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A sociedade em que vivemos depende intensamente das organizações, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor; comerciais, industriais ou de serviços, etc. (COSTA; PARADELA, 2013).

As organizações são investimentos sociais que reúnem determinados recursos para o alcance de objetivos. Sem os recursos não são possíveis de atingir os objetivos. Esses recursos também podem ser chamados de processos, que é a maneira que a empresa busca para chegar em seus objetivos (SILVA; FERNANDES; DANDARO, 2013). Conforme Chiavenato (2004), os recursos organizacionais estabelecem a maneira que a organização realizará suas atividades, que podem ser:

 Recursos humanos: são as pessoas que ingressam, participam e permanecem na organização, independentemente de qualquer que seja o seu nível hierárquico ou sua tarefa. Essas pessoas fornecem para a organização seus conhecimentos, habilidades, atitudes, comportamentos, entre outros (CHIAVENATO, 2004). São elas que formam o único recurso vivo e dinâmico existente na organização, é também o principal ativo da empresa;

 Recursos materiais e tecnológicos: são os equipamentos, as ferramentas e acessórios utilizados na organização; as instalações, as tecnologias e processos utilizados tanto na produção quanto na gestão. São essenciais para a organização, desde a prestação de serviços como para a produção de bens ou produtos;

 Recursos financeiros: representam o capital monetário da organização que pode ser utilizado para a atividade corrente e para investimentos. É através

66 deles que se obtém a possibilidade de aquisição de novos recursos para a organização;

 Recursos mercadológicos: são os contatos que são formados com clientes, fornecedores, ou usuários. Esses recursos representam as atividades de pesquisa, análise de mercado e definição de preço; geralmente é representado por aquilo que o consumidor pensa que será produzido pela organização;

 Recursos administrativos: é constituído através dos meios que a organização consegue desenvolver suas atividades organizacionais. Neste ponto incluem os esquemas de coordenação e integração da empresa. Dessa forma, todos os recursos da organização são importantes para que ela possa desenvolver seus trabalhos com a finalidade de atender ao esperado pelo seu público alvo (CHIAVENATO, 2004).

As organizações são vistas como instituições criadas para atender a demanda da sociedade, estabelecendo meios para o alcance de determinados objetivos. De acordo com Costa e Paradela (2013), as principais características de uma organização são:

 Estabelecimento de objetivos a serem alcançados por todos os membros;

 Existência de regulamentos que definem o bom funcionamento;

 Distribuição de trabalhos e responsabilidades;

 Coordenação das ações que garantem o funcionamento da organização de acordo com os objetivos estabelecidos.

De acordo com a visão de Rezende (2008) a palavra “negócio” está relacionada com a empresa privada e a palavra “atividade” está ligada com as organizações públicas. A principal atividade da organização privada é o negócio e pode ser conceituado como o ramo ou o segmento que atua. A atividade é a principal essência da organização pública, ela deve retornar ganhos para a sociedade e melhoria na qualidade de vida dos cidadãos (REZENDE, 2008).

Segundo Castro e Dzierwa (2013) as organizações privadas são estudadas pelas teorias das organizações e possuem missão, valores e objetivos próprios e autônomos pautados pelas vontades de seus membros ou proprietários. Elas são autossuficientes e atuam com interesses próprios e objetivos que podem variar com maior frequência durante o tempo. Segundo os autores, as organizações públicas possuem objetivos mais permanentes e voltados

67 para a coletividade e não para os que as integram, elas agem exclusivamente para influenciar e atender as necessidades da população em geral.

O conceito de organizações públicas para Fernandes (2014, p. 52):

As organizações públicas são criadas ou autorizadas por norma estatal e financiadas por meio de recursos públicos oriundos de arrecadação tributária. Como seu caráter é fundamentalmente público, sua missão principal é concretizar os valores e os objetivos adotados pelo sistema político, o que as torna a expressão tangível dos valores políticos vigentes.

As organizações privadas possuem um número restrito de clientes que são diretamente atingidos por suas ações, enquanto as organizações públicas atingem a sociedade como um todo. Desta forma, as organizações públicas são cobradas por uma gestão de importância ainda maior. Conseguir um modo adequado de atuação é missão tanto dos seus dirigentes quanto dos seus colaboradores, o que muitas vezes depende de um acertado modelo de gestão (COSTA; PARADELA, 2013).

Algumas das principais diferenças entre as organizações públicas e privadas são apresentadas (CASTRO; DZIERWA, 2013; PALUDO, 2010):

 As organizações privadas são motivadas, em geral, pela obtenção de lucro financeiro, fator menos presente nas organizações públicas, onde o seu foco principal é o bem-estar da coletividade;

 A maior parte dos recursos da organização privada é custeada pelos seus clientes na obtenção de bens e serviços, enquanto na organização pública é custeada por todos os contribuintes através de impostos;

 As organizações públicas geralmente são monopolizadas e os usuários não podem escolher outra forma, enquanto na organização privada a livre concorrência proporciona diversas opções;

 As empresas privadas servem a um grupo ou indivíduo específico enquanto as instituições públicas servem aos interesses gerais da sociedade;

 As organizações privadas são menores e possuem maior autonomia e flexibilidade, no caso das públicas a ação é mais difícil, complexa e com menos autonomia;

 A eficiência e a eficácia das organizações privadas são medidas pelo aumento das suas receitas, pela redução dos custos e pela expansão de seus mercados; na organização pública é medido pelo cumprimento da sua

68 missão e pelo atendimento com qualidade dos interesses e demandas dos cidadãos.

Tanto as organizações privadas como as públicas empregam técnicas administrativas como o planejamento, organização, direção e controle, assim como as técnicas de avaliação de resultados e de motivação. A divisão do trabalho também possui atributos e técnicas bem parecidas com funções semelhantes a serem desempenhadas: orçamentário, financeiro, contábil, recursos humanos, etc. Elas, porém, sofrem interferências do ambiente externo como fatores políticos, sociais, econômicos e tecnológicos que dificilmente serão idênticos de uma organização para outra (PALUDO, 2010).

As organizações, de modo geral, precisam possuir uma estrutura, adotar processos e recursos compatíveis com sua característica e finalidade. De acordo com a tradição, as organizações possuem uma estrutura definida por cargos e funções que são representadas por organogramas e manuais. As estruturas rígidas e inflexíveis não atendem mais aos anseios de agilidade e adaptação das organizações atuais e contemporâneas, portanto, novos arranjos organizacionais são necessários dentre os quais os antigos e intransigentes limites de competência e autoridade já não fazem mais sentido (COSTA; PARADELA, 2013).

De acordo com Costa e Paradela (2013) as organizações precisam focar corretamente no seu planejamento, pois, se assim não fizerem terão dificuldades com um ambiente organizacional que se apresenta cada vez mais complexo, inquieto e restritivo. A falta de clareza ou a inadequação desses objetivos inviabiliza a realização de um trabalho sólido e duradouro na organização. Porém, a definição correta dos objetivos precisa ser aceita e incorporada pelos seus colaboradores, pois, sem isso, não existe a garantia de que eles serão alcançados de forma satisfatória. Dessa forma, é preciso que estratégias para a adoção dos objetivos por parte dos colaboradores sejam adotadas, uma vez que, quando os objetivos individuais se sobrepõem aos organizacionais impedem que as metas pretendidas sejam alcançadas.

É importante a criação de identidade dos indivíduos com a organização, isso dependerá de uma política de pessoal adequada que contemple os colaboradores nos seus objetivos individuais. Os objetivos individuais não são e não devem ter seu grau de importância minimizado. O trabalho é uma fonte fundamental de satisfação do indivíduo e quando as condições adequadas são oferecidas ele tende a aderir com convicção os objetivos organizacionais (COSTA; PARADELA, 2013).

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