• Nenhum resultado encontrado

Caixa E-Banking – Número de Contratos Activos

(milhares)

79 17%

2008 68

2009

Relevo, ainda, para o incremento do nível de serviço, através da disponibilização de novas funcionalidades (e.g., cancelamento de cheques), visando a automatização de operações, e, por fim, a sua potenciação como canal alternativo de distribuição, com a disponibilização de Depósitos de oferta permanente para os prazos curtos mais comuns, permitindo que as empresas classificadas como PME Líder possam optimizar à distância, e, de forma on-line, os seus excedentes de tesouraria.

Em 2009, destaque também para o lançamento do novo serviço Caixa e­‑banking mobile­

(https://m.caixaebanking.cgd.pt), um serviço de banca móvel que possibilita, através de um telemóvel, smartphone ou PDA com acesso à Internet, realizar operações bancárias diversas.

  Crédito EspECializado

Em consequência da evolução da conjuntura económica, com uma quebra assinalável da Formação Bruta de Capital Fixo, o volume de produção do sector do Crédito Especializado registou um decréscimo significativo. A locação financeira imobiliária foi a área de negócio mais afectada, com uma quebra de 37,1%. A locação financeira mobiliária registou um decréscimo de 33,1%. O mercado do Factoring praticamente estagnou em 2009, apresentando uma variação positiva de apenas 0,4%. O mercado do crédito ao consumo conheceu uma quebra de 16,8%.

Produção do sector no ano

(milhões de euros) 2008 2009 Var. % Leasing imobiliário 2 445 1 539 -37,1% Leasing mobiliário 4 049 2 709 -33,1% Factoring 23 460 23 564 0,4% Crédito ao consumo 5 504 4 581 -16,8% total 35 458 32 393 -8,6%

caixa Leasing e Factoring

O Grupo CGD é representado no sector do crédito especializado pela sua participada Caixa Leasing e Factoring, Instituição Financeira de Crédito, SA (CLF), que desenvolve a sua actividade nas áreas do leasing imobiliário, do leasing mobiliário, do factoring e do crédito ao consumo. Produção no gruPo cgd (milhões de euros) 2008 2009 Var. % Quota de mercado Leasing imobiliário 559 287 -48,6% 18,7% Leasing mobiliário 637 509 -20,2% 18,8% Factoring 3 292 3 454 4,9% 14,7% Crédito ao consumo 48 27 -44,4% 0,6% Da qual: Financiamento automóvel Leasing mobiliário 138 139 0,4% Crédito automóvel 22 15 -32,6% total 4 536 4 277 -5,7%

caixa Leasing e Factoring

(milhões de euros)

2008 2009 Var. %

Activo líquido 3 415 3 580 4,8%

Créditos sobre clientes 3 382 3 554 5,1%

Provisões para crédito vencido, cob. duvidosa e crédito

ao exterior (saldos) 39 62 57,4% Capitais próprios 127 131 3,7% Resultado líquido 5 5 -0,9% Capital social 10 10 0,0% % do Grupo 51% 51% N.º de empregados 184 191 3,8%

A actividade comercial da CLF foi afectada pela evolução económica, com consequência na sua posição no mercado, tendo apresentado quebra de produção face ao exercício de 2008.

A produção do leasing mobiliário registou uma quebra de 20,2%, enquanto que, no leasing imobiliário, o decréscimo foi de 48,6%. No factoring, a CLF verificou um crescimento de

58 Estratégia e Modelo de Negócio Relatório do Conselho de Administração 200 9

4,9% na sua actividade e, no negócio do crédito ao consumo, registou uma quebra de 44,4%.

O activo líquido da CLF registou um crescimento de 4,9%, em resultado do crescimento da carteira de crédito a clientes (líquido) que verificou um acréscimo de 4,5%.

A evolução do negócio permitiu registar um crescimento de 0,7% na margem financeira e de 3,4% no produto da actividade.

O resultado líquido, no montante de 4,7 milhões de euros, registou um decréscimo de 0,9%, face ao período homólogo do ano anterior, em resultado do elevado crescimento das correcções de valor associadas ao crédito a clientes, que passaram de 15,6 milhões de euros em 2008, para 26,9 milhões de euros em 2009.

  ACTIVIDADE INTERNACIONAL

A recente evolução da economia portuguesa tem vindo a reforçar a importância crescente da estratégia de internacionalização do Grupo CGD como vector fundamental da política do Grupo, estratégia iniciada, de facto, ainda no século XIX e desenvolvida de forma sustentada nos últimos vinte anos.

O actual contexto internacional, evidenciando já alguns sinais de recuperação da actividade económica, continua, porém, a apresentar um conjunto de fragilidades que não decorrem apenas da crise financeira e económica que assolou o mundo nos últimos dois anos, espelhando, também, em muitos países, uma situação estrutural desequilibrada e carente de reformas profundas ao nível do tecido empresarial e da própria organização da actividade produtiva. A economia portuguesa constituirá, por certo, um exemplo expressivo de alguns destes desequilíbrios que, estando já presentes aquando do despoletar da crise (como alguns indicadores económicos vinham demonstrando), assumiram, a partir de então, uma inegável evidência. Face à limitada dimensão do mercado doméstico e, não menos importante, num contexto de acrescida concorrência, assiste‑se por parte da classe empresarial portuguesa e das próprias autoridades a uma consciente e crescente orientação da respectiva actividade para os mercados externos e, em particular, para as chamadas “novas economias”.

O Grupo CGD, com a sua extensa e diversificada plataforma internacional, assente em presenças físicas em 23 países e actuando ainda num vasto leque de mercados onde apoia a actividade dos empresários portugueses, tem procurado desempenhar um papel de crescente importância na internacionalização da economia portuguesa, nomeadamente através do apoio às Pequenas e Médias Empresas, as quais constituem um pilar fundamental do sistema produtivo nacional. Assim, o Grupo tem vindo a orientar‑se, de forma directa ou indirecta, para os mercados com maior potencial de negócio para as empresas portuguesas e para o próprio Grupo, bem como para aqueles com os quais o País mantém afinidades culturais e linguísticas ou onde existem importantes comunidades de origem portuguesa. Neste contexto, deve ser dado especial relevo aos mecanismos de apoio ao comércio externo, consubstanciados por estruturas de curto, médio e longo prazos, as quais contribuem, de forma marcante, para dinamizar o nosso sector exportador.

Os instrumentos de médio e longo prazos são habitualmente estruturados como créditos directos ao importador, quer numa óptica de crédito de ajuda (as linhas concessionais), quer numa óptica comercial (linhas de financiamento com cobertura de risco pela Cosec). Em 2009, o Grupo reforçou os mecanismos e soluções oferecidos aos seus clientes: • Formalização, em Fevereiro de 2009, de uma linha de crédito concessional, de 50 milhões de euros, à República de S. Tomé e Príncipe (mutuário), tendo a CGD como mutuante e o Estado Português como garante;

• Assinatura, em Julho de 2009, do Aditamento ao Acordo‑Quadro formalizado com o Vnesheconombank, no valor de 200 milhões de euros, adoptando‑se a possibilidade de

EmpresasCaixa

Esta revista faz parte integrante do Diário Económico nº 4641 de 29 de Maio de 2009.

Rotas de

INTERNACIONALIZAÇÃO

para as empresas portuguesas

Gr

eg P

59

Estratégia e Modelo de Negócio

Relatório do Conselho de Administração 200

9

financiamento a exportações de bens de consumo e intermédios (anteriormente apenas disponível para bens de capital e serviços);

• Ampliação, em Junho de 2009, para 200 milhões de euros, da linha de crédito concessional, com garantia do Estado Português, à República de Cabo Verde;

• Contratualização, também para Cabo Verde (com assinatura já em 2010), de uma nova linha concessional de 200 milhões de euros, para desenvolvimento de projectos de habitação social, com a participação de empresas portuguesas;

• Reforço da linha de crédito concessional a Moçambique de 100 milhões de euros para 200 milhões de euros;

• Assinatura do Acordo‑Quadro para uma nova linha de crédito comercial entre o Estado Português, o Estado Moçambicano, a CGD e o BCI, concretizando uma nova linha de apoio à exportação portuguesa para Moçambique, com plafond de até 300 milhões de euros; • Assinatura, em Novembro de 2009, de um Acordo‑Quadro com o Banco Nacional de Fomento a la Vivienda y la Producción da República Dominicana, criando um plafond de 100 milhões de euros para apoio à exportação portuguesa para aquele país do Caribe; • Assinatura de um Acordo‑Quadro relativo à criação de uma Linha Comercial de 500 milhões de euros para Angola, a formalizar em 2010;

• Enquadrada na Convenção de Cobertura de Riscos Portugal‑Angola (“Linha COSEC”), cujo plafond foi ampliado para 1 000 milhões de euros, a Caixa manteve a sua posição de liderança na estruturação de créditos directos ao importador para aquele mercado, tendo cotado cerca de 650 milhões de euros em novas operações;

• Não especificamente enquadrados numa convenção específica, e tendo em conta o interesse demonstrado pelos nossos empresários, destaca‑se, também, a cotação de, aproximadamente, 220 milhões de euros de financiamento para apoio às exportações portuguesas para a Venezuela.

De referir, também, algumas iniciativas que visam reforçar o know­‑how­ e penetração das empresas nacionais em mercados com interesse estratégico:

• Formalização de um Memorando de Entendimento entre a SOFID e os Bancos do Grupo Caixa em Cabo Verde;

• Participação em diversas iniciativas de apoio à internacionalização das PME, nomeadamente iniciativas da AICEP, como os ABC de Mercado e o Programa da AEP Business On the Way. No quadro do desenvolvimento e consolidação da rede internacional do Grupo CGD, nos primeiros nove meses de 2009, registaram‑se alguns elementos relevantes:

• Em Fevereiro, ficou concluído o processo de abertura do Banco Caixa Geral Brasil, essencialmente vocacionado para a banca de empresas e de investimento, com particular enfoque nas grandes empresas e no segmento das Large Mid Caps;

• Em Março, foi assinado um acordo entre a CGD e a Sonangol para a criação de um banco de fomento, destinado a apoiar grandes investimentos em infra‑estruturas em Angola, preferencialmente angolanos, portugueses ou de parceria entre os dois países;

• Também em Março, o Banco Comercial do Atlântico realizou um aumento de capital, passando o seu capital social para CVE 1 324,8 milhões, sendo esta operação um sucesso no mercado cabo‑verdiano, com a procura a representar o dobro das acções em oferta; • Em Julho, foi concretizado o acordo de parceria entre o Banco Santander Totta, a Caixa Geral de Depósitos e investidores angolanos para a entrada no capital do Banco Santander Totta Angola, passando o Banco a adoptar a designação de Banco Caixa Geral Totta de Angola (BCGTA). O novo banco, em que a CGD e o Santander Totta controlam 51%, sendo o restante capital detido pela Sonangol e dois outros investidores angolanos, aumentou o seu capital social em 100 milhões de dólares, conforme previsto;

• Já em Setembro, foi assinado um memorando de entendimento entre o Estado Português e o Estado Moçambicano, com vista à criação de um banco de investimento em Moçambique. O objectivo da nova instituição é incentivar a criação de parcerias empresariais luso‑ ‑moçambicanas, nomeadamente no sector das infra‑estruturas (saúde, energia, educação) e na formação dos recursos humanos. O banco luso‑moçambicano vai ter um capital inicial de 344,5 milhões de euros (500 milhões de dólares), detidos, na fase de arranque do Banco, em partes iguais pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Estado Moçambicano.

O desenvolvimento do vasto leque de instrumentos antes elencados e a exploração de sinergias entre as diferentes unidades no exterior do Grupo, permitiu que a actividade internacional da CGD contribuísse com 73,9 milhões de euros para o resultado liquido consolidado do Grupo CGD, ascendendo a 26,5% o peso relativo da área internacional (que compara com 19,1% em 2008).

60 Estratégia e Modelo de Negócio Relatório do Conselho de Administração 200 9