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4.4.1 Índice de Injúria Foliar

As plantas da espécie Araçá apresentaram pouca variação do grau de injúria foliar entre a Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia) até o tempo T3 do experimento, mantendo IIF 1 ou 2, porém, no tempo T4 as amostras apresentaram IIF de classe 1 na Estufa Controle e classe 3 nas Estufas 2 e 3. Isto indica que no T4 há um maior comprometimento da estrutura foliar exposta aos gases.

4.4.2 Biomassa

A biomassa seca total (de folhas, caules e raízes) das plantas expostas cresceu ao longo do tempo de exposição nos três tratamentos do estudo. A Figura 18 apresenta a comparação da biomassa seca das mudas de Araçá.

Figura 18 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Araçá submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão

A média de biomassa seca das mudas provenientes da Estufa Controle foi maior que a dos tratamentos das Estufas 2 e 3, porém não houve diferença significativa da biomassa seca nestes tratamentos (Tabela 11).

Tabela 11 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Araçá submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Grupos Média (g.planta-1) Controle 9,37 Estufa 2 8,96 Estufa 3 8,93

Se considerarmos mais especificamente cada tempo de exposição, as plantas das 3 Estufas têm biomassas estatisticamente iguais (Tabela 12).

Tabela 12 - Resultado do teste de Tukey na comparação das biomassas das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Araçá

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

Em função dos resultados da biomassa seca, pode-se considerar que a planta Araçá é uma planta resistente aos gases presentes no escapamento de um motor à Diesel, visto que não houve uma diferença significativa entre as plantas controles e as plantas expostas aos gases a partir do tempo de exposição T1.

4.4.3 Clorofila

Em relação à clorofila total, o gráfico apresentado na Figura 19 - Teores de clorofila total (mg.g-1) nas mudas de Araçá submetidas aos diferentes tempos de

tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão mostra os resultados obtidos nas mudas das plantas de Araçá expostas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição.

Figura 19 - Teores de clorofila total (mg.g-1) nas mudas de Araçá submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Os resultados não mostraram uma diferença significativa entre as médias de clorofila presentes nas plantas controle em relação às plantas dos demais tratamentos. Os teores de clorofila total nas plantas das Estufas 2 e 3 não apresentaram diferenças significantes entre elas (Tabela 13).

Tabela 13 - Clorofila total média (mg.g-1) nas mudas de Araçá submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Se considerarmos cada tempo de exposição, as plantas de Araçá da Estufa Controle têm conteúdo de clorofila igual das Estufas 2 e 3 em todos os tempos analisados (Tabela 14). Grupos Média (mg.g-1) Controle 2,486 Estufa 2 2,427 Estufa 3 2,406

Tabela 14 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo de clorofila nas folhas das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Araçá

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

4.4.4 Proteína

Os resultados das proteínas nas amostras de folhas e raízes das mudas de Araçá não indicaram variações significativas (Figura 20A e Figura 20B).

Figura 20 - Teores de proteína (mg.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

A Tabela 15 apresenta o teor médio de proteína nas folhas e raízes e se pode notar que não há diferenças significativas nas amostras de folhas entre os 3 tipos de tratamentos. Da mesma forma, não houve diferença significativa nos resultados dos teores de proteínas nas raízes das mudas de Araçá.

Tabela 15 - Conteúdo proteico médio (mg.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Araçá submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

,

Levando em consideração cada tempo de exposição, as plantas de Araçá da Estufa Controle têm conteúdo proteico igual aos das Estufas 2 e 3, tanto no caso das folhas quanto no caso das raízes (Tabela 16).

Grupos Folhas Raízes

Controle 390,87 341,67

Estufa 2 387,80 333,33

Tabela 16 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo proteico nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Araçá Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 Araçá Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

4.4.5 Peroxidase

As análises da atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Araçá são apresentadas na Figura 21. Nota-se um aumento na atividade da enzima nas amostras das folhas e raízes das plantas das Estufas 2 e 3.

Figura 21 - Atividade da enzima peroxidase (∆Abs.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

A maior atividade de peroxidase nas folhas ocorreu no tempo de exposição T4 nas plantas das Estufas 2 e 3 com valores de 55,7±11,7 (∆Abs.g-1) e 62,7±11,6

(∆Abs.g-1) respectivamente. De forma similar, nas amostras de raízes a maior

exposição T4 com valores máximos encontrados de 210,7±15,8 (∆Abs.g-1) e

219,3±16,3 (∆Abs.g-1) respectivamente. Na Estufa Controle a atividade máxima foi

de 184,3±9,4 (∆Abs.g-1) e ocorreu no tempo T1.

A Tabela 17 mostra a análise estatística para a atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Araçá, indicando que houve diferença significativa nos resultados entre a Estufa Controle e contaminadas com aumento na atividade da peroxidase, porém, entre as plantas das Estufas contaminadas não houve diferença significativa na atividade peroxidásica. Nesta Tabela 17 se percebe que a atividade da peroxidase foi mais intensa nas raízes do Araçá.

Tabela 17 - Atividade peroxidásica (∆Abs.g-1) nas folhas e raízes das mudas do Araçá submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

* Diferença significativa (p ≤ 0,05, teste de Tukey)

Ao considerarmos cada tempo de exposição, as plantas da Estufa Controle têm atividades peroxidásicas menores do que as plantas da Estufa 2, que por seu turno, tem atividades peroxidásicas menor do que as plantas da Estufa 3, e isto para o caso das folhas e das raízes (Tabela 18).

Grupos Folhas Raízes)

Controle 32,27 182,73

Estufa 2 46,27* 198,20*

Tabela 18 - Resultado do teste de Tukey na comparação da atividade peroxidásica nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Araçá submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Araçá Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2≠3 ≠2≠3 =2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 ≠1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 Araçá Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2≠3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 ≠1=2 =1=2

Ao se observar a comparação mostrada na Tabela 18, se percebe que as respostas da atividade peroxidásica nas folhas do Araçá foram levemente diferenciadas da resposta enzimática das raízes, pois, no T2, a atividade nas folhas foi diferente entre as plantas da Estufa Controle e Estufa 3, enquanto nas raízes, esta diferença não foi estatisticamente significativa.

No tempo de exposição T3 observamos que nas folhas, as plantas da Estufa 2 apresentam atividade peroxidásica diferente das plantas da Estufa Controle, enquanto a atividade da peroxidase nas raízes das plantas da Estufa 2 é igual às atividades das plantas da Estufa Controle. Já as folhas e raízes das plantas da Estufa 3 apresentam atividades diferentes das plantas da Estufa Controle neste tempo T3. No tempo T4, as raízes das plantas das 3 Estufas apresentam atividades peroxidásicas semelhantes, enquanto nas folhas, as plantas da Estufa 3 apresentam atividade enzimática diferente das plantas da Estufa Controle.

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