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6. DESENVOLVIMENTO

6.2 Imersão

6.2.4 Personas

Para contribuir no processo de conhecer e demonstrar a quem se destina a solução proposta pelo projeto, o formato proposto por Gothelf (2013, p. 28) para conhecer essas Personas. O método funciona da seguinte forma:

Divide-se o um papel em quatro quadrantes, a parte superior é sobre o perfil do usuário e seu comportamento. A parte inferior é destinada às suas dores e necessidades(ganhos), comum também e mais elaborada na parte do Canvas da Proposta de Valor. Esse foi utilizado por Verônica Andrade (2017, p.34) e por Ulisses Góes (2017, p.43), que concluíram o memorial semestre passado com louvor e, funciona.

Através dele é possível materializar essas principais características. Figura 19 - Formato para entender as personas

Fonte: Gothelf (adaptado pelo autor).

Fonte: autor

Gilmar Meirelles – (Artista Artesão)

Gilmar Meirelles tem mais de 30 anos e é um artista e artesão. Profissional da área criativa há anos, tem como principais atividades o ofício de artesão e artista que exerce principalmente através da Direção de Arte de Filmes e Cenografia. Começou a se interessar por arte porque veio de uma família de artesãos.

Dores de Gilmar:

 Acha que artistas não são bons em trabalhar em grupo e nem em vender seu trabalho. Por isso, investiu na Arte através da cenografia no cinema, área que para ele é mais organizada nesses aspectos;

 Para Gilmar, as plataformas online existentes, como Mercado Livre, OLX, Instagram, em que ele compra e vende alguns produtos de arte, só beneficiam o dono da plataforma, já que são utilizados anúncios pagos para a Google trazer as publicações dessas grandes empresas para cima, dificultando a venda de quem trabalha em menor escala. Além disso, acha que todos os e- commerce se comportam da mesma forma.

 Segundo ele, Arte em série é mais comercializável, como xilogravura e serigrafia, de forma em que quem vende isso lucra mais

Necessidades (como ajuda-lo?)

 Ele acredita na valorização do trabalho do artesãos e artistas, por isso deve-se investir em soluções que valorizem essa labuta;

 Acredita no lucro horizontal que disponibilize oportunidades democráticas acredita que isso acontece em feiras de arte. Para ele, feiras são cooperativas de artistas.

Melina Duarte (Jovem Empreendedora Artista e Artesã)

Melina tem 23 anos e começou a empreender criando um negócio de arte e artesanato produzido por ela há cerca de 3 anos. Ela vende principalmente em feiras de arte. Seu carro chefe são produtos de arte impressa, como gravuras.

Dores de Melina:

 As feiras não são suficientes, não dá pra viver delas, porque ela faz grandes investimentos de tempo e recursos e o retorno é muito difícil, já que quem visita esses eventos quer mais passear. Mesmo assim, é nelas que ela fatura mais com seu negócio.

 Melina conhece plataformas de venda de arte mas são pagas, como o IMURIA. Então vende online pelo direct do Instagram mesmo sem ter opções de pagamento online

 Apesar de nem sempre lucrar, acha justo o acesso a feiras ser pago já que produzem um processo colaborativo

 Preferiria um site a um aplicativo quando quer comprar ou vender arte e artesanato, porque é melhor visualizar detalhes da imagem

 Ela têm seu trabalho em diversas redes sociais, como Instagram, Facebook. Além de outras formas de contato, como email e telefone. Sente que está tudo expalhado na Internet e que isso pode atrapalhar seu contato com consumidores.

 Melina precisa de uma plataforma online site, que disponibilize imagens em alta qualidade dos produtos em arte e artesanato.

 Oferecer um serviço de produção de imagens para que ela e outros profissionais terem boas imagens para divulgar seus produtos na internet  Oferecer uma plataforma que Informe todos os contatos dos artistas Hércules Conrado (Artista empreendedor organizador de Feiras)

Artista Designer e empreendedor que vende seu trabalho há mais de 10 anos, e organiza de Feiras de Arte. Tem um coletivo que desenvolve a prática profissional é sua equipe em vários projetos. Fomenta a cultura e seu trabalho através de Feiras de Arte e de projetos que valorizam o trabalho do seu setor.

Dores:

 Fora os momentos das Feiras de Arte, acredita que as atuais iniciativas pra divulgação e venda de arte são insuficientes para que alguém viva bem só vendendo nelas

 acredita que falta um públiico de arte forte em salvador que consuma mais democraticamente arte e serviços dessa área.

Necessidades (Como Ajudar?)

 Oferecendo informação para as pessoas, é possível ajudar o público existente a consumir mais esses bens e serviços para além das feiras  Para fomentar novos públicos, pode ser oferecida uma solução que

possibilite o acesso a informações sobre esses empreendimentos Maria das Graças (Artista Artesã de Bordados)

Maria das graças tem mais de 30 anos e é uma artista artesã que desenvolve seu trabalho através de bordados. Os bordados são uma arte artesanal que demanda bastante tempo para ser produzido e, trazem lindos resultados.

Dores:

 Os clientes de Maria querem comprar cópias dos produtos divulgados por ela no Instagram, sendo que o trabalho artesanal e a metodologia dela não permite

uma produção em série nem em larga escala. Por isso, desenvolve seus produtos a partir de demandas pessoas externas;

 Por seu processo artesanal ser demorado, não consegue manter um controle de estoque dos produtos, que tem uma fila de espera para ser comprados pela Internet;

 Maria mora numa residência artística em que moram vários outros artistas e artesão que também empreendem vendendo seus artefatos. Maria vê a dificuldade de empreender dos que o trabalho não oferece uma linha de produtos maior e pensa como poderia ajuda-los;

Necessidades (Como Ajudar?)

 Devido às vendas de Maria online estarem mais do que suficientes para ela administrar, uma outra plataforma online de venda online não parece uma solução viável para ela. Dessa forma, pode-se oferecer um serviço que informe aos clientes de Maria como funciona o trabalho Artesanal e seu benefícios culturais para a sociedade

 Um serviço que informe ao público sobre o trabalho de artistas e artesãos de determinada região pode ajudar os amigos de Maria que não conseguem vender tanto quanto ela, a divulgarem melhor seu trabalho e importância Monique Albuquerque (Sócia-empreendedora de Loja Colaborativa)

Monique Albuquerque é sócia-empreendedora de uma Loja Colaborativa de Arte, Artesanato. Pesquisou antes de abrir o negócio e percebeu que loja de rua não se sustentava e então abriu a sua no shopping. funciona através de cadastro e curadoria (mais de 700 marcas aguardam avaliação para participar do projeto).

De artistas cobra taxa menor e que coloque arte na loja como decoração. Para viabilizar que na loja existam algumas marcar maiores lado a lado com microempreendimentos.Desses outros expositores, cobram aluguel e taxa.

Acredita no trabalho artesanal e no crescimento desse mercado pessoas valorizam coisas em pequena escala, as pessoas querem coisas exclusivas hoje em dia, segundo ela.

 Acredita que não é rentável vender em feiras porque se gasta pra participar não se tem tanto retorno;

 acredita quem em salvador não existe muita diversidade de produtos e procura sempre ter artistas e marcas diferentes na loja;

 Acredita que artistas não conseguem produzir em larga escala. Precisam de um estoque bem amarrado pra vender online, esse é o maior problema de vender online; Por isso, ela utiliza uma planilha pra facilitar a relação da loja com o estoque e o vendedor mesmo sem ter venda online;

Necessidades (Como ajudar?)

 Serviços na área criativa tem que ter FOCO EM NOVIDADES

 Venda online não é a solução ideal para esse tipo de serviço, mas acesso a informação

Pedro Paulo Filho (Artista empreendedor)

Pedro é um artista de baixa renda que trabalha em outras atividades para financiar sua venda e produção de Arte Artesanal. Seu carro chefe são arranjos ornamentais que faz usando métodos artesanais que envolvem materiais da natureza, como galhos que encontra na rua. Já tentou vender em Feiras de Arte mas não teve muito sucesso. Apesar disso, acredita que vender em Feiras de Arte é um investimento de risco, mas ainda é melhor opção; Pedro está muito feliz com a venda dos seus arranjos na OLX e, acredita que possa ser vendido qualquer tipo de arte lá.

Dores:

 Acredita que trabalhos novos nem sempre são bem vistos principalmente se forem mais caros, logo, em eventos, acredita que vende mais

 Tem que trabalhar em outras atividades para financiar sua arte, então a arte pode aumentar seu orçamento;

 Acredita que o artista e o artesão não são reconhecidos como profissionais que precisam ganhar dinheiro e sobreviver do ofício;

 Acredita que a feira é boa para quem está começando a ter uma visão de mercado, saber precificar e, procura públicos que possam pagar pelo seu trabalho para além de pegar e falar bem do seu trabalho;

Necessidades:

 Para Pedro pode ser oferecido um serviço que disponibilize informações que valorizem o trabalho do artista e do artesão destacando os preços e o que são esses produtos e serviços, de forma a trazer ao publico desse serviço, um breve panorama sobre a atividade comercial do setor em determinada região.

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