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4.5.1 Índice de Injúria Foliar

As plantas da espécie Pau-ferro apresentaram pouca variação do IIF entre as Estufas controle, 2 e 3 até a metade do experimento. Contudo, nos tempos de exposição T3 e T4, o IFF das amostras da Estufa Controle foi 3, mais elevado que os IIF das Estufas 2 e 3, as quais apresentaram IFF 2 e 1 (T3) e 1 e 2 (T4).

4.5.2 Biomassa

A Figura 22 apresenta a comparação da biomassa seca das mudas de Pau- ferro. A biomassa seca total (folhas, caules e raízes) das plantas expostas variou ao longo do tempo de exposição, nos três tratamentos do estudo, com crescimento semi-exponencial. Ao longo do experimento, as mudas da Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia) apresentou valores mais elevados que as mudas da Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa Controle, porém, a biomassa das plantas nessa Estufa 3 no início do experimento foram maiores, o apesar de estatisticamente as plantas das 3 estufas serem iguais.

Figura 22 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

As médias de biomassa seca das mudas de Pau-ferro provenientes da Estufa Controle e da Estufa 2 foram muito próximas, as quais foram menores que a média da Estufa 3, porém, não houve diferença significativa da biomassa seca nestes tratamentos (Tabela 19).

Tabela 19 - Biomassa seca média (g.planta-1) nas mudas de Pau-ferro submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Observando mais especificamente cada tempo de exposição, as plantas de Pau-ferro da Estufa Controle têm biomassa estatisticamente semelhante das Estufas 2 e 3 (Tabela 20). Grupos Médias (g) Controle 10,828 Estufa 2 10,835 Estufa 3 11,515

Tabela 20 - Resultado do teste de Tukey na comparação das biomassas das mudas de Pau- ferro submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Pau-ferro

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

Em função dos resultados da biomassa seca, pode-se considerar que a planta Pau-ferro é uma planta resistente aos gases presentes no escapamento de um motor à Diesel, visto que não houve uma diferença significativa entre as plantas controles e as plantas expostas aos gases a partir do tempo de exposição T0.

4.5.3 Clorofila

Em relação à clorofila presente nas folhas de Pau-ferro, a Figura 23 mostra os teores médios de clorofila total nos diferentes tratamentos. O comportamento das concentrações de clorofila em ambos os tratamentos em que ocorreu a contaminação por gases foi muito similar, sendo estes, similares ao que se observou nas plantas da Estufa Controle.

Foi observada uma variação significativa entre as médias de clorofila das plantas controle em relação aos demais tratamentos. As concentrações de clorofila das mudas das Estufas 2 e 3 não apresentaram diferenças significantes entre elas (Tabela 5).

Figura 23 - Teores de clorofila total (mg.g-1) nas mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Tabela 21 - Clorofila total média (mg.g-1) nas mudas de Pau-ferro submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Levando em consideração cada tempo de exposição, as plantas de Pau-ferro da Estufa Controle têm conteúdo em clorofila total diferentes aos plantas das Estufas 2 e 3 (Tabela 22). Grupos Média (mg.g-1) Controle 3,499 Estufa 2 3,481 Estufa 3 3,458

Tabela 22 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo de clorofila nas folhas das mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Pau-ferro

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2

4.5.4 Proteína

O perfil dos resultados das proteínas nas amostras de folhas e raízes de Pau- ferro submetido aos 3 tratamentos é mostrado na Figura 24.

Figura 24 - Teores de proteína (mg.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

A Tabela 23 apresenta o teor médio de proteína nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro. Os dados estatísticos mostram que não há diferenças significativas nas amostras oriundas dos 3 tratamentos, tanto para o caso das folhas quanto no caso das raízes.

Tabela 23 - Conteúdo proteico médio (mg.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

,

Levando em consideração cada tempo de exposição, as plantas de Pau-ferro da Estufa Controle têm conteúdo proteico semelhante aos das Estufas 2 e 3 (Tabela 24) em qualquer tempo de exposição das mudas às condições testadas.

Grupos Folhas Raízes

Controle 409,800 134,067

Estufa 2 400,667 126,800

Tabela 24 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo proteico nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Pau-ferro Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 Pau-ferro Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

4.5.5 Peroxidase

Os resultados das análises da atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro são mostrados na Figura 25. De uma maneira geral, percebe-se um aumento na atividade enzimática nas amostras das mudas provenientes das Estufas 2 e 3 em relação às atividades constatadas nas amostras das mudas das plantas Pau-ferro da Estufa Controle. A maior atividade da peroxidase nas folhas ocorreu no tempo T3 para as estufas come Exp. 2x e Exp. 4x de gases com valores de 177,3±6,7 e 196±5,7 (∆Abs.g-1) respectivamente. Nas amostras de raízes, a

maior atividade da peroxidase para as estufas de Exp. 2x e Exp. 4x de gases ocorreu no T4. Na Estufa Controle o valor máximo foi de 281±10,4 (∆Abs.g-1) e

Figura 25 - Atividade da enzima peroxidase (∆Abs.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Na Tabela 25 mostra-se a análise estatística dos dados da atividade peroxidásica nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro. Percebe-se que houve diferença significativa nos resultados de todos os tratamentos, com valores médios mais elevados nas amostras das raízes.

Tabela 25 - Atividade peroxidásica (∆Abs.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

,

* Diferença significativa (p ≤ 0,05, teste de Tukey)

Ao considerarmos cada tempo de exposição, as plantas de Pau-ferro da Estufa Controle têm atividades peroxidásicas menores do que as plantas da Estufa 2, que por seu turno, tem atividades peroxidásicas menor do que as plantas da Estufa 3 e isto para o caso das folhas e das raízes (Tabela 26).

Tabela 26 - Resultado do teste de Tukey na comparação da atividade peroxidásica nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Pau-ferro submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Pau-ferro Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1≠3 Estufa 3 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1≠2 Pau-ferro Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2

Ao se comparar os dados mostrados na Tabela 26, percebe-se que as respostas da atividade peroxidásica nas folhas de Pau-ferro foram levemente diferenciadas da resposta enzimática das raízes, pois no T1, a atividade nas folhas foi diferente entre as plantas da Estufa Controle e Estufa 3 e a partir de T2, também

Grupos Folhas Raízes

Controle 123,867 274,600

Estufa 2 161,133* 308,000*

as plantas da Estufa 2 mostraram atividade peroxidásica diferente (maior) do que as plantas presentes na Estufa Controle. O mesmo perfil foi notado para o caso da atividade peroxidásica nas raízes de Pau-ferro.

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