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CA – 07 “Aluna conduzida pelas amigas”

2 GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA

3 ANÁLISE DAS CRÔNICAS DOS ALUNOS

3.1 Análise do plano textual

3.1.6 CA – 07 “Aluna conduzida pelas amigas”

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Aluna conduzida pelas amigas Uma jovem garota chamada Bruna que era influenciada pelas amigas, era uma pessoa bem simpatica, extrovertida mas seu defeito era, as suas amigas Camila, Marilia e Carla.Essas três garotas estudavam no Padre Miguelinho, fazia o 1º ano junto com Bruna na mesma sala; Quando Bruna se juntava a elas, esquecia o mundo, a escola, deixava de assistir às aulas para ir a uma pracinha que ficava logo ao lado da escola;

elas iam fumar, beber, se drogar, e se prostituir. Várias vezes eu mesma ja as vi irem para um cemitério

que ficava bem de frente ao Miguelinho levavam Bruna influenciando-a a fazer o mesmo. No começo, ela ficava um pouco constrangida mas depois, con- seguiram fazê-la entrar no mesmo caminho e assim ela, influenciada, drogava-se, bebia e es- quecia da escola, fingia que não existia mais nada na sua vida, a não ser as drogas e suas amigas. Passou-se um bom tempo e ela nada de aparecer na escola. Um dia sua mãe Marta foi à escola or- gulhosa da sua filha, achando que ela estava lá, pensando que era uma aluna exemplar, quebrou a cara. De cara viu uma pessoa que era professora de sua filha se imformou Marta contente foi saber como a sua filha estava indo com as notas. A, profe-

ssora abaixou a cabeça e muito triste falou;

- Sua filha não comparesse às minhas aulas achava ate que tinha desistido. A mãe triste , com olhos cheios de lágrimas, saiu. De repente uma amiga de Bruna chega e pergunta por ela a sua mãe;

- Oi como Bruna está? Ela ainda tá naquela de beber e fumar, ou já parou?

- Minha filha na bebe nem fuma. - Então você não sabia? disculpa!

- Como assim, minha filha, bebe e fuma? - A garota desconfiada diz;

- Sim ela não só bebe e fuma como se droga e se prostitui aqui mesmo de frente pra escola todo mundo sabe!

- Você ainda não sabia? disculpa! eu pensa- va que você, como mãe, já sabia!

- Não, eu não sabia achava que minha filha estava na escola.

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- Você sabe onde ela tá agora?

- Sei, sim. Ela tá com Carla, Camila e Marilia lá no cemitério.

- Tem como você me levar até lá? - Claro que sim, vamos?

- A garota levou Marta até o cemitério e, infe- lizmente, viu sua filha com três garotas se

drogando ao ar livre na frente de todos que estavam lá, chorando muito, chamou sua. Bruna drogada nem a viu. Ela foi até lá e levou sua filha pra casa chorando e sua filha dro- gada rindo e sombando da cara dela. No outro dia, sua mãe Marta foi falar com Bruna e

pergunta o que foi que a levou a chegar a esse ponto; Bruna triste, chorando, disse que foi suas amigas, assim sua mãe pediu pra ela não se juntar

e nem falar mais com essas garotas: não chore mais, mãe prometo que não vou mais me envolver com elas e nem vou mais beber e fumar, sabe por- que? Porque eu te Amo.

É evidente, nesse texto, a predominância da seqüência narrativa, embora o produtor organize alguns segmentos textuais através de seqüências descritivas. No primeiro parágrafo, por exemplo, ele apresenta a personagem principal, Bruna, por meio desse tipo de seqüência. Nesse parágrafo, o produtor intercala ações da personagem e descrições do estado em que ela se encontra ou em que ela se transforma. Vejamos alguns trechos:

“[...] era uma pessoa bem simpatica, extrovertida mas seu defeito era, as suas amigas Camila, Marília e Carla.” (L02 a L04).

Nesse trecho, a personagem é descrita em seu estado normal, isto é, com características que lhe são peculiares. No entanto, quando se juntava com as colegas, Bruna se transformava. Então a descrição apresentada é outra:

“[...] esquecia o mundo, a escola, deixava de assistir as aulas [...]” (L07). “No começo, ela ficava um pouco constrangida [...]” (L13 a L14).

Para mostrar a conversa esclarecedora entre a mãe da adolescente e uma garota, colega da filha, o produtor do texto faz uso de uma seqüência dialogal, que se estende da linha 32 à linha 49. Lendo esse trecho, percebemos que a abertura da seqüência dialogal ocorre quando a amiga de Bruna faz contato com a mãe da menina, através de um cumprimento rápido e, em seguida, já entra no tema da conversação:

“- Oi como Bruna está? Ela ainda tá naquela de beber e fumar ou já parou?” (L32 a

L33).

O conteúdo temático da seqüência é construído através dos turnos de fala entre a mãe e a amiga de Bruna, em que esta informa àquela que Bruna se droga no cemitério que fica nas proximidades da escola. O encerramento aqui não apresenta um caráter fático, uma vez que se encerra apenas por um momento, já que a personagem se dispõe a acompanhar a mãe da amiga até o local em que a menina está se drogando.

No que se refere, ainda, às seqüências lingüísticas, podemos observar que elas são marcadas por uma alternância dos tempos verbais (pretérito perfeito e pretérito imperfeito) na seqüência narrativa e na descritiva, e pela predominância do presente na seqüência dialogal. Além disso, algumas expressões temporais contribuem para marcar a seqüência narrativa. Vejamos os trechos:

“Passou-se um bom tempo e ela nada de aparecer na escola”. (L19 a L20). “Um dia, sua mãe Marta foi à escola [...]” (L20).

Nesses trechos, a forma verbal destacada no pretérito perfeito e o organizador temporal um dia marcam o início das ações no texto.

Na linha 50, lemos que a garota conduziu a mãe de Bruna até o local onde ela estava drogando-se. A mãe leva a filha para casa. Para dar seguimento à narração dos fatos, o narrador utiliza outro organizador temporal:

3.1.7 CA – 13 “Todo dia é a mesma coisa”