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3.4.1 Instrumento

Os dados foram coletados a partir de entrevistas e análise documental, onde estes contribuíram para desvelar a realidade pesquisada.

No subgrupo1 – dos educadores musicais brasileiros, Foi utilizado o método Survey. O questionário foi elaborado digitalmente (APÊNDICE E) através do website Survey Monkey, empresa que presta serviços na elaboração de pesquisas científicas dentre outros serviços de informática. Após armazenar perguntas e opções de respostas

da presente investigação, o referido website forneceu um endereço eletrônico para ser divulgado via internet aos respondentes.

Foram 18 questões. Uma questão aberta e as outras objetivas falando de valores e personalidade (para pesquisas posteriores) e as outras questões com dados demográficos.

No subgrupo 2- dos oficineiros e Stakehoders do programa, utilizou-se um roteiro de entrevista (APÊNDICES A, B,C e D) através do contato direto com o oficineiro de música, os pais e os alunos.

Em relação ao roteiro de entrevista de Minayo( 1996,p.99) afirma:

...deve ser o facilitador de abertura de ampliação e de aprofundamento a comunicação. Dele constam apenas alguns itens que se tornam indispensáveis para o delineamento do objeto, em relação à realidade empírica e devem responder às seguinte condições: a) cada questão que se levanta faça parte do delineamento do objeto, e que todas se encaminhem para lhe dar forma e conteúdo; b) permita ampliar e aprofundar a comunicação e não cerceá-la; c) contribua para emergir a visão, os juízos e as relevâncias a respeito dos fatos e das relações que compõem o objeto, do ponto de vista dos interlocutores.

Optou-se por realizar entrevistas semi-estruturadas por possibilitarem abordar livremente alguns temas e por requererem dos sujeitos algumas respostas previamente formuladas. Logo, privilegiada “a entrevista semi-estruturada por que esta, ao mesmo tempo em que valoriza a presença do investigador, oferece todas as perspectivas possíveis para que o informante alcance a liberdade e a espontaneidade necessárias, enriquecendo a investigação” (TRIVIÑOS, 1987, p.146).

De acordo com Richardson (2007), a entrevista em profundidade, em vez de responder à pergunta por meio de diversas alternativas pré-formuladas, visa a obter do entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de determinado problema. Para esses autores, a melhor situação para participar na mente de outro ser humano é a

interação face a face, pois tem o caráter, inquestionável, de proximidade entre as pessoas, que proporciona as melhores possibilidades de penetrar na mente, vida e definição dos indivíduos.

As entrevistas foram gravadas por um meio eletrônico e posteriormente transcritas. Para facilitar a participação dos entrevistados, a pesquisa foi realizada nas próprias escolas nos horários marcados com os oficineiros fora do horário de aula.

As entrevistas foram apoiadas pelo roteiro, composto de questões de direcionamento, ou seja, questões que envolvem aspectos investigativos do estudo específico. Existiram roteiros diferenciados para cada sujeito, ou seja, um roteiro para o oficineiro, outro para os alunos e outros para os pais. Os roteiros dos alunos e dos pais foram bem parecidos, por se tratar dos mesmos objetivos. As questões são não- estruturadas, que não limitam as respostas, mas fornecem uma estrutura de referência para elas (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Os roteiros das entrevistas dos oficineiros foram apoiados por cartões de definições de mentoria (APÊNDICE D), onde se utiliza alguns cartões com definições das funções de mentoria, explicando aos respondentes quais os objetivos dessas funções e em seguidas, pede-se para que o respondente identifique ou não essas funções na atuação de professor-mentor de seus alunos. Esses cartões foram elaborados para facilitar a compreensão dos respondentes sobre mentoria.

Outro instrumento de pesquisa que foi utilizado foi a análise documental, pois como afirma Lüdke e André,

Os documentos constituem também uma fonte poderosa de onde podem ser retiradas evidências que fundamentam afirmações e declarações do pesquisador. Representam ainda uma fonte natural de informação. Não são apenas uma fonte de informação contextualizada, mas surgem num determinado contexto e fornecem informações sobre esse mesmo contexto. (1986, p.39)

Dessa forma, se elegeu como documentos para análise proposta do Programa Escola Aberta. A análise desses documentos possibilitou o contato com materiais que puderam caracterizar-se como fontes para compreender como foi à discussão do programa.

No tratamento dos dados, no qual se buscou mapear e categorizar as temáticas a pesquisadora procurou ultrapassar a incerteza, na tentativa de sair do empírico, no esforço de superar a abstração e subjetividade, a fim de manter uma relação dinâmica e integradora às descobertas, que no dizer de Minayo (1999) é uma fase que tem por finalidade ampliar a compreensão de contextos culturais com significações e sentidos que vão além da dimensão espontânea das mensagens.

3.4.2 Processo

O processo utilizado para o subgrupo1- de educadores musicais brasileiros, foi uma amostra de conveniência por acessibilidade, através da internet por um link do Survey Monkey encontrado na internet. Os respondentes participaram do questionário acessando o link através de e-mails, facebook, Orkut e sites específicos da área. A pesquisadora enviou convites do link por e-mails pessoais, pelo facebook, Orkut e ainda conseguiu com presidente da ABANFARE-PE (Associação de Bandas e Fanfarras de Pernambuco) da Secretaria de Educação de Pernambuco, pusesse o link disponível no site da associação (ANEXO C).

O processo para o subgrupo 2 e 3- de oficineiros de música e Stakeholders do programa, foi através de contatos direto com o coordenador do Programa Escola Aberta, conseguindo com ele a autorização para pesquisa nas escolas(APÊNDICE F). Após esse

processo, a pesquisadora entrou em contato pessoalmente com os coordenadores locais do Programa Escola Aberta e com a gestão das duas escolas, pedindo autorização oficial (com uma carta de apresentação e solicitação feita pelo programa do Mestrado- APÊNDICE F). Logo em seguida, conversou diretamente com os oficineiros, de cada escola, explicando a pesquisa e tendo acesso aos alunos. Assim, a pesquisadora pôde marcar as entrevistas nos horários previstos. A pesquisadora teve a oportunidade de assistir os ensaios das oficinas, nessa ocasião a pesquisadora registrou o ensaio com fotos e vídeos. Lembrando que essas oficinas são de música, por isso a utilização da palavra “ensaio”. Preferiu fazer as entrevistas fora do horário de ensaio, assim marcando para os dias da semana e não nos finais de semana (os horários que acontece às aulas).

As entrevistas foram realizadas nas próprias escolas em horários distintos das aulas das oficinas. As entrevistas foram no período da tarde. Na Escola 1, fez as entrevistas individualmente na sala de aula. Ocasionalmente estava tendo ensaio da banda, pois na semana seguinte estariam participando de um campeonato de Bandas e Fanfarras no interior do Estado. Então, a pesquisadora teve que esperar acabar o ensaio, para poder conversar com os alunos, pais e oficineiro. As entrevistas foram marcadas de acordo com os grupos: um dia para o oficineiro e pais e o outro para os alunos. A entrevista foi realizada na sala de aula, separada para tal atividade.

Na Escola 2, marcou-se as entrevistas com todos os alunos e oficineiro no mesmo dia. A entrevista foi realizada na sala dos professores, utilizando a gravação. Não houve critério de seleção. Os oficineiros tiveram liberdade para escolher os alunos e pais que foram entrevistados. Foram escolhidos os oficineiros de música de cada escola e os pais e alunos das suas oficinas, pela probabilidade dos mesmos terem contato com os oficineiros.