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7 A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

No documento A Bíblia Entre Os Dois Testamentos (páginas 30-37)

7 - A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Ela floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolemaica e existiu até a Idade Média, quando foi totalmente destruída por um incêndio casual.

Acredita-se que a biblioteca foi fundada no início do século III a.C., concebida e aberta durante o reinado do faraó Ptolemeu I Sóter ou

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durante o de seu filho Ptolomeu II. Plutarco nas

suas obras fez referencias a esta biblioteca.5

Durante sua visita a Alexandria em 48 a.C., Júlio César queimou acidentalmente a biblioteca quando ele incendiou seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. De acordo com Plutarco, o incêndio se espalhou para as docas e daí à biblioteca.

No entanto, esta versão dos

acontecimentos não é confirmada na

5 - Plutarco de Queroneia (46 a 126 d.C.), filósofo e prosador grego do

período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão). Ele foi um discípulo de Ammonius de Lamprae, um filósofo peripatético com profundo conhecimento de religião. Viajou pela Ásia e Egito, viveu em Roma e foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95 d.C. O seu enorme prestígio valeu-lhe deter direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma (Mestrius Plutarchus). A sua ética baseia-se na convicção de que para alcançar a felicidade e a paz, é preciso controlar os impulsos das paixões. Escreveu sobre Platão, sobre os estóicos e os epicuristas, e estudou a inteligência dos animais comparando-a à dos humanos. É dele um pequeno ensaio, onde expõe a habilidade no uso da astúcia com ética, Como tirar proveito do inimigo. Segundo a tradição, Plutarco escreveu mais de 200 livros. Chegaram até nós cerca de 50 biografias de gregos (entre elas a "Vida de Licurgo") e romanos ilustres em que ambas são comparadas, conhecidas como as Vidas Paralelas e dezenas de outros escritos sobre os mais variados tópicos, designadas genericamente por Obras Morais ("Moralia"), sobre Filosofia, Religião, Moral, Crítica literária e Pedagogia.

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contemporaneidade. Atualmente, tem sido

estabelecido que a biblioteca, ou pelo menos segmentos de sua coleção, foram destruídos em várias ocasiões, antes e após o século I a.C..

Fragmento da Septuaginta, traduzida do hebraico para o grego koiné, entre os séculos III a.C. e I

a.C. em Alexandria.

Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II, após seu pai ter construído o Templo das Musas (Museum). É atribuída a Demétrio de Faleros sua organização inicial. Uma nova

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biblioteca foi inaugurada em 2002, próximo ao sítio da antiga.

Complementando os relatos sobre as aventuras de Júlio Cesar em Alexandria. Conta-se que num destes incêndios da histórica biblioteca foi provocado por César. Em caçada a Pompeu, o seu inimigo de Triunvirato (formado por Pompeu, Crasso e ele), César deparou-se com a cidade de Alexandria, governada na época por Ptolomeu XII, irmão de Cleópatra.

Pompeu foi decapitado por um dos tutores do jovem Ptolomeu, e sua cabeça foi entregue a César juntamente com o seu anel. Diz-se que ao ver a cabeça do inimigo César pôs-se a chorar. A narrativa prossegue afirmando que ao apaixonar-se perdidamente por Cleópatra, César conseguiu colocá-la no poder através da força. Os tutores do jovem faraó foram mortos, mas um conseguiu escapar.

Temendo que o homem pudesse fugir de navio mandou incendiar todos, inclusive os seus. Como decorrência desta estúpida iniciativa, o incêndio alastrou-se e atingiu uma parte da famosa biblioteca.

A instituição da antiga biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo preservar e divulgar a cultura grega e do mundo conhecido. Continha livros que foram levados de

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Atenas. Existiram também matemáticos ligados à biblioteca, como por exemplo, Euclides de Alexandria. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros.

De fato, existiram duas grandes Bibliotecas de Alexandria. A Biblioteca Mãe e a Filha. De início a Filha era usada apenas como complemento da primeira, mas com o incêndio acidental (por Júlio César), no século I, da Biblioteca Mãe, a Filha ganhou uma nova importância.

Os sábios viam de todo o mundo para Alexandria e debatiam os mais variados temas. Em 272 d.C., durante a guerra entre o imperador Aureliano e a rainha Zenóbia,6 a Biblioteca Filha,

foi provavelmente destruída, quando as legiões de Aureliano tomaram a cidade de assalto.

A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado. Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria.

6 - Zenóbia (Tibur - hoje Tívoli -, 274), foi uma rainha de Palmira

(Síria). Depois da morte do marido (Odenato), reinou em nome do filho (Vabalato) e fez de Palmira uma brilhante capital no Oriente Médio. Foi vencida e reduzida ao cativeiro, pelo imperador romano Aureliano (273).

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Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta.

Os grandes nomes da Alexandria antiga Euclides: matemático do século IV a.C.. O pai da geometria e o pioneiro no estudo da óptica. Sua obra Os Elementos foi usada como padrão da geometria até o século XIX.

Aristarco de Samos: astrônomo do século III a.C.. O primeiro a presumir que os planetas giram em torno do Sol. Usou a trigonometria na tentativa de calcular a distância do Sol e da Lua, e o tamanho deles.

Arquimedes: matemático e inventor do século III a.C.. Realizou diversas descobertas e fez os primeiros esforços científicos para determinar o valor do pi (π).

Calímaco (c. 305–c. 240 a.C.): poeta e bibliotecário grego, compilou o primeiro catálogo da Biblioteca de Alexandria, um marco na história do controle bibliográfico, o que possibilitou a criação da relação oficial (cânon) da literatura grega clássica. Seu catálogo ocupava 120 rolos de papiro.

Eratóstenes: polímata (conhecedor de muitas ciências) e um dos primeiros bibliotecários

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de Alexandria, do terceiro século a.C.. Calculou a circunferência da Terra com razoável exatidão. Galeno: médico do século II d.C.. Seus 15 livros sobre a ciência da medicina tornaram-se padrão por mais de 12 séculos.

Hipátia: astrônoma, matemática e filósofa do século III d.C.. Uma das maiores matemáticas, diretora da Biblioteca de Alexandria; por ser pagã, foi assassinada durante um motim de cristãos. Herófilo: médico, considerado o fundador do método científico, o primeiro a sugerir que a inteligência e as emoções faziam parte do cérebro e não do coração.

Ptolomeu: astrônomo do século II d.C.. Os escritos geográficos e astronômicos eram aceitos como padrão.

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8 - A DESTRUIÇÃO DA BIBLIOTECA DE

No documento A Bíblia Entre Os Dois Testamentos (páginas 30-37)