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AS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DOS “OUTROS DISTRITOS”

6. CAPÍTULO VI – ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

6.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS “OUTROS DISTRITOS”

6.2.2 AS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DOS “OUTROS DISTRITOS”

80 100 120 Não Sim

Necessita de uma língua estrangeira para contactar o cliente-turista?

6.2.2AS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DOS “OUTROS DISTRITOS”

Neste campo pretende-se obter mais informações sobre a utilização da língua estrangeira no contacto com o cliente-turista, bem como as competências linguísticas dos inquiridos. A primeira questão que se colocou foi “Necessita de uma língua estrangeira para contactar o cliente-turista?”, pelo que se verifica que 98.3% dos inquiridos responderam afirmativamente (figura 11).

Figura 11 - Inquiridos dos “Outros Distritos” com necessidade de uma língua estrangeira

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Relativamente à questão sobre o conhecimento de línguas estrangeiras dos profissionais de turismo dos outros distritos, verifica-se que a nível de conhecimento da língua inglesa, a maioria dos inquiridos possui Nível Avançado (C1, C2), com uma percentagem de 55.7% (64 inquiridos) e a percentagem com menos significância corresponde aos inquiridos que não possuem conhecimento, ou seja, apenas 2.6% (3 inquiridos). A nível de conhecimento da língua espanhola, a maioria dos inquiridos possui Nível Intermédio (B1, B2), com uma percentagem de 40.9% (47 inquiridos) e a percentagem com menos significância corresponde aos inquiridos que não possuem conhecimento, ou seja, apenas 1.7% (2 inquiridos). No que diz respeito ao conhecimento da língua francesa, a maioria dos inquiridos possuem Nível Básico (A1, A2), o que corresponde a uma percentagem de 36.5% (42 inquiridos), a percentagem com menos significância corresponde aos inquiridos que não possuem conhecimento, ou seja, apenas 7.8% (9 inquiridos). Por fim, a maioria dos inquiridos não possuem conhecimento na língua alemã, correspondendo a uma percentagem de 66.1% (76 inquiridos), a percentagem menos significativa corresponde aos inquiridos com Nível Avançado (C1, C2), com apenas 1.7% (2 inquiridos). Estes dados são considerados positivos e vão de encontro aos autores mencionados no Capítulo II, nomeadamente Martins (2015), Pace (2015), Câmara (2013), INE (2017), pois, em geral os portugueses afirmam ter conhecimento em mais que uma língua estrangeira, sendo o inglês a língua mais destacada, e enfatizam que a exposição a várias línguas é um instrumento dominante

para alcançar o sucesso em diferentes áreas, tais como o turismo, garantindo uma melhor comunicação e uma melhor experiência entre os turistas e profissionais.

Figura 12 - Distribuição do conhecimento de línguas estrangeiras dos profissionais de turismo dos “Outros Distritos”

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Na sequência desta questão, foi questionado aos inquiridos se, para além das línguas estrangeiras inglesa, espanhola, francesa e alemã, possuem conhecimentos em outra línguas estrangeiras, pelo que alguns inquiridos responderam que possuem conhecimento em línguas tais como o italiano (7 inquiridos), o árabe (1 inquirido), o japonês (1 inquirido), sueco (1 inquirido), russo e ucraniano (2 inquiridos). Como é referido no Capítulo II, os autores Drobot (2017), Suhaimi & bin Abdullah (2017), Commission of the European Communities (2007), Sindik & Božinović (2013), vêm o multilinguismo como um investimento para o futuro, portanto as capacidades multilíngues são cruciais para estabelecer uma melhor comunicação empresarial.

A questão “Durante a sua atividade profissional, qual é a língua estrangeira que utiliza mais frequentemente no contacto com o cliente-turista?” foi dividida numa escala de 1 a 5, sendo que 1 foi a menos utilizada e 5 a mais utilizada. Verifica-se que a língua inglesa foi a mais utilizada (escala 5) pelos inquiridos, com uma percentagem de 66.1%. A maioria dos inquiridos utilizou a língua espanhola numa escala de 4, o que corresponde a uma percentagem de 33.9%. Em relação à língua francesa, a maior parte dos inquiridos utilizou-a numa escala de 3, ou seja, uma percentagem de 31.3%. Por fim no que diz respeito à língua alemã, a maioria dos inquiridos utilizou-a menos (escala 1) durante a sua atividade profissional, correspondendo a uma percentagem de 19.1%.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%

Inglês Espanhol Francês Alemão

Das línguas estrangeiras apresentadas de quais possui conhecimento? E a que nível?

Nível Básico (A1, A2) Nível Intermédio (B1, B2) Nível Avançado (C1, C2) Não possui conhecimento

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%

Inglês Espanhol Francês Alemão

Qual é a língua estrangeira que utiliza mais frequentemente no contacto com o cliente-turista? Numere cada uma das opções de 1 a 5, sendo que 1 foi a

menos utilizada e 5 a mais utilizada

1 2 3 4 5 Figura 13 - Distribuição da frequência da utilização das línguas estrangeiras dos inquiridos dos “Outros Distritos”

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

No que diz respeito à questão “Em que situações recorre às línguas estrangeiras no seu local de trabalho”, relativamente à língua inglesa, é possível verificar que esta foi a mais utilizada entre todas as situações mencionadas, sendo que a situação mais utilizada foi em conversa frente a frente com turistas/ clientes, dos 115 inquiridos dos outros distritos, 103 utilizaram nesta situação, correspondendo a uma percentagem de 11.8%. A situação em que a língua inglesa foi menos utilizada foi em visitas guiadas, com uma percentagem de 5.5%. Assim, verifica-se no Capítulo II, segundo o Education First (2018), para as empresas, o inglês é considerado um elemento essencial e, Martins (2015) menciona também o facto de falar outras línguas, especificamente o inglês, por se tratar de uma língua universal, garante uma melhor comunicação e uma melhor experiência para os profissionais.

Figura 14 - Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram à língua inglesa no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Na mesma questão, em relação à língua espanhola, a situação é idêntica à utilização da língua inglesa, sendo que a situação mais utilizada foi a conversa frente a frente com turistas/ clientes, com uma percentagem de 13.7%. O mesmo se verifica que a língua espanhola é menos utilizada nas visitas guiadas, correspondendo a uma percentagem de 4.3%.

Figura 15 - Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram à língua espanhola no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS. 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00%

Situações em que os profissionais recorreram à língua inglesa no seu local de trabalho 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%

Situações em que os profissionais recorreram à língua espanhola no seu local de trabalho

Na mesma questão, em relação à língua francesa, a situação é idêntica à utilização da língua inglesa e espanhola, sendo que a situação mais utilizada foi a conversa frente a frente com turistas/ clientes, e o fornecimento de informação turística (brochura, panfleto, guia, etc.), ambos com uma percentagem de 13.8%. O mesmo se verifica que a língua francesa é menos utilizada nas visitas guiadas, correspondendo a uma percentagem de 4.6%.

Figura 16 - Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram à língua francesa no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Na mesma questão, em relação à língua alemã, a maioria dos inquiridos praticamente não a utiliza, com uma frequência geral inferior a 10. Pela figura 17 é possível verificar que a situação mais utilizada foi a conversa frente a frente com turistas/ clientes, com uma percentagem de 27.6%. As situações de visitas guiadas e de envio de e-mails, cartas, faxes e newsletters não foram utilizadas por nenhum dos inquiridos.

0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00% 16,00%

Situações em que os profissionais recorreram à língua francesa no seu local de trabalho

Figura 17 - Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram à língua alemã no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Ainda na mesma questão, foi feita outra análise para determinar a percentagem de inquiridos que recorreram a mais que uma língua e, pelas seguintes figuras é possível verificar que as línguas inglesa, espanhola e francesa foram, em geral, as mais recorridas, com uma percentagem de 42.6% na situação de conversa frente a frente com turistas/ clientes, enquanto a língua inglesa juntamente com a língua espanhola foram as menos recorridas, com uma percentagem de 15.7% na situação de redigir formulários de reservas e uma percentagem de 12.2% na situação de ler documentação online/ websites.

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%

Situações em que os profissionais recorreram à língua alemã no seu local de trabalho

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% Conversas frente a frente com turistas/ clientes Conversas ao telefone com turistas/ clientes Realizar o Check-in e Check-out Redigir formulários de reservas Ler documentação online/ websites

Situações em que os profissionais recorreram a mais que uma língua estrangeira no seu local de trabalho

Inglês, Espanhol, Francês Inglês, Espanhol Inglês Não se aplica

Figura 18 - 1ªs Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram a mais que uma língua no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Como é possível verificar pela figura 19, a maioria não utilizou nenhuma língua em visitas guiadas (cerca de 56.5%) e em estabelecer novos contactos (cerca de 33%). No entanto, a língua inglesa, espanhola e francesa foram bastante recorridas pelas restantes situações, tais como o fornecimento de informação turística (brochura, panfleto, guia, etc.) e o fornecimento de indicações e direções, ambas com uma percentagem de 46.1%. Em seguida, a língua inglesa sozinha foi recorrida razoavelmente, com uma percentagem de 24.3%, na situação de envio de e-mails, cartas, faxes e newsletters e de 30.4% no estabelecimento de novos contactos.

Figura 19 - 2ªs Situações em que os profissionais dos “Outros Distritos” recorreram a mais que uma língua no seu local de trabalho

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Portanto conclui-se que os inquiridos, em geral, recorrem a mais que uma língua para a mesma situação no seu local de trabalho.