O nitreto de boro é um ristal omposto damesma quantidade dos átomos de boro (B)
e nitrogênio (N). Ele pode ser en ontrado na natureza em diferentes formas, a Figura 3.5
mostra três dessas formas; úbi a, wurtzite e hexagonal. Ele também possui algumas pro-
priedades interessantes: é quimi amenteinerte, é um bom isolanteelétri o[52℄ e é também umbomlubri antesólido.Quandonaformahexagonaleleexibeamesmaestrutura rista-
linadografeno, e, no aso do bulk elepossui empilhamentode amadas. Talempilhamento
é alternado om um átomo de N posi ionado a ima de um átomo de B e vi e-versa, esse
empilhamento produz uma interação de van der Waalsentre as amadas. É possível extrair
uma oupou as amadasa partirdo bulk,assim omo nograte. Algumasdas propriedades
do BN são de importân iana fabri ação de dispositivos eletrni os. Por exemplo, o h-BN
possui superfí ieatmi alisaeé livrede ligaçõespendentes o queopromove paraum forte
andidato a ser o substrato dielétri one essário para FETsbaseados emgrafeno [53℄. A onguraçãoeletrni adoBNésimilaradografeno,os elétronsda amadamais pro-
fundas (
1s
)são fortementeligadosaonú leonão parti ipamdasligaçõesquími as,restando assim apenas4
elétrons de valên ia, nos orbitais;2s
,2px
,2py
e2pz
. Neste aso tambémhá a hibridizaçãoentre os orbitaiss
,px
epy
produzindo o orbitalsp
2
.A superposição entre os
dois orbitais
sp
2
resulta nas
3
ligações ovalentesσ
, enquanto o orbitalpz
forma a ligação fora do plano. Assim omo no grafeno uma maior atenção é voltada para este orbitalπ
delo alizado.Figura 3.5: Formas ristalinas nasquais o nitretode boro podeser en ontradona natureza. Reti-
rada dareferên ia [54℄.
vetores usado para o grafeno (ver seção 3.1). Porém, o parâmetro de rede para o h-BN é
2, 51
Å emvez de2, 46
Å omoparao grafeno,istoédevidoao omprimentodaligaçãoB-N serd
BN
0
∼ 1, 45
Å [55℄.Omesmomodelotightbinding usadoparaografeno(seção3.1)podeserempregadopara
obter a relação de dispersão de energia do h-BN. Na Equação 2.71 para a equação se ular
deve ser levado em onta que os sítios
A
eB
tem átomos diferentes (B e N) e portanto a energia do orbital2pz
será diferente para ada átomo. Logo, HAA
= ǫA
e HBB
= ǫB
omǫA
6= ǫB
, o que forne e os seguintes autovalores [56℄ para o hamiltoniano de primeiros vizinhos:E(kx, ky) = E0±
1
2
q
E2
g
+ 4|ω|2.
(3.23)Em que
E0
= (ǫB
+ ǫN)/2
é a energia no meio do gap do h-BN eEg
= (ǫB
− ǫN)
é a energia do gap. De fato a quebra de simetria entre as subredes do nitreto de boro, aliadaà diferença de eletronegatividade entre os átomos B e N onduz à um gap de energiade
∼
5, 5
eV [6℄.Materiaisnos quaisarede ristalinaapresentaumamisturados átomosC,B eNpodem
apresentar diferentes valores para o gap de energia [57, 58℄, que variam desde o gap do grafeno,
0
, até5, 5
eV, o gap do h-BN. Resultados que mostram a abertura de um gap de energianesses materiais BCN serão dis utidos nopróximo apítulo.4
Grafeno co-dopado por ´atomos substitucionais de B
e N
Nos últimos anos, muitos esforços têm sido empregados na investigação do grafeno tais
omo: síntese, ara terização, estudos das propriedades eletrni as, dopagem, entre outros.
Esses estudostem apontado ografeno omoum novomaterial promissorpara a eletrni a.
Diversos trabalhos envolvem a dopagem quími a do grafeno om h-BN [711, 57, 5963℄. Alguns desses trabalhos serão des ritos nos próximosparágrafos.
No trabalhoexperimentalde Jin[8℄e olaboradores, foidemonstrado queusando uréia, á ido bóri o e polietileno gli ol omo pre ursores na síntese de mono amadas de BCN, o
grafeno pode ser dopado om átomos de B e N empassos separados, de tal forma queesse
materialpode onterdopantesBeNisoladosouligaçõesB-Nin orporadasnarede ristalina
do grafeno. Eles mostraram que as ligações C-B e C-N são favore idas se um átomo de N
ligar-seaumátomode Csituadonomeiodoplanodografeno.Poroutrolado,seumátomo
Nligar-seaumátomode Csituadonabordadografeno, aligaçãoB-Népreferida.Medidas
deXPSrevelaramapresençadeátomosde B,N,CeOemtodasassuasamostras.Embaixa
temperaturade aque imento (
800
o
C) as ligaçõesC-B eC-N não são evidentes pormeio de
XPS, om ligaçõesB-Nsendo predominantes. Contudo, om o aumento datemperaturade
aque imento (
900
o
C -
1000
o
C) as medidas de XPS indi ama presença das ligações C-B e
C-N,mesmo embaixa on entraçãode B e N.
Uma mistura dos átomos B, N e C em grandes áreas foi sintetizada usando CVD por
Ci[10℄e olaboradores.Ospre ursoresusadosforamboranodeamnia(H
3
B-NH3
)emetano (CH4
) para obter h-BN e grafeno, respe tivamente. Foipossível ontrolar a razão B, N eCduranteo res imento,sendoque B/Nfoi ajustada para seruma unidade. Diversasté ni as
foram usadas para ara terizar essas amostras: AFM - do inglês Atomi for e mi ros opy;
Figura 4.1: Espe tros de XPS para uma amostra de BCN om grande on entração de BN; (a)
espe tros deC-
1s
, (b)N-1s
e ( )B-1s
. Adaptada da referên ia 10.Raman e XPS. Essas té ni as revelaram que a amostra ompreende duas ou três amadas
de lmesde BCN emumarede hexagonal.Osespe tros de XPSparaBCN estão mostrados
naFigura4.1.Oespe tro B-
1s
indi aquealigaçãopredominanteparaoátomodeB ésimi- lar à en ontrada no h-BN (190, 9
eV) e há um pequeno pi o adi ional(188, 4
eV) sugerindo a formação de ligações C-B. Para o espe tro N-1s
, a mesma on lusão é tirada; um pi o em398, 0
eV orrespondendo à ligação de N no h-BN e um pi o adi ionalde maior energia indi ando a presença da ligaçãoN-C. Finalmente, o pi o para o espe tro C-1s
em284, 4
eV é similarao observado para ligação C-C nograte. Esse espe tro tambémpossui dois pi osmenores: um de maior energia sugerindo a ligação N-C e outro de menor energia onsis-
tente omligaçõesC-B.Baseadosnesses resultados,osautores on luemqueos o-dopantes
ompreendem domíniosde h-BN envoltos porgrafeno.
Usandobiomassaquitosana omopre ursordomaterialde arbono ontendonitrogênioe
á idobóri o omofontede B,Sun[64℄e olaboradoressintetizaram ummaterialde arbono emformade grateporoso o-dopado omBeN(BNGC)-sigladoinglêsB andN o-doped
porousgraphiti arbon.Talmaterialapresentou entrosdedopantes BeNisolados.Medidas
deXPSdessesmateriaismostraramqueapenas osátomosdeC, N,BeOestão presentesna
amostras, não ontendo nenhuma outra impureza. O XPS ainda indi ou uma on entração
de B de
0, 13
a3, 74
% e uma on entração de N de2, 62
a5, 33
%. Esses valores para as on entraçõesdependemdaquantidadedeBsubstitu ionalqueéin orporadonestemateriale da temperatura de arbonização (
800
o
a
1000
o
C). A Figura 4.2 mostra os resultados das
medidas de XPS para amostras om
4, 99
% de átomos de N e3, 47
% de átomos de B. Nesta gura, é possível ver no espe tro de C-1s
seis pi os bem denidos, orrespondendo às ligaçõesC-B,em284, 4
eV; C-C em284, 7
eV; C-N em285, 6
eV; C-O em286, 1
eV; C=O em286, 8
eV e C-O-B em288, 7
eV. O espe tro N-1s
apresenta pi os para C-N em quatro diferentes porções: piridíni o(398, 7
eV, piridina(400, 3
eV), quaternário (401, 8
eV) e óxido de N (403, 0
eV)). O espe tro B-1s
revela dois tipos diferentes de ligações B-C: BC3
emFigura 4.2: Espe tros de XPS para uma amostra de arbono ontendo
4, 99
% de átomo de N e3, 47
% de B. (a) Espe tros de C-1s
, (b) N-1s
e ( ) B-1s
. As estruturas nos painéis (b) e ( ) representam os diferentes tipos de ligações possíveis para osátomos de B e N. As esferas em inzarepresentam osátomosde arbono,asazuis onitrogênio, asroxasoboro easvermelhaso oxigênio.
Adaptada da referên ia 64.
191, 3
eV e BC2
O em192, 9
eV. Entretanto, nenhum pi o em192, 1
eV foi visto, indi ando que não háligação B-Nnaamostra.Chang [11℄ e olaboradores res eram por CVD lmes de grafeno o-dopado por BN (BNG), usando borano de amnia omo pre ursor para o BN e o gás metano omo a fonte
para o grafeno. Por medidas de XPS, Raman e espe tros opia no ultravioleta-visível - do
inglês UV-vis spe tros opy, eles mostraram que BNG pode ser ontroladamente produzido
om baixa on entração de BN. A Figura 4.3 mostra espe tros de absorção de raio-X e
emissão de raio-X da borda K de C usados para revelar a abertura de um gap de energia
nos lmes de BNG sintetizados. Conforme itado naintrodução desta tese, ogap estimado
foi de aproximadamente
600
meV para uma on entração de6
% de BN na amostra. En- tretanto, a ara terização dos lmes de BNG, por meio de XPS, e espe tros da borda Kde C indi am a predominân ia de ara terísti as asso iadas ao átomo N substitu ional e a
faltade ara terísti asasso iadas aodopanteB. A presença doátomo de B nas amostrasé
onrmada via espe tros opia Auger, mas não há fortes evidên ias da presença da ligação
C-B, o que sugere a formação de ilhas de BN no plano do grafeno om predominân ia de
ligações C-N nas bordas das ilhas. Uma vez que a absorção de raio-X forne e somente a
estrutura eletrni a lo al, as ara terísti as asso iadas om os átomos de B em regiões de
ligaçãoB-N, porexemplo emilhas de BN, não devemapare er no espe tro daborda Kdos
átomos de C dografeno. O presente trabalhoiráinvestigar esse tipode sistema,atravésde
Figura4.3:Espe trosdeabsorçãoe emissãoderaioXdabordaKdeC,para umaamostradeg:BN
om algumas on entrações diferentes, indi adas na gura. Também são mostrados os espe tros C-
1s
do o HOPG e do grafeno, utilizados omo referên ia. A letra a indi a um pi o em288, 5
eV, que pode ser atribuído a outros tipo de ligações do átomo C, C-N ou C=O/C-OH , presentes nasuperfí ie daamostra. Adaptada dareferên ia 11.
4.1 Absorção de raio-X em materiais B-C-N: ál ulos ab initio
Motivadospelosresultadosexperimentaisdis utidosa ima,foram al uladososespe tros
de absorção de raio-X para modelos estruturais de B-C-N om baixa on entração de BN.
Os ál ulos DFT foram realizados usando o ódigo omputa ional Quantum-ESPRESSO.
Pseudopoten iais ultasoft e a aproximação GGA (PBE) foram utilizados juntamente om
uma energia inéti ade orte de
30
Ry para a função de onda do elétron e de300
Ry para as energias inéti as de orte da densidade eletrni a e do pseudopoten ial. As super élu-las foram relaxadas até a força sobre ada átomo atingir uma tolerân ia de
10
−3
Ry/bohr.
Nesses ál ulos adistribuição de Fermi-Dira foi usada para denira o upação eletrni a à
temperaturaambiente.
átomosdeCdografenoporátomosdeBouN.Essasubstituiçãofoirealizadaatravésdeuma
rotina omputa ionalde MonteCarlo om resfriamentosimulado [59℄,a qual usa o modelo de energia de ligação [65℄ omo energia total. Esse método está dis utido em detalhes no apêndi e A.
Foram al ulados osespe tros de absorção de raio-Xpara as super élulasde gr:BN om
on entraçõesde
2, 08
%,4, 17
%e10, 42
%de BNdistribuídosdentrodamatrizdografeno. As super élulas usadas nesses ál ulos (ver Figura 4.4) são su ientemente grandes paraFigura 4.4: Super élula otimizada para o grafeno o-dopado om on entração de
2, 08
%,4, 17
% e10, 42
% de B e N, respe tivamente. Essas élulas foram onstruídas usando Monte Carlo om resfriamento simulado[59℄.onvergir numeri amente o XASdo grafeno puro, de maneiratalque a interação doátomo
om o nú leo ex itado om sua imagem periódi a é negligen iado na aproximação DFT-
XCH[43℄.
Antes de apresentar os espe tros obtidos para os materiais de gr:BN será dis utido o
espe tro XAS do grafeno puro, que apresenta dois pi os, vistos na Figura 4.6. O primeiro
pi o apare e na região de energia que ompreende as transições entre orbitais do nú leo
eletrni o,
1s
, e orbitaispz
de C (de1s
paraπ
∗
), este pi o é entrado em
285, 5
eV [43℄. O segundo pi o surge das transições de1s
para orbitais híbridos de C,sp
2
(
1s
paraσ
∗).
A
Figura 4.5 ilustra essas transições. As energias das bordas são sensíveis à transferên ia de
arga [43℄,de a ordo om uma transferên ia de arga nal, positivaou negativa, é possível notar um desvio daenergia de Fermi, emdireçãofrequên ia daluzazul ou vermelha, oque
é omumente hamadode blue-shift oured-shift, respe tivamente.
A Figura 4.6 mostra o espe tro XAS C-
1s
obtido para o grafeno puro, utilizando uma super élula om96
átomos,queestá emex elentea ordo ommedidasexperimentaisparao gratepirolíti oaltamenteordenado,doinglês:highly-orderedpyroliti graphite,HOPG[11℄, visto naFigura4.3.Os espe trosde absorção de raio-X al uladospara as élulas de gr:BN estão mostrados
Figura 4.5: Ilustração dopro esso de absorção de raio-X no grafeno. O orbital nal envolvido na
transição é denido pela orientação relativa do feixe polarizado e a amostra. Retirada da referên-
ia 41.
Figura 4.6: Espe tro teóri o de XAS do grafeno puro, em uma super élula de mesmo número de
átomos que nas de gr:BN. Ospi os
π
∗
e
σ
∗
Figura 4.7: Espe tro teóri o da borda K do átomoC, para dois C tendo omo primeiro vizinho o
átomodeB ou N,no sistemagr:BN om
2, 08
% deátomosde B e N.A linhaemvermelho mostra um red shift no espe tro quando omparado om o espe tro para um átomo de C no grafeno puro,linha empreto. Similarmentea linha emazul mostra um blue shift.
omparados om o espe tro de Cdo grafeno puro, linha empreto. O espe tro de Cmostra
um red shift para os átomos de Cpróximos aoB (linha emvermelho)e um blue shift para
osátomos de CpróximosaoN (linhaemazul). Éimportanteressaltarque aproximidadeé
denidaaté segundos vizinhos.Osdesviosnos espe troso orremdevidoàinteraçãoentreos
átomos do grafeno e os dopantes B ou N, os quais alteramos níveis de energia do grafeno.
No aso do átomo de B ele diminui a energia do orbital
1s
do átomo de C ao qual o B está ligado, enquanto o átomo de N aumenta essa energia. Também é observado um pi oextra, abaixo do pi o usual
σ
∗,
no espe tro do átomo de C próximo ao N. Este pi o extra
apare e devidoàintroduçãode umnovoestadodeso upadoresultantedahibridizaçãoentre
os átomos C e N. Nenhum pi o extra é observado para o espe tro do átomo de C próximo
aoB, sendoque nesse asoos átomosde B adi ionamapenas estadoso upados aoníveisde
energia do grafeno (ou seja, abaixo do nível de Fermi, o que é ina essível para absorção de
raio-X)
As mudanças nosníveisde energiadografeno puro,emrelaçãoàpresençados dopantes,
(a)
(b)
( )
Figura 4.8: Densidade de estados projetada (PDOS) sobre os átomos de C dografeno o-dopado
C tendo omo o primeirovizinho um átomo de N (Figura 4.8(a)), e um outro átomo de C
om B sendoo primeirovizinho(Figura4.8(b)).Esta DOS foigeradapara osistema gr:BN
mostrado na Figura 4.4( ), om
10, 42
% de átomo de B e N. Tomando omo referên ia a DOS dografeno puro, Figura 4.8( ), évisto que para os átomosde N a maior ontribuiçãopara a DOS do grafeno apare e a ima do nível de Fermi e para os átomos de B a maior
ontribuiçãopara a DOSé observada abaixo donível de Fermi.
(a) (b)
( ) (d)
Figura 4.9: Espe tro de XAS da borda K de átomos C dografeno quando o-dopado om átomos
de B e N. (a) Espe tro C-
1s
para a onguração mostrada em (b) om uma ilha de BN no plano do grafeno somente om ligações C-B nas bordas. ( ) Espe tro C-1s
para a onguração mostrada em (d) om a bordadailha deBN apenas om ligações C-N.Congurações obtidas pelo métododeresfriamento simulado[59℄.
Paraum sistemadegr:BNnoqualháformaçãode ilhasdeBN, enasbordasdessas ilhas
há somente um tipo de ligação, por exemplo C-B (Figura 4.9(b)) ou C-N (Figura 4.9(d)),
o espe tro da borda K de todos os átomos C do grafeno apresenta uma predominân iada
ara terísti ado dopante presentena borda da ilha. Nagura 4.9(a) para ilhas terminadas
em C-B é observado um ressalto no espe tro logo abaixo do pi o
π
∗
(a) (b)
Figura 4.10:Espe tro teóri o dabordaK detodosos átomosdeCpresentesnos sistemas;grafeno
o-dopado om
4, 17
% (a) e10, 42
% (b) de átomos de B e N. A linha em preto em ambas guras representa o espe tro de Cpara o grafeno puro.ontribuição dos átomos de B para a ligação C-B. Da mesma forma, na gura 4.9( ) para
ilhasterminadasemC-N,noespe trodabordaKdeCépossívelverumressaltologoabaixo
dopi o
σ
∗
resultante de toda a ontribuiçãodos átomos de N para a ligação C-N.
As simulaçõesdos espe tros de absorção de raio-Xnos sistemasgr:BN onrmam quea
inuên ia dos átomosde Ne Bsobre osespe trosdabordaKde C élo al. Istoé,amedida
queonúmerodedímerosdeBNaumentanoplanodografeno,oespe troCmudasomentese
osátomos de B ouN estão próximosaoátomo de C, até segundos vizinhos. Maso espe tro
não muda devidoaonúmero totalde átomosB e Npresentes nosistema,formandoligações
B-N, por exemplo. Para entender melhor este resultado basta omparar os espe tros
1s
de C dos sistemas gr:BN om4, 17
% e10, 42
% de átomos de B e N ( Figura 4.10). Nesta gura é evidente que a intensidade dos pi osπ
∗
eσ
∗
diminui om o aumento do número
de dímerosde BN diluídos namatriz do grafeno. Isto o orre devido aoaumento da quebra
de simetria na rede do grafeno de a ordo om a adição dos átomos de B e N. É possível
notar na Figura 4.10(b) o apare imento de um pequeno ressalto no lado esquerdo do pi o
σ∗
;eleestá rela ionadoaored e blue shift inseridosnesseespe tro pelos átomosde B eN, e
também pelopi o extra gerado pela ligaçãoC-N. Este pequeno ressalto deve aumentarsua
intensidade om o aumento das ligaçõesC-B eC-N narede do grafeno.