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Distribuição dos Recursos de Clientes em 31 de Dezembro de

Banco Caixa Geral Sucursal de França PAlOP SFE Madeira 28% Outros 12% 10% 14% 18% 18%

(*) Inclui BNU Macau e Subsidiária Offshore de Macau.

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SucurSaiS e FiliaiS

real Variação

Dez. 2008 Dez. 2009 absoluta relativa Sucursais

Activo total líquido (Eur Mio) 9 026 9 931 905 10,0%

Crédito a clientes líquido (Eur Mio) 5 949 6 216 267 4,5%

Depósitos de clientes (Eur Mio) 3 424 3 802 378 11,0%

Resultado líquido (Eur Mio) ‑26 18 44 ‑

N.º Agências 62 62 0 0,0%

N.º empregados 703 701 ‑2 ‑0,3%

Filiais

Activo total líquido (Eur Mio) 9 142 9 356 214 2,3%

Crédito a clientes líquido (Eur Mio) 6 947 7 118 170 2,5%

Depósitos de clientes (Eur Mio) 109 99 ‑10 ‑9,3%

Resultado líquido (Eur Mio) 114 56 ‑58 ‑50,9%

N.º Agências 329 362 33 10,0%

N.º empregados 3 289 3 619 330 10,0%

Total

Activo total líquido (Eur Mio) 18 168 19 287 1 119 6,2%

Crédito a clientes líquido (Eur Mio) 12 896 13 334 437 3,4%

Depósitos de clientes (Eur Mio) 3 533 3 901 368 10,4%

Resultado líquido (Eur Mio) 88 74 ‑14 ‑15,9%

N.º Agências 391 424 33 8,4%

N.º empregados 3 992 4 320 328 8,2%

  Europa

Na Europa o Grupo CGD está presente com cinco sucursais (Espanha, França, Luxemburgo, Londres e Zona Franca da Madeira) e uma Filial (Banco Caixa Geral em Espanha).

eSpanha

  Banco Caixa Geral

A economia espanhola deverá registar uma contracção superior a 3,5% no ano de 2009, em resultado da crise económica e financeira global, despoletada, nomeadamente, pela falência de algumas instituições financeiras, em Setembro de 2008.

O desemprego aumentou 25,4% em relação a 2008, registando‑se 4,3 milhões de desempregados no final de 2009, o que equivale a 18,8%, o nível mais elevado em toda a série histórica comparável, que se iniciou em 1996.

O desempenho negativo da actividade económica teve um forte impacto no sector bancário espanhol, nomeadamente no que concerne ao fluxo de crédito a particulares e empresas, com taxas de crescimento de ‑0,2% e 0,0%, respectivamente. A taxa de morosidade deve terminar o próximo ano nos 5%, o valor mais alto registado, exigindo às entidades financeiras um grande esforço de provisionamento.

Pese embora o período menos favorável que a economia espanhola atravessa, o Grupo CGD tem nítida consciência da importância deste mercado, principal parceiro comercial de Portugal, sendo, cada vez mais, o espaço ibérico percepcionado como o mercado doméstico das empresas portuguesas. Neste contexto, foi formalizado o conceito do Passaporte Ibérico, que deverá actuar como um verdadeiro “facilitador” do negócio ibérico, oferecendo níveis acrescidos de acompanhamento e serviço a empresas portuguesas e espanholas com actividade comercial e ou presença, simultaneamente, em Portugal e Espanha.

Este conceito deverá ser implementado a partir do início de 2010 e tem como principal meta, como antes foi referido, dinamizar o negócio entre as pequenas e médias empresas ibéricas, consensualizando princípios e normalizando circuitos e procedimentos na CGD e no BCG, que agilizem a análise e a decisão de operações cruzadas de financiamento e que permitam ao Grupo apresentar uma das ofertas mais competitivas do mercado.

No ano de 2009, a actividade do BCG concentrou‑se, sobretudo, no segmento do crédito hipotecário, não sendo, no entanto, esta expansão suficiente para compensar o recuo no segmento de Empresas, em consequência da desaceleração da actividade económica e dos efeitos da crise financeira. Deste modo, o activo total do Banco contraiu‑se 12,9%. Deve ser dado um particular destaque à operação de titularização de empréstimos para habitação no valor de 400 milhões de euros, realizada em Novembro, com a tranche AAA a atingir 97% das obrigações emitidas.

Em termos de depósitos de clientes, o BCG registou um ligeiro incremento de 1,6%, com particular destaque nos depósitos de poupança.

Em resultado da conjuntura recessiva resultante da crise financeira internacional, o BCG suspendeu, por ora, o seu plano de expansão da rede de negócio, tendo terminado o ano com 211 Agências, menos duas do que em 2008. Porém, deve ser salientada a elevada prioridade atribuída ao mercado ibérico na estratégia global do Grupo CGD, mantendo‑se o objectivo de atingir uma presença mais expressiva da respectiva rede em Espanha.

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  Sucursal de Espanha

A actividade da Sucursal de Espanha tem, desde a sua origem, uma função de complementaridade da actividade exercida pelo Banco Caixa Geral e pela Sucursal do CaixaBI no mercado espanhol, actuando como uma plataforma operacional para operações de maior dimensão.

  França

  Sucursal de França

A Sucursal de França constitui uma das principais operações do Grupo no exterior. A actividade da Sucursal tem estado especialmente vocacionada para o apoio à comunidade portuguesa e seus descendentes, bem como para outras comunidades com ligações históricas e culturais aos países lusófonos. Para além da actividade exercida no mercado interno, a Sucursal de França desempenha um importante papel no suporte à oferta de apoio à exportação portuguesa.

Não obstante o clima macro-económico recessivo em que se enquadrou e a sua consequente repercussão nos agentes económicos, a actividade da Sucursal de França registou uma dinâmica bastante positiva em 2009. Com efeito, esta unidade alcançou um crescimento da carteira de crédito doméstico de 6,5% em relação ao ano transacto. Também na óptica da captação de recursos no mercado francês, foi relevante a actividade da Sucursal, tendo os recursos de clientes aumentado 1,4% em relação a 2008, facto para o qual contribuiu o aumento do número de clientes. Num esforço de alargamento e fidelização dos clientes, a Sucursal tem vindo a levar a cabo um conjunto de ofertas de produtos inovadores, desenhados de acordo com as necessidades específicas daquele mercado e com as características e apetências dos clientes que se pretende atrair e fidelizar, os quais não se deverão circunscrever às comunidades portuguesas e afins.

A Sucursal não pôde, todavia, ficar imune aos mercados internacionais, pelo que as taxas de crescimento do conjunto da carteira de crédito, que inclui o crédito internacional, e do conjunto dos depósitos (que inclui os clientes não-residentes) foram inferiores às do ano anterior.

O fraco aumento global destas variáveis, aliado a uma diminuição dos passivos subordinados, bem como a um decréscimo acentuado das responsabilidades representadas por títulos traduziram-se numa diminuição do balanço em cerca de 1%.

 Luxemburgo

A Sucursal do Luxemburgo, inicialmente criada para apoiar a comunidade portuguesa residente no país, exerce a sua actividade comercial desde 1997. Estando essencialmente vocacionada para a banca de retalho, através de uma pequena rede de duas Agências, dispõe de uma oferta própria de produtos e serviços direccionados para particulares e empresas,

centrando-se a respectiva estratégia numa captação proactiva junto dos segmentos de particulares de mais elevado rendimento, não limitados à comunidade portuguesa. Situando-se, pelas suas características, entre a banca de retalho e o chamado private banking, este segmento de clientes afluentes não encontra resposta para as suas necessidades nos bancos da concorrência local, os quais actuam em dois extremos, assumindo, por um lado, elevado nível de conservadorismo expresso, nomeadamente, numa não-segmentação dos clientes ou, num outro extremo, oferecendo apenas produtos e serviços de grande sofisticação financeira pouco conformes ao perfil do aforrador de médio rendimento luxemburguês. Existe, assim, naquele país, um segmento de clientes aparentemente não-fidelizados em nenhuma das instituições locais e de forte potencial de captação, para o qual a Sucursal se está a orientar.

Outro segmento com elevado potencial, relativamente ao qual – à semelhança do anterior – não existe oferta específica na concorrência, são as empresas de pequena e média dimensão com actividade no Luxemburgo.

A Sucursal do Luxemburgo apresentou, em 2009, um crescimento da carteira de crédito de 8,2%, mantendo-se a aposta no Crédito à Habitação como produto-âncora, representativo de 89% do crédito total da carteira. Nos depósitos de clientes, verificou-se um decréscimo de 12,4%, decorrente não apenas do período recessivo que também aquela economia atravessou, mas também nas implicações de natureza fiscal resultantes da aplicação da Directiva da Poupança a não-residentes que ainda se fazem sentir.

  reino unido

No Reino Unido, o Grupo CGD encontra-se representado através da Sucursal de Londres que se encontra orientada para a distribuição de produtos financeiros de valor acrescentado aos clientes do Grupo, com particular enfoque nos instrumentos derivados e nas técnicas de cobertura dinâmica para a construção de uma gama de produtos, desde simples depósitos aos mais complexos produtos estruturados, tanto para investidores, como para instituições financeiras.

A Sucursal dispõe de técnicos especializados e de tecnologias de topo de gama, que lhe permitem gerir todo o tipo de risco de mercado, bem como o desenvolvimento de novos produtos para o Grupo.

Em 2009, e neste âmbito, a Sucursal continuou a preparar produtos de capital garantido e não-garantido para apoiar a crescente presença da Caixa no mercado espanhol, bem como nos restantes mercados onde a CGD está presente. A Sucursal está igualmente empenhada em fornecer outros produtos do lado do activo do Balanço, tais como crédito à habitação de taxa Floored­‑Rate, para assegurar custos de financiamento adequados.

A Sucursal presta, também, serviços à comunidade portuguesa no Reino Unido e aos cidadãos britânicos e irlandeses com interesses em Portugal, sendo disso exemplo a

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CDBJC9D Primavera 2009 #12

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campanha Live in Portugal, especificamente dirigida aos clientes de língua inglesa interessados em obter crédito à habitação em Portugal.

Na actividade da Sucursal, salienta‑se o resultado obtido em 2009, que reflecte a contribuição de uma estratégia flexível e de baixo risco e uma gestão excelente das várias oportunidades criadas pela volatilidade e falta de liquidez dos mercados.

  África

Em África, o Grupo CGD está representado por sete Filiais (Banco Caixa Geral Totta de Angola, em Angola, Banco Comercial do Atlântico, Banco Interatlântico, Garantia e A Promotora, em Cabo Verde, Banco Comercial e de Investimentos, em Moçambique, e Mercantile Bank, na África do Sul) e uma participada em que a gestão do Banco está entregue à CGD (Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, em São Tomé e Príncipe).

  AngolA

Angola tem evidenciado um crescimento económico sustentado desde o final da guerra em 2002. A alta nos preços do petróleo e a estabilidade social trazida pelo fim da guerra proporcionaram taxas de crescimento do PIB na ordem dos dois dígitos. Angola é o maior exportador de petróleo em África e o quarto maior exportador de diamantes do Mundo. A economia angolana foi, naturalmente, afectada pela crise económica internacional, em particular pela queda do preço do petróleo, que reduziu drasticamente as receitas das exportações, o que teve consequências naturais nas reservas externas. Contudo, notou‑se uma clara inversão desta tendência no final de 2009, com a estabilização do preço do crude em cerca de USD 70/ barril, sendo espectável uma recuperação para 2010.

Portugal é, actualmente, o maior fornecedor de Angola, sendo este país o 4º maior cliente de Portugal, com cerca de 6% do total das exportações portuguesas. Em termos de IDE, Portugal ascendeu, em 2008, ao 5º lugar nos países com IDE em Angola, o que é demonstrativo da crescente importância do relacionamento entre os dois países. Ilustram o forte empenho e compromisso entre as empresas e as autoridades dos dois países a dinâmica das linhas de crédito a que antes se fez referência.

O Grupo CGD está presente em Angola através do Banco Caixa Geral Totta de Angola, desde Julho de 2009, numa parceria com outros accionistas de referência do mercado local e um outro banco internacional.

O Banco Caixa Geral Totta de Angola dispõe de 11 balcões, distribuídos por quatro províncias, e três centros de empresas. Apesar de uma actividade contida no mercado angolano nos últimos anos, o banco tem mantido visibilidade em sectores‑chave da economia (sector petrolífero e diamantífero), centralizando a movimentação bancária de um número seleccionado de empresas e dirigindo a sua atenção comercial, ao nível do retalho, para os colaboradores dessas empresas.

O aumento de capital verificado em Julho de 2009 contribuiu para o crescimento do activo do banco em 43%, bem como a evolução positiva registada na carteira de crédito (+8,2%). Nos depósitos de clientes, o BCGTA registou um incremento de 35,8%.

Dentro do novo enquadramento accionista, foi aprovado um plano estratégico para o triénio 2010‑2012, que aponta para um crescimento sustentado da rede de agências até 50 balcões, em 2012, e para a implantação de um novo modelo organizacional do modelo que permita uma dinamização da respectiva actividade nos segmentos de maior potencial daquele país. Numa economia em franco crescimento e profunda transformação, concluiu‑se, naturalmente, pela necessidade de dotar o sistema financeiro de um banco de desenvolvimento, tendo a CGD, em parceria com a Sonangol, obtido, em 2009, a autorização para a incorporação do Banco para a Promoção e Desenvolvimento (BPD), totalmente vocacionado para a promoção de grandes projectos de infra‑estruturas.

  CAbo Verde

Em Cabo Verde, os bancos do Grupo são um parceiro de referência para os cabo‑verdianos residentes e emigrantes, bem como para todos aqueles que mantêm ou pretendem manter relacionamento com o país, aproveitando as sinergias decorrentes da plataforma internacional do Grupo. Para além do sector bancário, o Grupo CGD opera na área de seguros através da Garantia, a maior seguradora de Cabo Verde, e, na área de capital de risco, através da Promotora.

As últimas projecções internas para a evolução da economia cabo‑verdiana em 2009 apontam para um crescimento do PIB real em torno dos 5%. Não obstante as retracções observadas nos investimentos externos ligados à imobiliária turística e ao turismo, a boa execução do investimento público deverá ter assegurado um crescimento próximo deste patamar. A política macroeconómica tem sido orientada de acordo com os vectores do Policy Support Instrument do FMI, o qual se manterá, pelo menos, até Julho de 2010. Com o objectivo de impulsionar o crescimento da actividade económica em 2009, o Governo decidiu adoptar diversas medidas, de entre as quais se destaca a reprogramação do OE/09, resultando, assim, numa expansão do programa de investimento público em cerca de 15% face ao inicialmente orçamentado.

À semelhança do que se verifica com a CGD em Portugal, também o BCA actua e é percepcionado pelo público e pelas autoridades como um importante motor de dinamização e modernização da economia de Cabo Verde, desempenhando, ainda, um importante papel na área da responsabilidade social.

O BCA presta serviços de banca universal, dando particular enfoque aos segmentos da emigração cabo‑verdiana, dos particulares e das empresas, através da maior rede de balcões do país, com 29 Agências, sendo o único banco presente em todas as ilhas do arquipélago.

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O BCA apresentou, em 2009, um crescimento da carteira de crédito de 41%, alavancado, essencialmente, pelo crédito à habitação e pelo crédito a PME. Nos recursos de clientes, verificou‑se uma contracção de 4,7%, sendo, contudo, de destacar a evolução positiva dos depósitos a prazo de residentes.

O BCA tem como missão consolidar a sua liderança como parceiro financeiro do dia‑a‑dia, perfeito conhecedor do espírito morabeza, para o universo de particulares e de PME em Cabo Verde e para as comunidades emigrantes cabo‑verdianas espalhadas pelo mundo, assegurando a justa remuneração dos seus accionistas e contribuindo para o desenvolvimento da economia nacional.

O Banco Interatlântico é o terceiro banco do sistema, com uma estratégia de posicionamento sobretudo no segmento empresarial, com uma rede mais pequena e atendimento personalizado através de Gabinetes. O Banco procura promover uma relação próxima entre o tecido empresarial e o mercado de capitais e financeiro, através da adopção de novos instrumentos financeiros e serviços de valor acrescentado que facilitem e estimulem a inovação e o investimento, os processos de redimensionamento e internacionalização e o reforço de factores dinâmicos de competitividade dos agentes económicos.

O Banco Interatlântico continua a manter uma posição sólida no mercado, reforçando a sua posição de terceiro banco do sistema, com um crescimento, face ao período homólogo, de 16,3% no crédito a clientes e de 5,3% na captação de recursos, realçando‑se, aqui, o crescimento de 4,5% nos depósitos à ordem, 17,8% nos depósitos de poupança e 45,1% nas cedências de títulos com acordo de recompra.

Em 2009, foi inaugurada uma nova Agência na cidade da Assomada, o que representou a entrada do Banco no interior da Ilha de Santiago. Brevemente, será inaugurada a nova Agência em Achada Grande Frente, também na Ilha de Santiago.

Com a abertura destas duas novas Agências, o BI passa a deter nove Agências em Cabo Verde e, mais importante, tem a sua primeira unidade comercial no interior da Ilha de Santiago, zona de grande crescimento e de elevado volume de poupanças.

Em 2009, ano do seu 10º aniversário, o Banco Interatlântico foi considerado pela revista World Finance como o melhor Banco em Cabo Verde. Para o BI, tratou‑se de um reconhecimento muito importante, traduzindo, de facto, o esforço e estratégia do Banco ao longo destes últimos anos. É importante realçar que a selecção dos premiados tem em consideração a consistência dos resultados, mas, fundamentalmente, a estratégia de orientação para o cliente e a busca permanente de diferenciação e de acrescentar valor para os clientes, colaboradores e accionistas.

A Garantia é a seguradora do Grupo em Cabo Verde, com vocação universal e posicionamento independente e ético, dotada de uma estrutura ágil e moderna, orientada para objectivos de rentabilidade e de liderança.

Iniciou a sua actividade em 1991 e ocupa lugar de relevo na economia cabo‑verdiana, com uma forte implantação no mercado e solidez financeira. Oferece aos seus clientes soluções variadas no ramo não‑vida e vida, cobrindo os mais diversos riscos de perdas patrimoniais e danos corporais.

A Promotora, sociedade de capital de risco, tem por finalidade promover o desenvolvimento económico, através de parcerias e de apoio técnico na criação, modernização e expansão de empresas, nos diferentes sectores de actividade, visando, particularmente, as pequenas e médias empresas.

  MoçaMbique

Em Moçambique, o Grupo CGD está presente através do Banco Comercial e de Investimentos, o qual reforçou a sua presença com a abertura de 19 novas Agências e de 4 Centros de Negócios.

Em 2009, o crescimento económico deverá abrandar para 5%, taxa ainda elevada, reflectindo a resiliência da economia moçambicana face à crise económica global. No período compreendido entre 2004 e 2008, o PIB aumentou, em média, mais de 7,5%.

O impacto da crise foi restrito aos canais de transmissão do sector real da economia, através do sector externo. O sector financeiro do país não foi afectado pela crise, em virtude do mesmo estar pouco integrado no sistema financeiro mundial. No sector real, foram observados declínios significativos nas receitas de exportações, fluxos de entrada de capital privado e ajuda financeira a projectos.

No entanto, as repercussões da crise não deixaram de se fazer sentir, nomeadamente, através do aumento do custo de funding denominado em USD e da correspondente deterioração da margem financeira (em resultado do aumento do custo do funding e da descida da taxa de referência LIBOR, bem como do aumento da concorrência). Verificou‑se, igualmente, o aumento do custo de funding denominado em Meticais, em consequência do aumento da concorrência no mercado.

Deve salientar‑se a apreciação positiva do FMI acerca do bem sucedido esforço governamental, nomeadamente na esfera da consolidação orçamental.

Nos anos mais recentes, o mercado bancário moçambicano tem‑se caracterizado pelo aumento de competitividade, ao mesmo tempo que regista profundas mudanças:

• Implementação de políticas bastante agressivas, tanto na concessão de crédito como e sobretudo, na captação de depósitos;

• Desenvolvimento de novos produtos financeiros, investimentos em infra‑estruturas tecnológicas (modernização de ATM e de POS);

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• Expansão da rede de Agências para as zonas rurais (bancarização da economia), motivada pelo potencial para o crescimento da actividade económica de algumas regiões e pela redução da taxa das reservas obrigatórias.

Entretanto, o sistema bancário continua altamente concentrado, representando os quatros maiores bancos do sistema, 89,0% do total de Depósitos, 89,6% do Crédito e 87,8% dos Activos do sistema (Novembro 2009).

A rede de Agências do BCI constitui a segunda maior rede física do mercado moçambicano e o seu reforço integra‑se num ambicioso programa de expansão do Banco, o Projecto Líder, que envolve a abertura de novas Agências, o reforço do seu quadro humano, a introdução de produtos e serviços inovadores no mercado e uma abordagem segmentada