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Categoria ‘Implementação’ Facilitadores

4.1 Apresentação das Dimensões e suas Categorias

4.2.4 Terceira Subdimensão: Gestão da Ética em Relações de Trabalho

4.2.4.8 Categoria ‘Implementação’ Facilitadores

O vocábulo ‘implementação’ aparece em dois fragmentos de respostas, M14 e M16, dos quais M14 é o mais representativo, conforme mostra o quadro a seguir.

Quadro 40. Categoria ‘Implementação’ – Facilitadores

Categorial Inicial Resultado da Categoria Inicial Aspectos Facilitadores Aspectos Facilitadores

“[...] atitudes para implementação e manutenção do sistema de trabalho”. (M14)

“[...] atitudes para implementação e manutenção do sistema de trabalho”. (M14)

“Pessoal qualificado e capaz de implementar essa conscientização ética na UnB”. (M16)

Fonte: elaborado pela autora, a partir dos dados da pesquisa em 2015

M14 e M16 afirmam que um aspecto facilitador para os trabalhos da comissão é implementar um sistema de trabalho e a sua manutenção. Em relação a essa afirmação, Fonseca (1997:14), observa que “o sucesso e a sobrevivência das organizações são atingidas, se estes se adaptarem ao seu meio envolvente e se forem capazes de manter um equilíbrio estável naquele enquadramento”. Dessa forma, para alcançar o sucesso, bem como a sobrevivência, não basta apenas implementar e adaptar ao meio; é necessária a “manutenção do sistema de trabalho”, conforme revela M14.

Quadro 41. Quadro Geral da terceira Subdimensão (Questão 5 – Facilitadores) Dimensão de Estudo Categorias Iniciais Trechos e Expressões Compostas em Negrito Categorias

Intermediárias Categorias Finais

Aspectos Facilitadores Aspectos

Facilitadores Gestão da Ética em relações de trabalho Brasil (1994); Brasil (2007); Brasil (2008); Bergami e Beraldo (2010); Chagas (2010); Matos (2008); Passos (2010); Puig (1988) e Soares (2002); Mendes (2014) “[...] local de trabalho

ser próprio para educação, ensino e extensão”. (F05)

Local de trabalho ser próprio para a

educação

Os aspectos facilitadores destacados são: comissão de ética composta por pessoal qualificado; canais disponíveis de comunicação; local de trabalho ser próprio para a educação; a crescente importância do tema ‘ética’ na sociedade, pela legislação, ao mediar os conflitos e em ter atitudes para implementação e divulgação dos serviços.

“Legislação, código de ética, participação da Ouvidoria, lei de acesso a informação, canais de comunicação, ambiente com diversidades”. (F09) Canais de comunicação; Legislação “A crescente importância da ética na sociedade atual...”. (F11) Crescente importância da ética “[...] atitudes para implementação e manutenção do sistema de trabalho”. (M14) Implementação “Pessoal qualificado e capaz de implementar essa conscientização ética na UnB”. (M16) Pessoal qualificado

“Mediar uma resolução do problema entre as partes. A presença de uma secretária que auxilie na dinâmica desse processo”. (F19) Mediação “Divulgação dos serviços prestados...” (F23) Divulgação

Fonte: elaborado pela autora, a partir dos dados da pesquisa em 2015

Após analisar e interpretar os fragmentos de fala de todos os entrevistados, por meio da interpretação por palavras-chave ou expressões compostas que emergiram das

categorias iniciais, foram compostas as categorias intermediárias. A interpretação realizou-se com base no referencial teórico da pesquisa realizada. Já a categoria final é resultado das categorias anteriores, constituindo uma síntese das ideias apresentadas pelos entrevistados, e assim escrita de forma coerente e coesa para o entendimento geral. É importante salientar que as análises dessas categorias auxiliam na compreensão da subdimensão aqui tratada.

Abaixo, seguem as considerações dos autores citados no decorrer deste estudo, principalmente na fundamentação teórica, sobre esta dimensão de estudo.

“O termo Gestão da Ética é utilizado para denominar a política pública para a promoção da ética” (MENDES, 2014:16). O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal é um sistema mais abrangente, haja vista partir da Comissão de Ética da Presidência da República – CEP/PR para as Comissões de Ética locais. A esse respeito, Almeida (2007:69) diz que “[...] para os sistemas formais influenciarem o comportamento, eles devem ser parte de um sistema mais abrangente, culturalmente coordenado, que apoie a conduta ética em cada momento”. Esta citação aplica-se em parte, ao caso concreto das comissões de ética locais, haja vista elas terem autonomia em suas deliberações. Assim, não há que se falar de um controle finalístico por parte da CEP/PR, além do que, este também não se trata de um órgão recursal dessas comissões locais.

Verifica-se a necessidade do Sistema de Gestão da Ética, posto que “a maioria das pessoas é o produto do contexto ao qual descobrem pertencer. Elas tendem a olhar para cima e para os lados, e fazem o que os outros ao redor fazem ou esperam que elas façam” (ALMEIDA, 2007:69).

Matos (2008:122) faz algumas recomendações essenciais ao modelo de Gestão da Ética. O autor diz ser necessário definir a filosofia da empresa quando afirma ser “imprescindível que todos na empresa tenham plena consciência dos valores fundamentais

que orientam os comportamentos. Significa tornar palpáveis os traços fundamentais da cultura corporativa”. Em segundo lugar, Matos (2008) diz ser necessário “definir as diretrizes éticas. Explicitar os padrões de comportamento esperados, consoante aos valores da cultura corporativa”. A esse respeito, o Código de Ética, (Decreto no 1.171/94), cumpre tal direcionamento.

Em terceiro lugar, Matos recomenda criar instrumentos institucionais para a gestão da ética. O autor acrescenta que “a viabilização do comportamento ético depende fortemente da instituição de meios adequados. Sem os espaços à reflexão e ao exercício participativo da decisão, a gestão torna-se centralizadora e autocrática. Nesses casos, a cultura corporativa fechada inibe a gestão da ética” (MATOS, 2008:122).

No que se refere à cultura corporativa fechada, esse aspecto é um dificultador dos trabalhos, mas o fato de a Comissão de Ética contar com sua instituição por Decreto Presidencial no 6.029/2007 já abre possibilidades para uma inserção nessa cultura ‘fechada’.

Por último, Matos (op.cit.:122), revela ser importante “desenvolver continuamente a consciência ética por meio da educação”. Assim, verifica-se a importância desse estudo, haja vista ser esta a principal meta, a qual é recomendação essencial ao modelo de Gestão da Ética. Em relação a essa última orientação, Matos (op.cit.) diz ser necessários “exercícios permanentes de percepção e competência criativas por intermédio de técnicas e metodologias dinâmicas de aprendizagem que reforcem os valores e a práxis da ética no trabalho, contribuindo para a consolidação de uma cultura corporativa aberta”.

 Aspectos Dificultadores

A análise da dimensão ‘Gestão da Ética em Relações de Trabalho’ retratou a resposta à questão ‘em que aspectos você considera como facilitadores e dificultadores do

trabalho da Comissão de Ética na UnB? Justifique’. Foram identificadas cinco categorias, referentes aos ‘aspectos dificultadores’: falta de apoio da administração superior; espaço físico; equipe; marco regulatório frágil; dificuldades do trabalho em equipe; as quais foram explicadas conforme descrições dispostas nos quadros que se seguem.