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1 DA CIDADE NOVA AO CITY MARKETING

4.4 A CIDADE ATRAVÉS DO OLHAR DE QUEM A PROJETA E O MAPA

As escolhas metodológicas, que levaram à seleção dos profissionais da arquitetura entrevistados, resultaram no seguinte perfil de profissionais abordados:

a. 15 são profissionais que mantém atividade como arquitetos projetistas. b. 05 são professores da UFRN (dos quais 01 é aposentado).

c. 03 são funcionários públicos municipais (dos quais 01 é aposentado e dois outros mantêm escritório de arquitetura).

d. 13 são do sexo masculino e 07, do feminino.

e. O mais idoso concluiu o curso de arquitetura em 1954, o mais jovem, em 2011. A média de idade é de cerca de 45 anos.

Obs.: alguns profissionais possuem mais de uma atividade profissional.

Entende-se que a discussão das respostas dadas pelos entrevistados é fundamental e necessária, tendo em vista que além da indicação das construções marcantes, objetivo precípuo das entrevistas, a fala dos profissionais contribuiu para o entendimento do fenômeno em suas diversas nuances, e para as análises das edificações e monumentos icônicos. Esclareça-se que no momento da realização das entrevistas foi informado aos profissionais que suas falas não seriam identificadas neste texto. Esta diretriz visou permitir uma maior liberdade de opinião aos profissionais, portanto, as citações diretas das falas dos entrevistados serão identificadas por letras maiúsculas, sublinhadas, e o texto será digitado em itálico sempre que a citação ocupar mais que três linhas. A mesma diretriz e as mesmas razões foram aplicadas na realização das entrevistas com profissionais do ramo imobiliário (item 4.5.3), que também terão suas identidades preservadas.

De início, os entrevistados tiveram alguma dificuldade para identificar as construções marcantes em Natal, mas, ao longo da entrevista, conseguiram citar 59 marcos diferentes em resposta à primeira pergunta, sendo um deles um marco da paisagem natural, o Parque das Dunas19, que não foi considerado neste estudo que leva em conta apenas a paisagem edificada por ser esta o objeto de estudo desta pesquisa. As opiniões são coincidentes em se tratando das construções mais conhecidas, algumas novas, outras antigas. Diversas construções foram citadas

19 O Parque das Dunas, segundo maior parque urbano do Brasil, é uma Zona de Preservação Ambiental

apenas uma ou duas vezes, o que pode ser atribuído à experiência pessoal de cada um em sua relação com a cidade.

Houve uma forte crítica de vários profissionais à falta de construções novas marcantes na cidade e à falta de investimentos em obras que marquem Natal, de forma positiva, como dito, por exemplo, pela entrevistada M, quando afirma:

[...] em Natal, não me emociono como com a Bahia ou João Pessoa. Aquele MEC é maravilhoso, como funciona a ventilação ali dentro, mas aqui em Natal realmente não me emociono. [...] A Ponte Newton Navarro, talvez, porque nos assemelha com uma cidade mais desenvolvida. Eu não vi nada impressionante em Natal, ainda.

Aqui percebe-se a visão técnica capturada, cooptada, pelo imaginário da espetacularização da cidade (Debord, 2003). Natal não emociona pelo que produziu nos seus espaços socialmente construídos, resultado das pressões imobiliárias, políticas e capacidades técnicas dos seus construtores. Percebe-se na fala que a cidade, para emocionar, deve ter um perfil de metrópole com edificações “à altura” das expectativas de um futuro glorioso que teima em não chegar.

Nas palavras do entrevistado C:

Apoio o movimento de construção de monumentos, a espetacularização, que pra mim começou em Paris. Depois, esse movimento chegou às vinícolas. [...] Nunca tinha ido a Porto Alegre, mas resolvi ir depois de anos e conheci a obra de Siza Vieira, a Fundação Iberê Camargo. Muita gente deve ir lá para conhecer este prédio. Outro exemplo é o de Bilbao. Tenho um cliente de lá e segundo ele a cidade era uma antes do museu Guggenheim e outra depois. Antes era uma cidade portuária, sem graça. [...] Embora Praga seja uma cidade belíssima, de arquitetura impressionante e conservada, o destaque é um prédio torto que tem lá, de Frank Gehry.

Vê-se, portanto, refletidas nas palavras de quem deve ter um olhar apurado sobre o urbano, um desejo pela cidade cenográfica numa mistura (mix, talvez?) em que se coloca num mesmo cenário virtual as vinícolas, os museus ou os prédios de Frank Gehry. Essa espetacularização pretendida é percebida, só que com sinal invertido, pelos entrevistados E e F, quando citam o Shopping MidWay (o maior de Natal) e a Igreja Universal do Reino de Deus, ambos locados na Avenida Senador Salgado Filho, bairros do Tirol e Lagoa Nova, respectivamente, como negativamente marcantes, pelo impacto que causam pela volumetria desproporcional ao entorno e pelas complicações causadas ao trânsito da cidade. Como dito pelo entrevistado F:

“Não sou evangélico, não tenho nada com isso, mas aquele volume não tem relação com a cidade. É uma arquitetura que foi implantada ali”.

Houve também forte crítica de diversos entrevistados à falta de manutenção das áreas públicas, como os parques e praças, tendo sido citada a demolição do Arco do Sol20 como exemplo de descaso do poder público em relação aos monumentos da cidade. Neste caso, em função de diversos fatores e sob o pretexto de que a Avenida Roberto Freire21 passaria por ampla readequação com vistas à Copa do Mundo de 2014 – o que não ocorreu até o encerramento desta pesquisa – o referido monumento não mais foi recolocado em seu lugar de origem, e não há notícias do que foi feito com suas diversas peças. A destruição do monumento que “espetacularizava” a avenida, ocorreu sob as escusas de que, naquele local, seriam feitas obras com vistas ao grande evento futebolístico que terá como ícone uma grande e nova Arena. Portanto, destrói-se para construir, limpa-se para entulhar, num processo caótico que interessa aos governantes e ao capital imobiliário e financeiro. Acerta Jacques (2012, p.109) quando afirma que:

Talvez, mais do que um simples processo de destruição da experiência, estejamos vivenciando hoje um processo de esterilização da experiência, sobretudo da experiência da alteridade da cidade. A forma mais recorrente e aceita hoje desse processo esterilizador faz parte do processo mais vasto de espetacularização das cidades e está diretamente relacionado com a pacificação dos espaços urbanos, em particular, dos espaços públicos.

Alguns entrevistados estabeleceram críticas às prescrições urbanísticas como indutoras de um crescimento que não permite construções em determinados sítios. Nas palavras de D, um dos mais experientes profissionais entrevistados:

As restrições urbanísticas impedem a vida das pessoas na orla. A orla de Natal só tem restaurantes, prostituição. É importante que o turista veja como a cidade funciona. [...] É o que eu digo, Natal nunca deixaria fazer o museu de Niterói de Niemeyer, porque vai interferir na paisagem. Embelezou a paisagem? Embelezou! Está inserida na paisagem? Está! Ah, mas a pedra era mais bonita antes [...].

20 O Arco do Sol, no passado localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire, no bairro de Ponta

Negra, foi desmontado pela administração da prefeita Micarla de Souza (2009-2013).

21 A Avenida Roberto Freire é um dos principais eixos viários da Zona Sul de Natal. Faz a ligação dos

Bairros de Ponta Negra e Capim Macio com os demais bairros da Zona Sul da cidade, e conforma uma malha ao sul de Natal da qual fazem parte: a Via Costeira, a Rota do Sol – que interliga as praias do Litoral Sul do RN – e a BR-101.

Outros criticaram o crescente apagamento da memória da cidade, principalmente quando lembram da destruição gradativa do acervo de casas modernistas dos bairros de Petrópolis e Tirol22– os de maior renda per capta da cidade (NATAL, 2013, p.315) – provocada pela especulação imobiliária que conduziu os bairros a um forte processo de verticalização. Todo o processo de destruição deste patrimônio segue, como não poderia ser diferente, a lógica econômica que prioriza a localização como fator essencial para a negociação de construções e de lotes de terra nua. Justifica-se o apagamento da memória pela necessidade de proximidade aos serviços caros e exclusivos oferecidos pelos bairros, em nome de uma mobilidade urbana cada vez mais sonhada pelos moradores das médias e grandes cidades brasileiras. Em Petrópolis e Tirol, vende-se também a paisagem natural, a vista do Parque das Dunas, esta sim, preservada, intocada, como manancial ecológico e como valor de troca para os negócios imobiliários. Cria-se o que Lapa (2011, p.31) chama de “ilhas de preservação” nas cidades. Diz ainda o autor:

A forma de agir do setor imobiliário é determinada pela lógica econômica, segundo a qual valores não monetários como memória e identidade coletivas são relegados a um plano secundário. [...] A fim de satisfazer seus interesses, jogam com argumentos fortes como o número de empregos criados e o volume de taxas a serem arrecadadas em consequência da atividade empresarial.

O entrevistado A, ainda sobre a questão 1, cita uma das principais avenidas de Natal na qual, segundo ele, está se estabelecendo uma simulação, cenarização, da vida cotidiana de forma que seu comércio parece descontextualizado e a paisagem produzida sem o simbolismo dos bairros tradicionais comerciais. Diz ele que: “[...] a Roberto Freire, que querem transformar à força na Oscar Freire, é mais uma pretensão do povo de Natal”. Percebe-se a crítica ao simulacro, ou à “cidade simulacro” de Jean Baudrillard em seu primeiro nível, o da mera cópia do modelo hegemônico Paulistano de captura do simbólico pelo capital imobiliário e financeiro. Refere-se o entrevistado à profusão de restaurantes, universidades, butiques e

shopping centers, construídos na Avenida Roberto Freire, nos últimos 20 anos.

Todos os entrevistados ao responderem à questão 2, disseram não identificar uma grande quantidade de construções que possuam qualidade de projeto,

22 Bairros onde se percebem (ou percebiam) “exemplos expressivos” da arquitetura modernista

produzida em Natal, como aqueles da Avenida Hermes da Fonseca, entre outros (LIMA, P., 2002, p.98- 99).

construtiva e/ou plástico-formal. Foram citadas 53 construções com as mais diversas soluções. Segundo um dos entrevistados, que menciona construções antigas e novas como detentoras de qualidade:

Indubitavelmente o Forte, que foi construído num conceito e manteve o conceito, espacialmente é integrado, ele é lindo e a Ponte de Igapó, porque olhe são quase 100 anos e ela está de pé. Então eu acho que ela consegue passar o tempo mas não conseguiu segurar a depredação humana. Está intacta apesar da ação humana e é perfeita, nunca caiu nada. É uma estrutura fantástica, bonita, tem poesia nela. [...] Quando eu falo de prática arquitetônica, por exemplo, falo do 16 RI que é funcional inclusive com o clima. É uma cidade militar que não agride a paisagem, não tapa o horizonte, tem espaço pra todo mundo, tem jardins maravilhosos, é um conceito que se mantém por 100 anos. (Entrevistado A)

Vê-se, novamente, uma lamentação pelo apagamento da memória da cidade, e não uma memória qualquer, mas sim uma memória de construções que tinham qualidade construtiva e também plástico-formal. Uma outra entrevistada, E, também correlaciona construções antigas e novas à qualidade arquitetônica ao mencionar construções antigas do bairro da Ribeira e construções modernistas mais recentes23. Afirma a entrevistada:

Tem aquele prédio da Associação Comercial, tem aquelas colunas [...] é marcante.Gosto muito do Edifício Bila. E adoro o café no seu interior, e me sinto como se estivesse viajando pela Europa. [...] Você quer que eu seja romântica? Quando cheguei em Natal o que me marcou foi a Deodoro porque tinha os prédios: o Salmar, o prédio do INSS, o Chácara e o Rio Mar. Eles são clássicos!

Percebe-se que a produção modernista em Natal é citada como importante e marcante na cidade, e que tem um estilo devidamente estabelecido e capturada pelo olhar do profissional e do cidadão. De acordo com C, a arquitetura modernista de alguns prédios públicos, como o Barão do Rio Branco na Cidade Alta, é exemplo do que de melhor foi produzido em Natal. Diversos entrevistados citaram, ainda na questão 2, o Parque da Cidade, projetado por Oscar Niemeyer, como dito, e salientaram suas características modernistas e o uso do concreto na solução plástico- formal e estrutural.

23 Os Edifícios Bila e da Associação Comercial do RN estão locados na Avenida Deodoro, bairro da

Ribeira, e têm estilos de características Art Déco e Eclética, respectivamente. Ambos foram construídos na primeira metade do século XX. Os Edifícios Salmar, Chácara e Rio Mar (residenciais), e do INSS (como ficou popularmente conhecido o edifício governamental), têm traços caracteristicamente modernistas e foram construídos entre as décadas de 1960 e 1970.

Em relação às construções que identificam e representam melhor Natal, questão 3 do roteiro, foram citadas apenas 31 construções, dentre as quais 14 foram edificadas até a primeira metade do século XX e 14 na segunda metade, sendo que as três restantes referem-se à paisagem natural, não considerada no presente estudo, como dito anteriormente. Entende-se que essa questão é a que mais revela a relação de alteridade com a cidade estabelecida pela vivência específica e única de cada entrevistado. Citaram, por exemplo, edificações localizadas no litoral e as associaram ao ar marinho ou lembraram de edificações antigas que conheceram ainda na forma original, mas que passaram por reformas e restaurações. O profissional F cita todo um bairro, o Alecrim, como marcante na cidade já que tem relação afetiva e pragmática com o mesmo:

A Cidade Alta é uma região que eu gosto muito mas que não identifica Natal. Eu acho que o Alecrim identifica Natal [...] acho que o Bairro se relaciona a Natal, o bairro como um todo, é o verdadeiro centro da gente. Eu gosto do Alecrim [...] Eu vou pra 25 de março em São Paulo e não encontro o que eu encontro no Alecrim.

Vale destacar o depoimento do entrevistado H, pelas construções e pelos temas que abordou. Falou sobre a questão turística associada aos ícones urbanos e sobre a descontextualização da construção em relação ao sítio onde está implantada:

Vou citar os ícones mesmo da geografia e do turismo, que são a Ponte Newton Navarro e o Forte, que ficam na entrada da cidade, que, do meu ponto de vista, a entrada da cidade é pelo mar. A entrada icônica talvez. Pra mim o postal mais bonito de Natal é o que mostra o Forte e Petrópolis. É um ícone mesmo o conjunto Ponte e Forte. O Farol de Mãe Luíza e o Morro do Careca, que é uma praia que eu sempre ia e que gosto muito. [...] Acho que a Ponte é alta mas acho que não teria outra solução para permitir a passagem dos barcos. [...] Então, não tem o que fazer. Eu não despendo mais energia para comentar este assunto porque é uma solução que precisava. Ela tinha que ser alta então não há mais o que comentar, mas concordo com a desproporção.

Entende-se que os entrevistados indicaram, sem dúvidas, as construções emblemáticas da cidade, quer pela relação de afetividade estabelecida entre os cidadãos e os marcos, quer pelo marketing estabelecido em torno desses elementos. Em todas as questões, portanto, as respostas obtidas foram absolutamente coerentes com a visão diversa que os profissionais têm em relação à cidade que habitam. A grande multiplicidade de respostas enriquece o leque de edificações citadas e pode estabelecer uma maior possibilidade de reflexões em torno do fenômeno urbano

estudado. As diversas e diversificadas citações e o número elevado de repetições de citações concentradas em poucas construções, indicam que as escolhas dos entrevistados e das categorias foram acertadas para o recorte e para as análises pretendidos neste estudo. Entende-se também que a técnica escolhida e utilizada para as entrevistas admitiu uma liberdade maior quanto à utilização do tempo de realização – que não foi delimitado – o que permitiu o aprofundamento em certos assuntos de interesse maior para a pesquisa. A técnica também facilitou o diálogo entre entrevistados e entrevistador, o que levou à abordagem de determinadas questões mais polêmicas que geraram respostas de grande importância para o presente estudo. Como ponto negativo, deve-se informar que a liberdade dada aos entrevistados levou a que alguns destes fizessem divagações que fugiram ao cerne das perguntas propostas, contudo, não houve prejuízo aos resultados finais obtidos.

Os resultados das entrevistas permitiram a elaboração de um mapa onde foram locadas as 15 mais citadas construções marcantes em Natal na somatória das questões 1, 2 e 3 do formulário de entrevistas (ver Mapa 01). Tais construções situam- se, principalmente, nos bairros mais antigos de Natal, quais sejam: a Fortaleza dos Reis Magos, em Santos Reis; a Igreja Matriz, a Igreja do Galo e as edificações do entorno da Praça André de Albuquerque, na Cidade Alta; o Edifício do antigo IPASE, o Teatro Alberto Maranhão e o conjunto arquitetônico da Ribeira, na Ribeira; a Ponte Newton Navarro, em Santos Reis/Redinha; e a Catedral Metropolitana, no bairro do Tirol. Fora destes sítios estão: a Ponte de Igapó (ou Ponte de Ferro), no bairro de Igapó; o Parque da Cidade, no bairro de Candelária; o Pórtico dos Reis Magos na BR- 101, divisa dos bairros de Neópolis e Pitimbú; e a Arena das Dunas (em construção à época das entrevistas) e o estádio “Machadão” (demolido), no bairro de Lagoa Nova. Há ainda a Avenida Dinarte Mariz (ou Via Costeira), que situa-se ao longo do litoral leste da cidade. Percebe-se que não há uma lógica cronológica que indique uma sequência construtiva numa única direção ou sentido, tornando o conjunto aparentemente fragmentado. As construções se misturam num aparente (e só aparente) acaso juntando, por exemplo, a mais antiga, a Fortaleza, à uma das mais recentes, a Ponte Newton Navarro.

Mapa 01 – Mapa dos bairros e das construções marcantes em Natal

Fonte do mapa base: Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (SEMURB) Arte do mapa: Cecília Barbosa

Entende-se que apesar de não haver uma lógica cronológica na disposição das construções marcantes, há um eixo condutor, ou articulador, do processo de produção do espaço que fica claro quando se percebe que a maioria das construções está localizada ao longo ou nas proximidades dos principais eixos viários da cidade: as Avenidas Hermes da Fonseca/Salgado Filho, e seu prolongamento, a BR-10124; e a Avenida Prudente de Moraes (destacadas no Mapa 01). Percebe-se que há, neste fato, uma lógica subjacente de produção do espaço urbano relacionado aos eixos viários principais da cidade. Mais à frente, procurar-se-á entender esse fenômeno que correlaciona a expansão da malha urbana de Natal, resultado da dinâmica imobiliária, e suas construções marcantes.

4.5 OS MARCOS ARQUITETÔNICOS E A DINÂMICA IMOBILIÁRIA EM NATAL