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4.1 Apresentação das Dimensões e suas Categorias

4.1.1 Primeira Subdimensão: Ética no Ambiente Laboral

4.2.3.9 Categoria ‘Seminários’ – Questão 3

‘Workshops’ ou ‘cursos de curta duração’ e ‘seminários’ aparecem em seis fragmentos – M01, F04, F05, M08, F10 e M20 – dos quais o mais representativo foi M20, haja vista a ênfase dada pelo entrevistado de que os seminários sejam de grande expressão e legitimidade para uma real promoção da educação ética.

Quadro 27. Categoria ‘Seminários’

Categorial Inicial Resultado da Categoria Inicial

Questão 03 Questão 03

“Promover palestras, cursos de curta duração, afim de atrair o maior número de participantes, [...] divulgação de dados estatísticos que demonstrem resultados positivos”. (M01)

“A UnB poderia tratar e implementar os seguintes

aspectos: criar comitês locais de ética com atividades coordenadas pela CE-UnB [...] palestras e seminários

de grande expressão e legitimidade [...] formação de

gestores em ética (tanto de ética em pesquisa, como ética nas relações laborais) [...] fórum de discussão online, fornecer estrutura, recursos financeiros e recursos humanos ao CE/UnB para que este implemente estas propostas”. (M20)

“[...] workshop e oficinas [...]”. (F04)

“Divulgar o trabalho e fazer seminários sobre o tema”. (F05)

“Promover e elaborar cursos e Workshops [...]”. (M08)

“[...] palestras, workshops [...]”. (F10)

“A UnB poderia tratar e implementar os seguintes aspectos: criar comitês locais de ética com atividades coordenadas pela CE-UnB [...] palestras e seminários

de grande expressão e legitimidade [...] formação de

gestores em ética (tanto de ética em pesquisa, como ética nas relações laborais) [...] fórum de discussão online, fornecer estrutura, recursos financeiros e recursos humanos ao CE/UnB para que este implemente estas propostas”. (M20)

Fonte: elaborado pela autora, a partir dos dados da pesquisa em 2015

Dentro do campo semântico de workshops e seminários, e eventos similares de curta duração, os quais foram citados por M01, F04, F05, M08, F10 e M20 como ações de

treinamentos que promovem a educação ética, M20, por sua vez, acrescenta-se que para atingir o objetivo proposto pela pergunta de ‘transformar esta expectativa em realidade’ em relação a educação ética dos servidores, estes seminários devem ser de ‘grande expressão e legitimidade’. Inclusive, M20 foi escolhido como o fragmento de fala mais representativa.

Acerca dessas ações de treinamento, Borges-Andrade et al., dizem que

as ações de treinamento, desenvolvimento e qualificação do trabalhador ocupam um dos papéis centrais no conjunto de práticas, que denominamos gestão de pessoas, em contexto organizacional. Seus impactos, por sua vez, são fundamentais [...] para

o ajuste indivíduo – trabalho que se traduzem em diferenças de desempenho individuais e coletivos (BORGES-ANDRADE et al., 2006:23) [grifo nosso]

Verifica-se que, ao participar de ações de treinamento, a resultante dessa participação é a capacitação variável basilar para o ajuste dos servidores aos objetivos da organização. ‘Serviço de orientação, criação de comitês locais, formação de gestores em ética, panfletos, cartazes e criação de manuais’ tiveram apenas uma ocorrência em todas as respostas dos entrevistados, portanto, foram excluídas do quadro da segunda triagem de categorias iniciais, por não apresentarem repetição nas respostas dos entrevistados. Logo, não compõem o quadro resumido, a seguir.

Subdimensão do Estudo

Categorias Iniciais

Trechos e Expressões Compostas em Negrito

Categorias

Intermediárias Categorias Finais

Questão 3 Práticas Educativas e Instrumentos de educação ética institucional Carneiro et al. (2002); Szilagyi e Wallace, 1980 apud BRAGA (1987) Freitas (2006) Matos (2008) Johann (2009) Passos (2010) Mendes (2014)

“Realizar atividades educativas [...] divulgar

o código de ética e a existência e papel da Comissão...”. (M13) Divulgar a Comissão de Ética As sugestões de instrumentos de educação ética institucional são: divulgar o papel da Comissão de Ética, realizar palestras e seminários de grande expressão e legitimidade e pelo investimento da administração superior. “[...] palestras de orientação e afirmação de

conduta ética no trabalho [...] a rotina é estressante e desgasta os relacionamentos”. (F18)

Palestras

“A UnB poderia tratar e implementar os

seguintes aspectos: criar comitês locais de

ética com atividades coordenadas pela CE- UnB [...] palestras e seminários de grande

expressão e legitimidade [...] formação de

gestores em ética (tanto de ética em pesquisa, como ética nas relações laborais) [...] fórum de discussão online, fornecer estrutura, recursos

financeiros e recursos humanos ao CE/UnB para que este implemente estas propostas.”

(M20)

Investimento da Administração

superior; Seminários

Fonte: elaborado pela autora, a partir dos dados da pesquisa em 2015

Após analisar e interpretar os fragmentos de fala de todos os entrevistados, por meio da interpretação por palavras-chaves ou expressões compostas – as categorias iniciais – foram compostas as categorias intermediárias. A interpretação foi feita com base no que os autores afirmam a respeito, o que dá respaldo teórico à pesquisa. A categoria final foi o resultado das categorias anteriores, constituindo uma síntese das ideias apresentadas pelos entrevistados, e assim escrita de forma coerente e coesa para o entendimento geral. Importa salientar que a análise dessas categorias auxilia no exame da subdimensão aqui tratada.

Sobre esta subdimensão ‘Práticas Educativas e Instrumentos de Educação Ética Institucional’, Mendes diz que

a perspectiva sistêmica adotada assume que a efetividade da gestão da ética depende mais da sinergia entre os instrumentos que dos efeitos produzidos por cada um.

Assim, a combinação entre as diferentes medidas produzem efeito significativo, em que o conjunto dos efeitos é muito maior que a soma dos efeitos de cada instrumento (MENDES, 2014:101).

Por isso, realizou-se este levantamento, por intermédio da entrevista estruturada, de sugestões dadas pelos entrevistados em relação aos instrumentos de educação ética, aqui tratado no campo de atividades de cunho educativo. Esse levantamento, como abordado anteriormente na análise das categorias iniciais, revelou ferramentas que poderão ser utilizadas e que provocarão um impacto maior juntas do que se forem aplicadas isoladamente, o que corrobora com a fala de Mendes (op.cit.:101), ao defender que “a combinação entre as diferentes medidas produzem efeito significativo, em que o conjunto dos efeitos é muito maior que a soma dos efeitos de cada instrumento”. A autora assim explana que

[...] os resultados desta pesquisa demonstram que a função educacional estabelecida como prioritária não atingiu o desenvolvimento necessário para promover a formação para a ética em todos os níveis hierárquicos da administração pública. Apenas o grupo de servidores que trabalha nas Comissões está sendo capacitado de forma sistemática (MENDES, op.cit.: 232).

Diante do exposto, o interesse em trabalhar os instrumentos de gestão ética, em uma perspectiva andragógica, busca suprir essa lacuna, capacitando o maior número possível de servidores, sistematicamente.

A análise da subdimensão ‘Práticas Educativas e Instrumentos de Educação Ética Institucional’ retratou a resposta à questão ‘Em caso negativo, em que, na sua opinião, seria impossível o desenvolvimento de um trabalho de conscientização da ética na UnB, e quais os motivos que impediriam essa implementação?”. Foram identificadas três categorias: resistência das pessoas, falta de apoio da administração superior, obstáculos a serem vencidos. Essas são explicitadas conforme descrições dispostas nos quadros que se seguem, em explicação a cada uma dessas categorias.

Nesse momento, são feitas as triagens da questão número 4, em relação a mesma subdimensão das questões número 2 e 3, citadas anteriormente. A quarta pergunta apresentou 14 ocorrências ‘sem resposta’, as quais não serão consideradas na categoria intermediária, por não terem sugestões a acrescentar.