• Nenhum resultado encontrado

Distribuição de Perdas por Tipo de Risco no Grupo CGD

No documento Relatório do Conselho de Administração 2009 (páginas 108-111)

Políticas de Recursos Humanos e Segurança no Local de Trabalho

Fraude Interna

Danos em activos tangíveis Perturbações na Actividade e Falhas nos Sistemas Clientes, Produtos e Práticas Negócio Execução, Entrega e Gestão de Processos 61,35% 33,98% 2,22% 1,34% 0,59% 0,39% 0,14%

Para além da referida metodologia de gestão do risco operacional, e tendo como objectivo garantir o funcionamento contínuo da actividade, a CGD está a implementar uma Estratégia Global para a Continuidade do seu Negócio, assente em dois pilares fundamentais: continuidade operacional e recuperação tecnológica.

Esta visão global, mais exigente e abrangente, incluindo pessoas e processos críticos para a actividade da Instituição, começou a ser pensada em 2006 e integrou algumas experiências já existentes, mais orientadas para o suporte tecnológico no sentido de garantir a continuidade dos sistemas de informação e a salvaguarda de toda a informação crítica.

Assim, estão a ser criadas as infra‑estruturas logísticas e tecnológicas necessárias para dar resposta aos seguintes cenários de desastre:

• Inoperacionalidade local dos postos de trabalho de cada um dos edifícios centrais de Lisboa e Porto;

• Inoperacionalidade generalizada dos postos de trabalho da região de Lisboa;

• Incapacidade generalizada de deslocação dos colaboradores para os seus postos de trabalho.

113

Gestão dos Riscos

Relatório do Conselho de Administração 200

9

As soluções a adoptar para os cenários de continuidade operacional consideram a possibilidade de inoperacionalidade simultânea de postos de trabalho e da infra‑estrutura tecnológica, tendo‑se concluído, em Março de 2008, a implementação de soluções alternativas de suporte à actividade dos Mercados Financeiros (sala de Mercados Alternativa).

Esta Estratégia Global para a Continuidade de Negócio, com conclusão prevista para 2010, assente numa abordagem integrada de gestão de crises, para além de abranger a CGD, integra, também, outras Empresas do Grupo CGD, como a Fidelidade Mundial, Império Bonança, o Caixa‑Banco de Investimento, a Caixa Leasing e Factoring e a Caixa Gestão de Activos.

  BASILEIA II

A Caixa Geral de Depósitos tem vindo a desenvolver, desde o final de 2002, um conjunto de iniciativas designado por Programa Basileia II, cujo objectivo é garantir o cumprimento dos requisitos do Novo Acordo de Capital de Basileia e a candidatura à utilização das abordagens avançadas para o cálculo dos requisitos de fundos próprios.

Com a implementação do Programa Basileia II, pretendeu‑se, não apenas cumprir as exigências regulamentares, mas também dotar o Grupo CGD de ferramentas e metodologias mais sofisticadas de avaliação e gestão de risco, nas vertentes de crédito, mercado, taxa de juro e liquidez.

Ao longo do tempo, têm‑se concluído inúmeras etapas dos diferentes projectos. As valências adquiridas têm sido incorporadas na actividade corrente, pelo que a referência às mesmas foi feita, directa ou indirectamente, na descrição das metodologias de gestão dos diversos riscos. Apresenta‑se de seguida uma breve exposição da finalidade de cada projecto, assim como a respectiva evolução no decurso de 2009.

1 Basileia Global tem como principal objectivo garantir a coordenação de actividades transversais ao programa.

2 O projecto Gap Analysis foi o ponto de partida do programa, tendo permitido estabelecer

todo o plano de acção consequente.

3 O projecto Umbrella engloba o desenvolvimento de acções de formação relacionadas

com as tipologias de risco presentes no programa e a elaboração de manuais de gestão e controlo de riscos para o Grupo CGD.

Em 2009, deu‑se continuidade à preparação de uma acção de formação, dedicada a um universo muito alargado de colaboradores da CGD, com uma componente e­‑le­arning e outra presencial, tendo como objectivo melhorar as competências em gestão de risco de crédito. Esta acção será efectivada em 2010.

Direcção do ProgramaBasileia Global Gestão do Programa P R O J E C T O SGap AnalysisUmbrella

Datamart RiscoRisco MercadoInformação Grupo

SIGCR

RiscoTaxadeJuro

Scoring e Ratings

Sistema Integrador Ratings

Risco Crédito

IRBA

Acompanhamento

Comité Executivo

4 O projecto DataMart de Risco (DMR) tem como objectivo a integração de toda a

informação relevante para os demais projectos do Programa num repositório centralizado. No ano de 2009, finalizou‑se a validação funcional e a implementação técnica dos últimos modelos. Adicionalmente, teve lugar um projecto de desenvolvimento de automatismos para aferição da qualidade dos carregamentos de informação no DMR.

5 O projecto de recolha de Informação das Entidades do Grupo decorre da necessidade

de assegurar a centralização da informação relativa às operações das Entidades. No decurso de 2009, deu‑se continuidade:

• À harmonização da informação enviada pelas Entidades;

• Ao apoio às Entidades nos desenvolvimentos necessários para o envio periódico da informação.

6 O Sistema Integrado de Gestão e Controlo de Riscos (SIGCR) tem como principais objectivos a definição e implementação de um modelo integrado de gestão do risco suportado numa ferramenta de cálculo de requisitos de capital, bem como a implementação de um processo de auto‑avaliação de adequação do capital económico (ICAAP).

• No âmbito deste projecto, foi possível, em 2009, concluir a implementação da ferramenta para cálculo de requisitos regulamentares de capital para risco de crédito e para risco de mercado, tanto para as abordagens‑padrão como para a utilização de modelos internos.

114

Gestão dos Riscos

Relatório do Conselho de Administração 200

9

• Adicionalmente, foram elaborados e disponibilizados ao regulador o primeiro relatório de auto‑avaliação da adequação do capital interno (ICAAP) de o exercício de stress‑testing, com referência a 30 de Junho de 2009, nos termos da Instrução do BdP nº 18/2007.

7 O projecto Risco de Mercado tem como principal objectivo a utilização de metodologias

avançadas na medição do risco de mercado para o Grupo CGD. LD – elaboração da candidatura para risco de mercado.

8 O projecto Risco de Taxa de Juroe Liquidez no Balanço resulta da necessidade de

adoptar as recomendações de Basileia II no âmbito da gestão e supervisão do risco de taxa de juro e liquidez no balanço.

9 O projecto Risco de Crédito combina:

• Projecto Modelos de Scoring e Rating pretende dotar a CGD com modelos internos de estimação da probabilidade de incumprimento, conforme requisito da abordagem de modelos internos (IRB) do Acordo de Basileia II.

No ano de 2009, finalizaram‑se os desenvolvimentos para a utilização dos modelos internos de scoring e rating no apoio ao processo de decisão de crédito.

• Projecto Modelos Internal Rating Based Advanced apresenta como principal objectivo o desenvolvimento de modelos internos para a estimação dos factores de risco de perda em caso de incumprimento (Loss Given Default ‑ LGD) e exposição em caso de incumprimento (Exposure‑at‑Default – EAD), facultando condições para adopção da abordagem avançada de modelos internos (IRBA).

Durante o ano de 2009, a CGD, através de um projecto interno, e utilizando dados reais de perdas, estimou as LGD para as mais importantes carteiras de crédito. Assim sendo, para as carteiras de particulares, segmentos de Crédito à Habitação, Crédito ao Consumo, Cartões de Crédito, as LGD encontram‑se estimadas. Durante o primeiro semestre de 2010 é esperada a sua utilização no processo de crédito da Caixa (Crédito à Habitação e Crédito ao Consumo), através da invocação do seu cálculo pelos sistemas operacionais da CGD. No sector de empresas, e também durante o ano de 2009, foi estimado a LGD para os diversos segmentos relativamente aos quais a CGD tem exposição de crédito. Assim sendo foram calculadas as LGD associadas a exposições a Grandes Empresas, PME e Empresários em Nome Individual, sendo certo, também, que os dados então obtidos irão ser utilizados no processo diário de crédito da CGD.

• O Sistema Integrador de Ratings (SIR) consiste num repositório de Demonstrações

Financeiras e informação de caracterização de pessoas colectivas, integrado num workflow de atribuição, gestão e divulgação de ratings internos. Permite e facilita a análise económico‑

‑financeira das referidas pessoas colectivas. No final de 2009, concluiu‑se a implementação técnica do SIR, prevendo‑se que venha a ser utilizado no primeiro trimestre de 2010.

• Projecto Acompanhamento de Modelos Internos de Risco de Crédito tem como

objectivo implementar uma aplicação de suporte ao acompanhamento dos modelos internos. Durante o ano de 2009, a CGD alocou recursos a um processo de selecção de uma ferramenta informática de seguimento, a qual será implementada em 2010.

  ObjectivOs para 2010

Pretende‑se que 2010 seja o ano em que o resultado de todos os desenvolvimentos realizados no âmbito dos diversos projectos do programa Basileia II convirja nas candidaturas à utilização de modelos internos, tanto para risco de crédito como para risco de mercado. Os exercícios de stress‑testing, revistos no quadro da supervisão nacional e em discussão nos fóruns internacionais, serão objecto de continuada revisão para permanecerem adequados às melhores práticas disponíveis.

A agregação de riscos e o apuramento da adequação de capital interno ao perfil de risco da instituição continuarão a ser os enfoques da gestão de risco.

As recentes convulsões no sistema financeiro internacional têm originado múltiplas iniciativas do Bank of International Settlements (BIS) para revisão do presente Acordo de Basileia, com o intuito de promover maior sustentabilidade às instituições.

Neste enquadramento, serão desenvolvidas as acções relevantes para acompanhamento e integração das directivas que daí resultem.

$ " * 9 "  ( & 3 " -  % &  % & 1 ¬ 4 * 5 0 4

DBJYBFNSFWJTUB /³.&30 ."3 0 "/0 -" 043&'03 "%04 "MNBEBF#BSSFJSPSFDFCFN “$POTFMIP"CFSUP &/53&7*45" 3PEPMGP-BWSBEPS F%FCPSBI7JFJUBT GBMBNTPCSFPSFHSFTTP BP#SBTJM %&4&/70-7*.&/50 4645&/5š7&- */%6;*3#0"413š5*$"4+6/50%04$0-"#03"%03&4  %04$-*&/5&4&%"40$*&%"%&&.(&3"- 1036.'65630.&-)03

No documento Relatório do Conselho de Administração 2009 (páginas 108-111)