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Classificação dos Alunos

20% 46% 14% 4% %

Classificação dos Alunos

1 2 4 6 Fonte: Autor De acordo com o Gráf. 1, das cinco escolas analisadas, 31% dos alunos obtiveram nível de atenção abaixo da média equiva- lente à classificação Inferior e Médio Inferior, com percentil abaixo de 25. Portanto 69 % da amostra apresentaram resultados aci- ma da média. Estes dados podem revelar um número grande de alunos que podem sofrer interferência no processo cognitivo de atenção, possivelmente comprometendo o processo de aprendi- zagem.

Percebe-se claramente neste gráfico que 46% dos alunos são classificados com atenção mediana e somente 9% dos alunos estão com margens bem acima da média na classificação Superior e Muito

Gráfico 2 – Classificação por série 5 5 5 5 5 5 Fonte: Autor O Gráf. 2 ilustra a quantidade de alunos, em cada faixa de classificação do teste de atenção, por séries do ensino médio (1° Ano, 2° Ano e 3° Ano). Observa-se que 40% dos alunos do 1° Ano foram classificados de forma não satisfatória, nos níveis Inferior e

Médio Inferior. No 2° Ano este índice é reduzido a 30 %, enquanto

no 3° Ano alcança a menor proporção, com apenas 24% de alunos classificados nos níveis Inferior e Médio Inferior. Assim, constata- se que os alunos com o maior grau de escolaridade melhoraram a qualidade dos resultados no teste de atenção. Inclusive, esta cons- tatação também foi feita por Cambraia (2003), conforme citado na revisão bibliográfica.

Gráfico 3 – Classificação por escola 8 8 Fonte: Autor Verifica-se neste Gráf. 3 que os alunos das escolas E. E Messias e E. E. Uberlândia (Museu) apresentaram consecutivamente apenas 26,66% e 23,33% nas classificações Inferior e Médio Inferior, consi- derando a E. E. Uberlândia (Museu) com o melhor índice dentre todas as escolas estudadas. Já os resultados dos testes de atenção dos alunos da E. E Mário Porto, comparado a todas as escolas estu- dadas, obteve 43,33% dos alunos classificados como Inferior e Médio

inferior, a colocando como a escola com maior índice de alunos na

classificação abaixo da média. A E. E. Teotônio Vilela obteve a clas- sificação de penúltima escola com resultados nos testes abaixo da média (36,66%). Já a instituição E. E Renê Gianetti, considerada a escola com a pior nota no Enem, dentre as cinco escolas estudadas, obteve apenas 26,66% dos alunos na classificação Médio Inferior e

Inferior, obtendo bons resultados no teste, equiparando-se às escolas

com melhor classificação no Enem, empatando no teste de atenção com a E. E. Messias Pedreiro, e quase alcançando o nível da E. E. Uberlândia (Museu).

Verificou-se que entre as cinco escolas, os alunos das institui- ções de ensino E. E Messias Pedreiro e E. E. Renê Gianetti apresen- taram resultados acima da média nos testes de atenção de 73,33%%, e a E. E. Uberlândia (Museu) apresentou 76,66%.

É interessante ressaltar que os alunos da E. E. Renê Gianetti obtiveram níveis de atenção na classificação Médio Superior, Superior

ou Muito superior com 33,33%, a E. E Uberlândia (Museu) obteve

30%, a E. E Mário Porto 23,33%, a E. E. Teotônio Vilela 16,66%, e a última E. E. Messias Pedreiro obteve 10%, sendo que nesta última escola, nenhum aluno obteve classificação Superior, apenas Médio

Superior e Muito Superior.

Se for considerada a classificação Média Superior, Superior e

Muito Superior, constata-se que a E. E. Renê Gianetti se encontra em primeiro lugar na classificação dos resultados dos testes de atenção, lembrando que esta escola foi a última colocada do Enem; do con- trário a E. E. Messias Pedreiro, a primeira na classificação do Enem, se encontra em último lugar nesta classificação acima da média.

5 Considerações finais

Com os resultados obtidos nesta pesquisa, verificou-se que, entre as cinco escolas, os alunos da E. E Uberlândia (Museu) ob- tiveram o primeiro lugar na classificação acima da média no tes- te de atenção com 76,66%, ficando em segundo lugar as escolas E. E Messias Pedreiro e E. E. Renê Gianetti, em terceiro lugar a E. E. Teotônio Vilela, a penúltima escola na classificação acima da média. Considera-se a E. E. Mário Porto com a pior classificação no teste de atenção com apenas 56,66% na classificação acima da média. Com estes resultados, conclui-se que a instituição E. E. Renê Gianetti que foi considerada a escola com a pior classificação nas provas do Enem, apresentou resultados no teste de atenção com 73,33 % na classificação acima da média, empatando com a escola E. E. Messias Pedreiro, que ficou com a melhor média do Enem. Em uma das conclusões obtidas desta pesquisa, de acordo com a análise do Gráf. 1, verifica-se que de todos os alunos estudados, 46% ficaram com nível mediano nos testes de atenção e que uma parcela considerada baixa, de apenas 23% apresentaram níveis altos de aten- ção na classificação Médio Superior, Superior ou Muito Superior.

Conclui-se que vários fatores podem influenciar na vida des- ta amostra, que são adolescentes que passam por um processo de muitas pressões externas e internas, sendo prejudicados no aspecto atencional no âmbito das atividades escolares.

Ao analisar o Gráf. 2, constatamos que nos anos estudados (1º, 2º 3º Ano) os alunos do 3º Ano apresentaram melhores resulta- dos nos testes de atenção, em relação aos anos anteriores, que pode ser devido à falta de maturidade que os alunos do 1º e 2º Ano apre- sentam, levando em consideração que os alunos do 3º Ano já estão se aproximando dos 18 e 19 anos de idade, com maior maturidade cognitiva. Isto confirma o que Cambraia (2003) relata sobre a qua- lidade dos resultados do teste de atenção que melhoram à medida que aumenta o grau de escolaridade.

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