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Capítulo 2 – Métodos e Procedimentos

4. Desenvolvimento de Metodologia

4.2. Pesquisa de Campo

4.2.1. Inquérito por Entrevista

O objectivo de utilizarmos o inquérito por entrevista como técnica de investigação, foi o de obtermos informações que nos permitissem extrair “elementos de reflexão muito

ricos e matizados” (Quivy e Campenhoudt, 1992, 194) inerentes ao tema que

pretendemos estudar, designadamente o desempenho do Director de Turma na promoção do envolvimento parental na escola, face à ocorrência de situações de indisciplina. A utilização deste instrumento constitui apenas o início de um percurso, onde procuramos diagnosticar dados pertinentes que possamos, posteriormente, aplicar no questionário.

Neste sentido, Morgan (citado por Bogdan e Biklen, 1994), refere que “a entrevista

consiste numa conversa intencional, geralmente entre duas pessoas, embora por vezes possa envolver mais pessoas, dirigida por uma das pessoas, com o objectivo de obter informações sobre a outra.” Assim, esta técnica permitiu-nos, desde logo, obter um

conjunto de informações concretas, a nível de testemunhos, percepções, e interpretações, respeitando ao mesmo tempo a linguagem e as categorias mentais do entrevistado.

Optámos então pela entrevista semidirectiva, que segundo Quivy e Campenhoudt (1992, 192), “é semidirectiva no sentido em que não é inteiramente aberta nem

encaminhada por um grande número de perguntas precisas. Geralmente o investigador dispõe de uma série de perguntas - guias, relativamente abertas, a propósito das quais é imperativo receber uma informação por parte do entrevistado”. Considerámos este tipo

de entrevista a mais adequada ao nosso objectivo de investigação, visto não ser completamente aberta e de não requer questões precisas. Neste sentido, as entrevistas que realizámos foram pouco estruturadas e de certa forma flexíveis, o que nos possibilitou a

aplicação de questões aos entrevistados, sem a pretensão de lhes impormos questões rígidas e limitativas, havendo assim uma maior abertura, uma maior fluidez de informação e um aprofundamento do tema e, consequentemente, uma maior recolha de informação. Com a realização das entrevistas, pretendemos atingir determinados objectivos, tendo em conta a perspectiva dos diversos entrevistados, nomeadamente:

a) Aprofundar o conhecimento sobre as vivências do Director de Turma.

b) Identificar pontos susceptíveis da problemática relativa aos Directores de Turma na sua interacção com os Encarregados de Educação face à indisciplina na escola. c) Recolher elementos relevantes para elaborar as questões do inquérito por

questionário.

Assim, e tendo em conta estes objectivos, foi elaborado um guião da entrevista (Anexo II) com o intuito de nos orientar durante a entrevista, que foi entregue a cada entrevistado, cerca de uma semana antes da realização da própria entrevista, contendo os tópicos essenciais do nosso estudo. Estes tópicos foram organizados, a partir do geral para o específico, procurando assim, ter uma sequência lógica e coerente dos assuntos a tratar, partindo do objectivo geral do nosso estudo:

- Constatar quais as perspectivas dos Directores de turma face ao envolvimento

parental, bem como as estratégias utilizadas para promover esse mesmo envolvimento, no sentido de contribuírem para a diminuição da indisciplina.

Neste sentido, o guião está dividido em quatro blocos.

O primeiro é referente à legitimação da entrevista e motivação do entrevistado, e tem como objectivo a motivação do entrevistado, a solicitação de colaboração e participação, a informação dos objectivos da investigação, a garantia da confidencialidade e ainda a solicitação para a gravação da entrevista.

O segundo bloco é referente à Escola e ao Papel do Director de Turma, e tem como objectivo especifico uma caracterização breve da escola e do meio social onde está inserida e recolher informações sobre o papel do Director de Turma, nomeadamente a nível das funções desempenhadas e subsequentes dificuldades.

O terceiro bloco é referente ao Director de Turma na sua relação com o Clima Disciplinar/Indisciplinar, e tem como objectivo recolher informação sobre a opinião do Director de Turma acerca do conceito de indisciplina, manifestações, causas, estratégias de prevenção/ intervenção utilizadas, bem como a caracterização do clima disciplinar na turma/ escola e subsequentemente as medidas adoptadas no Projecto Educativo de Escola

e no Regulamento Interno e para finalizar este bloco introduzimos ainda o papel da Formação Cívica face à indisciplina.

No quarto e último bloco, referente à relação entre o Director de Turma e a Família face à Indisciplina, pretendemos recolher informações sobre a opinião dos Directores de Turma face ao envolvimento dos Encarregados de Educação na escola e na vida escolar do aluno, bem como conhecer o relacionamento entre ambos agentes educativos e as estratégias/ medidas adoptadas para as situações de indisciplina na turma/ escola.

4.2.1.1. Procedimentos

Numa primeira fase elaborámos uma carta por escrito (Anexo I) aos Conselhos Executivos de quatro escolas, com a nossa identificação, objectivo do nosso estudo e a solicitar o pedido de autorização para realizarmos as entrevistas aos Coordenadores dos Directores de Turma. Uma semana depois do envio da carta, telefonámos para as escolas a questionar o nosso pedido, o qual foi respondido que tinha sido aceite, e que nos poderíamos deslocar às escolas para combinar a data e a hora das entrevistas com os Coordenadores. Executámos todos estes procedimentos, entregando ainda, um exemplar do guião de entrevista, a cada um dos entrevistados. De seguida, realizámos as entrevistas (Anexo III) nas escolas previstas, que na sua maioria tiveram lugar nas salas de Directores de Turma, e com uma duração entre os quarenta minutos e a uma hora e quarenta minutos, tendo sido todos os entrevistados avisados com antecedência do tempo que poderia demorar a mesma. Relativamente às entrevistas propriamente ditas, antes de iniciarmos, informámos os entrevistados sobre as características da investigação, os tópicos a desenvolver durante a entrevista e ainda os procedimentos a ter relativamente ao registo do conteúdo das informações. Acordámos com o anonimato dos entrevistados, com a utilização do gravador para gravar a entrevista, e também, com a possibilidade de utilizar excertos da entrevista no trabalho de investigação. Sabíamos que a gravação da entrevista tinha as suas vantagens e limitações, nomeadamente a nível do registo de todas as expressões orais, o que nos permitiu estar com maior atenção e dedicação para com os entrevistados, no entanto não registou as expressões faciais, os gestos ou as mudanças de postura dos mesmos. Também, a transcrição das entrevistas teve grandes limitações, especialmente devido ao facto de se demorar bastantes horas a realizar este tipo de trabalho.

Relativamente às entrevistas propriamente ditas, estas foram realizadas a partir das questões semidirectivas referidas no guião de entrevista, permitindo aos entrevistados uma margem de manobra para reflectirem e desenvolverem as suas próprias ideias sobre as questões apresentadas, havendo um espaço e tempo para um aprofundamento das respostas.

Durante a entrevista, procurámos estabelecer um clima de interacção horizontal, baseado em confiança e motivação, para que os entrevistados se sentissem à vontade para expressar as suas ideias, pois sabíamos que dependendo da relação que se estabelecesse, poderíamos obter mais ou menos informações, consoante a disposição ou o à vontade que dos entrevistados sentissem nesse momento.

Assim, seguindo as perspectivas de diversos autores como Lüdke e André (2003), Bogdan e Biklen (1994) e Quivy e Campenhoudt (1992), procurámos adoptar, durante as entrevistas, uma postura em que o entrevistador deve: ouvir atentamente e com paciência; motivar o entrevistado, sem dirigir a direcção da entrevista; fazer o menor número de intervenções, fazendo-as só quando necessita realmente de reconduzir a entrevista para o tema; não recear o silêncio do entrevistado, pois este necessita de tempo para reflectir antes de exprimir a sua ideia; não interferir no conteúdo da entrevista, mesmo que não concorde com a ideia do entrevistado; comunicar o seu interesse pessoal através da atenção, acenando com a cabeça e utilizando expressões faciais apropriadas; evitando colocar questões que requeiram unicamente respostas de sim ou não e tendo sempre o cuidado de formular as questões de modo a não influenciar as respostas.

4.2.1.2. Caracterização dos entrevistados

As entrevistas foram realizadas aos Coordenadores dos Directores de Turma, os quais tivemos a preocupação de identificar mediante a recolha de dados que considerámos pertinentes para a caracterização dos mesmos, como podemos observar nos quadros 9 e 10.

Quadro 9 – Caracterização dos Coordenadores dos Directores de Turma

Entrevista Sexo Habilitação

Académica Disciplina

Situação Profissional

Tempo de Serviço

1 M Licenciatura Educação Musical Profissionalizado 13

2 F Licenciatura História Profissionalizada 25

3 F Licenciatura História Profissionalizada 25

4 F Licenciatura Geografia Profissionalizada 22

Quadro 10 – (Cont.) Caracterização dos Coordenadores dos Directores de Turma

Entrevista Anos de Experiência como Director de Turma

Nível em que lecciona

Formação Contínua sobre a Direcção de Turma

1 12 2ºCiclo Sim

2 20 3ºCiclo Sim

3 20 3ºCiclo Sim

4 18 3ºCiclo Sim

Podemos estão verificar que os inquiridos que participaram na entrevista foram quatro, três do sexo feminino e um do sexo masculino, sendo um do 2ºCiclo e os restantes estão integrados no 3ºCiclo do Ensino Básico. São todos licenciados, pertencentes aos seguintes grupos: Educação Musical, História, Geografia, e todos com profissionalização. Relativamente ao tempo de serviço, dois dos entrevistados têm vinte e cinco anos, ambos com experiência no cargo de Director de Turma, de vinte anos. De seguida, outro entrevistado apresenta vinte e dois anos de tempo de serviço, dos quais dezoito exercendo o cargo de Director de Turma e, para finalizar, um com treze anos de tempo de serviço, dos quais doze como Director de Turma.

4.2.1.3. Análise de Conteúdo

Após a realização das entrevistas e a sua transcrição de forma exaustiva, na qual se deve “conservar o máximo de informação tanto linguística (registo da totalidade dos

significantes) como paralinguística (anotação dos silêncios, onomatopeias, perturbações da palavra e de aspectos emocionais, tais como o riso, o tom irónico, etc.)” (Bardin,

1995, 174), utilizámos como técnica de trabalho para analisar toda a sua informação, a análise de conteúdo, que segundo Berelson (1952, citado por Carmo e Ferreira, 1998, 251) é “uma técnica de investigação que permite fazer uma descrição objectiva,

sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações, tendo por objectivo a sua interpretação”. E na subsequência desta afirmação, Bardin (1995, 42) redefine-a

como um “conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por

procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens”.

Neste âmbito, Bardin (1995, 95) define a análise de conteúdo em três fases diferentes, organizando-as cronologicamente:

- A pré-análise que “tem por objectivo tornar operacionais e sistematizar as ideias

iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de análise”, orientando-a para três incumbências:”a escolha dos documentos a serem submetidos à análise, a formulação de hipóteses e dos objectivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final”, procedendo-se

assim à definição de um corpus que segundo Bardin (1995, 96) consiste no “conjunto

dos documentos tidos em conta para serem submetidos aos procedimentos analíticos”,

regendo-se por algumas regras nomeadamente a da exaustividade, representatividade, homogeneidade e a da pertinência.

- A exploração do material, que engloba a codificação mencionada por Hogenraad (citado por Vala, in Silva e Pinto, 2003, 110) como a “transformação efectuada segundo

regras precisas dos dados brutos do texto” e que consiste no recorte (escolha das

unidades), a enumeração (escolha das regras de contagem) e a classificação e agregação (escolha das categorias), permitindo atingir assim uma representação do conteúdo. Assim, definem-se primeiro as categorias, que para Hogenraad (1984, cit. por Vala, in Silva e Pinto, 2003, 110) é “um certo número de sinais da linguagem que representam

uma variável na teoria do analista”, que “é habitualmente composta por um termo- chave que indica a significação central do conceito que se quer apreender e de outros indicadores que descrevem o campo semântico do conceito” (Vala, in Silva e Pinto,

2003, 110), de seguida, determinam-se as unidades de análise, dispondo e organizando-as pelas categorias e quantificando-se.

- O tratamento dos resultados, que devem ser tratados de forma a serem significativos e válidos, incidindo então sobre a inferência e a interpretação. Para além disso, esta fase está também relacionada com a apresentação das informações obtidas através da análise.

Neste âmbito, também Vala (in Silva e Pinto, 2003, 109) menciona que a análise de conteúdo é orientada por determinadas operações, nomeadamente, a delimitação de objectivos e a definição de um quadro de referência teórico orientador da pesquisa, a constituição de um corpus, a definição de categorias e de unidades de análise, indo ao encontro do que referiu Bardin (1995, 95), mencionado anteriormente.

No nosso estudo, utilizámos a análise categorial, que segundo Bardin (1995, 30) este tipo de análise toma “ (...) em consideração a totalidade de um ‘texto’, passando-o pelo

crivo da classificação e do recenseamento, segundo a frequência de presença (ou de ausência) de itens de sentido” permitindo assim o desdobramento do texto em unidades.

Na análise por categorias está implícita a análise temática referida por Bardin (1995, 175) como sendo “transversal, isto é, recorta o conjunto das entrevistas através de uma

grelha de categorias projectada sobre os conteúdos. Não tem em conta a dinâmica e a organização, mas a frequência dos temas extraídos do conjunto dos discursos, considerados como dados segmentáveis e comparáveis”, tratando assim da investigação

dos temas, de forma rapida e eficaz, no tratamento do texto que obtivemos da transcrição das entrevistas.

Iniciámos então a nossa análise fazendo uma leitura atenta das quatro entrevistas que realizámos, e sem termos definido um sistema de categorias à priori, procuramos detectar termos chave das mesmas, recorrendo a apontamentos nas margens das folhas onde estavam escritas as entrevistas, de modo, a fazer um levantamento de temas e temáticas mais frequentes, com o intuito de determinarmos as categorias de análise e subsequentemente das subcategorias. Foi um processo longo, pois a construção das categorias e subcategorias não é um procedimento fácil, sendo alterado no decorrer de todo o processo de análise, procurando sempre que estas reflectissem não só os pressupostos do nosso estudo, como também uma reflexão e um aprofundamento da nossa visão neste campo empírico. De seguida, apurámos os indicadores comuns a partir das unidades de registo das entrevistas (Anexo IV). A análise de conteúdo foi realizada ao conjunto das quatro entrevistas, pois havia a necessidade de sabermos tudo a respeito do tema que investigamos, para posteriormente, podermos fazer a construção do questionário, assim fizemos uma enumeração de proposições, procurando “organizar as

diferenças”, ou seja, como Ghiglione e Matalon (2005, 224) refere “considerar dois ou

mais traços diferentes como modalidades distintas de uma mesma variável.”

Neste âmbito apresentamos as categorias e as subcategorias de análise decorrentes da análise de conteúdo, de forma sintetizada:

1. Categoria – Caracterização da Escola

Esta categoria foi composta por opiniões dos Coordenadores dos Directores de Turma relativas à determinação das características da escola a diversos níveis, dando origem às subcategorias seguintes:

1.1. Subcategoria – Meio socioeconómico e cultural 1.2. Subcategoria – Indisciplina

1.3. Subcategoria – Recursos Materiais 1.4. Subcategoria – Recursos Humanos

2. Categoria – Acção de Prevenção/ Intervenção da Indisciplina a nível da Escola

A presente categoria é composta por opiniões dos entrevistados referentes a procedimentos, legislados ou não, da escola a nível da prevenção/ intervenção de situações de indisciplina, destacando-se por isso as seguintes subcategorias.

2.1. Subcategoria – Regulamento Interno 2.2. Subcategoria – Estratégias de Prevenção

3. Categoria – O Papel do Professor no Cargo de Director de Turma

Nesta categoria foram abrangidos indicadores que são alusivos à função do professor com o cargo de Director de Turma, constituindo então as subcategorias, nomeadamente:

3.1. Subcategoria – A nível das funções/ tarefas administrativas

3.2. Subcategoria – Na gestão relacional com os Professores do Conselho de Turma, os Alunos e a Família

4. Categoria – O Director de Turma e o Projecto Curricular de Turma

Esta categoria inclui indicadores relativos à elaboração Projecto Curricular de Turma, especialmente no que concerne à disciplina/ indisciplina da turma e subsequentemente as medidas propostas pelos seus intervenientes, tendo dado origem às seguintes subcategorias:

4.1. Subcategoria – A caracterização da turma em termos de indisciplina 4.2. Subcategoria – Intervenção dos elementos do Conselho de Turma 4.3. Subcategoria – Possíveis medidas de prevenção/ intervenção

5. Categoria – As dificuldades sentidas pelo Director de Turma

A presente categoria ilustra as opiniões dos Coordenadores dos Directores de Turma perante as situações em que sentem mais dificuldades ao desempenhar a sua função de Director de Turma, sobressaindo-se as próximas subcategorias:

5.1. Subcategoria – Na comunicação com os Encarregados de Educação 5.2. Subcategoria – Em gerir as atitudes de indisciplina na turma

5.3. Subcategoria – Em gerir o Conselho de turma 5.4. Subcategoria – Nas funções/ tarefas burocráticas

6. Categoria – A Dinâmica do Director de Turma na Gestão do Clima Disciplinar/ Indisciplinar

Nesta categoria foram englobados os indicadores que revelam a opinião dos Coordenadores dos Directores de Turma sobre o conceito de indisciplina e os aspectos subjacentes à temática, bem como a sua actuação perante a tomada de conhecimento de situações de indisciplina, derivando então as seguintes subcategorias:

6.1. Subcategoria – O conceito de indisciplina 6.2. Subcategoria – Manifestações de indisciplina 6.3. Subcategoria – Causas de indisciplina

6.4. Subcategoria – Tomada de conhecimento da ocorrência e seus intervenientes 6.5. Subcategoria – A acção do Director de Turma no desenvolvimento de estratégias de prevenção/intervenção (alunos)

7. Categoria – A actuação do Conselho de Turma Disciplinar

Relativamente a esta categoria, ela é constituída por indicadores que revelam a actuação do Conselho de Turma Disciplinar, nomeadamente a nível de possíveis situações que justifiquem, a frequência, o seu funcionamento e a intervenção dos elementos que constitui este Conselho, dando origem às seguintes subcategorias:

7.1. Subcategoria – Situações que propiciem o Conselho de Turma Disciplinar 7.2. Subcategoria – A frequência

7.3. Subcategoria – Funcionamento do Conselho de Turma Disciplinar e os seus intervenientes

7.4. Subcategoria – A Posição do Director de Turma

7.5. Subcategoria – A Posição do Representante dos Encarregados de Educação

8. Categoria – A pedagogia do Director de Turma na Formação Cívica face à Prevenção/ Intervenção de Situações de Indisciplina

Esta categoria é composta por indicadores que referem a opinião dos entrevistados face à área não disciplinar – Formação Cívica, no que concerne à relação entre Director de Turma e os alunos, bem como ao desenvolvimento de estratégias que promovam a diminuição da indisciplina, nomeadamente o possível envolvimento da família nesta área. Assim, a partir desta categoria surgiram as subcategorias, designadamente:

8.1. Subcategoria – Importância da Formação Cívica

8.2. Subcategoria – Relação Director de Turma/ Alunos na Formação Cívica 8.3. Subcategoria – Desenvolvimento de estratégias de prevenção/ intervenção 8.4. Subcategoria – O possível envolvimento da família na Formação Cívica

9. Categoria – A Relação entre a Escola e a Família

Esta categoria apresenta indicadores relativos à opinião dos Coordenadores dos Directores de Turma, que incidem sobre o actual desempenho da família em relação ao percurso escolar do aluno, bem como o seu próprio relacionamento com a instituição escola e os próprios actores educativos, dando origem às seguintes subcategorias:

9.1. Subcategoria – O papel da Família

9.2. Subcategoria – Relacionamento entre a Família/ Escola

9.3. Subcategoria – Benefícios do envolvimento da Família na Escola

9.4. Subcategoria – Factores que contribuem para o distanciamento entre a Família e a Escola

10. Categoria – A Gestão Relacional do Director de Turma face à Família na Prevenção/ Intervenção da Indisciplina na Escola

A presente categoria é composta por diversos indicadores que revelam a opinião dos entrevistados no que concerne à gestão relacional entre o Director de Turma e o Encarregado de Educação, numa atitude de prevenir e intervir perante situações de

indisciplina dos alunos, de forma a que haja uma colaboração de ambas as partes. Assim, desta categoria derivou as seguintes subcategorias:

10.1. Subcategoria – Interacção entre Director de Turma/Família perante situações de indisciplina

10.2. Subcategoria – Frequência dos contactos entre a Família e o Director de Turma

10.3. Subcategoria – Meios de Contacto

10.4. Subcategoria – Motivos de convocação dos Encarregados de Educação à Escola

10.5. Subcategoria – Reacções dos alunos face à comunicação ao Encarregado de Educação

10.6. Subcategoria – Reacção do Encarregado de Educação ao ser informado da ocorrência de situações de indisciplina

10.7. Subcategoria – Resultado das comunicações aos Encarregados de Educação 10.8. Subcategoria – Estratégias utilizadas pelo Director de Turma para aproximar a Família à Escola

10.9. Subcategoria – Medidas de cooperação entre Director de Turma/ Família.

Na fase seguinte, tomámos nota dos indicadores comuns, quantificámo-los em termos de frequências absolutas e relativas, respeitando a sua distribuição pelas categorias e subcategorias, como podemos observar no próximo quadro.

Quadro 11 – Síntese da distribuição das categorias e subcategorias de análise com os respectivos indicadores de frequência. CATEGORIAS Freq. Absol. Freq. Relat. SUBCATEGORIAS Freq. Abs. Freq. Relat. 1.1- Meio Socioeconómico e Cultural 17 30,36

1.2- Indisciplina 18 32,14 1.3- Recursos Materiais 8 14,29 1.4 Recursos Humanos 13 23,21 1. Caracterização da Escola 56 8,13 TOTAL 56 100 2.1- Regulamento Interno 4 36,36 2.2- Estratégias de Prevenção 7 63,64 2. Acção de Prevenção/Intervenção da