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3 A FORMAÇÃO CONTINUADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PELA PUBLICAÇÃO EM PERÍODICOS CIENTÍFICOS: UMA CONTRIBUIÇÃO

3.2 ESTUDOS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NOS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS: UMA REFLEXÃO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DE

3.2.1 Apontamentos acerca do Qualis-Periódico

Elencamos que as discussões em torno do processo de estratificação das revistas pela CAPES dão-se periodicamente. Atualmente a avaliação dos periódicos é anual. Consideramos ainda que, como as regras para a estratificação das revistas passam por mudanças periódicas, pode haver deslocamentos de quem publica por conta da mudança do Qualis.

Portanto, as regras podem interferir, significativamente, no quantitativo da publicação, pois, de modo geral, essas publicações são produções de pesquisadores dos programas de pós-graduação que dependem desses índices para serem somados à nota de avaliação da CAPES para que os programas, aos quais estão vinculados, recebam investimentos e/ou se mantenham como programas reconhecidos por essa Instituição.

É de suma importância enfatizar o percentual máximo de periódicos que devem se situar nos estratos superiores (soma de A1 + A2) do Qualis, que deve compreender,

no máximo, 26%. Portanto, não se pode falar de melhor ou pior qualidade textual tendo como base apenas o que é lançado em periódicos de classificação A1 e A2, já que a própria classificação é uma forma de garantir uma hierarquização dos estratos, determinando os periódicos que devem ou não estar nessa hierarquia.

Vogel (2015), em sua tese de doutorado, na qual demonstrou os processos CAPES de avaliação dos programas de pós-graduação e dos periódicos ao longo dos anos, salientou que essa classificação e a fixidez dos percentuais de acesso aos estratos Qualis é arguida pelo Conselho Técnico e Científico da CAPES (CTC) como uma necessidade de garantir que a passagem de um estrato mais baixo para um mais alto não fosse apenas um mero trâmite burocrático. Foi nesse sentido que se criou esse modelo A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C.

A classificação dos periódicos em A1 e A2 tem como uma de suas mais importantes bases, a indexação na Web of Sciences52 que, segundo Vogel (2015), vem congregando cada vez mais adeptos. Essa autora expôs que o crescimento mundial da indexação nessa base de dados científica tem apresentado crescimento desde 1998.

Segundo a autora, a participação dos periódicos brasileiros nessa base de dados foi de quase 10% no triênio de 1998-2000, mas caiu para 7,88% no triênio de 2010- 2012. A CAPES se respalda nisso para a adotar medidas com a intenção de aumentar a participação dos periódicos brasileiros no cenário internacional e essas medidas fazem parte do Plano Nacional Pós-graduação (PNPG) 2011-2020. Isso se reflete em um critério específico para que o periódico se torne Qualis A1 ou A2, a indexação em bases internacionais de dados científicos.

Reiteramos que a questão sobre a qual nos debruçamos faz-nos pensar os periódicos elencados, por nós, não como aqueles mais elevados nos estratos de publicação, mas pela compreensão de que essa classificação impacta fortemente na produção dos programas de pós-graduação e, associados a outros elementos, impacta em políticas de financiamento desses programas, pelos quais cruzaremos

52

De acordo com Vogel (2014), A Web of Science, é uma das maiores bases de dados bibliográficos do mundo, uma importante fonte para a classificação dos periódicos nos quais os programas de pós- graduação do Brasil publicam. “[...] é responsável por diversos índices: como Social Sciences Citation Index – SSCI; Arts & Humanities Citation Index – AHCI; Journal Citation Reports – JCR entre outros produtos” (VOGEL, 2015, p. 64).

os nossos levantamentos pelos periódicos, uma vez que produziremos nossas reflexões como diálogos com os estados da arte e os estados do conhecimento produzidos pelos autores que apresentamos, aqui, como significativos para nossa discussão acerca dos estudos de mapeamentos.

Biojone (2003), ao comentar acerca da avaliação dos periódicos, esclareceu que essa preocupação em avaliar está intimamente ligada ao crescimento da produção e publicação de artigos, refletindo a concorrência, visto que os pesquisadores que mais publicam, em especial nos periódicos de mais alta classificação, têm a ascensão da sua carreira favorecida, ganhando espaço no cenário da pesquisa. Nesse sentido, a autora aponta que:

Publicar artigos, atualmente, é prova de atividade científica e acadêmica, que pode garantir uma boa avaliação do pesquisador pelas Universidades e agências de fomento ─ avaliação essa que avalia de acordo com o periódico em que se publica o artigo, ainda que muitas vezes, o fato de publicar não signifique que a informação científica ali vinculada seja original e de boa qualidade (BIOJONE, 2003, p. 45).

Apesar de a publicação em periódicos de alta estratificação, conforme definido pela classificação CAPES, que leva em conta a avaliação de pares na aceitação de uma ou outra publicação, podemos assinalar que a nossa reflexão acerca dos textos, que por sinal passará pela aproximação da avaliação bibliométrica, não têm a intenção de se aprofundar em tais processos e meios pelos quais as revistas selecionam os textos, pois sentimo-nos alertados por Biojone (2003) de que a neutralidade dos pareceristas, apesar de criteriosa, pode não ter ampla uniformidade, podendo levar em conta critérios que possam beneficiar algumas instituições e/ou pesquisadores, em prejuízo de outros, pelos próprios formatos das avaliações.

A nossa busca nos periódicos de Qualis A1 e A2 tem por objetivo selecionar aqueles que têm como missão assuntos educacionais, conforme se constata em página própria na internet (website) dessas revistas. Junto a isso, afirmamos que o ano referencial para iniciarmos a contagem dos textos foi 1996, porém, os periódicos que datam de períodos posteriores o fazem devido ao seu início de publicação. Esses elementos podem ser vistos abaixo (Quadro 2) de acordo com o Qualis:

Quadro 2 – Ano inicial da contagem dos textos por Revista considerando os respectivos períodos de publicação

Identificação dos periódicos Qualis

periódico

Ano

Revista Paideia Qualis A1 1996

Educação & Sociedade Qualis A1 1996

Educar em Revista Qualis A1 1996

Revista Ensaio Qualis A1 1996

Revista Brasileira de Educação Qualis A1 1996

Revista Avaliação Qualis A1 1996

Caderno de Pesquisa Fundação Carlos Chagas Qualis A1 1996

Ciência e Educação - UNESP Qualis A1 1996

Revista Pró-Posições Qualis A1 1996

Revista Educação e Pesquisa Qualis A1 1996

Cadernos de Pesquisa Qualis A1 1999

Revista Educação e Realidade Qualis A1 1999

Educação em Revista Qualis A1 1999

ETD Educação T. Digital Qualis A1 2006

Caderno CEDES Qualis A2 1996

Revista Educação e Filosofia Qualis A2 1996

Revista Estudos em Avaliação Educacional Qualis A2 1996 Revista Brasileira de Educação Especial Qualis A2 1996 Revista Investigação em Ensino de Ciências Qualis A2 1996 Revista Brasileira de Educação Pública Qualis A2 1996

Revista Educação em Questão Qualis A2 1996

Revista Ensaio Pesquisa em Educação e Ciência Qualis A2 1999 Revista Brasileira de Política e Administração de Educação Qualis A2 2000

Revista Diálogo Educacional Qualis A2 2000

Revista Curriculum sem Fronteira Qualis A2 2001 Revista Brasileira de História da Educação Qualis A2 2001 Caderno de História da Educação Qualis A2 2002

Revista da Educação PUC - RS Qualis A2 2004

Caderno de Educação UFPL Qualis A2 2004

Revista E-Curriculum Qualis A2 2005

Revista Práxis Educativa Qualis A2 2006

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2016).

Sob essas considerações, mapeamos os periódicos com os descritores que elegemos como significativos na denominação da Formação de Professores, para produzirmos maior aproximação com a nossa empreitada. Assim, apresentámo-los:

a) Formação de professores (formação de docentes, formação de educadores); b) Profissionalização docente;

c) Educação de professor;

e) Formação continuada de professores na/da educação infantil (formação de docentes);

f) Formação continuada de professores na/da educação infantil centrada na escola (formação de docentes na/da educação infantil centrada na/da escola);

g) Formação de professores em serviço.

Destacamos que a nossa busca se deu pela internet, nos sites dos periódicos e no seu espaço de sua indexação, quando existia, na base de dados da Biblioteca Científica Eletrônica em Linha (Scientific Electronic Library Online ─ SciELO)53. A nossa maior opção foi pelo site próprio da Revista, visto que, na maior parte dos casos, os periódicos se indexaram à SciELO em período posterior ao início do nosso período marcado para investigação. Em outros casos, uma parte dos textos estava concentrada no site do periódico e a outra parte estava disponível apenas pela indexação.

Os periódicos investigados foram os nacionais e os textos contabilizados estavam publicados em língua portuguesa. Visualizamos que a organização das edições se compunha, na sua maioria, em distintas seções que não apresentavam, de modo geral, padrões, nem em diferentes edições, nem por ano de publicação. Soma-se a isso, o fato de que a visualização de algumas seções, em alguns sites das revistas, ora se mantinha, ora era extinta e, em alguns casos, reaparecia no decorrer do tempo (APÊNDICE D).

Nesse sentido, foram encontrados nas 31 revistas Qualis A1 e Qualis A2, o total absoluto de 17.142 textos (sendo 9.765 em “A1” e 7.377 em “A2”), conforme distribuídos na Tabela 1, a seguir:

53“SciELO - Scientific Electronic Library Online (Biblioteca Científica Eletrônica em Linha) é um

modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na Internet. Especialmente desenvolvido para responder às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente na América Latina e Caribe, o modelo proporciona uma solução eficiente para assegurar a visibilidade e o acesso universal a sua literatura científica, contribuindo para a superação do fenômeno conhecido como 'ciência perdida'. O Modelo SciELO contém ainda procedimentos integrados para medir o uso e o impacto dos periódicos científicos” (Consultado em: 24/04/2016; disponível em:< http://www.scielo.org/php/level.php?component=56&item=1&lang=pt>

Tabela 1 – Quantitativo absoluto de textos produzidos pelos periódicos no período de 1996 a 2014

Nome dos periódicos Qualis periódico Total

Educação & Realidade Qualis A1 607

Cadernos de Pesquisa Qualis A1 366

Ensaio (Fundação Cesgranrio) Qualis A1 399

Educação em Revista Qualis A1 419

Ciência e Educação –Unesp Qualis A1 614

Paideia Qualis A1 641

Revista Avaliação Qualis A1 675

Revista Educação e Pesquisa Qualis A1 702

Revista Brasileira de Educação Qualis A1 808

Revista Pro-posições Qualis A1 860

Caderno de Pesquisa Fundação Carlos Chagas Qualis A1 862

Educar em Revista Qualis A1 893

Educação & Sociedade Qualis A1 1146

Etd Educação T. Digital Qualis A1 773

Caderno Cedes Qualis A2 414

Estudos em Avaliação Educacional Qualis A2 457

Curriculum sem Fronteira Qualis A2 345

Revista Brasileira de Educação Especial Qualis A2 512 Investigação em Ensino de Ciências Qualis A2 349 Revista Brasileira de Política e Administração

Educacional

Qualis A2 386

Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências Qualis A2 439 Revista Brasileira de História da Educação Qualis A2 394

Revista Educação PUC─ RS Qualis A2 459

Práxis Educativa Qualis A2 266

Revista História da Educação Qualis A2 501

Educação e Filosofia Qualis A2 674

Caderno de Educação UFPel Qualis A2 447

Revista Brasileira de Educação Pública Qualis A2 348

Diálogo Educacional Qualis A2 598

E-curriculum Qualis A2 324

Educação em Questão Qualis A2 464

Total Qualis A1 9765

Total Qualis A2 7377

Total geral de textos Qualis A1 e Qualis A2 17142

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2016).

Podemos visualizar, a partir dessa tabela, que as revistas com Qualis A1 são as que mais publicaram, considerado o âmbito geral. Ademais, é possível constatar que nessa qualificação encontram-se os periódicos que têm mais tempo de existência.

Esse elemento, segundo Gonçalves et. al. (2006, p. 175), “[...] sinaliza tradição e êxito na manutenção da publicação, uma vez que os títulos recentes têm maior tendência à descontinuidade”. O tempo de existência de um periódico, além de sinalizá-lo com uma tendência em permanecer nos estratos superiores, também marca que ele passou por distintas definições de critérios.

Nessas investigações sobre periódicos pudemos perceber que, de modo geral, todos tiveram um grande crescimento nas publicações. Todavia, o crescimento de publicações em formação de professores, se comparado ao campo de publicação geral, é muito pequeno, e, tratando-se da formação continuada de professores, esse é ainda menor. Observemos o Gráfico 4:

Gráfico 4 ─ Comportamento da publicação pelo total de textos, pela Formação de Professores e pela Formação Continuada de Professores pelos periódicos

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2016).

No gráfico 4 podemos observar a publicação de textos gerais em educação e o seu exuberante crescimento em detrimento do crescimento da publicação de textos em formação de professores e em formação continuada de professores. Isso nos remete à assertiva de que é importante dar mais atenção à necessidade de se publicar no campo da formação de professores, em especial nesses estratos. E mais, ao nos portarmos aos estados da arte e do conhecimento em formação de professores, em

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 Total de publicação Formação de Professores Formação Continuada de Professores

André (2009, 2010 a b), Brzezinski (2009), Gatti et al. (2011) e Astori (2014), percebemos que o crescimento da publicação não está no caminho progressivo da produção acadêmica nesse campo.

A constatação do crescente no total de publicações em educação é factual e vai ao encontro dos resultados encontrados por esses autores (as) em seus estados do conhecimento que abrangeram publicação em periódicos, produção do GT 8 da ANPEd, e, principalmente, do levantamento do Banco de Teses e Dissertações da CAPES, compreendendo o período de 1992 a 2012.

Esse apontamento da crescente produção de pesquisas sobre formação de professores, demonstrado em teses e dissertações, foi associado, pelas autoras, ao crescimento do número de programas de pós-graduação pelo país, fato constatado pela própria CAPES ao demonstrar a classificação por triênio.

Destacamos que a isso podemos vincular o fator publicação, visto que as publicações se relacionam com autores que, de alguma forma, estão vinculados aos programas de pós-graduação no Brasil, pois o impacto de publicação em periódicos localizados nos altos estratos CAPES tem equivalente e significativo impacto na avaliação dos programas por essa Instituição.

Esse crescimento no número de cursos de pós-graduação em educação, por regiões do país, pode ser visualizado abaixo, na figura 1:

Figura 1 – Aumento do número de novos cursos credenciados nos últimos triênios por região do país

Fonte: CAPES (2013).

Essa figura revela o crescimento de programas de pós-graduação em educação na região Sudeste (SE), a mesma região em que predominam a produção e a

publicação acadêmica (André, 2011), mantendo assim um avanço tímido em relação às outras regiões do país.

Ainda o mesmo gráfico mostra o Nordeste (NE) dando um salto importante no triênio 2007-2009, equiparando seu crescimento com o da região sul no último triênio apresentado. Vale lembrar que as instituições que mais produzem e publicam, pela avaliação da CAPES, têm maiores incentivos.

É importante observar que, em 19 anos, o aumento do número de publicações segue uma tendência mais abrangente – apontada pelas pesquisas que constatam uma maior produção científica no Brasil em diversos campos do conhecimento, acompanhando a indexação dos periódicos –, de uma disputa produtiva entre as instituições de pesquisas e editoriais e pelos pesquisadores, pela exigência internacional da produção e da publicação dos avanços científicos, bem como pelos incentivos dados com base nessa divulgação, conforme apresentado por Parcker e Meneghini (2006). Nessa direção, os autores destacaram que:

A visibilidade é hoje uma característica essencial na comunicação científica. Ela é assim percebida por todos os seus atores: agências de fomento, editores, autores, especialistas de bibliometria, informetria e cientometria. Em consequência, adquirir, manter e aumentar progressivamente a visibilidade passa a ser essencial para a sustentação de um periódico (PARCKER; MENEGHINI, 2006).

Ao ter em vista que a publicação brasileira em revista científica, no campo educacional, tem uma relação direta com a produção acadêmica, a publicação passou a ser importante não apenas para a manutenção desses periódicos, como também da própria avaliação da CAPES para a permanência de programas de pós- graduação no Brasil, pois a publicação em periódicos de estrato mais alto é fundamental para a concessão de incentivos aos programas.

Biojone (2003), nessa mesma direção, esclareceu que não só os programas, mas a própria vida profissional do acadêmico está sendo dinamizada. A autora aponta que:

Os pesquisadores que mais produzem artigos, normalmente, ganham e prestígio e reconhecimento, o que favorece a sua ascensão na carreira, chegando a obter postos-chave no cenário da pesquisa de seus países. Para eles, publicar em periódicos científicos reconhecidos internacionalmente, ou indexar em bases de dados de renome internacional, significa conseguir, além de sua certificação como pesquisador, a certificação de seu trabalho científico, garantindo a propriedade do objeto de pesquisa. Publicar artigos, atualmente, é prova de atividade científica e

acadêmica, o que pode garantir uma boa avaliação do pesquisador pelas Universidades e agências de fomento ─ avaliação essa que varia de acordo com o periódico em que se publica o artigo, ainda que, muitas vezes o fato de publicar não signifique que a informação ali vinculada seja original ou de boa qualidade (BIOJONE, 2003, p. 45).

A nossa busca pela publicação em periódicos dos estratos mais altos, A1 e A2, apesar de eles não se distanciarem tanto em número total de textos publicados, pode ser entendida quando comparamos o total relativo de publicações em educação entre as Revistas com Qualis A1, que apresentaram média relativa de publicações de 56,97%, e as Revistas de Qualis A2, que exibem uma média relativa menor, de 43,03%. Salientamos que essas médias não devem ser consideradas para esses estratos em todo o período, haja vista que um periódico pode entrar e sair dos estratos, conforme avaliação periódica realizada pela CAPES.

Assim, faz-se necessário visualizar os periódicos e suas publicações anuais, para que consigamos construir um comparativo entre as revistas, considerando a média relativa de publicação por ano e também por Periódico.

A média relativa é representada neste gráfico pelas barras que o compõem, organizadas em cores que representam os Qualis A1 e A2, conforme podemos observar na tabela 2, que apresentamos logo a seguir:

Tabela 2 – Média relativa de publicações das revistas no período de 1996 a 2014

(continua)

Nome dos periódicos Qualis

periódico

Média

Revista Paideia Qualis A1 37,9

Educação & Sociedade Qualis A1 63,7

Educar em Revista Qualis A1 47,0

Revista Ensaio Qualis A1 36,3

Revista Brasileira de Educação Qualis A1 42,5

Revista Avaliação Qualis A1 35,5

Caderno de Pesquisa Fundação Carlos Chagas Qualis A1 30,5

Ciência e Educação - UNESP Qualis A1 45,4

Revista Pró-Posições Qualis A1 34,1

Revista Educação e Pesquisa Qualis A1 45,3

Cadernos de Pesquisa Qualis A1 46,6

Revista Educação e Realidade Qualis A1 36,9

Educação em Revista Qualis A1 33,7

Tabela 3 – Média relativa de publicações das revistas no período de 1996 a 2014

(conclusão)

Nome dos periódicos Qualis

periódico

Média

Caderno CEDES Qualis A2 23,0

Revista Educação e Filosofia Qualis A2 24,8

Revista Estudos em Avaliação Educacional Qualis A2 35,5 Revista Brasileira de Educação Especial Qualis A2 24,6 Revista Investigação em Ensino de Ciências Qualis A2 41,7 Revista Brasileira de Educação Pública Qualis A2 27,4

Revista Educação em Questão Qualis A2 24,1

Revista Ensaio Pesquisa em Educação e Ciência Qualis A2 27,8 Revista Brasileira de Política e Administração de

Educação

Qualis A2 18,4

Revista Diálogo Educacional Qualis A2 29,6

Revista Curriculum sem Fronteira Qualis A2 30,1 Revista Brasileira de História da Educação Qualis A2 28,1 Caderno de História da Educação Qualis A2 25,7

Revista da Educação PUC ─ RS Qualis A2 38,7

Caderno de Educação UFPel Qualis A2 39,9

Revista E-Curriculum Qualis A2 32,4

Revista Práxis Educativa Qualis A2 27,3

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2016).

É possível verificar, por meio do gráfico, que o periódico com a maior média relativa do total de textos publicados por ano é a revista Educação e Sociedade, de Qualis A1. Ademais, apontamos 04 periódicos de cada Qualis, onde a maior parte dos textos foi publicada. São eles:

a) A1- Educação e Sociedade, Educação Digital, Educação em Revista e Educar em Revista;

b) A2- Revista Brasileira de Política e Administração, Revista Educação PUC, Diálogo Educacional e Revista Brasileira de Educação.

3.3 A RELAÇÃO ENTRE PUBLICAÇÃO NO CAMPO DA FORMAÇÃO DE