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4.7.1 Índice de Injúria Foliar

As plantas da espécie Cuvatã apresentaram grande variação no IIF entre as Estufas Controle, 2 e 3 em todos os estágios do experimento, com exceção do estágio inicial (T0). As amostras coletadas no tempo T0 apresentaram um IIF de classe 1 em todas as Estufas. Em 30 dias (T1), as amostras apresentaram IIF de classe 3 na Estufa Controle, classe 0 na Estufa 2 e classe 2 na Estufa 3. No tempo

T2, as amostras apresentaram IIF de classe 0 na Estufa Controle e Estufa 1 e classe 5 na Estufa 2. No tempo T3 as amostras mostraram IIF de classe 2 na Estufa Controle, classe 0 na Estufa 2 e classe 1 na Estufa 3. No tempo T4 as amostras mostraram IIF de classe 2 na Estufa Controle, classe 1 na Estufa 2 e classe 0 na Estufa 3.

Pode-se ver que o IIF apresenta uma grande variabilidade no espaço de 30 dias, com aumento e diminuição das classes sem se relacionar de forma clara com as concentrações dos gases ou com o tempo de exposição.

4.7.2 Biomassa

A biomassa seca total (folhas, caules e raízes) das mudas de Cuvatã expostas aos 3 tratamentos variou de forma bifásica ao longo do tempo de exposição (Figura 31).

Figura 30 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

De uma forma geral, não houve diferença significativa da biomassa seca das plantas oriundas da Estufa Controle com relação à Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia), entretanto, a biomassa seca da Estufa Controle diferiu significativamente da Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As médias das biomassas secas provenientes das mudas de Cuvatã expostas nas 3 estufas são mostradas na Tabela 35.

Tabela 35 - Biomassa média (g.planta-1) nas mudas de Cuvatã submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

* Diferença significativa (p ≤ 0,05 , teste de Tukey)

Se considerarmos mais especificamente cada tempo de exposição, as plantas de Cuvatã oriundas da Estufa Controle tem biomassa diferente das Estufas 2 e/ou 3 dependendo do tempo analisado, com exceção do T0, momento em que se iniciou a exposição e as biomassas foram semelhantes (Tabela 36).

Tabela 36 - Resultado do teste de Tukey na comparação das biomassas das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Cuvatã

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 ≠2=3 =2≠3 =2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1≠3 =1≠3 =1=3 ≠1≠3 Estufa 3 =1=2 =1≠2 ≠1≠2 ≠1=2 ≠1≠2

Em função dos resultados da biomassa seca, pode-se considerar que a planta Cuvatã é uma planta sensível aos gases presentes no escapamento de um motor a Diesel, visto que houve uma diferença significativa da biomassa seca entre as

Grupos Média (g.planta-1) Controle 15,76* Estufa 2 14,90 Estufa 3 12,85

plantas controles e as plantas expostas aos gases a partir do tempo de exposição T1.

4.7.3 Clorofila

A Figura 31 mostra os valores da clorofila total mensurada em diferentes tempos de exposição nas folhas de Cuvatã presentes nas 3 Estufas. As concentrações de clorofila no tempo de exposição T1 nas estufas contaminadas com gases foi muito similar, mas menores do que os valores mensurados nas amostras de Cuvatã presente na Estufa Controle, a qual manteve seus valores relativamente estáveis até o final do experimento. Nas Estufas com saturação de gases, houve uma elevação nas concentrações de clorofila total, principalmente no tempo de exposição T4.

Figura 31 - Teores de clorofila total (mg.g-1) nas mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Tomando a totalidade de dados, não houve uma diferença significativa entre os conteúdos de clorofila total nas plantas expostas nas 3 Estufas, como pode ser visto na Tabela 37.

Tabela 37 - Clorofila total média (mg.g-1) nas mudas de Cuvatã submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Ao se analisar cada tempo de exposição, as plantas de Cuvatã da Estufa Controle tem conteúdo proteico semelhante aos das Estufas 2 e 3 (Tabela 38) em qualquer tempo de exposição das mudas às condições testadas.

Tabela 38 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo de clorofila nas folhas das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Cuvatã

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2

4.7.4 Proteína

Os resultados dos conteúdos de proteínas nas amostras de folhas e raízes das plantas de Cuvatã expostas nas 3 estufas apresentaram uma variação sem indicar uma tendência clara de comportamento, conforme pode ser visto na Figura 32. Grupos Média (mg.g-1) Controle 1,30 Estufa 2 1,18 Estufa 3 1,16

Figura 32 - Teores de proteína (mg.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

A Tabela 39 apresenta o teor médio de proteína nas folhas e raízes e mostra que não houve diferença significativa nas amostras de folhas e raízes das plantas expostas nas três estufas.

Tabela 39 - Conteúdo proteico médio (mg.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Cuvatã submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Ao se analisar cada tempo de exposição, as plantas de Cuvatã da Estufa Controle tem conteúdo proteico semelhante aos das Estufas 2 e 3 (Tabela 40) em qualquer tempo de exposição das mudas às condições testadas, com exceção das folhas e raízes no tempo de exposição T4, no qual os conteúdos proteicos das plantas das estufas contaminadas são menores que os das plantas da Estufa Controle.

Tabela 40 - Resultado do teste de Tukey na comparação do conteúdo proteico nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Cuvatã Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 ≠1=2 Cuvatã Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2=3 =2=3 =2=3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 =1=3 =1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 =1=2 =1=2 =1=2 ≠1=2

Grupos Folhas Raízes

Controle 412,07 194,07

Estufa 2 378,93 193,53

4.7.5 Peroxidase

O panorama geral dos resultados das análises da atividade da peroxidase nas folhas e raízes das mudas de Cuvatã é apresentado na Figura 33. Nota-se que esta enzima apresentou um comportamento bifásico, pois no início do experimento houve uma queda na atividade com posterior aumento significativo. A maior atividade de peroxidase nas folhas ocorreu no tempo T4 para as Estufas 2 e 3 (exposição de gases 1x e 2x ao dia) com valores de 310±14,11 e 321±12,12 (∆Abs.g-1)

respectivamente. Nas amostras de raízes a maior atividade de peroxidase nas Estufas 2 e 3 ocorreu no T4 com picos de 524,7±17,8 e 531,0±12,1 (∆Abs.g-1)

respectivamente. A maior atividade da peroxidase nas amostras das folhas e raízes da Estufa Controle ocorreu no tempo T0 e foi de 239,0±18,5 e 427,3±11,6 (∆Abs.g-1),

respectivamente.

A Tabela 41 apresenta a análise estatística dos dados médios da atividade peroxidásica nas folhas e raízes de Cuvatã, indicando que nas amostras de folhas e raízes houve diferença significativa nos resultados da Estufa 3 com relação à Estufa Controle, com valores médios mais elevados nas amostras de raízes.

Figura 33 - Atividade da enzima peroxidase (∆Abs.g-1) nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tempos de tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia). As barras horizontais correspondem ao Desvio-Padrão.

Tabela 41 - Atividade peroxidásica (∆Abs.g-1) nas folhas e raízes das mudas de Cuvatã submetidas aos tratamentos na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

,

* Diferença significativa (p ≤ 0,05, teste de Tukey)

Ao considerarmos cada tempo de exposição, as plantas da Estufa Controle têm atividades peroxidásicas menores do que as plantas da Estufa 2, que por seu turno, tem atividades peroxidásicas menor do que as plantas da Estufa 3 e isto para o caso das folhas e das raízes (Tabela 42).

Tabela 42 - Resultado do teste de Tukey na comparação da atividade peroxidásica nas folhas (A) e raízes (B) das mudas de Cuvatã submetidas aos diferentes tratamentos em diferentes tempos de exposição na Estufa Controle (1), Estufa 2 (exposição aos gases emitidos 2x ao dia) e Estufa 3 (exposição aos gases emitidos 4x ao dia).

Cuvatã Folhas

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4 Controle =2=3 =2≠3 ≠2≠3 ≠2 ≠3 ≠2 ≠3 Estufa 2 =1=3 =1≠3 ≠1≠3 ≠1=3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 ≠1≠2 ≠1≠2 ≠1=2 ≠1=2 Cuvatã Raízes

Estufas Tempos de exposição

T0 T1 T2 T3 T4

Controle =2=3 =2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 ≠2≠3 Estufa 2 =1=3 =1=3 ≠1=3 ≠1≠3 ≠1=3 Estufa 3 =1=2 ≠1=2 ≠1=2 ≠1≠2 ≠1=2

Ao se comparar os dados mostrados na Tabela 42, percebe-se que as respostas da atividade peroxidásica nas folhas da Cuvatã foram levemente diferenciadas da resposta enzimática das raízes, pois no tempo de exposição T1, a atividade nas folhas foi diferente entre as plantas da Estufa 3 com relação à Estufas Controle e Estufa 2, enquanto nas raízes, esta diferença só existiu entra a Estufa 3 e

Grupos Folhas Raízes

Controle 189,47 379,87

Estufa 2 229,20 430,33

a Estufa Controle. No tempo de exposição T2, com relação às nas folhas todas as estufas apresentaram repostas estatisticamente diferenciadas, enquanto nas raízes, as estufas contaminadas diferiram da Estufa Controle, mas não entre si. Curiosamente, no tempo de exposição T3 ocorreu exatamente o inverso do que foi visto no T2. Já no tempo de exposição T4, nas folhas e raízes observamos o mesmo comportamento da atividade peroxidásica que ocorreu nas folhas do T3. Assim, nota-se que as folhas e raízes de Cuvatã na Estufa 3 aumentaram significativamente a atividade da peroxidase em todos os tempos de exposição, com exceção do T0 que foi o início dos experimentos. Com relação à Estufa 2 (exposição de gases 2x ao dia), observamos o mesmo comportamento, mas só a partir do tempo de exposição T2.

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