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“As vantagens da prevenção”

EIXO IV AVC com hemiparesia esquerda EIXO V AGF

Sessão 2 “As vantagens da prevenção”

3.3.2.3 – Descrição das sessões de acordo com os objetivos e procedimentos A ação de formação para utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde deverá ter duas sessões de 60 minutos com 12 utentes do Lar, com diagnóstico provável de DA na fase leve, sem outra psicopatologia associada. Os temas das sessões são “A doença de alzheimer e o cérebro” e “As vantagens da prevenção”.

Sessão 1

“A Doença de Alzheimer e o cérebro”

Objetivos

1 Apresentar o grupo e auscultar os participantes quanto às suas expetativas relativamente à ação de formação.

2 Esclarecer os participantes sobre os objetivos da formação, duração e estrutura das sessões.

3 Promover conhecimentos sobre a DA e promover exercícios de treino de gnosias, memória e função executiva.

4. Apresentação da tarefa intersessão. Procedimentos

1 O terapeuta apresentou-se, solicitando que os doentes o fizessem também, utilizando a técnica do novelo de lã (ANEXO 10), em que, partindo do primeiro participante se foi

desenrolando, até todos estarem apresentados, formando uma rede, que todos ligou. Durante cada apresentação foi solicitado aos participantes que se identificassem e que dissessem o que pensam ser a DA, e as suas expetativas em relação à formação.

2 No segundo, após a apresentação do grupo, o terapeuta promoveu o conhecimento sobre as vantagens da prevenção através da estimulação cognitiva, com base na utilização de exercícios estruturados. Para o efeito, foi utilizado um folheto informativo (ANEXO 9).

3 Para concretização do objetivo, foram apresentados o “Exercício 1 - Agnosias e treino de memória”, em que se pretendeu que os participantes reconhecessem e memorizassem 6 objetos diferentes, depois de estarem expostos cinco minutos, período durante o qual se falou deles e da sua utilidade; esses objetos eram um carrinho de brincar em plástico, uma tesoura, um lápis, um prato, um relógio e um telemóvel (ANEXO 11); seguidamente, foram retirados do alcance visual dos participantes e solicitado que recordassem os objetos e registassem o seu nome numa folha (ANEXO12). No “Exercício 2 - gnosias e função executiva”, o terapeuta escondeu o carro, o lápis e o telemóvel dentro de uma caixa coberta com um pano e solicitou a um dos participantes que introduzisse a mão na caixa, tateando os objeto, a fim de revelar três caraterísticas de cada um, por exemplo, é de plástico, tem teclas ou é pontiagudo antes de o nomear; seguidamente, solicitou-se que dissessem o que fariam com os objetos, por exemplo onde iriam com um carro verdadeiro, o que escreveriam com um lápis ou que número marcariam no telemóvel. Finalmente o “Exercício 3 - função executiva”, constou de uma charada (ANEXO 16); neste exercício, com os mesmos objetos em cima da mesa e à vista, solicitou-se a um dos participantes que escolhesse secretamente um dos objetos e escrevesse o nome do objeto numa folha de registo (ANEXO12); em seguida, um a um, os outros participantes foram nomeando uma caraterística dos objetos, até um deles adivinhar o objeto escolhido pelo primeiro e ganhar; por exemplo se o participante, referindo-se à tesoura, dissesse “é de ferro?” a resposta era “sim”; se, ao referir-se ao lápis dissesse “é de ferro?”, a resposta era “não”; prosseguiu-se até que alguém “matar” a charada dizendo qual objeto escolhido.

4.O terapeuta apresentou a tarefa intersessão (ANEXO 15) e preparou os utentes para a sua execução.

Materiais: Novelo

Seis objetos: um carrinho de brincar em plástico, uma tesoura, um lápis, um prato, um relógio e um telemóvel

Uma caixa de sapatos com um pano opaco Lápis ou esferográfica

Folha de registo

Sessão 2

“As vantagens da prevenção”

Objetivos

1 Promover conhecimentos sobre os benefícios da intervenção precoce.

2 Efetuar exercícios de treino de memória, atenção, orientação visuo-espacial e treino da função executiva.

3 Sintetizar a sessão anterior recuperando a informação relativa aos benefícios da prevenção através do treino cognitivo e promovendo um debate sobre o tema.

4 Quarto, refletir sobre a ação de formação e despedida do grupo.

Procedimentos

1 Recorrendo a um folheto informativo, (ANEXO 9) apresentaram-se os benefícios da intervenção precoce lançando em seguida um debate sobre o tema.

2 Procedeu-se à apresentação do “Exercício 4 - treino de memória e orientação visuo- espacial”, em que foram utilizadas cartas de jogar (ANEXO 13); neste exercício foram colocadas em cima da mesa, viradas para baixo 16 cartas de jogar (2 cartas de cada um dos nipes mais altos: A; Rei; Valete; Dama; 10; 9) formando um quadrado com 4 cartas em cada lado. Cada participante foi convidado a virar uma carta, e todos a veem; pousa a carta virada para baixo, no mesmo sítio e o participante seguinte vira uma carta; à medida que as cartas forem sendo viradas, os participantes devem memorizar as cartas e a sua posição, para que quando na sua vez encontrarem uma carta do mesmo valor, que consigam localizar, as recolham contando pontos para si. Ganha que tiver mais pares recolhidos. O “Exercício 5 - atenção e treino da função executiva”, constituído pela montagem de um puzzle Neste exercício, é composto um puzzle de 20 peças, em que à vez, cada participante foi convidado a escolher uma peça e encaixa-la no sítio certo. No “Exercício 6 - treino da atenção”, os participantes procuram encontrar as diferenças entre dois desenhos aparentemente iguais. Neste exercício, foi solicitado a cada

participante que encontrasse as 5 diferenças entre dois desenhos e as circundassem com uma circunferência (ANEXO 14). Finalmente “Reflexão e despedida”.

3 O terapeuta recordou aos participantes o benefício da prática regular de exercícios como os apresentados. Foi solicitado aos participantes que dessem a sua opinião sobre os exercícios, dizendo de quais mais gostaram e se conheciam outros que gostassem de por em prática.

4 Foi lançando um debate sobre a importância da manutenção dos recursos cognitivos individuais, através do treino cognitivo que a instituição proporciona. Foram também estimulados no sentido de participar em outra das numerosas atividades de lazer da instituição.

Materiais

Baralho de cartas de jogar Puzzle

Lápis ou esferográfica Desenhos com diferenças

Conclusão

A DA é uma doença do cérebro insidiosa e incurável. Contudo, os autores que abordam a temática, são unânimes em afirmar que o treino do cérebro de forma estruturada, é atualmente a forma mais eficaz de retardar os efeitos da doença. Por esta razão, pretende-se nesta ação de formação promover conhecimento e estratégias que permitam aos doentes na fase leve da doença, levarem a cabo ações que lhes permitam ser participantes ativos na manutenção das suas competências cognitivas. As dinâmicas apresentadas, são uma pequena amostra de um variado leque de jogos e passatempos, que de forma lúdica, podem ser postos em prática no dia-a-dia dos doentes, sob a forma de passa tempos. Deseja-se assim contribuir para, na medida do possível, dar esperança num futuro que se pode afigurar incerto.

3.4 Intervenção psicoterapêutica em grupo: “Promoção da autoestima em idosos institucionalizados”

A autoestima expressa-se nos aspetos avaliativos que o sujeito faz a seu respeito, baseado nas próprias capacidades e desempenhos (Romano, 2007). Consiste na avaliação que a pessoa efetua, e geralmente mantêm em relação a si própria, a qual implica um sentimento de valor, que engloba componentes cognitiva, afetiva e comportamental, expressas numa atitude de aprovação ou desaprovação em relação a si

mesma (Pech, 2004). A opinião que o idoso institucionalizado tem de si próprio, pode ser penalizadora da autoestima, em virtude da situação em que se encontra, após o afastamento da família e a constatação das suas perdas físicas e cognitivas (Tárraga, 2004). Com a perda seus laços emocionais e os papéis sociais que manteve durante a vida, o idoso institucionalizado vê afetada negativamente a sua concetualização de vida futura e a forma de se socializar com o ambiente institucional (Pech, 2004). A intervenção psicológica em idosos institucionalizados, visa facilitar adaptação às mudanças resultantes da DA e otimizar os seus recursos pessoais, promovendo o bem- estar psicológico, autoeficácia, autonomia, e recursos de confrontação com as dificuldades e os problemas (Teixeira, 2000). A intervenção psicológica abarca um conjunto de métodos e estratégias com que se pretende potenciar o rendimento cognitivo e funcional e melhorar a qualidade de vida e autoestima (Casanova, 1999).Por esta razão, julgou-se pertinente a elaboração do presente protocolo de intervenção psicológica para um grupo de idosos do Lar e Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde.

Os utentes foram selecionados por conveniência, tendo em conta que o nível a escolaridade que não ultrapassa o 4º ano de escolaridade, com diagnóstico provável de Alzheimer na fase leve, residentes no lar.

3.4.1-Objetivos

O objetivo geral desta intervenção é promover a autoestima de idosos institucionalizados.

Os objetivos específicos, são a promoção da educação acerca da autoestima e sua relevância para a qualidade de vida e o bem-estar; promover o insight no que diz respeito às suas caraterísticas pessoais; potenciar competências de relacionamento e elaboração de estratégias de coping.

3.4.2-Estrutura

A Intervenção terá seis sessões, bissemanais de 90 minutos, com 8 utentes do Lar, com diagnóstico provável de DA na fase leve, sem outra psicopatologia associada. Os temas das sessões serão, na primeira sessão “Apresentação do grupo e concetualização de AE”, a segunda “Avaliação de autoconceito e autoeficácia, pensamentos negativos e pensamentos alternativos”, a terceira “Competências de

linguagem”, a quarta “Comportamentos sociais positivos”, a quinta “Psicologia Positiva” e sexta “Despedida”.

Em seguida apresenta-se a estrutura da intervenção (Quadro 3), encontrando-se a descrição pormenorizadas de acordo com os objetivos e procedimentos no (ANEXO 35).

Quadro 3

Promoção da autoestima em idosos institucionalizados”

O objetivo geral – “Promover a autoestima de idosos institucionalizados” Os objetivos específicos

1 Promover da educação acerca da autoestima e sua relevância para a qualidade de vida e o bem-estar.

2 Promover o insight no que diz respeito às suas caraterísticas pessoais

3 potenciar competências de relacionamento e elaboração de estratégias de coping. Sessão 1 sessão “Apresentação do grupo e concetualização de AE”

Objetivos

1Apresentação dos participantes e das caraterísticas da intervenção, respetivos objetivos do programa e exploração das expetativas dos participantes.

2 Apresentação e discussão do conceito de autoestima. 3Aplicação de teste psicométrico.

4Apresentação da tarefa intersessão.

Sessão 2 “Avaliação de autoconceito e autoeficácia, pensamentos negativos e