• Nenhum resultado encontrado

o Aspetos de Com posição, que englobam os elem entos que permitem

No documento ÍNDICE DO VOLUME IV (páginas 128-134)

distinguir as particularidades de um a paisagem ou de um com ponent e, os quais podem ser agrupados, por sua vez, em:

Fatores Espaciais, definidos pela Abertura Visual, Dist ancia, Continuidade, Similit ude, Figura e o Fundo, que permitem a análise da composição a partir da posição relativa dos diferent es com ponent es;

Fatores Estruturais, dados pelo Equilíbrio, Tensão, Ritmo, Proporção e Escala, que analisam a com posição a partir das forças visuais transmitidas pelos com ponentes;

Fatores Ordenadores, estabelecidos por Eixos, Simetrias, Hierarquias e Transformações, que definem relações ent re os diferentes componentes;

Fatores Identificadores, que caracterizam a identidade dos diferentes com ponent es dados pelo Núm ero, Posição, Direção, Orientação, Dimensão, Intervalo, Textura, densidade, cor, Volume e Superfície; e

Element os Básicos, que int egram os element os m ais simples a que se pode reduzir uma composição, dados pelo Plano, a Linha e o Pont o.

O result ado da análise pode ser t ranspost o graficam ent e num quadrado que represent a o conjunt o das variáveis que det erm inam a apreciação da paisagem . Este quadrado foi dividido em quat ro part es pelas suas diagonais, com linhas t racejadas - consideradas as m ais apropriadas para expressar as relações de interdependência existent es ent re os diferentes grupos - em que a cada um dos t riângulos ou cam pos result ant es corresponde um conjunt o dist int o de variáveis (Fig. 12):

129

Fig. 12: Diagrama com o enquadramento das variáveis que determinam a perceção e apreciação da paisagem

Nest e esquema, a organização dos diferentes campos tem em consideração a suas respetivas posições geométricas.

Assim, o conjunto das Variáveis Universais associadas às leis físicas que regulam o aspeto da paisagem foi localizado no triângulo inferior que sustenta toda a estrut ura e cuja posição geométrica foi considerada como a m ais adequada para exprimir o carácter fortemente regulador dest as variáveis (Fig. 13).

130

O conjunto das Variáveis Físicopsiquicas e o conjunt o das Variáveis Sóciocult urais, associadas à exist ência do observador enquant o ser vivo, posicionaram-se sim et ricament e nos triângulos laterais, unidos pelos vértices que configuram também o centro do esquema, num a posição geométrica que se considerou como a m ais adequada para exprimir o equilíbrio instável associado ao seu carácter. Estes dois cam pos apoiam-se, por sua vez, sobre o t riângulo que enquadra as variáveis universais que regulam e estrut uram todo o esquem a (Fig. 14).

Fig. 14

O conjunt o das variáveis de análise represent a-se dent ro de um t riângulo que coroa t oda a est rut ura, para expressar o caráct er fort em ent e sintet izador dest es com ponent es, que em conjunt o ou isoladam ent e, det erm inam e conform am o caract er da envolvent e percebida e que result am da “ decant ação” de um a análise suport ada por um conjunt o infinit o de variáveis (Fig. 15).

131

A partir deste t riângulo, o enquadrament o das variáveis de análise que servem de base à apreciação da paisagem , pode ser estrut urado do seguinte modo (Fig. 16):

Fig. 16: Diagrama da estrutura hierárquica das variáveis de análise.

Este diagrama pode ser apresentado com mais detalhe, repartindo os diferentes factores em elementos associados (Fig. 17).

Fig. 17: Diagrama da estrutura hierárquica das Variáveis de Análise, repartindo os diferentes grupos de Fatores pelos respectivos elementos associados.

Na parte superior da hierarquia encontram-se as variáveis que determinam a primeira impressão que uma paisagem provoca no observador e na parte de baixo, encontram-se os elementos mais simples que podem expressar uma composição visual. Entre os primeiros e os últimos organizam-se os restantes grupos de Fatores que, de algum modo, determinam a apreciação visual da paisagem.

132 4 - ORGANIZAÇÃO DO M ODELO

A sobreposição destes dois diagramas (Fig.s 10 e 12) expressa graficamente um modelo que interrelaciona os diferentes Elementos Visuais Determinantes da Paisagem, no qual o observador aparece localizado no centro, considerando que a sua perceção do meio se encontra diretamente influenciada por cada um dos campos que o envolvem (Fig. 17):

Fig. 17

Este modelo permite explicar as relações entre os diferentes elementos que determinam a apreciação visual da paisagem, e afirmar que a valoração desta resulta da sobreposição da estrutura que organiza os Componentes intrínsecos à configuração do território, com a estrutura de Variáveis que integra os aspetos condicionantes da perceção e valoração do meio envolvente, por parte do observador. No centro do processo de apreciação da paisagem, diretamente condicionado e influenciado por cada um dos campos que o circundam, apresenta- se o homem – H.

5 - BIBLIOGRAFIA

Aguiló Alonso, Miguel et al. 2000. Guía para la elaboración de est udios del medio físico: Cont enido y metodología. 4ª reimp. M adrid: Ministerio de M edio Ambient e, Cent ro de Publicaciones.

133

Bell, Simon. 1996. Element s of visual design in the landscape. London: E & FN Spon 1999. Landscape: patt ern, perception and process. London: E & FN Spon Birkst ed J. (ed.), 2000. Landscape of memory and experience. London: Spon Press

Carlson, Allen. “ Nat ure, aesthetic appreciat ion, and knowledge” . En: The Journal of Aesthetics and Art Criticism. 1995 Aut umn, vol. 53, nº 4

Day, R. H. 1969. Human percept ion. Sydney: Wiley Escribano, M . et al. 1995. El paisaje. M OPU. M adrid

Fidalgo, Pedro; Aportaciones para la definición de elementos visuales det erminant es del paisaje. Cuadernos de invest igación urbaníst ica, Año VII, Núm. 92, enero-febrero 2014, 92 págs., Instit ut o Juan de Herrera. ISSN (edición impresa): 1886-6654; ISSN (edición elect rónica): 2174-5099.

Gombrich, E. H. 1982. The image and the eye. London: Phaidon.

Higuchi, Tadahiho. 1983. The visual and spat ial st ructure of landscape. Cambridge: MIT Press It telson, William (ed.) 1973. Environment and cognit ion. London: Academic Press Inc.

Jakle, John A. 1987. The visual elements of landscape. Amherst : The Universit y of M assachusset s Press Jencks, C. 2004. The archit ect ure of t he jumping universe. London: Academy Edit ions

Jones, M ichel. The elusive reality of landscape - Concept s and approaches in landscape research. Norwegian Journal of Geography. 1991, vol. 45, nº 4. Oslo: Taylor and Francis

Kaplan, Rachel; Kaplan, Stephen. 1982. Cognit ion and environment - Funct ioning in an uncert ain World. New York: Praeger

Porter, T. 2002. “ Taking t he eye for a run; a sight for sore eyes” . En: Steenbergen C. et al. (ed.): Archit ectural Design

and Composit ion. Bussum: Thot h Publishers

Prigogine, I.; St engers, I. 1984. Order and chaos. Toront o: Bant am Books

Propst , D. B.; Buhyoff, G. J. “ Policy capt uring and landscape preference quant ificat ion” . En: Journal of Environment al

M anagement , 1980, 11

Ramos, A.1976. El estudio del paisaje. Trabajos de la Cát edra de Planificación, E.T.S.I. de M ont es. M adrid Smardon, R. et al. 1986. Foundations for visual project analyses. New York: John Whiley and Sons

1988. Visual resources assessment procedure for US Army Corps of Engineers. (EUA) Depart ment of t he Army. Corps of Engineers

Smit h, George P.; Griffin, W. Fernandez. “ The price of beaut y: An economic approach t o aest het ic nuisance” . En:

Harvard Environmental Law Review, 1991, vol. 15, p. 53-83

Spirn, A. 1998. The language of landscape. New Haven: Yale Universit y Press

134

No documento ÍNDICE DO VOLUME IV (páginas 128-134)