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FORMAÇÃO LINGUÍSTICA DOS PROFISSIONAIS DOS “OUTROS DISTRITOS”

6. CAPÍTULO VI – ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

6.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS “OUTROS DISTRITOS”

6.2.4 FORMAÇÃO LINGUÍSTICA DOS PROFISSIONAIS DOS “OUTROS DISTRITOS”

À questão “Frequentou formação ou algum curso de línguas estrangeiras?”, verifica-se que sensivelmente 72% dos inquiridos responderam afirmativamente, ou seja, mais de metade dos inquiridos dos Outros Distritos já obtiveram formação em línguas estrangeiras e assim sendo, estas não lhes são completamente desconhecidas. No entanto é de notar a percentagem dos inquiridos que responderam negativamente, com 26%, ou seja, 30 inquiridos.

72% 26%

2%

Frequentou formação ou algum curso de línguas estrangeiras?

Sim Não Sem Resposta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Se respondeu Sim, através de que tipo de formação adquiriu esse conhecimento?

Formação Superior

Formação Profissional

Particular

Outros

Proporcionada pela unidade hoteleira/empresa

Figura 21 - Formação dos profissionais em línguas estrangeiras dos “Outros Distritos”

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Na sequência desta questão, e uma vez que a percentagem correspondente às respostas afirmativas obtidas foi bastante elevada, foi questionado aos inquiridos através de que tipo de formação adquiriram esse conhecimento linguístico.

A figura 22 revela que na maior parte dos casos os profissionais adquiriram conhecimentos em línguas estrangeiras através de formação superior, correspondendo a uma percentagem de 30.3%.

Figura 22 - Tipo de formação adquirido dos inquiridos dos “Outros Distritos”

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Não Sem Resposta Sim Talvez

Consideraria frequentar um curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP), que foque a aprendizagem na terminologia específica da área profissional em

questão?

No que diz respeito à pergunta “Consideraria frequentar um curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP), que foque a aprendizagem na terminologia específica da área profissional em questão?”, a maioria dos inquiridos respondeu afirmativamente, ou seja, uma percentagem de 43.5%, o que poderá ser uma mais-valia para a atividade profissional dos inquiridos.

Figura 23 - Possibilidade de frequentar o curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP) dos inquiridos dos “Outros Distritos”

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.

Na sequência desta questão, e uma vez que a percentagem correspondente às respostas afirmativas obtidas foi bastante elevada, foi questionado aos inquiridos que se respondesse Sim, que benefícios acredita que esta formação/cursos poderia trazer para a sua atividade profissional. Sendo uma pergunta aberta, verifica-se que as respostas foram variadas, neste sentido, as respostas serão categorizadas de forma a identificar os benefícios que existem nessa formação específica.

Por um lado, alguns dos inquiridos vêm no curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP), uma mais-valia comunicacional para a sua atividade profissional. Assim, entre as respostas, destaca-se benefícios como “melhoramento e desenvolvimento de competências de comunicação”, “uma melhor comunicação com o cliente”, “melhor comunicação oral”, “facilita a comunicação”. Logo, o objetivo principal é obter uma melhor comunicação.

Por outro lado, identifica-se respostas dos inquiridos ligados à aproximação com o cliente-turista. Entre as respostas, destaca-se benefícios como “mais à vontade para os turistas”, “maior facilidade na interação com os clientes”, “qualidade no serviço”, “melhorar capacidade de relacionamento na venda e pós-venda”, “mais profissionalismo e qualidade de serviço”. Portanto, os profissionais se sentirão mais à vontade no serviço de atendimento, estabelecendo assim, uma melhor relação com o cliente-turista.

Existem ainda respostas relacionadas com o aumento de conhecimento de vocabulário técnico relacionado com a área de turismo e hotelaria. Entre as respostas, destaca-se benefícios como “vocabulário

específico”, “termos específicos mais usuais”, “terminologia profissional”, “melhorar e desenvolver outras competências mais técnicas”. Neste sentido, esta formação específica irá fornecer uma melhor aprendizagem de termos técnicos/ vocabulário direcionados para a área de turismo e hotelaria.

Há quem considere, também, no curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP), uma mais-valia a nível de fornecer valorização pessoal e profissional, mais foco na atividade e progressão na carreira.

No Capítulo II, é possível comprovar que vários autores, como Zahedpisheh e Saffari (2017), Cravotta III (1990), Al-Khatib (2005) mencionam o papel significativo do curso de ESP ou de ETP, pois podem atingir a proficiência em línguas no setor da hospitalidade e turismo.

A aproximação com o turista torna-se importante, como se verifica no Capítulo III, segundo Lanznaster & da Silva (2018), Popp, et al. (2007), ZeithamI, Berry & Parasuraman (1988), pois com as devidas formações, ao saber-se comunicar e estando em sintonia com o turista, será possível provocar um impacto positivo na excelência do serviço prestado e por conseguinte, fidelizar o cliente-turista.

Tabela 12 - Respostas dos inquiridos dos “Outros Distritos” quanto aos benefícios que o curso de Inglês para Fins Específicos (ESP) ou Inglês para Fins Turísticos (ETP) poderia trazer para a sua atividade profissional

Benefícios Respostas dos inquiridos

Mais-valia comunicacional

“Melhoramento e desenvolvimento de competências de comunicação”; “Uma melhor comunicação com os turistas”; “Melhor comunicação oral”; “Formação

específica facilita a comunicação”; “Melhoramento da comunicação”; “Uma melhor comunicação com o

cliente”; “Melhorar o discurso perante o cliente/ turista, por conversa frente a frente, por telefone,

e-mail”; “Facilitar a comunicação”; “Mais facilidade de comunicação através do aumento do vocabulário”; “Promover uma melhor comunicação

oral com os clientes”.

Vocabulário técnico

“Vocabulário específico”; “Melhoria da língua e da escrita”; “Termos específicos mais usuais”;

“Terminologia profissional”; “Melhorar e desenvolver outras competências mais técnicas”.

Aproximação com o cliente-turista

“Mais à vontade para os turistas”; “Maior facilidade na interação com os clientes”; “Melhor interação

com os hóspedes e empresas”; “Qualidade no serviço”; “Melhorar capacidade de relacionamento

qualidade de serviço”.

Outros

“Proatividade”; “Foco na atividade”; “Tornar-me-ia mais completo”; “Progressão na carreira”;

“Profissionalização”. Fonte: Elaboração própria.

Por fim, a última questão tem como objetivo entender quais os aspetos mais relevantes que os profissionais de turismo consideraram que deveria ser incluído numa eventual formação linguística dedicada à área do turismo e hotelaria, sendo que os profissionais consideraram o vocabulário da terminologia específica da área do turismo e hotelaria como o aspeto mais relevante, com uma percentagem de 20.9%. O aspeto considerado na amostra menos relevante pelos profissionais foi o serviço de tradução, com uma percentagem de 7%.

Figura 24 - Aspetos relevantes para incluir numa eventual formação linguística dedicada à área do turismo e hotelaria escolhidos pelos inquiridos dos “Outros Distritos”

Fonte: Elaboração própria feita em SPSS.