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AQUISIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DO PROJETO-PILOTO

Os dados de medição de vazão dos equipamentos instalados no Pipiripau, constantes do Projeto Pi- loto, estão sendo produzidos desde o dia 1º de novembro de 2013. A obtenção dos mesmos pode ser feita via Webservice, no site http://ana.vector.com.br. O acesso à informação deve ser feito com USU- ÁRIO:“sfi_ana” e SENHA:“pipiripau”.

Ao acessar o site, aparece um mapa da bacia do Pipiripau, com a localização geográfica das 5 (cinco) Estações Hidrométricas (de medição de vazão), conforme figura a seguir. Ao clicar no número cor- respondente a cada Estação, abre-se uma janela com os dados de medição de todos os equipamentos referentes à Estação selecionada.

Figura C.8 – Mapa com as 5 Estações Hidrométricas (Fonte: http://ana.vector.com.br)

Clicando-se em uma das 5 (cinco) Estações, visualiza-se uma tela principal, com o esquema de mon- tagem dos equipamentos da Estação selecionada. Na Figura a seguir, apresenta-se a tela principal da Estação 1 – Mazurek, como exemplo.

164 Essa tela inicial contém as seguintes informações:

 Nome da Estação;

 Data e hora da última leitura dos medidores de vazão;  “Status” da bomba: se está ligada ou desligada;

 Vazão instantânea de cada um dos equipamentos de medição de vazão instalados;

 “Status” dos equipamentos de medição: vazão normal (até 80% do valor outorgado), vazão alta (acima de 80% do valor outorgado), ou medidor em falha;

 Vazão totalizada de cada um dos equipamentos de medição de vazão instalados.

Dessa tela principal, podem-se visualizar os valores de vazão transmitidos de forma instantânea e totalizados clicando na aba “Análise”. Tanto os valores instantâneos quanto os totalizados são dados fornecidos pelos equipamentos, transmitidos via Webservice e disponibilizados no site. Isso quer di- zer que o sistema não faz cálculo de totalização dos volumes, são os equipamentos que fazem esses cálculos. O sistema apenas reproduz os valores disponibilizados pelos equipamentos.

As informações de vazão dos equipamentos disponibilizadas em termos instantâneos são registradas com o intervalo de 5 minutos. Os dados são visualizados de duas formas: como tabela, e como gráfico. Segue figura com os dados gráficos e em forma de tabela da vazão instantânea em 14/09/2014, rela- tivos à Estação 3 – Mazurek, como exemplo.

Figura C.10 – Gráfico e tabela dos dados de vazão instantânea – intervalo de 5 minutos – Estação Hidrométrica 1 – Mazurek, em 14/09/2014 (Fonte: http://ana.vector.com.br)

Já o volume totalizado é apresentado. A seguir, apresenta-se figura com os dados gráficos e em forma de tabela do volume totalizado no dia 14 de setembro de 2014, relativos à Estação 1 – Mazurek, como exemplo.

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Figura C.11 – Gráfico e tabela dos dados de volume totalizado – intervalo de 60 minutos – Estação Hidrométrica 1 – Mazurek, em 14/09/2014 (Fonte: http://ana.vector.com.br)

As medições de vazão foram realizadas num período de 2 anos, entre os dias 1º de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2015, onde se verificou a resposta para cada equipamento nas 5 estações de me- dição, fazendo uma análise de desempenho de cada um.

Para efeito de comparação com outros medidores, foram estipulados valores fixos de vazão aos horí- metros e às chaves de fluxo instalados nas Estações 1-Mazurek, 2-Areal e 3-Magela. Vale dizer que estes dispositivos são acumuladores de tempo, ou seja, não medem a vazão propriamente dita. Sendo assim, ao ligar a bomba - no caso do horímetro - e ao passar água na tubulação - para a chave de fluxo - os gráficos de vazão do site estipularam um valor fixo para cada um desses dispositivos.

Para estipular o valor fixo de vazão quando do acionamento dos horímetros e chaves de fluxo, foram realizadas medições de vazão que passa pela tubulação de cada uma dessas estações, utilizando uma técnica denominada pitometria, para se encontrar um valor de referência da vazão. Lamon (2006) define pitometria como a obtenção de velocidades de escoamento da água na tubulação, através da diferença de pressões, com a utilização do tubo de Pitot. No projeto do Pipiripau, o tubo de Pitot utilizado foi do tipo Cole (vide figuras a seguir).

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Figura C.12 – Figura demonstrativa da medição de vazão numa tubulação utilizando a pitometria (esq.) e tubo de Pitot tipo Cole (dir.). Cortesia: Vector

Lamon (2006) fez um estudo comparativo da técnica da pitometria com os métodos gravimétricos e volumétricos, ditos laboratoriais e de referência, e constatou ser este um dos métodos mais precisos para determinação da vazão instantânea em tubulações sob pressão. A técnica consiste, basicamente, em medição da velocidade em diversos pontos da seção transversal da tubulação, sendo possível tra- çar um perfil de velocidades e encontrar a velocidade média da tubulação (vide figura a seguir). A partir daí, tendo o diâmetro da tubulação, calcula-se a vazão no ponto.

Figura C.13 – Figura demonstrativa do perfil de velocidades traçado com a pitometria (B), ado- tando-se uma velocidade média (C) para cálculo da vazão. Cortesia: Gustavo Carneiro

Dessa forma, foram determinados, em outubro de 2013, os valores de referência vazão pela pitome- tria, tendo sido estipulados aos horímetros e chaves de fluxo as seguintes vazões:

 Estação 1 - Mazurek: 130 m³/h;  Estação 2 - Areal: 41 m³/h; e  Estação 3 - Magela: 10 m³/h.

O funcionamento das estações de medição, no que tange à aquisição e transmissão dos dados de vazão, se deu num período de 2 anos, entre os dias 1º de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2015. Durante este período, foi possível verificar a resposta para cada equipamento nas 5 estações de me- dição, fazendo uma análise de desempenho de cada um, a ser apresentada a seguir.

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Além dos dados de vazão disponíveis, foram realizados 8 (oito) Relatórios Trimestrais nesse período de 2 (dois) anos, contendo os serviços de operação e manutenção dos equipamentos, bem como de eventuais paralisações de medição por mau funcionamento ou defeito, com as justificativas de ocor- rência dos fatos. Esses dados também foram considerados para análise de desempenho dos equipa- mentos em campo, instalados sob efeito de intempéries, para recomendações do que se deve fazer ou evitar no que tange à instalação e manutenção.