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14 AS SEITAS JUDAICAS

No documento A Bíblia Entre Os Dois Testamentos (páginas 61-68)

Nestes quatrocentos anos, houve uma grande concentração de esforços em torno da obediência as leis mosaicas e da observância de todos os preceitos e regras estabelecidas no Torá. As duras lições aprendidas após os terríveis

períodos de cativeiros, motivados pela

desobediência e pela apostasia religiosa, havia sido colocados como a grande consequência que resumia todos os males que haviam pairados sobre este povo.

Devido a isto, como resultado deste estremo zelo pela guarda de todos estes preceitos, formou se os grupos de pessoas que se aglutinaram em torno de crenças e objetivos comuns.

Já relatamos alguns conceitos e registramos alguns fatos sobre estes grupos, contudo, a seguir

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iremos complementar mais algumas interessantes informações sobre este tema.

Muito desses grupos como os fariseus atingiram o máximo do fanatismo. E passaram a exercer de forma impecável e intransigente as ordenanças legais.

1. Os Fariseus – Esta seita arraigada entre os judeus, que exercitavam com estremo zelo a observância dos preceitos de suas leis, teve a sua origem desde seus antecedentes que foram os primeiros reformadores ainda dos tempos de Esdras e Neemias; Quando Matatias revoltou-se contra os esforços de Antíoco, os Hasidim (―Os Piedosos‖), o apoiaram e se ligaram a ele; Mais tarde os Hasidim foram denominados Perushim (―Os Separados‖)

Fariseus - Constituíram o núcleo da aristocracia religiosa e acadêmica.

Entre suas crenças, ensinavam que a alma era imortal, que havia uma ressurreição corporal e julgamento futuro com galardão ou castigo.

Acreditavam na existência de anjos e espíritos bons e maus.

Predestinatários, mas aceitaram que o homem tinha livre arbítrio e responsável moralmente;

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Eram radicais no cumprimento dos preceitos e normas, coordenaram a tradição e a Lei escrita num conjunto de regras de fé e a prática, evoluindo com os tempos.

2. Os Saduceus - O nome possivelmente vem de Zadoque, o sumo sacerdote dos tempos de Davi (II Sm 8:17 e 15:24); Eles aparecem na história na mesma época que os Fariseus;

Enquanto os Fariseus eram nacionalistas, a tendência dos saduceus era na direção da filosofia grega com a cultura grega; serem politicamente corretos com os dominadores para tirarem vantagens econômicas e preservarem seus patrimônios, pois eram os detentores do poder econômico e das grandes propriedades.

Sendo eles um partido político de tendências sacerdotais e aristocráticas, tinham pouca influência com o povo comum.

Os saduceus formava o núcleo da aristocracia sacerdotal, política e social;

Ensinaram que não há nem galardão nem castigo, por incrível que pareça, apesar de se apossarem dos serviços sacerdotais do tempo, eram mais materialistas do que espirituais;

Influenciados pela cultura e filosofia grega, negaram até a existência de espíritos e anjos;

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Enfatizaram a liberdade da vontade humana, rejeitando o determinismo e o azar; Mantinham que a Torah era única fonte infalível de fé e prática.

Os saduceus, representados pelos sacerdotes que atuavam no templo, no tempo de Jesus, foram determinantes na política, eram em maior número no sinédrio e decidiram pela prisão e morte de Cristo.

4. Os Essênios

Não há registro algum sobre os essênios no Novo Testamento, mas segundo os historiadores, afirmava se que havia 4.000 ou mais essênios, que eram participantes de uma seita ascética com sede na beira ocidental do mar morto. Calculava se que muitos dos essênios viviam nas vilas e cidades espalhadas pela Palestina.

Eram austeros na vida em comum,

seguiram o conceito de comunidade na

distribuição e aquisição de bens, abstinência, meditação, trabalho zeloso e o celibato.

5. Os Herodianos

Eram os partidários desta dinastia, formada pelos Herodes, estas pessoas que faziam parte deste partido político que não estava ligado a

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nenhuma religião; Esperaram que estes reis cumprissem a realização da esperança da nação.

6. Os Zelotes

Legalistas, fiéis pietistas, messianistas nacionalistas, intolerantes dos judeus impiedosos e de Israel na subjugação aos romanos.

Quem foram os Zelotes?! - Foi um grupo de judeus radicais em sua oposição à Roma que dominava a Palestina e subjugava o povo de Deus.

Os zelotes estimulavam e agitavam o povo conduzindo os a revolta contra os romanos, o que provocou a utópica Guerra judia (anos 66-70), que terminou com a destruição de Jerusalém e do templo por obra de Tito Flávio.

Nos evangelhos eles não são nomeados, embora a um dos doze, Simão, seja dado o apelido de Zelotes (Luc 6,15 - Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote;

Zelotes ou "fervorosos". Este movimento unia o fervor religioso com o compromisso social. Segundo eles, os sacerdotes e os demais líderes religiosos estavam preocupados demais com o poder e não faziam nada para libertar a terra prometida da dominação dos romanos.

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Os zelotes defendiam a guerra santa e pretendiam alcançar a libertação da Palestina através da violência. A luta deles visava combater os impostos que esmagavam o povo, a idolatria do Imperador romano que exigia ser adorado como um Deus, e a má distribuição da terra.

A terra, na opinião do movimento, era propriedade de Javé e os romanos não tinham o direito de ocupá-la e exigir imposto dos camponeses.

Apesar de lutar pela justiça, os zelotes também tinham um forte preconceito em relação aos pobres. Como os fariseus e os saduceus, achavam que os pobres não tinham condições de seguir a Lei e que não eram úteis na luta de libertação.

Os saduceus eram os "ritualistas", os fariseus os "legalistas" e os zelotes os "revolucionários".

Embora no seu ministério terrestre, Jesus questionasse a proposta religiosa destes três movimentos, ainda hoje, temos em nossas comunidades religiosas, pessoas que convivem com a fé em Cristo, mas são semelhantes aos saduceus: frequentando as reuniões, porém, desinteressando-se totalmente com a miséria e o sofrimento dos "pequeninos" de Deus; como os fariseus: respeitando todas as Leis da Igreja mas separados do povo e cheios de preconceitos em

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relação aos pobres e aos fiéis de outras religiões ou Igrejas; como os zelotes: idealizando a violência e desvalorizando a cultura e a religiosidade popular.

A Esperança Messiânica dos Judeus 1. No surgimento no Período Inter bíblico Na época da restauração, e com o desaparecimento dos profetas, houve pouca ênfase na esperança messiânica. O interesse do povo era a observação da Lei.

Neemias 8 1 a 3 -E chegado o sétimo

mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.

E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.

E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. Neemias 8:1-3

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15 - OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

No documento A Bíblia Entre Os Dois Testamentos (páginas 61-68)