• Nenhum resultado encontrado

2 HISTÓRIA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM CÉLULAS COOPERATIVAS

2.7 Apoio à Escola Pública

Estudante cooperativo

A escola pública do espaço rural, em especial, não dispõe ainda de uma educação de qualidade, que ofereça aos estudantes a oportunidade de aprenderem os saberes historicamente organizados e os saberes locais para conseguirem mudar a situação econômica e social em que estão imersos.

Como temos visto, esse contexto do interior não é desenvolvido o suficiente para gerar oportunidades de mudanças que favoreçam a realização do sonho da juventude rural que, desanimados, tendem a abandonar a escola, ou a se conformar apenas com o ensino fundamental ou o médio, quando conseguem concluir. Assim, acabam optando por viverem de pequenos ofícios ou, quando muito, assalariados do capital, sem desmerecer aos que estão nessa condição, mas sabemos que nossas crianças e jovens têm potencial para irem à frente.

Tais caminhos de trabalho os põem na situação eterna de população de baixa renda. Por outro lado, há outros que ao concluírem o ensino médio, ainda não se encontram aptos a iniciarem no ensino superior. Dos muitos problemas que explicam essa situação, destaca-se a infraestrutura escolar que ainda não é apropriada a uma possível diversidade de usos metodológicos.

A falta de professores com formação específica é outro problema para o ensino- aprendizagem. Grande parte dos professores só tem graduação em Pedagogia, portanto sem

habilitação para lecionar disciplinas específicas. Em termos dos recursos disponíveis, a situação das escolas da área rural ainda é bastante precária.

Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (2007, p.29) afirmam que “[...] as escolas rurais apresentam características físicas e dispõem de infraestrutura bastante distinta daquelas observadas nas escolas urbanas. Em termos dos recursos disponíveis, a situação das escolas da área rural ainda é bastante precária”. E em relação ao grau de formação dos professores, os dados afirmam que:

o “nível de escolaridade dos professores revela, mais uma vez, a condição de carência da zona rural. No ensino fundamental de 1ª a 4ª série, apenas 21,6% dos professores das escolas rurais têm formação superior, enquanto nas escolas urbanas esse contingente representa 56,4% dos docentes. (ibidem, p. 33).

A partir desses dados confirmados, vemos a necessidade de se tomar uma atitude para mudar essa realidade triste da nossa educação, e foi por isso que a liderança do PRECE criou projetos em cooperação com a escola pública com a intenção de colaborar com a comunidade escolar. Um desses projetos foi o Estudante Ativo, que depois se transformou no Projeto Estudante CooperAtivo.

O projeto procurava apoiar e estimular os estudantes matriculados na escola pública para estudarem além da sala de aula e expandirem a visão de futuro. Nas ações, os estudantes eram impulsionados a serem autônomos intelectualmente e a agirem como protagonistas, engajados nos espaços da escola, no PRECE, e posteriormente, em outros locais de participação cidadã.

O fim maior do projeto era colaborar com a qualidade da educação por meio do aumento da aprendizagem do estudante. Para isso, procurávamos trabalhar com um “currículo local engajado” nas áreas específicas, como por exemplo, a história, o espaço geográfico, a diversidade biológica, as características ambientais, os aspectos econômicos, políticos e sociológicos do lugar.

A ideia de estudar o contexto local da escola por meio de diversos projetos é discutida por Freire (2011) e considero uma importante forma de trabalhar, para obtermos um aprendizado contextualizado de fato, colaborando para a melhoria da educação básica. (A figura 20) mostra os estudantes universitários facilitadores das disciplinas, o público e eu, então coordenadora do projeto.

Figura 20 – Universitários facilitadores e público do Projeto Estudante Cooperativo

Fonte: Arquivo pessoal da autora.

A metodologia do projeto Estudante Cooperativo partia da escolha que o estudante fazia por uma disciplina que mais o atraísse. Depois, ele recebia um curso nessa área, aos fins de semana, pelos estudantes universitários das áreas de licenciatura ou afins. Por exemplo, no ano em que coordenei esse projeto, tínhamos alguns projetos didáticos nas áreas de Geografia, Biologia e História que se baseavam no paradigma da interdisciplinaridade.

Nessa proposta, trabalhávamos temas locais, enfatizando a investigação e o estudo de situações nas áreas de estudo citadas. A estratégia de acompanhamento perpassava pelo estudo em grupo, seguindo os valores da Aprendizagem Cooperativa, solidária e participativa, embora ainda não trabalhássemos essa metodologia com rigor técnico. Os conteúdos foram facilitados com o auxílio também da Pedagogia de Projetos, com vistas à mediação nos problemas da realidade local. O curso do projeto Estudante Cooperativo era diferente dos cursos do Pré-Vestibular pelo fato de, enquanto aquele era mais voltado para uma aprendizagem mais holística do estudante, pois ainda havia uma formação política para que ele pudesse entender e interferir na própria realidade, esse último se voltava, predominantemente, para preparar os estudantes no conteúdo da prova do vestibular das universidades públicas, principalmente, da UFC pelo fato de esta prover a residência estudantil e a alimentação para estudantes do espaço rural do estado.

Além dos encontros semanais, criávamos formas de estimulá-los que eram as viagens de campo quando os estudantes gozavam da oportunidade de conhecer laboratórios, departamentos da UFC, visitar museus e outros espaços culturais de aprendizagem informal, em Fortaleza.

O projeto teve alguns parceiros importantes, “o apoio de alguns professores das Universidades Estadual e Federal do Ceará, os quais colaboraram proferindo palestras e orientando o processo”. (Relatório 2018). Nessa edição do projeto, havia também a participação dos professores das Escolas públicas dos estudantes do projeto.

Em 2008, as turmas de estudantes eram do Ensino Fundamental de algumas escolas do Município de Pentecoste, do 6º ao 9º ano. Por exemplo, os professores da escola Licínio de Morais, do distrito de Serrota, em Pentecoste, entenderam o valor desse projeto para o aprendizado de seus estudantes. Em nossos encontros semanais, duas professoras dessa escola participaram de todas as atividades que realizamos nesse ano.

Programa Radiofônico Coração de Estudante

No PRECE, procurávamos caminhar juntos em algumas lutas que víamos como necessárias em prol de uma transformação social através da educacão. Porém, sem a escola pública, não podíamos ir adiante, então resolvemos encampar algumas lutas locais em prol dessa escola e demos o primeiro pontapé em 1990, no movimento concebido pela ATEMPE, falado antes. O Programa de Rádio foi a maior ação que fortaleceu a ideia do PRECE como um movimento social, organizado por um grupo de agentes estudantis que, cansados com a falta de apoio para a juventude se desenvolver, resolveu trabalhar na conscientização de que devemos conhecer e defender os nossos direitos de cidadão brasileiro.

A partir desse revisitar à nossa história de lutas sociais, achei adequado nomear essas ações de “pedagogia engajada”. Esse termo denota a possibilidade de se trabalhar com projetos em parceria com órgãos de representação comunitária. Trabalhar abordando temas(transversias) que pudessem influenciar e minimizar os problemas sociais, de várias naturezas, percebidos no entorno da escola, pela ação educativa os quias recaem na sociedade,.

Assim, com essas ações geramos um aprendizado que parte de uma prática social, a de sair dos muros do que chamamos de escola. Em nosso caso, saímos da casa do estudante para a rádio, a rua, a reunião da associação, a reunião da câmara municipal, etc. Dessa forma, essas

movimentações favoreceram a participação de todos na vida comunitária, contemplando a ideia freireana de conscientização e transformação do que não está bom para algo bom na vida social.

O nosso engajamento foi importante nesse período de enfrentamento de uma realidade precária na educação como vimos antes. Ao falar da liderança revolucionária, Freire (2011) frisa a necessidade dessa liderança pensar com os grupos organizados, com as massas e não pensar por elas, mas juntos, de mãos dadas, como companheiros. No mesmo ideal de Paulo Freire foi que nós, professores da escola pública, em 1990, iniciamos o Programa Radiofônico Coração de Estudante, embora tenhamos sido podados pela censura do prefeito, mas a semente não morreria e, nesse mesmo ideal, ela renasceu.

Além do que já foi discutido sobre a censura que sofremos em 1991 por parte do governo municipal da época, acrescento que esse fato impacta até hoje, chegando aos nossos estudantes, pois impactata por esse fato da nossa história foi que Avendaño (2008, p.34), em sua pesquisa coloca a situação história que tendia a se repetir novamente com os novos professores precistas na nova versão do programa radiofônico Coração de Estudante:

A primeira versão do Programa Coração de Estudante, em 1991 teve apenas 6 meses de duração. Organizado e financiado por Manoel Andrade, as transmissões aconteciam aos domingos pela manhã de 7h às 9h. Eram os realizadores 5 professores da escola pública local (Eu-Ana Maria-, Pedro Firmiano, Rosa Lima, Quitéria Nascimento e

Irismar da Costa – grifos da autora). Tinha-se como pauta principal discutir o tema

educação por meio de debates, entrevistas, notícias e música. [...]. Certo dia, Manoel convidou duas orientadoras do programa de saúde do município e o presidente do sindicato rural para participarem do programa. Aproveitando a oportunidade, o referido presidente “falou mal do prefeito” (na época, Antonio Carneiro). Na semana seguinte, o diretor da rádio informou aos realizadores do programa que este não iria mais ser veiculado, pois o prefeito, que era um dos sócios da rádio, havia proibido. Andrade, apesar de argumentar que o papel do programa era apenas contribuir com a educação do município e não atacar interesses alheios, resolveu resignar-se aos mandos do prefeito por não possuir apoio popular suficiente para resistir. Teve que aguardar uma nova oportunidade para enfrentar a situação.(ibidem).

Diante desse fato que nos chocou no momento ocorrido pela arrogância e autoritarismo de um gestor municipal despreparado de todas as formas para ocupar o cargo a ele dado pelo povo desprovido da educação que transforma e liberta a pessoa do analfabetismo politicao. Em Pentecoste isso ocorreu de forma grosseira, mas sabemos que essa prática, de forma mais sublimar, também é comum em outras experiências nos órgãos de comunicação que servem ao agente de poder político ou ao poder do capital. Esse tipo de órgão de comunicação é serviçal do poder de

mando que pratica o cerceamento de liberdade, praticada de forma banal e natural como se isso fosse uma cultura aceitável, nesses rincões do Ceará interiorano.

Os anos passaram e o programa de rádio renasceu, protagonizado por novos combatentes, os precistas, em março de 2005 até dezembro de 2010, na rádio Difusora Vale do Curu. Depois de uma nova parada, retornou novamente, na FM 98.7 em 2011, indo até final de 2012. O programa foi um dos projetos de luta engajada, encabeçado por essas lideranças do PRECE.

Além desse projeto, os precistas realizaram diversos projetos na área de educação e formação política. Nossos levantes trouxeram a ideia de participação na representação da sociedade civil criada frente ao poder do governo municipal, intervindo na reivindicação por melhorias da política pública educacional no município:

[...]. Desde os anos 70, os movimentos sociais que lutam pela democratização da sociedade brasileira buscam o direito de intervir nas políticas públicas através da criação de mecanismos de controle social. Controle social é uma forma de compartilhamento de poder de decisão entre Estado e sociedade sobre as políticas, um instrumento e uma expressão da democracia e da cidadania. Trata-se da capacidade que a sociedade tem de intervir nas políticas públicas. Esta intervenção ocorre quando a sociedade interage com o Estado na definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação do município, do estado ou do governo federal. [...]. (Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais – nº 29 - Agosto/08 - http://www.polis.org.br/uploads/1058/1058.pdf - 22/06/19).

A partir dessa visão de controle social foi que o programa radiofônico moveu a participação dos estudantes e da comunidade nas discussões sobre várias temáticas caras à realidade local, na forma dos estudos em grupo, ou por meio do programa de rádio.

Seu objetivo era garantir a participação e a compreensão da população de Pentecoste em relação aos gastos públicos da gestão do município e aos investimentos das verbas destinadas às principais áreas que consideramos importantes tais como educação, saúde, emprego e segurança. Nossas ações procuravam zelar pela ética na política a partir de uma fiscalização da gestão do poder executivo e do diálogo e observância da postura o poder legislativo que deveria fiscalizar o executivo, representando, de fato, o povo para obter uma ampla transformação da forma centralizadora de governar para outra mais participativa e com respeito ao patrimônio público.

Dentro desse tema, outras ações de combate na participação política ocorreram, como por exemplo, o projeto chamado Observatório do Eleitor, que nas quintas-feiras participava das reuniões da câmara de vereadores do município para depois levar as informações para os debates no programa de rádio e para as reuniões do PRECE.

O programa contribuiu com a divulgação dos trabalhos nas comunidades a partir de importantes parcerias com as Associações comunitárias da região, representadas pela Central de Organizações Associativas de Pentecoste (COAMPE) e a União das Associações do Vale do Rio Canindé (UAVRC).

O programa se tornou uma ferramenta fundamental para as ações precistas no município, preparando um terreno fértil para a iniciativa de entrada na política partidária, que compõe mais uma página na história dos precistas graduados, tema que poderá ser estudado em outra ocasião. Na (figura 21) exposta abaixo, temos os principais estudantes líderes José Jocélio Simplício (à esquerda) e Tony Ramos (à direita) em execução do Programa. Na época, os dois eram estudantes universitários, coordenavam e eram locutores.

Figura 21 – Programa Radiofônico Coração de Estudante com os apresentadores: Tony Wérisson e José Simplício

Fonte: Arquivo do Memorial do PRECE.

No início, foi difícil para o projeto deslanchar porque o grupo não tinha formação radialista, mas os debates e a preocupação com a programação possibilitaram mais clareza sobre o que seria ideal para o programa. Eles também participaram de formações na UFC, no Departamento de Comunicação, de oficinas de rádio e conferências em Fortaleza para melhorar a interlocução com o público.

Apesar das dificuldades de todo começo de projeto, o trabalho no rádio é excitante pelo fato de interagirmos com a possibilidade de se ter uma ampla audiência, assim, o impacto na comunicação de ideias é animador. O rádio continua sendo um veículo de comunicação bastante utilizado, e mesmo após o advento da internet, ele abrange um raio amplo de comunicação dos fatos diversos da vida social e cultural da sociedade em geral, não somente local, mas a nível mais amplo. E em nosso caso, íamos nas ondas do rádio para fora das fronteiras do município. Jocélio Simplício relata:

Não tenho dúvidas que é um bom trabalho, palestras com nomes renomados da comunicação cearense, controle social e participação política fará uma grande diferença na formação crítica de nossos jovens. Enfim, foram ações que deram bastante visibilidade ao PRECE. Em 2011 fomos para FM 98,7, ficamos apenas 2 anos até terminar nossa jornada na comunicação. Atualmente, estamos sem programa de rádio, esperando, quem sabe, pessoas (comunicadores) que possam resgatar esse momento da história do movimento PRECE na comunicação de Pentecoste. Participaram da equipe do programa de rádio: Manoel Andrade, Edilson Costa, Francisco José (Shaycon), Nonato Furtado e Jocélio Moraes, Tony Ramos, Viviane Matos e Orismar Barroso”. (INSTITUTO CORAÇÃO DE ESTUDANTE, 2014).

De acordo com a afirmação de Moraes (2014), percebo que o trabalho realizado no projeto foi uma iniciativa que contou com os esforços dos estudantes universitários do PRECE e do líder Manoel Andrade para manter esse importante veículo comunicativo.

A partir da fala desse precista, vejo o valor do Programa na nova versão ao discutir controle social e participação política com o intuito de desenvolver o espírito crítico dos nossos jovens. Infelizmente, assim como o jornal Tribuna do Estudante, o Programa de rádio Coração de Estudante teve vida efêmera, porém ganhou um lugar de destaque na História do PRECE e isso se deu pelo fato de ter sido bastante valorizado pelos precistas e suas famílias.

Movimento em defesa da escola pública

Quando os estudantes da sede de Pentecoste chegaram ao Cipó, no início de 2002, foi ficando difícil manter ações de luta e por isso, víamos que precisaríamos criar vários projetos e ações de pressão ao poder local. Com a união desses estudantes, ganhamos mais força popular e isso nos impulsionou a criar outras ações de combate ao descaso da gestão pública do município.

Com o passar do tempo e com um público maior e mais aguerrido, realizamos em 2008, o movimento em defesa da escola pública, no período eleitoral, onde os candidatos a prefeito e a vereadores foram pressionados a se comprometer em realizar uma série de ações pontuais referentes a melhoria da educação pública. Esse foi o movimento mais organizado de nossa história recente, porém, ainda outros movimentos foram feitos e que impactaram na época, como, por exemplo, o movimento em defesa da segurança pública que não me deterei nesse trabalho.

O movimento em defesa da escola pública foi uma iniciativa pioneira, uma campanha de educação política no período eleitoral, na cidade de Pentecoste, por entender o valor que tinha naquele momento em que se discutia a definição dos quadros representativos dos poderes executivo e legislativo do município.

Vi, como participante desse movimento, o quanto foi importante a nossa atitude de defesa da Escola Pública por meio de atos públicos já que, nesse período, tudo ficava mais evidente. Era necessário colocar a educação pública em evidência, pois a própria existência do PRECE se deu pelo fato desses gestores públicos não terem sem condições técnicas visíveis para atuarem nos cargos que pleiteavam.

E mesmo obtendo sucesso na educação, o nosso esforço sempre foi hercúleo para obtermos tantos resultados até hoje. Os precistas não esperavam dos gestores públicos de então, o desenvolvimento a contento, das políticas públicas de educação para a juventude popular da cidade e do interior. Por isso, foi necessário que a massa mais crítica do local fizesse movimentos de luta de rua, dentre outras estratégias para conscientizar e pressionar esse poder.

O movimento tinha um caráter suprapartidário e partia de uma questão legal, de cobrança de aplicação da Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), de que “a educação é um direito de todos e dever do estado”, portanto necessária a todos e a todas, não podendo deixar ninguém de fora, desse modo, cumpria a todos exigirmos que a educação não ficasse debaixo dos interesses de qualquer político ou partido.

Na carta de compromisso (anexo C), são expostas as razões e princípios do movimento em defesa da escola pública. A razão principal era de que a ausência de uma escola pública de qualidade perpetua a desigualdade social que gera um abismo entre ricos e pobres, difícil de ser superado. Nós, lideranças do PRECE, junto com estudantes das 13 EPCs criadas no período entre 2003 a 2007, realizamos e participamos de vários eventos como palestras, seminários e passeatas. Promovemos uma passeata (Figura 22), saindo do Centro de Pesquisa, sede da EPC de Pentecoste e seguindo na avenida principal, a José de Borba Vasconcelos, terminando em uma sede organizada por nós que nomeamos de Comitê da Educação, onde projetávamos filmes e recebíamos assinaturas de testemunhas e apoiadores (as) dessa causa pública. Nesse espaço, montamos uma estrutura mínima de mesa, cadeiras, computador e água. Lá, ficava sempre um estudante precista para receber as pessoas que queriam apoiar o movimento e distribuir panfletos educativos a respeito de como votar consciente, sem a venda e compra de votos. No local, também eram distribuídos os informativos do Tribunal Superior Eleitoral que orientavam as leis de regimento do pleito eleitoral.

No comitê, fazíamos reuniões de planejamento e avaliação das estratégias da liderança precista que encabeçava o movimento. A carta construída pelo grupo deveria ser entregue ao