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RH VI Lagos São João Recursos da Cobrança Período Recurso

Nº 24 26/09/07 Aprova o processo de

negociação de valores devidos pelas Concessionárias de Abastecimento de água referentes a cobrança pelo uso da água, nos exercícios fiscais de 2004, 2005 e 2006 na área de competência do Comitê Lagos São João.

Nº 013 - 04/09/07 - Aprova a

Sócio-Ambientais Microbacias e seu regulamento

Nº 014 - 10/12/07 - Aprova a

forma de operação das comportas da Barragem de Juturnaíba, nos termos do Manual de Operação aprovado pela AGENERSA

Não é necessária aprovação do CERHI - RJ

Nº 015 - 10/12/07 - Recomenda a

suspensão por período anual da pesca na Lagoa de Saquarema

Não é necessária aprovação do CERHI - RJ

Nº 016 - 10/12/07 - Recomenda a

suspensão por período anual da pesca na Lagoa de Araruama

Não é necessária aprovação do CERHI - RJ

Nº 017 - 10/12/07 - Propõe uma

gestão compartilhada da Região Hidrográfica do Rio das Ostras

Não é necessária aprovação do CERHI - RJ.

Tabela 6 fonte: site Comitê Lagos São João e site INEA Analisando as decisões discutidas e aprovadas pela plenária do comitê, nas seis reuniões que constituem objeto desse estudo, verifica-se a efetiva participação de todos os segmentos nos momentos de aprovação das resoluções.

Dado o fato de ter sido a primeira composição após a criação do comitê, um dos assuntos mais pertinentes deliberados foi sobre o Plano de Bacia, este foi inicialmente discutido no âmbito da Câmara Técnica de Instrumentos de Gestão do comitê, que emitiu parecer favorável. Assim sendo, na 2ª Reunião Ordinária, o plano foi apresentado à Plenária do Comitê, com explanação dos três Tomos que o compunham, sendo o tema aprovado unanimemente pela plenária.

Foi elaborada a Resolução Comitê Lagos São João N° 005/06, que aprova o Plano de Bacia. Está resolução foi aprovada pela Plenária durante a 3ª reunião ordinária, sendo então o Plano apresentado de forma oficial durante a 4ª Reunião. Nesta ocasião, o consultor do Plano, Sr. Paulo Bidegain argumentou a necessidade de se iniciar a recuperação ambiental no

âmbito das microbacias da região, a fim de que se tivesse o efeito no corpo hídrico como um todo.

Foi ressaltado, durantes todas as reuniões do período, a necessidade de participação de todas as instituições envolvidas no Comitê, para que se atingisse, de forma conjunta, as metas elencadas inicialmente no Plano de Bacia, evitando desta forma a sobrecarga da Secretaria Executiva do Comitê.

Outro assunto bastante recorrente durante as reuniões e de suma importância para o funcionamento do comitê, foi a Aplicação dos recursos do FUNDRHI, oriundos da cobrança pelo uso de água.

Já na 2ª reunião ordinária, foi apresentado o orçamento para o ano de 2005 para a aplicação destes recursos. Demonstrando-se a importância da gestão descentralizada e integrada, este orçamento refletia as propostas dos três sub-comitês, bem como das Câmaras Técnicas do Comitê. Tal proposta foi aprovada unanimemente pelo plenário, dando origem à Resolução Lagos São João N° 006/06, aprovada unanimemente na 3ª reunião plenária. Está resolução foi então encaminhada ao Órgão gestor, SERLA, que iniciou os tramites de encaminhamento do mesmo ao CERHI, onde também foi aprovado, resultando na resolução CERHI N° 16/06 e na liberação dos recursos para uso por parte do comitê.

Ainda sobre este tema, uma questão importante abordada foram as inadimplências no pagamento pelo uso de água e despejo de esgotos por parte das duas empresas concessionárias da região. Este assunto foi levantado pelo representante do Órgão Gestor no comitê, na 3ª reunião, ficando acordado que se buscaria uma solução para este problema. O assunto voltou à Plenária na 5ª reunião, quando foi exposto aos

membros que as concessionárias pretendiam repassar os valores desta cobrança aos consumidores, tendo este pedido indeferido pela AGENERSA por descumprimento à Lei Estadual N°4.247/03, que não permite esta prática.

A fim de que se resolvesse este entrave da inadimplência, foi apresentada uma proposta de cobrança escalonada, que funcionaria da seguinte maneira: o valor da cobrança permaneceria o preconizado na Lei Estadual N°4.247/03, mas as concessionárias pagariam de forma escalonada, sendo pagos 40% do valor para o ano de 2007, 60% do valor para 2008, 80% do valor para 2009, passando em 2010 a pagar o valor em sua totalidade.

Porém os débitos retroativos desde o início da cobrança (e que alcançavam, à época, o valor de R$2.000.000), permaneceriam inalterados, havendo a necessidade de seu pagamento integral. Esta proposta gerou uma intensa discussão por parte da Plenária, sendo aprovada. Isso permitiu o início imediato do pagamento.

Outro assunto debatido foi à divisão do Estado do Rio de Janeiro em Regiões Hidrográficas aprovada pela Resolução CERHI Nº 18 – 08/11/06, que interfere na gestão do Comitê Lagos São João, pois a Região de Rio das Ostras foi retirada da Região Lagos São João e incluída na Região Hidrográfica de Macaé, onde existe o Comitê Macaé.

Anterior a esta deliberação o Município de Rio das Ostras fazia parte do Comitê Lagos São João sendo inclusive incluída no Plano de Bacia. Diante desta mudança o comitê aprovou a Resolução Comitê Lagos São João N° 017 – 10/12/07, com a seguinte proposta:

Art. 1 - Propor ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos CERHI-RJ o exercício de uma gestão compartilhada da Região Hidrográfica do Rio das Ostras, garantindo a continuidade dos projetos, em especial o que envolve os pequenos e médios produtores rurais na microbacia do Rio Jundiá através do Fundo Socioambiental de Boas Práticas em Microbacias do CBHLSJ. Garantindo desta forma uma gestão compartilhada.

Outros temas importantes ao funcionamento e desenvolvimento do Comitê em seu papel de “Arena das decisões”, que foram abordados durante o período eleitoral analisado:

 Aprovação do Regimento Interno, documento que estatui e dá as diretrizes ao Comitê;  Questões estruturais do Comitê, deliberações

sobre criação dos subcomitês e das Câmaras Técnicas, seja no âmbito do Comitê, como nos Subcomitês, além de balanços sobre funcionamento destas instâncias;

 Assuntos que versavam sobre funcionamento, questões operacionais e obras desenvolvidas pelas empresas concessionárias, as quais tinham compromisso de prestar os devidos esclarecimentos ao Comitê;

 Discussão sobre período de defeso - questão de vital importância para a região, visto ser a pesca uma das principais atividades econômicas da região;

 Criação do Fundo de Boas Práticas Socioambientais em Microbacias, que reserva 20% dos recursos obtidos com a cobrança pelo uso da água para financiar práticas de conservação ambiental.

Inicialmente, a questão do defeso foi deliberado no contexto das Câmaras Técnicas de Pesca dos Sub- comitês da Lagoa de Ararauama e da Lagoa de Saquarema. No caso da Lagoa de Araruama, a respectiva Câmara Técnica encaminhou à Plenária do Comitê uma Resolução por meio da qual se recomendava ao IBAMA a suspensão das atividades pesqueiras na Lagoa no período de 01 de agosto a 30 de novembro de cada ano. Já a Câmara Técnica do Subcomitê da Lagoa de Saquarema encaminhou proposta de defeso no período de 01 de abril a 30 de junho de 2008, até que estudos estabelecessem o período de defeso ideal da Lagoa. Ambas as resoluções foram aprovadas e encaminhadas ao IBAMA.

CONCLUSÃO

Com o objetivo de analisar a prática da gestão participativa, ratificada pela legislação dos recursos hídricos no Estado do Rio de Janeiro, foram analisadas as atas do Comitê de Bacia Lagos São João, triênio 2005-2008.

O estudo mostra que os três segmentos que compõem este “Parlamento das Águas” apresentam grande participação no processo, demonstrando a importância de uma mobilização prévia, através do Consórcio Intermunicipal Lagos São João, que iniciou os debates sobre os temas ambientais na região.

A pesquisa revelou que dos três segmentos que compõem o referido comitê, o que teve menor participação proporcionalmente foi o segmento da Sociedade Civil, em especial as instituições de ensino. É importante haver uma compreensão do papel consciente da Sociedade Civil como mecanismo de representação da comunidade, contextualizando os problemas da região e interferindo nas decisões do

comitê de forma democrática junto aos usuários de água e ao poder público. Os entraves a sua participação podem estar associados com à pouca informação que a comunidade possui sobre os temas discutidos e sobre como funciona o comitê. Assim, se torna necessário melhorar os meios e o acesso à informação, à fim de otimizar a participação dos cidadãos no processo decisório.

Ao analisar o funcionamento de um comitê e adaptá-lo a conjuntura de sua região, pode-se perceber que a gestão ambiental de recursos hídricos e mesmo dos recursos naturais como um todo, está intimamente atrelado ao posicionamento estratégico dos atores deste processo. Ou seja, antes mesmo que haja uma gestão ambiental, há um jogo de interesses e de relações conflitantes entre os diferentes usuários quanto a apropriação e utilização dos recursos naturais, podendo gerar enorme prejuízo ambiental quando não regulada de forma integrada, por uma estrutura institucionalizada e amparada legalmente, a qual seja capaz de conciliar as necessidades da sociedade com o equilíbrio natural da região.

Os resultados mostram que embora haja muito o que avançar na região e em especifico no Comitê de Bacia, pode se considerar o Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João um dos comitês mais avançados do ponto de vista da organização e integração no Estado. Como exemplo disso, são citados os resultados das discussões sobre a aplicação de recursos obtidos pela cobrança pelo uso de água, bem como sobre implantação do Sistema de Esgoto e o processo de despoluição do complexo lagunar de Araruama, todos realizados de forma participativa e integrada no âmbito do Comitê de Bacia.

EXERCÍCIO 1

Em relação aos Comitês de Bacia do Estado do Rio de Janeiro, assinale a alternativa correta:

( A ) Em nível Estadual o Governo é representado pelo SRH.

( B ) O órgão gestor nacional é o SEA.

( C ) O parlamento das águas se divide em comitês municipais e estaduais.

( D ) O CNRH é o órgão gestor de Bacia em nível nacional.

( E ) O INEA tem poder fiscalizador em nível Estadual. ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

EXERCÍCIO 2

Sobre o consórcio Lagos São João(CILSJ) podemos afirmar:

I – Trata-se de uma associação de empresas da região, governo em diferentes níveis e da sociedade.

II- Cerca de 40 ONGs fizeram parte do processo

III- No processo eleitoral são escolhidos: 18 representantes dos usuários de águas, 18 representantes da sociedade civil e 18 representantes do Poder Público nas esferas municipal e estadual. ( A ) I e II corretas

( B ) II e III corretas ( C ) Todas corretas ( D ) Somente a I correta ( E ) Todas erradas

EXERCÍCIO 3

Quais funções o INEA tem desempenhado como órgão gestor de recursos hídricos?

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EXERCÍCIO 4

Qual a importância da lei 9.433/97 para a população brasileira? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

RESUMO

Vimos até agora:

 Os Comitês de Bacia Hidrográfica, dentro da gestão de recursos hídricos, mostram-se como uma alternativa democrática e participativa de grande eficiência;

 O Estado do Rio de Janeiro é dividido em 10 Regiões Hidrográficas, entretanto somente dispõe de 8 Comitês de Bacia.

Casos de Sucesso na