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6. DESENVOLVIMENTO

6.3 Ideação

6.3.5 Canvas de Briefing da Marca

Figura 52: Canvas de Briefing da Marca

. Fonte: Orientador Professor Doutor Alessandro Faria.

Como forma de ir além de uma simples representação visual e, atrelar ao processo de criação da identidade visual outros aspectos que são relacionados ao que a marca vá representar para seus usuários e o público, fui orientado a utilizar o canvas de briefing da marca.

Este canvas, também preenchido com post-its, foi desenvolvido pelo orientador a partir do livro Design de Identidade de Marca da Alina Wheeler (2012), através do capítulo sobre Brief da Marca (WHEELER, 2012 p.110), em que ela estrutura o conteúdo de segmentos importantes para estabelecer os parâmetros dessa Id.Visual para empresas. No texto, a autora sugere que esse método seja desenvolvido relacionando todo esse conteúdo num único documento, contido como um diagrama em uma única página, inclusive. Ela descreve ainda, que embora algumas empresas tenham esse conteúdo na cabeça de membros visionários, ou de um pessoal especializado em documentar, por exemplo, visão, missão, atributos e essência da marca, é necessário esse registro para que todos os envolvidos desenvolvam responsabilidades em executar a visão. (WHEELER, 2012 p.110)

Dessa forma, o conteúdo presente no canvas foi adaptado pelo orientador doutor Alessandro Faria, destacado por cores e preenchido com post-its junto aos seguintes direcionadores:  Visão e Missão;  Proposta de Valor;  Stakeholders;  Principais Concorrentes;  Vantagem competitiva;

 Atributos (Características da marca);  Produtos e serviços;

Figura 53: Canvas do Briefing da Marca partes descritas.

Fonte: Prof. Dr. Alessandro Faria.

Considerando a figura acima, com o canvas e seus setores mais definidos foi possível preenche-lo com mais segurança.

Figura 53 - Canvas do Briefing da Marca preenchido.

Fonte: Autor.

Ao preencher esse canvas, coloquei tanto as informações que já detenho do projeto, quanto os possíveis ganhos esperados de acordo com os benefícios e criadores de ganhos já pensados no Canvas da Proposta de Valor e também exibidos em outras partes do percurso, como um extra, ganhos, de forma mais superficial, com possíveis aprofundamentos pós-trabalho de conclusão de curso.

Dessa forma, esse canvas estrutura de uma forma mais visionária principais aspectos que definem a identidade visual do projeto, para além das representações gráficas, sendo essa parte apenas ligada aos atributos (características da marca), que também angariam outros elementos para além do visual.

Atributos (Características da Marca)

Todo o conteúdo do canvas é importante, porém dentre os post-its que preenchi ao redor da parte do canvas de briefing da marca dos Atributos, estes, funcionaram como diretrizes para a construção do moodboard.

Moodboard

Uma coleção de imagens e referências que eventualmente se transformarão no estilo visual do produto em questão. Ajuda os criativos a mostrarem para os clientes e para os colegas de time a linha visual que estão imaginando para o produto antes mesmo de abrirem o Photoshop e começarem a fazer o layout. (TEIXEIRA, 2015 p. 57)

Figura 54: Moodboard sobre estilo

Fonte: Autor.

A partir do quesito estilo, organizei nesse moodboard, ou painel semântico, alguns elementos visuais que pudessem dialogar com o que foi sugerido nos atributos, como colagem, processos artísticos-artesanais (como carimbo, gravura...). Para assim, conhecer e estruturar as próximas etapas da pesquisa de Id. Visual.

Figura 55: Moodboard sobre estilo

Figura X: Moodboard sobre elementos de localização. Fonte: Autor.

Fonte: autor.

Nesse painel, estão organizados diferentes ícones, marcas e símbolos em geral que trouxessem uma similaridade com a representação de localização, lugares, optando por destacar aqueles que tem uma estética mais artesanal e outra que tem um design flat ou mais iconizado.

Figura 56: Moodboard sobre diferentes mapas.

Nesse painel, destacam-se diferentes aspectos visuais de mapas, sejam eles ilustrados, mais informacionais ou mais ligados à funcionalidade e clareza com que conseguem transformar um emaranhado de linhas que se entrecruzam em um esquema extremamente fácil de entender, como é o caso do mapa do metrô de Londres, primeira figura de cima para baixo esquerda para a direita, criado em 1931 por Harry Beck. Por outro lado, a maioria das referências estão relacionados a mapas que trazem aspectos artesanais ou são ilustrados devido aos atributos da marca.

Figura 56: Moodboard sobre diferentes representações de santos.

Fonte: Autor

Por tratar do Santo Antônio Além do Carmo, optei por fazer um painel sobre diferentes representações de santos. Isso aconteceu muito mais no intuito de validar se a representação da figura de um santo seria viável enquanto atributo da marca, por mais que o nome do lugar seja associado a um. Dessa forma, mais uma vez trouxe elementos mais figurativos em relação à outros mais ilustrados manualmente, para a próxima etapa de validação desses elementos com os usuários.

Figura 57: Moodboard sobre diferentes estilos de representação tipográfica.

Fonte: Autor.

O painel semântico sobre diferentes estilos de representação tipográfica foi desenvolvido com o intuito de conhecer e comparar com os usuários fontes com características mais artesanais, outras que associassem fotografia no processo e ainda um estilo mais clássico e rebuscado, enquanto representações relacionadas aos atributos desse mapa de informações de arte.

Pesquisa de opinião para validação de diretrizes de atributos da marca

Como forma de validar quais seriam os atributos visuais da marca, a partir desses painéis que desenvolvi, decidi imprimir cada um desses e fazer uma experiência comparativa com os usuários do serviço.

Encontrei com alguns dos artistas colaboradores no Stº Antônio, como Cássio Bomfim, “faz tudo” (autodescrição dele na página do facebook) da empresa ACRE Recife BAHIA, o Will Mark, do Astrolab ateliê, dentre outros que contribuíram especialmente nessa parte, escolhendo entre os aspectos de visuais de cada painel semântico. Com leves diferenças, todos acabaram optando por escolher as características que era mais ligadas referenciais ilustrativos e artesanais, menos na

parte de símbolos de localização, em que vence o quesito funcionalidade da representação gráfica.

Nessa análise comparativa dos painéis impressos, também conversei com algumas pessoas do meu entorno, que trouxeram feedbacks mais diferenciados. Esse processo me fez perceber que dentre o público, estão os principais possíveis usuários do serviço proposto por esse projeto. Dessa forma, decidi por estender essa pesquisa ao público em geral, adaptando os moodboards numa configuração mais simples, comparando menos aspectos de cada setor através da opção de enquete do Stories do Instagram.

Utilizei meu perfil do Instagram para fazer a pesquisa, esse perfil (@carneiroleao) tem cerca de 1340 seguidores, porém nessa pesquisa, do total, participaram cerca de 220 pessoas com visualizações e mais ou menos 120 chegaram a votar.

Figura 58: Printscreens dos resultados obtidos na enquete no stories do Instagram.

Fonte: Autor.

O número de participações foi se reduzindo conforme são passadas as telas no stories, visto que há uma porcentagem de evasão dos usuários durante a utilização da rede social. Dessa forma, comecei fazendo uma breve pergunta com texto e eu

explicando através da pergunta “O que combina mais para 1 mapa de arte?”. Adaptei os questionários de forma em que eles ficassem o mais claro, objetivos e leigos para o público, de modo a fomentar mais participação. Alguns participantes, além de votar, mandaram mensagens diretamente para mim sobre suas opiniões, de forma muito válida. Pude perceber também, que os designers e artistas que participaram dessa pesquisa também se comportaram enquanto um nicho específico, votando por vezes em opções em conjunto, sem seu próprio conhecimento, nas categorias.

Figura 59: Printscreens dos resultados obtidos na enquete no stories do Instagram.

Fonte: Autor.

Através dessa enquete, pude perceber ainda mais como o público se identifica em relação ao que representa um Mapa de Arte e seus aspectos simbólicos, de forma em que pude enquanto designer escolher pelas diretrizes que melhor se relacionassem entre si e, desenvolvê-las na prototipação, desenvolvimento e aplicação dessa Id. Visual.

Figura 60: Printscreens dos resultados obtidos na enquete no stories do Instagram.

Fonte: Autor.

Pude perceber, com isso, ao abordar a questão da arte, o público alcançado se identifica muito mais com valores associados ao trabalho manual, em representações que remetam isso, como a tipografia com fonte simulando processo artesanal, assim como a ilustração do Stº Antônio.

Escolha do nome “Arte Daqui”

O principal atributo do canvas do briefing da marca que me debrucei para entender e desenvolver o nome para o serviço, foi o de Visão e Missão da marca. Ainda

segundo Alina Wheeler (2012, p.112), existe um modelo básico de processo para dar nomes.

 Levar em consideração que nome de marcas são ativos valiosos;  Num brainstorm de criação não existem ideias idiotas;

 Deve-se examinar o nome dentro do contexto do projeto;  Considerar som, cadência e facilidade de pronúncia;  Revisar todos os critérios antes de rejeitar um nome;

Figura 61: aspectos de Missão e Visão do Canvas de Briefing da Marca.

Fonte: Orientador

Levando esses fatores como guias diretivos aliados a todo o processo de conhecimento do projeto, optei pelo nome “Arte Daqui” que é sonoro, pequeno e condiz com valores que a marca pretende valorizar enquanto uma missão. Além disso, o Arte Daqui pode se configurar enquanto um serviço de mapeamento para outras áreas para além do Santo Antônio Além do Carmo.

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