ano, em que foram extraídos do software os resultados da carga sensível (em W), a carga a ser removida pelo SAC. O software interpreta o acio- namento do SAC – tanto para aquecimento quanto para resfriamento – quando as condições internas não estão dentro dos limites estabelecidos na parametrização do modelo, visando manter os usuários dentro dos limites de conforto estabelecidos.

Nas ILs.73 e 74, com as janelas fechadas, verifica-se que, no dia de verão, ocorreu uma perda por meio da condução nos componentes opacos no início e final do dia e, ao mesmo tempo, um ganho pela ventilação. A condução pelos componentes transparentes foi pequena no verão, no entanto, no inverno, a perda de calor por este componente foi mais significativa.

Como não foi considerada a abertura de janelas, a temperatura interna no verão esteve mais próxima da externa às 14 horas do dia representativo de verão (IL. 75), e as maiores diferenças podem ser notadas no inverno, quando externamente a tempera- tura é de 14,60 ºC e internamente, 22,50 ºC, dentro dos limites aceitáveis de conforto. O modo misto, que foi simulado no Cenário 1 baseia-se na utilização do SAC e da abertura de janelas para atingir os limites determinado para o conforto dos usuários. Verifica-se que, no verão (IL. 76), houve perda de calor no período notur- no devido à ventilação. Neste dia, o software considerou a abertura de janelas para manter as condições de conforto internas.

Comparando as ILs. 73 e 74 (Cenário 0) com as ILs. 76 e 77 (Cenário 1), veri- fica-se que com as janelas fechadas (Cenário 0) ocorreu uma variação menor da ventilação, principalmente no dia representativo de verão. Neste período, no Cenário 1 verifica-se que a condução pelos componentes opacos acompanha os ganhos solares. No período noturno, estes ganhos por condução são superiores no verão, e inferiores no inverno.

Considerando o Cenário 2, a ventilação auxilia na perda de calor, devido aos componentes opacos e os ganhos internos. No entanto, no inverno (IL. 79), a mesma ventilação é a maior fonte de perda do calor acumulado durante o dia, e implica diretamente no aumento do consumo de energia pelo SAC – lembrando- se que no inverno, esta perda de calor é indesejável.

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Ilustração 73:Ganhos e Perdas do Cenário 0 – verão.

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5. Análise paramétrica com base em estudo de caso

Ilustração 75:Variação da temperatura interna e externa no dia representativo de verão e inverno – Cenário 0

No Cenário 3, mantendo as características do vidro, excluindo apenas a cor- tina e mantendo a mesma ventilação do caso anterior, verifica-se, na IL. 80, no verão, um aumento dos ganhos solares em relação ao Cenário 2, na IL. 78.

No dia representativo de inverno, a ausência da cortina favoreceu a redução das trocas internas, porém uma análise do consumo de energia anual devido ao SAC é importante para uma melhor análise (feita posteriormente).

Ilustração 77:Ganhos e Perdas do Cenário 1 – inverno.

Na IL. 82, nota-se que, no verão, as temperaturas internas e externas oscila- ram e que o SAC não foi acionado no modelo paramétrico. No entanto, a tempera- tura externa do inverno foi inferior ao limites mínimos definidos (de 20,6 ºC), que o SAC foi acionado, mantendo a temperatura do ar interno constante.

A ausência de cortina interna no Cenário 4, baseado nas características do Cenário 1, mesmo tipo de vidro e mesma taxa de ventilação auxiliaram no aumen- to dos ganhos solares no verão (IL. 83). No inverno, na IL. 84, estes ganhos foram menores, devido a menor quantidade de radiação, mas foi mantido o SAC como estratégia para manter as condições de conforto aceitáveis.

Com base no Cenário 4 foi proposto o Cenário 5, reduzindo o período de ven- tilação durante o dia. Verificou-se, nas ILs. 85 e 86, que ocorreram menores trocas durante o verão, no entanto, no inverno, a carga sensível foi inversamente propor- cional a carga devido a ventilação.

Para avaliar o impacto da cortina interna nos dias representativos de verão e inverno, foi proposto o Cenário 6, baseado nas características do Cenário 5, com mesmo período da ventilação, tipo de vidro, porém diferenciando-se do anterior devido a existência da cortina interna.

Os ganhos de carga (em W) para os dias avaliados (ILs. 87 e 88) foram pró- ximos aos ocorridos no Cenário 4, como se a redução do período ventilado com- pensasse o acréscimo da cortina interna.

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5. Análise paramétrica com base em estudo de caso

Ilustração 80:Ganhos e Perdas do Cenário 3 – verão

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5. Análise paramétrica com base em estudo de caso

Ilustração 82:Variação da temperatura externa e interna no dia representativo de verão e inverno – Cenário 3

Ilustração 85:Ganhos e Perdas do Cenário 5- verão. Ilustração 84:Ganhos e Perdas do Cenário 4 – inverno.

Na IL. 89 verifica-se que, no verão, a temperatura do ar (TBS) oscila e, por- tanto, a ventilação foi suficiente para remover os ganhos de calor indesejáveis. No inverno, o SAC foi acionado para manter a TBS interna constante ao longo do dia no valor mínimo determinado pelo modelo adaptativo, que foi adaptado segun- do os critérios apresentados na seção 4.1.