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Atividade II.1.a – Aprimoramento da rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais

Eixo de Atuação Eixo II – Qualidade da água e saneamento

Meta Até 2020 proceder ao monitoramento sistemático, regular e

articulado da qualidade dos principais corpos de água superficiais Objetivos

Estabelecer uma rede de monitoramento adequada ao acompanhamento periódico da qualidade das principais águas superficiais da bacia, articulada com as redes de monitoramento de qualidade das Unidade da Federação e da ANA

Coletar, de forma sistemática, dados que permitam caracterizar a qualidade das águas superficiais, determinar cargas poluentes e acompanhar a sua evolução espácio-temporal

Identificar situações críticas de contaminação das águas superficiais

Justificativa

Os resultados obtidos no presente plano quanto ao monitoramento da qualidade das águas superficiais mostram que:

O monitoramento da qualidade da água não é efetuado de forma regular em 23% dos trechos dos principais corpos de água, impedindo uma avaliação correta da condição de qualidade da água na Bacia Hidrográfica do São Francisco;

Esta situação de deficiente monitoramento é muito crítica a jusante da divisa entre os Estados de Bahia e Alagoas, onde a porcentagem de trechos não monitorados regularmente ascende a 78%;

Não são efetuadas, de forma regular, medidas de vazão junto com a amostragem de qualidade de água. Tal impede o conhecimento das cargas poluidoras, a avaliação da influência sazonal e das fontes de poluição difusas na qualidade da água, e a aplicação de ferramentas de

modelagem hidrológica para a avaliação da qualidade da água em diversos cenários de balanço entre oferta e demanda hídrica;

A densidade de pontos de monitoramento regular é geralmente reduzida face à densidade desejável de 1 ponto por 1.000 km2 estabelecida pela ANA para a Região Hidrográfica do São Francisco (Resolução ANA n.º 903, de 22 de julho de 2013);

As deficiências na informação obtida pelo monitoramento têm contribuído para dificultar a atualização do enquadramento das águas superficiais da Bacia.

A Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA), estabelecida pela Resolução ANA n.º 903, de 22 de julho de 2013, pretende responder às necessidades de monitoramento verificadas em geral a nível nacional e em particular nas regiões hidrográficas, entre as quais a de São Francisco.

A ANA prevê com a RNQA, a implementar pelas Unidades da Federação através das suas redes Estaduais, atingir até 2020 um total de 640 pontos de monitoramento na Bacia, com amostragem 4 vezes ao ano e respeitando uma densidade mínima de 1 ponto de monitoramento por 1.000 km2 de território, realizando amostragem de um conjunto de parâmetros mínimo para avaliação da qualidade físico-química, microbiológica, biológica e ao nível de nutrientes.

Deverão ainda ser realizadas medições de vazão quando do monitoramento da qualidade das águas.

A implementação da rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais será realizada por etapas, em respeito às peculiaridades Estaduais e Regionais, de acordo com metas estabelecidas para as várias Unidades da Federação (Resolução ANA n.º 903, de 22 de julho de 2013).

Será realizada de forma mais rápida em Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Goiás e Pernambuco, que já operam redes de monitoramento de qualidade da água.

A ANA criou o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados da Qualidade de Água (QUALIÁGUA) como forma de promover a implementação da RNQA, através de premiação financeira (Resolução ANA n.º 1040, de 21 de julho de 2014). O mecanismo financeiro é firmado considerando-se a adesão voluntária das Unidades da Federação e o pagamento por alcance de metas.

Benefícios esperados

Melhoria do conhecimento relativo à qualidade das águas superficiais

Fornecimento de informação básica para o planejamento e gerenciamento das águas superficiais, subsidiando o enquadramento, a outorga e a implementação de medidas de prevenção e controle de poluição e de melhoria da qualidade das águas superficiais

Detecção de tendências crescentes de contaminação e avaliação da influência das atividades antropogênicas na evolução da qualidade das águas superficiais

Ajuste do monitoramento às especificidades regionais, notadamente, à distribuição de fontes de poluição (por exemplo, monitorar parâmetros específicos em zonas de perímetros irrigados ou de explotações minerárias)

Abrangência territorial Unidade da

Federação Região fisiográfica

Alto SF Médio SF Submédio SF Baixo SF

Minas Gerais Distrito Federal Goiás Bahia Pernambuco Alagoas Sergipe Ações

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco / Agência de Águas (ou entidade delegatária):

1. Promoção de sessões/iniciativas de articulação entre entidades, notadamente, a ANA e órgãos das Unidade da Federação responsáveis pelo monitoramento, com vista à definição e

localização de novos pontos de monitoramento de qualidade da água de forma integrada na Bacia, e ao aprimoramento dos requisitos mínimos da Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA), de forma a contemplar as especificidades regionais e a respeitar o estabelecido na Resolução ANA n.º 903, de 22 de julho de 2013

2. Acompanhamento da implantação da Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA) no território da bacia e avalição periódica dos principais resultados obtidos, em termos de qualidade das águas

Outras entidades:

1. Adesão ao Programa QUALIAGUA pelos órgãos Estaduais responsáveis pelo monitoramento qualitativo dos Estados de Goiás e Pernambuco, para facilitar a implementação da RNQA em seu território

2. Implementação da RNQA de acordo com a Resolução ANA n.º 903, de 22 de julho de 2013 3. Aprimoramento dos requisitos mínimos da Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA) de

forma a contemplar as especificidades regionais, notadamente, considerando em alguns pontos de monitoramento parâmetros associados à contaminação industrial, minerária e por

agrotóxicos, e ajustando a frequência de monitoramento à sazonalidade de vazão e ao regime intermitente

4. Fiscalização por parte da ANA, do cumprimento, pelas Unidade da Federação, das metas estabelecidas no Programa QUALIÁGUA

Indicadores de monitoramento

N.º de Unidade da Federação da Bacia aderentes ao Programa QUALIÁGUA [META: 2018: 7]

% de pontos de monitoramento da Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA) em operação plena no território da Bacia em cada Unidade da Federação, por ano [METAS: 2018: 80%(DF, MG, BA, GO, PE) e 50% (AL, SE); 2020: 100%]

Entidades intervenientes Responsáveis pela

execução e fiscalização Outros atores envolvidos Parcerias institucionais

ANA, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Agência de Águas

(ou entidade delegatária): órgãos das Unidades da Federação responsáveis pelo monitoramento qualitativo dos

recursos hídricos

Usuários da Indústria, Mineração, Aquicultura

FIEMG; Associações de grandes agricultores (irrigação); Universidades

Instrumentos para implementação

Acordos de cooperação técnica/Protocolos; Resoluções

Na figura seguinte apresentam-se os pontos de monitoramento previstos (existentes e a implantar) na Rede Nacional de Qualidade da Água (RNQA) no território da bacia hidrográfica do rio São Francisco.

Figura 8 – Pontos de monitoramento previstos na RNQA na bacia hidrográfica do rio São Francisco.

Atividade II.2.a – Implementação de uma rede de