5.5 OP A e Dissulfeto de Molibdênio
5.5.2 Carga induzida no MoS 2
Para esses sistemastambémfoi al ulada a arga induzidanosubstrato de MoS
2
apósaadsorção do dímerode OPA. Os resultados obtidospelos três diferentes métodos (usando o
fun ional LDA) para ada onguração dodímero foramorganizados naTabela5.13.
Similarmenteao asodografeno omosubstrato,a argainduzidanoMoS
2
épositiva,ouseja,oMoS
2
édopadodotipope,destavez,todososmétodosdeanálisede arga on ordamnaordem de grandeza da arga induzida;
10
13cm−2.
Como nos asos anteriores,a redita-se
queessa argainduzidanosubstratosejaporpolarização.Portanto,ovalorpara
σ
ésensível àposiçãorelativadamolé ulaaosubstratoetambémàsvariaçõesdealturaentremolé ulaesubstrato.Issoexpli aofatodadensidadede argaapresentarvaloresligeiramentediferentes
Tabela5.13:Densidadede arga
σ
(10
13cm−2)
induzidanoMoS
2
pelosá idosdeOPA.Resultadosobtidosportrêsmétodosdeanálisede arga,utilizandoofun ionalLDAeummesh utode
400
Ry.zigzag
armchair
σ
σ
Mulliken Hirshfeld Voronoi Mulliken Hirshfeld Voronoi
γ
-paralelo3, 7
4, 1
2, 5
4, 4
4, 3
2, 8
γ
-perpendi ular3, 5
3, 8
2, 3
3, 2
3, 4
2, 2
δ
eγ
-paralelo3, 8
4, 3
2, 6
3, 8
3, 8
2, 5
δ
eγ
-perpendi ular3, 0
3, 3
2, 1
2, 9
3, 1
2, 0
α
-paralelo3, 8
4, 3
2, 6
3, 7
3, 7
2, 4
α
-perpendi ular3, 1
3, 5
2, 2
2, 9
3, 1
2, 0
β
-paralelo3, 6
4, 1
2, 5
3, 7
3, 9
2, 7
β
-perpendi ular2, 9
3, 0
2, 1
2, 9
3, 2
2, 0
5.6 Con lusõesOs estudos realizados neste apítulo permitem dizer que os ristais bidimensionais for-
mados pelos á idos fosfni os são orientados preferen ialmente om a adeia alquíli a ao
longo dadireçãozigzag dos substratos de rede hexagonalestudados: grafeno,h-BN eMoS
2
.Essa onguração, que aumenta a estabilidade do sistema, pode ser asso iada à restrição
impostapelosparâmetrosderededossubstratos,osquaislevamaomelhoren aixeda adeia
alquíli a om zigzag dosubstrato e àformaçãode ligaçãode hidrogênioentre as extremida-
des PO(OH)
2
. Pode-se on luirque aenergiade formação al uladapara osdímerospossuiuma maior ontribuiçãodevida à interação entre as extremidades fosfni as do que devido
à interação da molé ula om o substrato. Mas, ainda assim, a interação om o substrato é
relevante para determinar a orientação das molé ulassobre o mesmo. Em outras palavras,
a ligação de hidrogênio é quem mais ontribui para a onguração de maior estabilidade
energéti aobtida paraesse tipode sistema.Para osmodelosapresentadosnesta tese,a des-
rição qualitativafeita pelofun ional de tro a e orrelação LDA é a que melhor se adéqua
aos resultados experimentais, medidasde AFM eSHG [15, 102, 105℄.Para ossubstratos de grafenoeBN,adiferençaemenergiaforne idapelaaLDAentre ossistemas omamolé ula
sobre a orientação zigzag e arm hair é uma ordem de grandeza maior do que a diferença
obtida pelo fun ional VDW. No aso do MoS
2
, seu parâmetro de rede assegura que essapodem não ter um tratamento adequado quando des ritos om o fun ional VDW. Neste
trabalho foram testados dois fun ionais VDW implementados no ódigo SIESTA: DRSLL
e KBM. Os resultados que mais on ordaram om os resultado forne ido pelo LDA foi o
do VDW/KBM. Somente os resultados forne idos por este último fun ional para o VDW
foram dis utidos neste trabalho. Um estudo mais sistemáti o om outras parametrizações
diferentes dofun ional VDW pode ser interessante.
A análise da arga induzida nos três substratos prediz uma dopagem do tipo p para
grafeno e MoS
2
,enquantoque, para o BNessa dopagem pode variar dotipo p oun depen-dendo de qualmétodo é utilizado.Contudo, medidasde espe tros opia Raman veri aram
que amostras de grafeno de orado om SAMs formadas pelo OPA são dopadas do tipo p e
densidadede argapossuiamesmaordemde grandezadosresultadosobtidospelosmétodos
de Mullikene Hirshfeld.A estrutura eletrni adodímerodoá ido OPA sobreografeno eo
h-BNmostrouquenãoháhibridizaçãoentre osníveisde energiadamolé ulaedosubstrato,
próximoao nível de Fermi. Istoindi a que a densidade de arga induzidanesses substratos
não o orre pela transferên ia de elétrons entre um nível de energia da molé ula (LUMO)
e a banda de valên ia do substrato. Quando o sistema dímero de OPA sobre o grafeno é
submetido a um ampo elétri o externo, de sinal oposto à arga induzida, a densidade de
argadiminuiàmedidaqueamagnitudedo ampoaumenta.Tambémfoiobservada aaber-
tura de pequenos gaps na estrutura de bandas desses sistemas. O poten ial perturbativo
da molé ula para a rede ristalina do sistema altera a estrutura eletrni a do substrato.
Além desses pequenos gaps, o h-BN apresentou uma diminuiçãono gap de
0, 25
eV quando omparado om oBN puro.Os resultados teóri os de estabilidade energéti a dos sistemas, juntamente om outros
resultadosexperimentais,foramdegrandeimportân iapararevelaraorientação ristalográ-
a dos substratospormeiode SAMs formadasporá idosfosfni os. Foipossível des rever
a orientação de rugas no substrato de h-BN, que são ristalogra amente orientadas sobre
a direção arm hair, mesma orientação das extremidades fosfni as. E para o substrato de
MoS
2
foipossíveleviden iarfronteirasde grãoformandoumângulode12
o
omaorientação
6
Considerac¸˜oes finais e perspectivas
Nas simulações de absorção de raio-X para os sistemas gr:BN foi possível observar as
ara terísti asdos dopantes, asquaissão evidentes noespe tro
1s
dos átomos de Cdo gra- feno.Essas ara terísti asforaminterpretadaspelaanálisedos estadoseletrni osex itadosenvolvidos.Oespe tros
1s
de C apresentaramum redshift e blueshift para osátomosde C om os átomos de B e N até segundos vizinhos. O pi o extra entre os pi os bemdenidospara o grafeno puro,
π
∗
e
σ
∗,
que surge no espe tro do átomo de C om o átomo de N
omo vizinho é esperado devido à hibridização entre os átomos de C e N. O átomo de N
introduz um novoestado deso upado a imadonível de Fermi dografeno,o qualéa essível
emabsorção de raio-X.Omesmonão o orre paraosátomos deB, aintroduçãodeum novo
estado naDOS dografeno neste aso é abaixo donívelde Fermi.
Os resultados para energia de formação preveem que o tipo de ligação na borda da in-
terfa e grafeno/BN ésensível às ondições de res imento daamostra.Pode haver somente
ligaçõesC-N ou C-B nesta interfa e se, por exemplo, o ambiente é ri o em nitrogênio om
ex esso de
NH3
, ouri o emboro om ex esso deBH3
.Para pequenas ilhas de h-BN in or- poradas no plano do grafeno foi visto que, em geral, as bordas om ligações C-B são maisestáveis. Até mesmo quando ambas ligaçõesC-N e C-B estão presentes nas bordas, bordas
omligaçõesC-Bsãomaisestáveis, onsiderandoumambienteneutro(semex essodemolé-
ulas ontendo osátomosde B oude N).No aso de heterojunçõesas ligaçõesC-B também
são mais estáveis doqueasC-Nna interfa e.Os ál ulos de estabilidadeenergéti a, om os
poten iais quími os obtidos em
1300
K indi am que bordas do tipo Klein estendido para o grafeno omterminaçõesemátomosde Bsãomaisestáveisdoqueessemesmotipode bordaom terminação em N e doque bordas zigzag do BN. Foi vistoque o espe tro de absorção
de raio-Xdos átomosde Cdos sistemasgrafeno/BNpossuem ara terísti asespe í asque
As élulas dos sistemas de gr:BN geradas pelo métodoMonte Carlo baseado no resfria-
mentosimulado[18℄, ompequenas on entraçõesdedímerosdeBN,
2, 08
%a10, 42
%,eem diferentes ongurações mostraram uma variação na magnitude do gap de energia dentrode uma mesma on entração. Isto indi a que a morfologia tem um importante papel nas
propriedadeseletrni as desses sistemas.A quebra de simetria narede dografeno produziu
gaps nossistemasdeaté
319
meV.Omodelotightbinding propostoparaessessistemasprevê o aumento do gap om o aumento da on entração de BN, uma dependên ia om a assi-metria das subredes e, ainda, se adéqua para outros resultados teóri os obtidos por outros
autores. Foi mostrado neste trabalho que além da on entração de BN e a morfologia dos
sistemasgr:BN,deformaçõesnarede ristalinadosistematambémpodeminuen iarnogap
de energia.Dentrodolimitede deformaçõesestudadas,amagnitudedogap foia res idaem
até
50
%do seu valorquando o sistema não está tensionado.Os resultados obtidos neste trabalho, para a in lusão de dopantes (B e N) na rede do
grafeno,indi amestratégiasexperimentaispara ontrolarotipodas ligaçõesnainterfa edo
sistemagr:BN, bem omo o ontrole dogap de energia,o queé de granderelevân iapara a
eletrni a.
No segundo trabalho foi observado que as SAMs formadas pelo á ido fosfni o OPA,
depositado sobre materiais bidimensionais omo: grafeno, nitreto de boro hexagonal e dis-
sulfeto de molibdênio, todos de rede hexagonal,formam ristais bidimensionaissobre esses
substratos.Esse ristalpossui umaorientaçãopreferen ialsobre ossubstratos, oma adeia
alquíli aseen aixando omozigzag dosubstrato.Aorientaçãodogrupofun ionalPO(OH)
2
eotamanhodos vetoresde rede utilizadostambémfavore ema formaçãode ligaçõesde hi-
drogênio entre esses grupos. Essas ligações ontribuem fortemente para a estabilidade dos
dímerosde OPAsobre osubstrato.Osresultados dos ál ulosDFT indi amqueofun ional
detro ae orrelaçãoquemelhordes reveosresultadosexperimentaiséoLDA,umavez que
asligaçõesde hidrogênionão são bem des ritas para osfun ionais VDW.É importanteum
estudomaissistemáti o om outrasparametrizaçõesdofun ionalVDW paraessessistemas.
Resultadosinteressantesdopontodevistateóri oeexperimentalindi amqueessasSAMs
de OPA podem ser usadas omoreferên ia para a orientação ristalográ ados substratos.
Por exemplo, as SAMs foram apazes de prever que rugas formadas sobre o substratos de
h-BN se en ontram sobre a direção arm hair do BN, mesma orientação observada para as
extremidadesPO(OH)
2
.AsSAMstambémapresentaramângulosde12
o
entrediferentesdo-
míniossobreoMoS
2
,oqueresultaemlinhasqueindi amfronteirasdegrãosnestesubstrato.Osresultadosteóri os onrmaramquerotaçõesde
±12
o
damolé uladeOPAsobreoMoS
2
resultam em ongurações menos estáveis do que a onguração na qual a molé ula tem a
adeia alquíli a ao longo da direção zigzag. Consequentemente o ângulo de
12
o
observado
Osdímeros de OPAinduzem uma dopagemdotipopnos substratosde grafeno eMoS
2
,sem introduzir qualquer defeito em suas estruturas. A densidade de arga
σ
induzida nos substratosé deO
(10
13cm−2)
paraografeno,quandoanalisada omosmétodosde Mulliken
e Hirshfeld, e também para o MoS
2
, neste aso para todos os três métodos estudados. Noaso do grafeno essas predições estão de a ordo om experimentos baseados em medidas
Raman[15℄.Paraosubstratodeh-BNessesá idosinduzemumadopagemdotipon,quando a densidade de arga é analisadapelos métodos de Mulliken e Voronoi.
Os ál ulos de estrutura eletrni a mostraram que essa dopagem no grafeno não o orre
por transferên ia de elétrons entre um nível de energia da molé ula (LUMO) e a banda
de valên iado grafeno.Não háníveisde energiada molé ulanaregião próximaaonívelde
Fermidografeno,oquefoiveri adopelaDOSdosistema.Aapli açãodeum ampoelétri o
externo ao sistema reforça a hipótese da transferên ia de elétrons não ser entre orbitais.
A redita-se que essa dopagem é devida à polarização do substrato ausada pela molé ula.
Alémdessadopagem,outroefeitodamolé ulasobreografenoéaaberturadepequenosgaps
naestruturade bandasdosistemadopado. Paraosubstrato deh-BN, aestrutura eletrni a
também apresenta pequenos gaps próximos dadireção
Γ
,K
,M
eX
de BN, ausados pela interação om a molé ula.Outro fato interessante nesse sistema é a diminuição de0, 25
eV no valor do gap quando omparado om o BN puro. Esses efeitos na estrutura eletrni ao orrem pelofato damolé ulaatuar omo um poten ialperturbativopara a rededo BN, o
que modi a suas bandas de energia. São ne essários ál ulos de estrutura eletrni a para
o sistemaMoS
2
-OPA, osquais podem forne er resultados interessantes omo,porexemplo,a onrmação de que o me anismo de transferên ia de arga para este sistema também é
por polarização. Além disso, estes ál ulos de estrutura eletrni a podem veri ar se há
tambémuma redução nogap deste sistema, o queneste aso seria mais fá ilde ser medido
A
Apˆendice A
A.1 Método do resfriamento simulado
Foram realizados ál ulos de otimização ongura ional de estruturas de gr:BN geradas
através de um pro edimento de resfriamento simulado [18, 59℄. A simulação omeça om uma onguração onde os átomos de B, C e N são sele ionados aleatoriamente para ada
sítio om igual probabilidade. O próximo passo é a otimização ongura ional usando um
algorítimodeMonteCarlo.Naprimeirainteração,emumatemperaturaini ial
T0
,osátomos e seus primeiros vizinhos dentro de uma élula unitária são sele ionados e tro ados omprobabilidade propor ional ao fator de Boltzmann
e
−kB T∆E
, onde
∆E
é a diferença entre a energia total do sistema antes e depois da modi ação ongura ional. A temperaturaini ial utilizada,
T0
=11600
K, permite um altograu de desordem para as ongurações de B, C e N na élula ini ial. As posições atmi as são xas e não onsideradas omo graude liberdade nessas simulações. A temperatura diminui linearmente om os passos Monte
Carlo, de a ordo om:
Tj
= T0 (max − j)
max
;
(A.1)na qual
max
é o número máximo de interaçõesj
. O pro esso de resfriamento ontinua até a temperatura al ançar um valor pequeno su iente para a probabilidade de mudançaser negligen iável. A Figura A.1 mostra um esquema de fun ionamento do algorítimo de
resfriamento simulado.
A energia total éobtida a partirde um modelo de energia de ligação [65℄:
Etotali
=X
αβ
niαβǫiαβ,
(A.2)emque
i
éoíndi eda onguração,α, β
=C,B,Nen
i
FiguraA.1:Representaçãodoesquemadefun ionamentodoalgorítimodoresfriamentosimulado.
Retirada dareferên ia 18.
guração. Osvalores daenergiade ligação
ǫαβ
são parametrizados de a ordo om ál ulosab initio.Opro essode parametrizaçãoédes ritoemdetalhes nareferên ia65.OsparâmetrosǫCC
eǫBN
são obtidos a partir de ál ulos de primeiros prin ípios do grafeno e do h-BN, respe tivamente. Os parâmetrosremanes entes são obtidos peloajustede mínimosquadra-dos para as energias totais de primeiros prin ípiosde diversas estruturas de B
x
Cy
Nz
omoB
Apˆendice B
B.1 O gap da DFT
Osfun ionaisde tro ae orrelação(
EXC
),empregados nainvestigação daspropriedades de sólidos e molé ulas, implementados em ódigos omputa ionais baseados na DFT pos-suem uma dependên ia semi-lo al (em parti ular, a formulação PBE [28℄ da aproximação GGA). Esses fun ionais apresentam uma metodologia razoavelmente pre isa para determi-
nar a geometria dos sistemas, ligações quími as e energias de formação relativas. Porém,
os níveis tí ios de energia eletrni a asso iados aos autovalores de Kohn-Sham proveni-
entes desses ál ulos não são apazes de reproduzir os valores do gap de energia medidos
experimentalmente.
O gap de energia óti o (
Eg
) de um material pode ser veri ado emum experimento de espe tros opia óti a, no qual é medido a diferença do estado eletrni o fundamental e oprimeiroestado ex itado do material, om o número de partí ulas (
N
) xo, o quepode ser expresso naEquação (B.1) abaixo:Eg(N) = I(N) − A(N),
(B.1)em que
I(N)
é a energia de ionização eA(N)
é a anidade eletrni a do sistema. Dentro do formalismo quânti o, pode-se es rever esseEg
omo a diferença entre os autovalores do Hamiltonianodo sistema,mostrado na Equação B.2, o mais alto estado o upado (HOMO)de dois sistemasdistintos; um referenteà
N
eoutro àN + 1
elétrons.Eg(N) = ǫN +1(N + 1) − ǫN(N).
(B.2)estudados na área de materiais (da ordem de
10
23
elétrons), a Equação B.2 é substituída,
Na DFT, por uma equação quetrata o gap de energia de um sistema não interagente:
Eg,s(N) = ǫN +1(N + 1) − ǫN(N).
(B.3)A Equação B.3 também é onhe ida omo gap de Kohn Sham [109℄
Eg,s
, o subíndi es
vemdoinglês single parti le. Em ontraste om ogap de um sistema interagente, oEg,s
éa diferença entre HOMOe o LUMOde um mesmo sistemade partí ulas não interagentes.Considerando a expressão do fun ional da densidade no formalismo de Kohn Sham,
des ritana Equação B.4, tem-seuma outra maneirapara es rever o gap de energia.
E[n] =X
i
hϕi[n]| ˆT |ϕi[n]i +
Z
vext(~r)n(~r)d~r + J[n] + EXC[n],
(B.4)emqueooperador
Tˆ
éreferenteàenergia inéti adas partí ulasemumsistemanão intera- gente,ϕi
sãoosorbitaisde KohnSham,J[n]
éopoten ialdeHartreeeEXC[n]
éofun ional de tro a e orrelação. A derivada da energia total (Equação B.4) em relação ao númerode elétrons forne e a energia de ionização (derivada avaliada na remoção de elétrons) e a
eletroanidade (derivada avaliada naadição de elétrons) do sistema [110℄,respe tivamente.
∂E
∂N
N −ǫ
= −I
∂N∂E
N +ǫ
= −A.
(B.5)A exatidão das energiasde ex itação de Kohn Shamdepende ru ialmentede quãoboa
é a aproximação do fun ional de tro a e orrelação,
EXC
, prin ipalmente na parte que ompreendeestados deso upados. Para um bomresultado, esses fun ionais devemlevaremonta a des ontinuidade de suas derivadas [110℄. A Figura B.1 mostra o omportamento da energia em função do número de elétrons para um fun ional exato, a qual apresenta
uma des ontinuidade para números inteiros de arga e para os fun ionais LDA e GGA.
É possível observar nessa gura que os fun ionais GGA e LDA forne em bons resultados
para númerosinteirosde arga, porémmostramum omportamento onvexoin orreto para
argas fra ionárias. Fun ionais que apresentam uma urva suave (dentro do intervalo de
integração), omo mostrado pela urva em vermelho na Figura B.1, não são apazes de
reproduzir os valores esperados para
I
eA
.Na expressão daenergia total mostrada na Equação B.4, somente ostermos daenergia
inéti anão interagentee
EXC
são des ontínuos, então tem-se:Eg
=
∂Ts[n]
∂n(~r)
N +ǫ
−
∂T∂n(~r)s[n]
N −ǫ
+
∂EXC[n]
∂n(~r)
N +ǫ
−
∂E∂n(~r)XC[n]
N −ǫ
,
(B.6)Figura B.1: Energia total em função do número de elétrons para um fun ional exato e a típi a
in orreta performan e para os fun ionaisLDAou GGA. Adaptada da referên ia 111.
Eg
= ǫKSHOM O− ǫKSLU M O+ ∆XC.
(B.7)PelaEquação B.7é possívelnotar que ál ulos Kohn Sham(
KS
), om qualquer aproxi- mação para o fun ionalEXC
, não forne e o valormedido para o gap experimental a partir de seus autovalores, é ne essário um termo adi ional.Esse termo∆XC
( orreção de muitos orpos para gap) é simplesmente o resultado da derivada da expressão da energia deEXC
(Equação B.4). Para os fun ionais om urva de energia suave em relação ao número deelétrons, omo por exemplo, o LDA e o GGA, omumente usados em ál ulos de sólidos,
∆XC
= 0
. O gap de energia para esses fun ionais é apenas a diferença entre os autovalores deKS
, osquais não orrespondemao real valordoHOMO eLUMO obtidosexperimental- mente.Portanto, ál ulosbaseadosemLDAeGGAsubestimamovalordogap experimentaldos sólidos.Geralmente oerro dogap éde