2.3 A T eoria do F un ional da Densidade
2.3.3 Aproximações para o fun ional de tro a e orrelação
A vantagempráti ade es reverofun ionaldaenergia
E[n]
omonaEquação2.36 éque o fun ional des onhe idoEXC[n]
é tipi amente menor doque os termos onhe idosTs
,V
H
e
Vexterno
, este último pode ser onhe ido ou não. Assim é esperado que uma aproximação simples paraEXC[n]
possa ser útilpara obter-se boas aproximações para aenergiatotal do estado fundamental.O fun ionalde tro ae orrelação éfrequentemente de omposto omo:
EXC[n] = EX[n] + EC[n],
(2.45)emque
EX
éaenergiadetro adevidoaoprin ípiodeex lusãode PaulieEC
éaenergiade orrelaçãodevido à orrelaçãoeletrni a. Aenergiade tro apode ser es ritaexpli itamentePara a energia de orrelação nenhuma expressão geral é onhe ida, tanto emtermos de
orbitais omoemtermosdadensidade.Emgeral,asduas energiassãoes ritasemtermosda
densidade, de formaque o fun ional pode ser es rito om apenas um termo o qualengloba
as duas energias.
Existem váriasaproximaçõesparaofun ionalXC,aprimeiradelasfoiaLDA[25℄,Apro- ximação da DensidadeLo al, do inglês Lo al Density Approximation.A forma verdadeira
do fun ional
XC
depende, não somente da densidade lo al, mas também da densidaden
em todos os outros pontosr
, porém, esta dependên ia fun ional não é onhe ida expli i- tamente. A aproximação LDA ignora a dependên ia não lo al do fun ional e assume queEXC[n]
depende somente dadensidade lo aln(~r)
e pode ser es rito omo:EXCLDA[n] =
Z
ǫLDAXC
(n(~r))n(~r)d~r.
(2.46)naqual
ǫ
LDA
XC
(n)
éaenergiade tro ae orrelaçãoporpartí uladeum sistemahomogêneode gás de elétrons interagentes om densidaden
. A energiaǫ
LDA
XC
(n)
pode ser obtida por uma parametrização dos resultados de simulações de Monte Carlo [26℄ para um gás de elétrons livres.Paraisso,adensidadeeletrni aemumpontoélo almenteaproximadapeladensidadedo gás de elétrons livres. Quando o sistema real varia sua densidade lentamente om
r
a aproximação LDA, utilizada nos ál ulos desse sistema,forne e bons resultados. O su essodesta aproximação é par ialmente expli ado pelo an elamento de erro sistemáti o [20℄: tipi amenteaLDA subestima
EC
e superestimaEX
,resultando emum bom valordeEXC
. Esse an elamento de erros não é a idental, mas sim sistemáti o. A parametrização maisutilizadapara a LDA éa CA,assim denotada, devido a seus autores Ceperley e Alder [27℄. Já há muitas dé adas a LDA vemsendo apli adaem ál ulos de estrutura de bandas e
energiatotalemfísi adoestadosólido.Mas,emsistemasreaistais omoátomos,molé ulas,
lusters e sólidos são não-homogêneo, os elétrons são expostos à ampos elétri osvariáveis
espa ialmente produzidos pelos nú leos. A aproximação LDA não é apaz de forne er re-
sultados pre isos para este tipode sistema. É então útil bus ar um métodopara in luirno
fun ional a informação da variação espa ial dos elétrons. Uma maneira de se fazer isto é
através do gradienteda densidade e aaproximação rela ionadaé a Aproximação doGradi-
ente Generalizado,GGA, doinglês Generalized Gradient Approximation. Este fun ional é
semi-lo al,pordepender tambémdogradiente dadensidade, e pode ser es rito naforma:
EXCGGA[n] =
Z
f (n(~r), ∇n(~r))d~r.
(2.47)o fun ional proposto em 1996 por Perdew, Burke e Ernzerhof [28℄. Nessa aproximação os parâmetrosusadossão obtidosporprimeirosprin ípios.Cál ulos omGGAsãoligeiramente
maispre isosdoque omLDA,prin ipalmentenoquedizrespeitoaenergiadeformação.Os
prin ipaistiposdeligaçõesquími as; ovalente, ini a,metáli ae dehidrogênio apresentam
resultados onáveis quando tratadas om GGA.
Em sistemas nos quais a interação de van der Waals é relevante os fun ionais itados
a ima falhamnades rição teóri a dosistema.A LDA e GGAnão são apazes de des rever
interações não lo ais. Por exemplo, para dois sistemas neutros afastados, onde não há so-
breposiçãoentre as densidadeseletrni as de ada sistema,pode-seter uma interaçãoentre
eles resultante daatração devido à dipolos utuantes em ada sistema. No entanto, para a
LDA ser apaz de dete tar esse tipo de interação é ne essário que haja uma sobreposição
das densidadeseletrni as dos sistemas,e,mesmo paraaGGA,aenergiaforne idaporesse
fun ional élevada em onta somente navizinhançaimediatade
~r
, de modoque a energiaé nulaquandon(~r)
é zero [29℄.Algumasmetodologias[3032℄temsidodesenvolvidas omointuitodein luir,mesmoque de formaaproximada,ainteraçãode vander waalsnos ál ulosDFT. Para quea orrelação
não lo al desta interação seja in luída na energia de tro a e orrelação, o fun ional
EXC
pode ser es rito daforma:EXC
= EXGGA+ ECLDA+ ECnl.
(2.48)Na Equação 2.48 o termo
E
GGA
X
é a energia de tro a obtida om o fun ional GGA eELDA
C
é a energia de orrelação lo alobtida por meio do fun ional LDA. O termoE
nl
C
é a parte daenergia de orrelação não lo al, esse termo pode ser es rito omo:ECnl=
1
2
Z
n(~r)φ(~r, ~r′)n(~r′)d~rd~r′,
(2.49)em que
φ(~r, ~r′)
é função de~r − ~r′,
da densidade eletrni an
e de seu gradiente∇n
. Na onstruçãodessafunçãoalgumas onsideraçõessãoimportantes,porexemplo,evitar aduplaontagem da energia da orrelação lo al, de forma que para uma densidade homogênea o
termo
E
nl
C
deve ser nulo. Outra ondição é que, em sistemas muito afastadosφ
tende para aformamatemáti ada interaçãode vander Waals(C
|~r−~r′|6
), ouseja,uma interaçãoatrativa de longo al an e.mas, assim omo asaproximaçõesLDA eGGA, a VDW/DRSLL tambémtem suas limita-
ções. Por exemplo, ela não des reve as ligaçõesde hidrogênio adequadamente [3133℄. Isto podesermelhoradosena onstruçãodofun ionalVDW-DFoutrasparametrizaçõesdoGGA
foremusadas ouaprimorando aparte da energianão lo aldofun ional.