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4.6.1 Índice de Injúria Foliar

As plantas da espécie Aroeira apresentaram considerável variação de IIF entre as Estufas Controle, 2 e 3 (exposição de gases 2x e 4x ao dia). As amostras coletadas no T1 (30 dias de tratamento) apresentaram um IIF de classe 1 na Estufa Controle e Estufa 2 e classe 2 na Estufa 3. Em 60 dias (T2), as amostras apresentaram IIF de classe 1 na Estufa Controle, classe 3 na Estufa 2 e classe 1 na Estufa 3. E em 90 dias (T3) as amostras mostraram IIF de classe 1 na Estufa Controle e Estufa 2 e classe 3 na Estufa 3. Já no tempo T4, as amostras apresentaram IIF de classe 2 em todas as Estufas.

4.6.2 Biomassa

A biomassa seca total (folhas, caules e raízes) das plantas de Aroeira expostas aos tratamentos variou ao longo do tempo de exposição com crescimento semi-exponencial conforme mostrado na Figura 26.

Figura 26 - Biomassa seca média (g.planta-1) nas mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Quando comparamos a biomassa seca dos tratamentos aplicados nas 3 estufas, os valores não diferem significativamente no limite de 5% (Tabela 27).

Tabela 27 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Aroeira submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Se considerarmos mais especificamente cada tempo de exposição, as plantas da Estufa Controle têm biomassa semelhante às das Estufas 2 e 3 em todos os tempos de tratamento (Tabela 28).

Grupos Média (g. planta-1) Controle 6,934 Estufa 2 6,800 Estufa 3 6,947

Tabela 28 - Resultado do teste de Tukey na comparação das biomassas das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Aroeira

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

Em função dos resultados da biomassa seca, pode-se considerar que a planta Aroeira é uma planta resistente aos gases presentes no escapamento de um motor à Diesel, visto que não houve uma diferença significativa na biomassa entre as plantas controles e as plantas expostas aos gases a partir do tempo de exposição T0.

4.6.3 Clorofila

Em relação à clorofila presente nas folhas das mudas de Aroeira, a Figura 27 mostra os resultados mensurados. De uma maneira geral, após um leve decréscimo, seguido de um leve aumento na quantidade de clorofila total presente nas folhas de Aroeira, a concentração de clorofila total ficou estável.

Ao considerarmos os três tipos de tratamentos aplicados nas estufas, pode-se afirmar que não foi observada uma variação significativa entre as médias de clorofila do Controle em relação aos demais tratamentos (Tabela 29).

Figura 27 - Teores de clorofila total (mg.g-1) nas mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Tabela 29 - Clorofila total média (mg.g-1) nas mudas de Aroeira submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Levando em consideração cada tempo de exposição, as plantas de Aroeira da Estufa Controle têm conteúdo em clorofila total diferentes aos das Estufas 2 e 3 (Tabela 30), com exceção do T0.

Grupos Médias (mg.g-1) Controle 4,389 Estufa 2 4,336 Estufa 3 4,337

Tabela 30 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo de clorofila nas folhas das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Aroeira

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2

4.6.4 Proteína

O perfil dos resultados das proteínas nas amostras de folhas e raízes da Aroeira submetida aos 3 tratamentos é mostrado na Figura 28.

No decorrer da exposição houve uma estabilidade na concentração de proteínas das folhas e em menor grau, das raízes das mudas de Aroeira. A análise estatística mostrou que não há diferenças significativas nas amostras de folhas e raízes entre os 3 tratamentos (Tabelas 31 e 32).

Figura 28 - Teores de proteína (mg.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Tabela 31 - Conteúdo proteico médio (mg.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Aroeira submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Para cada tempo de exposição, as plantas de Aroeira da Estufa Controle têm conteúdo proteico semelhante aos das Estufas 2 e 3 (Tabela 32) em qualquer tempo de exposição das mudas nas condições testadas.

Tabela 32 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo proteico nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Aroeira Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 Aroeira Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

4.6.5 Peroxidase

Os resultados das análises da atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Pau-ferro são mostrados na Figura 29. De uma maneira geral, percebe-se um aumento na atividade enzimática nas amostras das mudas provenientes das

Grupos Folhas Raízes

Controle 429,27 525,13

Estufa 2 428,47 519,60

Estufas 2 e 3 em relação às atividades constatadas nas amostras das mudas das plantas Aroeira da Estufa Controle. A maior atividade da peroxidase nas folhas ocorreu no tempo T3 para as exposições 2x e 4x ao dia aos gases com valores de 44±6,2 e 50,3±2,5 (∆Abs.g-1) respectivamente. Nas amostras de raízes, a maior

atividade da peroxidase para as exposições 2x e 4x ao dia aos gases ocorreram nos tempos T1 e T3 com valores de 148,3±10,5 e 134,7±6,6 (∆Abs.g-1), respectivamente.

Na Estufa Controle o valor máximo foi de 134,7±6,6 (∆Abs.g-1) e ocorreu no tempo

T3.

Figura 29 - Atividade da enzima peroxidase (∆Abs.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

A Tabela 33 mostra a análise estatística dos dados da atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Aroeira, indicando que houve diferença significativa nos resultados de todos os tratamentos novamente, com valores médios mais elevados nas amostras das raízes.

Tabela 33 - Atividade peroxidásica (∆Abs.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Aroeira submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

* Diferença significativa (p ≤ 0,05, teste de Tukey)

Ao considerarmos cada tempo de exposição, as plantas de Aroeira da Estufa Controle têm atividades peroxidásicas menores do que as plantas da Estufa 2, que por seu turno, tem atividades peroxidásicas menor do que as plantas da Estufa 3 e isto para o caso das folhas e das raízes (Tabela 34).

Grupos Folhas Raízes

Controle 30,667 132,600

Estufa 2 37,467* 143,600*

Tabela 34 - Resultado do teste de Tukey na comparação da atividade peroxidásica nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Aroeira submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Aroeira Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2≠3 =2≠3 =2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1=2 Aroeira Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2≠3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 ≠1=2 =1=2 =1=2

Ao se comparar os dados mostrados na Tabela 34, percebe-se que as respostas da atividade peroxidásica nas folhas da Aroeira foram bem diferenciadas da resposta enzimática das raízes, pois nas raízes, somente no T2 a atividade peroxidásica foi diferente entre as plantas da Estufa Controle e a Estufa 3, enquanto a atividade das plantas na Estufa 2 não foi estatisticamente significativa com relação à atividade das plantas da Estufa Controle. Assim, as raízes da planta Aroeira não se mostraram muito sensíveis às concentrações de gases quando se analisou a atividade da peroxidase, enquanto as folhas desta planta só responderam à saturação de 100% de gases na Estufa 3.

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