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O hotel econômico

473 O hotel econômico

2,63 6,2 2,5 6,1 6,89 4,06 2,6 52,57 8,19 1,46 9,67 10,01 7,35 1,65 25,94 2,82 5,5 4,72 3,66 3,9 5,22 26,28 6,15 4,04 9,6 11,39 8,69 0,61 17,5 3,62 0 0 0 0 1,52 16,36 8,79 0,7 3,06 3,78 1,58 32,35 Padarias Hotéis e Motéis Bancos e Financeiras Supermercado e Armazén Faculdades e Escolas Serviço de Saúde Clubes e Associações

BRASIL SUDESTE SUL NORDESTE NORTE CENTRO OESTE

Ilustração 32:Porcentagem da posse média de ar condicionado no setor comercial no Brasil (por região).

Fonte: CORREIA, 2007.

Ilustração 31:Percentual de empresas brasileiras do Setor Comercial que dispõem de sistemas de ar condicionado e/ou ventilação.

mentos eram lacradas e a renovação e o resfriamento do ar ocorriam, exclusiva- mente, ou pela ventilação mecânica ou pelo sistema de ar condicionado. Sobre o mesmo edifício, foi realizada uma Avaliação Pós Ocupação (APO) que constatou que o conforto ambiental é o requisito considerado indispensável no hotel, repre- sentando 35% do total, conforme indica a IL. 33.

3.2.4 Diferencial das redes

Da mesma forma que alguns autores criaram um método de dimensiona- mento dos hotéis, as grandes redes internacionais criaram seus próprios méto- dos. Na medida em que os arquitetos são selecionados para desenvolverem o pro- jeto de um hotel, a operadora apresenta seu manual básico, juntamente com as exigências de cada bandeira e o pré-dimensionamento dos espaços mais padroni- zados, tais como a UH.

Nos grandes centros como São Paulo, isso termina por gerar projetos monó- tonos e desinteressantes, arquitetonicamente falando, com a mesma aparência e disposição de quartos.

A eficiência dos hotéis econômicos começa com a arquitetura, passando pelos tipos de serviços oferecidos e pelo número reduzido de funcionários para atender as necessidades básicas do hotel. A recepção e áreas administrativas são prioritariamente conjugadas e, em alguns casos, têm como anexos o bar e o res- taurante. Isso faz com que se reduza o espaço de circulação horizontal, maxi- mizando o aproveitamento das áreas comuns.

A altura do edifício resulta do estudo de viabilidade do empreendimento, do coeficiente de aproveitamento e da taxa de ocupação do terreno, consideran- Ilustração 33:Requisito votado como indispensável em Hotel Econômico.

Fonte: BUORO, De BENEDETTO e MIURA, 2003.

10% 30% 35% 20% 5% 0%

estética e qualidade dos materiais funcionalidade dos ambientes equipamentos e instalações localização

conforto ambiental tamanho espaços

do ainda a possibilidade de operação urbana, elemento que não está sendo avaliado aqui.

Considerando-se que este trabalho destina-se à uma caracterização mais específica para a cidade de São Paulo, o potencial construtivo do hotel tende a ser o maior possível, já que o valor imobiliário do terreno também o é (comparados com outras regiões do país, cujos terrenos em sua maioria são proporcionalmen- te maiores e o valor do metro quadrado é menor).

Na IL. 34, nota-se que, na capital de São Paulo, a tendência de uma rede é construir hotéis de grande porte, com torres de aproximadamente 12 anda- res, enquanto no interior a tendência é de edifícios mais baixos, dessa maneira economizando com os gastos com o consumo de energia proveniente do elevador, entre outros.

3.2.5 Um exemplo de projeto de hotel econômico

em São Paulo

A UH, o mais importante elemento arquitetônico de um hotel econômico, é avaliada anualmente pela rede Accor-Íbis, que desse modo busca aprimorar seu dimensionamento, melhorando tanto a planta como o desenho do mobiliário padrão do apartamento.

A IL. 35, mostra a planta do apartamento de um hotel de uma das maiores redes dos país: a Íbis.

Como está representado nas ILs. 27 e 28, a planta dos hotéis Íbis Interlagos e Piracicaba são idênticas, sendo ambas fruto da atualização e revisão da planta

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3. O hotel econômico

Ilustração 34:Hotel Íbis Expo - capital (a) com 12 andares e Ibis Piracicaba, interior (b), com 5 andares

do Íbis Expo, inaugurado em 2002. A unidade habitacional, portanto, teve seu tamanho reduzido, mantendo a qualidade oferecida anteriormente. Com essa alteração, reduziram-se também os custos de implantação e, ainda mais impor- tante, de manutenção e consumo de energia com ar condicionado, por exemplo. Quanto menor o volume de ar de um ambiente, para as mesmas condições inter- nas, menor a capacidade do sistema para resfriá-lo.

Durante estada, em Janeiro de 2008,no Hotel Ibis Santos Dumont (inaugu- rado em Outubro de 2007), no Rio de Janeiro, capital, verificou-se que já foram incorporados novos equipamentos, como a TV de plasma, que aumentam a área livre da UH, e reduzindo o consumo de energia. Outras alterações também foram feitas para facilitar a manutenção, como a instalação do fancolete externo, não mais embutido no forro, como os hotéis anteriores. Neste mesmo Hotel, o sistema de iluminação artificial inclui circuitos independentes, com a iluminação da cabeçeira mais adequada do que nos Hotéis visitados anteriormente.

Verificou-se que a tendência das redes é manter todos os seus empreendi- mentos sob constante auditoria, verificando meios de melhorar as condições de conforto, melhorando a eficiência nas dimensões dos espaços, a disposição do lay- out e, conseqüentemente, reduzindo os custos no contexto mais amplo. Nesse contexto, é fundamental que sejam bem definidos os parâmetros de projeto dos hotéis, para que o objetivo de eficiência no contexto mais geral seja atendido. Ilustração 35:Planta Padrão do Hotel Íbis (2007).

A adoção de estratégias bioclimáticas11 em um edifício pode ocorrer desde a concepção inicial do projeto de arquitetura até mesmo depois que o edifício já estiver operando em sua fase de uso. Neste período, o edifício deve atender a dois quesitos básicos: as necessidades de conforto dos usuários, e a eficiência energé- tica, ou seja, o uso racional da energia elétrica.

A integração das estratégias de projeto, definidas de acordo com as condi- ções climáticas do local e o programa de necessidades, deve atender à relação ótima entre o custo-benefício dos sistemas passivos (tais como iluminação e ven- tilação natural) e dos sistemas ativos (tais como iluminação artificial, sistemas de condicionamento artificiais, entre outros).

Evans (2007) apresentou um quadro comparativo entre os diversos estágios de projeto, qual o seu potencial de aplicação e o custo de aplicação das estraté- gias para cada um dos estágios, conforme apresentado na TAB. 7. Verifica-se, por- tanto, que quanto mais cedo forem aplicadas as estratégias bioclimáticas, maior o seu potencial de aplicação a baixo custo.

Na busca por uma avaliação de um projeto de hotel econômico como fun- damentação para a proposta de projeto de Hotel econômico, foi feito um levanta- mento de dados empíricos em estudo de caso - Hotel de categoria Econômico de

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Um novo conceito