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Capítulo 2 – Métodos e Procedimentos

4. Desenvolvimento de Metodologia

4.2. Pesquisa de Campo

4.2.2. Inquérito por Questionário

4.2.2.5. Aplicação do Questionário Definitivo

O procedimento da aplicação do questionário iniciou-se com uma carta (Anexo XI) a solicitar a aplicação do questionário. De seguida, houve um encontro pessoal com os Conselhos Executivos de ambas as escolas, onde foi explicada a nossa intenção e a nossa investigação, assegurando tanto o anonimato dos inquiridos como da instituição, os quais acederam ao nosso pedido. Depois conversámos com as Coordenadoras dos Directores de Turma que se disponibilizaram a coordenar o processo da entrega e recolha dos questionários.

Assim, o questionário foi aplicado entre 24 de Maio e 9 de Junho de 2006, tendo sido recolhido no início da semana seguinte, procurando assim dar tempo suficiente para que os inquiridos pudessem responder, visto o questionário ser extenso. Durante este processo, mais precisamente no dia 2 de Junho, voltamos às duas escolas para nos informarmos de como estava a decorrer o preenchimento e a entrega dos questionários, e deparámo-nos com cerca de metade dos inquéritos preenchidos e entregues, pelo que voltámos a pedir encarecidamente às Coordenadoras que apelassem aos Directores de Turma para o seu preenchimento. Acordámos então em regressar às escolas para ir buscar os inquéritos na semana de 12 de Junho. A amostra da população-alvo da investigação foi constituída pelos Directores de Turma do 2º e 3º ciclos de duas escolas de tipologias diferentes a nível socioeconómico e cultural, situadas na Área Metropolitana de Lisboa.

No âmbito da aplicabilidade do questionário, considerámos ser pertinente referir que os seus objectivos têm em conta os objectivos gerais e específicos e as hipóteses da investigação.

4.2.2.6. Caracterização da Amostra

A) Caracterização das Escolas

Gráfico 1 – Percentagem de inquiridos segundo o Nível Socioeconómico e Cultural do Agregado Familiar da Escola Alfa e Beta

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % Baixo Médio/Baixo Médio Médio/Alto Alto E. Alfa E. Beta

Relativamente aos valores percentuais entre os níveis socioeconómico e cultural dos agregados familiares dos alunos das duas escolas em estudo, verificámos uma diferença acentuada nas escolas, nomeadamente na escola Alfa, cerca de 78% dos agregados familiares situam-se nos níveis socioeconómicos e culturais Médio e Médio/Alto, e na escola Beta situam-se entre o Médio/Baixo, e o Baixo, representando este último, 70% dos agregados familiares.

B) Caracterização dos Inquiridos

Gráfico 2 – Percentagem de inquiridos por sexo

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % M F E. Alfa E. Beta

Relativamente ao sexo dos inquiridos de ambas as escolas, verificámos não existe diferença significativa, predominando acentuadamente o sexo feminino, com 80%.

Gráfico 3 – Percentagem de inquiridos por estalões etários

Erro! Ligação inválida.

Em relação à idade dos inquiridos, verificámos diferenças significativas, na escola Alfa, 81,25% situa-se nos dois últimos escalões, dos 40 a 49 e mais de 50 anos, enquanto que na escola Beta, 60% situa-se nos dois escalões intermédios, dos 30 a 39 e dos 40 a 49 anos de idade.

Gráfico 4 – Percentagem de inquiridos consoante a habilitação académica

Erro! Ligação inválida.

Relativamente às habilitações académicas dos inquiridos verificámos que estão igualmente distribuídas em ambas as escolas, predominando o grau de licenciatura com uma elevada percentagem.

Gráfico 5 – Percentagem de inquiridos por situação profissional

Erro! Ligação inválida.

No que diz respeito à situação profissional dos inquiridos, verificámos que a maior percentagem é relativa à situação de efectivo de quadro de escola em ambas as escolas, sendo mais acentuada na escola Alfa com 72%. Neste ponto, verificámos que o que distingue as duas escolas é a elevada percentagem (30%) de inquiridos em situação de contrato na escola Beta.

Gráfico 6 – Percentagem de inquiridos por tempo de serviço

Erro! Ligação inválida.

Relativamente ao tempo de serviço, verificámos que este difere bastante nas duas escolas. Na escola Beta, verificámos que 62,5% dos inquiridos têm um tempo de serviço inferior a 9 anos, enquanto 75% dos Directores de Turma na escola Alfa têm tempo de serviço superior a 15 anos, e destes 37,5% já possuem mais de 25 anos de serviço.

Gráfico 7 – Percentagem de inquiridos por anos de experiência como Director de Turma

Erro! Ligação inválida.

Em relação ao tempo de experiência como Director de Turma, verificámos que este ponto confirma os dados do gráfico anterior, em que na escola Alfa, o tempo de serviço dos inquiridos é muito superior aos da escola Beta. Assim, a percentagem de inquiridos com experiência enquanto Directores de Turma, na escola Alfa é também, consideravelmente maior, com cerca de 65,6% inquiridos estão situados no escalão de mais de 10 anos de experiência, contra os 35% de inquiridos na escola Beta, inseridos no mesmo escalão. Verificámos ainda que na escola Beta, cerca de 50% dos inquiridos com experiência no cargo de Director de Turma estão situados nos escalões de 1 a 2 anos e de 3 a 5 anos, sendo uma diferença bastante expressiva em relação à escola Alfa.

Gráfico 8 – Percentagem de inquiridos por ciclo (2º/3ºCiclo)

Erro! Ligação inválida.

No que diz respeito ao ciclo em que os inquiridos leccionam, verificámos que na escola Alfa, pouco mais de metade lecciona no 3º ciclo e os restantes no 2º ciclo, havendo uma pequena diferença. Na escola Beta, verificámos que 65% dos inquiridos leccionam no 3ºciclo, e os restantes no 2ºciclo. Neste sentido, a maior percentagem de inquiridos que responderam ao inquérito leccionam no 3ºciclo.

Gráfico 9 – Percentagem de inquiridos por frequência de acções de formação específica para Directores de Turma

Erro! Ligação inválida.

Relativamente à frequência de acções de formação, constatámos que na escola Beta a maioria dos inquiridos (78,95 %) frequentaram acções de formação específica sobre a temática do cargo de Director de Turma. Na escola Alfa, pelo contrário, a maioria dos inquiridos (51,72%) não frequentaram acções de formação referentes à mesma temática.

4.2.2.7. Análise Estatística

A estatística é uma ciência que utiliza a teoria probabilística para explicar situações de eventos, estudos ou experiências, e neste sentido é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que envolve o planeamento de experiências a serem realizadas, a recolha qualificada dos dados, a inferência, o processamento dos dados, a sua análise e a formulação das conclusões.

O desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas estatísticas para a obtenção e análise de dados permitem o controlo e o estudo adequado de fenómenos. Assim, a estatística tem por objectivo, fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações de investigação.

E nesta perspectiva, os dados recolhidos através do inquérito por questionário são respostas pré-codificadas, que não têm sentido por si só, mas quando tratadas estatisticamente permitem a comparação de respostas globais de diversas categorias (Quivy e Campenhoudt, 192). Assim, a análise estatística pretende “estabelecer,

objectivamente, se os resultados obtidos” nos inquéritos por questionário “têm significância estatística, de acordo com os limites pré – estabelecidos” (Castro e Iochida,

2001).

Neste sentido, para a análise dos dados que resultaram da aplicação do questionário à amostra da população-alvo, optámos por realizar um tratamento de dados estatísticos simples, com base no cálculo das frequências. A apresentação dos resultados foi elaborada através da representação gráfica, utilizando-se para esse efeito tabelas e gráficos de barras horizontais e verticais.