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5.4 OP A e Nitreto de Boro

5.4.2 Rugas orientadas em h-BN

De a ordo om o trabalhode Oliveira [105℄ e olaboradores, quando amostras de h-BN sobre um substrato de silí iopassam por um pro edimento de aque imentoe resfriamento,

rugas ristalogra amenteorientadassão observadas noh-BN. Através de experimentos en-

volvendo té ni as de AFM e geraçãodosegundo harmni o - SHG(sigla do inglês:se ond-

harmoni generation) foram estudadas a morfologia e orientação dessas rugas. Apesar do

BN ter uma superfí ie plana, uma possível expli ação para o surgimento dessas rugas é a

diferença entre os oe ientes de expansão térmi a do h-BN e do substrato de silí io. Du-

ranteo pro esso de aque er e resfriar aamostra, enquanto oSi apresentaum oe ientede

expansãotérmi apositivo[106℄,oh-BNse omportademaneirasemelhantenoeixo (dire- çãoperpendi ular aoplano),mas noplanoeleapresentaum oe ientedeexpansãotérmi a

negativo [52℄. Portanto, durante o aque imento, o h-BN ontrai enquanto o Si expande, o ontrário o orre durante opro esso de resfriamento.

A Figura5.20 mostraaimagemde fase de AFMde um o ode h-BN apósser aque ido

eresfriado,de orado omuma mono amadadeOPA. PormeiodaFFTdessaimagemnota-

se que as linhas em azul sobre o substrato são orientadas em uma úni a direção sobre o

h-BN e asrugas (listras emvermelho) formam um ângulode

60

o

om aslinhas emazul (as

duas rugasnaparte superiordaFigura5.20) ousão paralelasàs linhasazuis(ruga naparte

inferior da Figura 5.20). De a ordo om a geometria do sistema, na imagem de AFM, as

linhas emazul representam as extremidades fosfni as das molé ulasde OPA.

Figura5.20:ImagemdefasedeAFMdoOPAdepositadosobreum ristaldeh-BN,apósopro esso

deaque imento eresfriamentodesse ristal.AFFTdaimagemmostradanaparteinferioresquerda

dagura demonstra a orientação das rugas. Retirada da referên ia 105.

Estudospormi ros opiadeSHGtambémforamrealizadosnotrabalhodareferên ia105, eosresultados orroboramasimagensdeAFMnosentidodequeasrugassão ristalogra a-

foiin idida om laser pulsado,oquepermite gerarum feixede luz om odobro dafrequên-

ia do feixe que o originou. A amostra foi girada e as imagensde SHG foram obtidas om

a dependên ia da intensidade do segundo harmni o gerado em função do ângulo entre a

amostra e a polarização do laser. A direção arm hair da amostra foi tomada omo ponto

ini ial.

Figura 5.21:(a) Imagem deAFM de um o o de h-BN, após o pro esso de aque imento e resfri-

amento, eviden iando diversas rugas sobre amostra. (b) Imagem de SHG da mesma amostra. As

ores ommaiorbrilhoindi ammaiorintensidade deSHG.Assetas na gura apontam regiões om

um grande sinalde SHG,indi ando asrugas.A ilustração na parte inferiordireita dagura repre-

senta a estrutura doh-BN, mostrando o ângulo entre a polarização dolaser e a direção arm hair.

( ) Grá o polar da intensidade de SHG ao longo das rugas em função do ângulo de rotação da

amostra. Retirada dareferên ia 105.

As imagens de AFM e SHG para essa amostra de h-BN (Figuras 5.21(a) e 5.21(b))

mostramdiversas rugasnosubstrato.Na Figura5.21(b),amaiorintensidadedoSHGéevi-

den iadapelobrilhomaisintensonessagura.Por omparaçãodasFiguras5.21(a)e5.21(b)

nota-sequeessaregiãodebrilhomaisintensoéondeseen ontramasrugas.AFigura5.21( )

mostra um grá o polar da intensidade do SHG ao longo das rugas em função do ângulo

de rotação da amostra, o que laramente mostra que as rugas estão ao longo da direção

arm hair. Isto está de a ordo om os resultados para a energia de formação de dímeros de

OPA adsorvidos sobre BN, apresentados nesta tese, verTabela 5.9.

5.4.3 Interação de van der Waals

Os ál ulos para o dímero da molé ula de OPA depositada sobre o BN também foram

realizados utilizando o fun ional VDW. A estabilidade energéti a dos sistemas foi obtida

novamentepormeio daEquação5.1, etodos osdemaisparâmetrosdos ál ulosLDA foram

preservados. Os resultados para energiade formaçãoestão apresentados na Tabela5.6.

A Figura 5.22 mostra uma repetição da onguração mais estável obtida para o fun i-

Figura5.22:Cortedarepetição

2×4

da élulaunitária onvergida na onguração maisestáveldo dímero de OPA,

β

paralelo, sobre o BN obtida omo fun ional VDW. Aslinhas pretas pontilhadas representamas ligações dehidrogênio.

dografeno omosubstrato, asdiferenças obtidasnos sistemaspara os dois fun ionais são o

omprimentomédiodaligaçãodehidrogênio(

lH

)eadistân iamédia(

dBN

)entreamolé ula e osubstrato, de a ordo om os resultados mostrados na Tabela5.7.

Comodis utidoanteriormenteparao asodografeno,adiferençaemenergiadeformação

deuma mesma onguração al ulada omosfun ionaisLDAeVDWéjusti adapelofato

do VDW não ter um tratamento pre iso para a ligação de hidrogênio, a qual é umas das

interaçõespresentes nesses sistemas.

Paraa onguraçãomaisestávelen ontrada,

β

oma adeiaalquíli aaolongodadireção zigzag do grafeno, os valores de

dBN

e

lH

al ulados para os dois fun ionais se en ontram na Tabela 5.7. Da mesma forma que para o aso do grafeno, a onguração mais estável

para oOPA sobreoBN possuiquatro ligações

O · · · H

entre asextremidadesPO(OH)

2

.Na parte frontal essas ligações são de

∼ 1, 2

(

1, 5

)Å - LDA (VDW), e para a parte lateral,

1, 4

(

1, 6

)Å - LDA (VDW), para a molé ula om a adeiana direção zigzag do BN. Para a direção arm hair

lH

é de

∼ 1, 2

(

1, 4

)Å - LDA (VDW) na parte frontal. Na parte lateral, entreasextremidadesfosfni as,

lH

éde

∼ 1, 7

(

1, 8

)Å-LDA(VDW).Novamenteovalorde

lH

émaiorparaofun ionalVDW quando omparado om oLDA.Estes resultados indi am que, mais uma vez, a diferença em energia para uma mesma onguração do dímero sobre

asdireçõeszigzag e arm hair doBN pode ser atribuídaàrestriçãoprovo ada pelos vetores

de rede em ada direção.O tamanho dovetor de rede a arreta emdiferentes omprimentos

da ligação

O · · · H

. Umamenor diferença emenergia é observada entre as direções zigzag e arm hair para ofun ionalVDW,oquetambémpodeser expli adopeloresultado mostrado

na Figura 5.10. Ou seja, a variação no omprimento

lH

provo a uma maior variação na energiadeformaçãoparaofun ionalLDAdoqueparaoVDW,quandoaenergiaéavaliada

para omprimentosmenores daligação de hidrogênio.

Tabela 5.7: Comprimento médio das ligações de hidrogênio

lH

(Å) e distân ia média

dBN

(Å) entre a molé ula de OPA e o substrato deBN. Resultados obtidos para os dois fun ionaisde tro a

e orrelação diferentes; LDAe VDW.

LDA VDW/KBM

zigzag

armchair

zigzag

armchair

lH

dBN

lH

dBN

lH

dBN

lH

dBN

β

-paralelo

1, 33 2, 52 1, 47 2, 49

1, 50 2, 67 1, 63 2, 67

Tabela5.8:Energiadeformação,

Ef

(eV)nasaproximaçõesLDAeVDWparaumaúni amolé ula de OPA adsorvida sobre diferentes direções dosubstrato de BN.

Sistema

Z

Z

+

Z

A

A+

A

LDA

Ef

−3, 31 −2, 99 −3, 00 −2, 97 −3, 00 −2, 93

VDW/KBM

Ef

−2, 64 −2, 44 −2, 45 −2, 50 −2, 56 −2, 43

semelhantesaos usadosparao asodografeno.Neste aso,osvetoresda élulaprimitiva,

~a1

e

~a2

,sãoasso iadosàrede ristalinadoh-BN eresultamnosseguintes vetores detranslação:

~

T1

= 4~a2

e

T~2

= 15(~a2− ~a1)

para a molé ulaadsorvida sobre a direçãozigzag e

T~1

= 4~a2

e

~

T2

= 16~a1

para adireçãoarm hair.Amolé ulatambémfoirota ionadade

±12

o

emrelação

às direções zigzag ou arm hair do BN. Os sistemas foram indexados da mesma forma que

no aso do grafeno omo substrato. As energias de formação desses sistemas se en ontram

naTabela5.8.

Para o aso da molé ula isolada, a diferença em energia quando ela é depositada sobre

a direção zigzag e, por exemplo, girada de

−12

o

sobre o substrato é de

0, 31

eV para o fun ional LDA e

0, 19

eV para o VDW. A Figura 5.23 apresenta uma repetição

2 × 3

da onguraçãomais estável en ontrada, aqual oin ide om aen ontrada anteriormentepara

o aso dografeno; onguraçãoemquea adeiaalquíli ase en aixaao zigzag dosubstrato.

A distân iaentre oBN eo OPA é de

∼ 2, 39

(

2, 55

)Å - LDA (VDW).

Uma vez que esses ál ulos foram realizados om vetores de rede e posições atmi as

livres, a molé ula pode se en ontrar em uma onguração nal diferente da ini ialmente

imposta. Por exemplo, para a onguração nal

A

+

mostrada na Figura 5.24, algumas

partes da adeia alquíli a se en aixamno zigzag doBN. Alémdisso, dois dos átomos de O

daextremidadePO(OH)

2

dessa onguraçãoestãoposi ionadosimediatamenteem imados

Figura 5.23: Corte da repetição

2× 3

da élula unitária mais estável de uma úni a molé ula de OPA depositada sobre o substrato de BN; om a adeia alquíli a ao longo da direção zigzag do

substrato. Cál ulos utilizandoo fun ional detro a e orrelação LDA.

Figura 5.24:Cortedarepetição

2×3

da élulaunitáriadeuma úni a molé uladeOPA depositada sobre o substrato de BN, na onguração

A

+

. Cál ulo utilizando o fun ional de tro a e orrelação

LDA.

Figura 5.23). O primeirofato itado sobre a onguração

A

+

pode levar a um aumentoda

estabilidadeparaesta onguração.Osresultadosde estabilidadeparaapenasumamolé ula

de OPA orroboram os resultados en ontrados para os dímeros de OPA, ou seja, o ristal

de OPA possui uma orientação privilegiadasobre o BNna quala adeia alquíli ase alinha

aozigzag dosubstrato.

Figura 5.25:Cortedarepetição

3×1

da élulaunitáriadeuma úni a molé uladeOPA depositada sobre o substrato de BN; na onguração

Z

−,

eviden iando a orrugação do substrato de BN.

omomostraa Figura5.25 para a onguração

Z

−.

Esse omportamentodeve ser atribuído

àsrestriçõesofere idaspelosubstratoduranteopro essodebus adageometriadeequilíbrio

das molé ulas.

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