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CAPÍ TULO

4 2 CLASSI FI CAÇÃO DA PESQUI SA

Par a Sil va e Menezes ( 2001) a pesqui sa pode ser cl assi fi cada segundo quat r o di f er ent es f or mas:

1) quant o à nat ur eza;

2) quant o aos obj eti vos;

3) quant o à abor dage m;

A pesqui sa r eali zada pode ser cl assifi cada, a partir dest a pr oposi ção, quant o à nat ur eza co mo u ma Pesqui sa Apli cada, e m f unção de seus obj eti vos ser e m di ri gi dos a ger ar conheci ment os co m apli cabili dade pr áti ca, na busca da sol ução de pr obl emas específi cos.

Quant o aos obj eti vos pode- se cl assi fi cá-l a co mo u ma Pesqui sa Expl or at óri a, por se t r at ar de u m assunt o pouco expl orado e r ecent e. Tri vi ños ( 1987, p. 109) afir ma “ est udos expl orat óri os per mit em ao pesqui sador, au ment ar sua experi ênci a e m t or no do assunt o.” Tri podi ( 1981, p. 61), obser va que “ essenci al ment e, est udos expl or at óri os são baseados na pr essuposi ção de que at r avés do uso de pr ocedi ment os r el ativa ment e si st emáti cos, pode- se desenvol ver hi pót eses r el evant es a um det ermi nado f enô meno.”

Em r el ação ao quesi to abor dage m o pr esent e tr abal ho enquadr a- se co mo u ma Pesqui sa Qualit ati va, e m f unção de suas car act erí sti cas coi nci di r em co m os post ul ados de Chi zzotti ( 1995, p. 81):

deli mit ação do pr obl e ma não r esul t a da afi r mação pr évi a e i ndi vi dual do pesqui sador par a qual el e r ecol he dados co mpr obat óri os. O pr obl e ma part e da per cepção de u m obst ácul o, per cebi do pel os suj ei t os de modo par ci al e fr ag ment ado, e anali sado assi st e mati ca ment e;

pesqui sador é part e f undament al na pesqui sa devendo despoj ar- se de pr econcei t os e pr edi sposi ções, assu mi ndo u ma atit ude abert a. El e não deve se t r ansf or mar e m um r el at or passi vo, mas ma nt er u ma condut a parti ci pant e, r evel ando f a mili ari dade co m os acont eci ment os e concepções que e mbasa m pr áti cas e cost u mes;

na pesqui sa qualit ati va, t odas as pessoas que parti ci pa m da pesqui sa ( os pesqui sados), são r econheci das co mo suj eitos que el abor a m conheci ment os e pr oduze m pr áti cas adequadas par a i nt er vi r nos pr obl e mas que i dentifi ca m. As ações de i nt er venção na r eali dade não são necessari ament e consensuai s, mas “ negoci adas”, par a se adequar às possi bili dades concr et as do cont ext o, das pessoas e das condi ções obj eti vas e m que deve m ser post as. Cri a- se u ma r el ação di nâ mi ca ent r e o pesqui sador e o pesqui sado, que não ser á desf ei t a e m nenhu ma et apa da pesqui sa, at é os resul t ados fi nai s.

Em r el ação aos pr ocedi ment os t écni cos est a pesqui sa enquadr a- se dent r o da cl assi fi cação de Gil (1991) co mo u ma pesqui sa bi bli ogr áfi ca, por ser el abor ada a partir de mat eri al publi cado ant eri or ment e, pri nci pal ment e li vr os, arti gos de peri ódi cos e mat eri ai s di sponi bili zados na I nt er net. É t a mbé m cl assifi cada co mo u m est udo de caso, poi s t e m o obj eti vo de al cançar u m conheci ment o a mpl o e det al hado do t e ma a partir de u m est udo pr of undo de u m ou pouco obj et os r el aci onados a el e ( GI L, 1991). Tri vi ños ( 1987, p. 133) corr obor a concei t uando que o

est udo de caso “ é uma cat egori a de pesqui sa cuj o obj et o é u ma uni dade que se anali sa pr of unda ment e.”

No caso da pr esent e pesqui sa, cuj a t e mát i ca envol ve o est udo pr évi o de dados hi st óri cos da Met al úr gi ca Ri osul ense, par a ent ão estr ut ur ar a col et a de dados e as modi fi cações cont ext uai s a ser e m pr opost as, pode- se cat egori zá-l a co mo u m Est udo de Caso Hi st órico- Or gani zaci onal , ( TRI VI ÑOS, 1987).

Chi zzotti ( 1995, p. 102) descr eve que os est udos de caso pr essupõe m t r ês f ases:

deli mit ação do caso: o caso deve ser u ma r ef er ênci a si gni fi cati va par a mer ecer a i nvesti gação e, por co mpar ações apr oxi mati vas, apt as par a f azer gener ali zação a si t uações si mil ar es ou aut ori zar i nf er ênci as e m r el ação ao cont ext o da si t uação anali sada. Est e é o mo ment o de pr eci sar os aspect os e os limi t es do t r abal ho a fi m de r euni r i nf or mações sobr e u m ca mpo específi co e f azer análi ses sobr e pr oj et os defi ni dos a partir dos quai s se possa co mpr eender u ma det er minada sit uação; tr abal ho de ca mpo: o qual vi sa r euni r e or gani zar u m conj unt o co mpr obat óri o de i nf or mações. Deve m ser r eali zadas as negoci ações pr évi as par a se t er acesso aos docu ment os e dados necessári os ao est udo de caso;

a or gani zação e r edação do r el at óri o: que poder á t er u m estil o narr ati vo, descriti vo ou anal íti co. Essa úl ti ma et apa t ambé m pode ser de r egi str o do caso, ou sej a, o pr odut o fi nal do qual const a u ma descri ção do obj et o de est udo.