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Coleta de dados e resumo das etapas do quase-experimento

3 METODOLOGIA

3.5 Coleta de dados e resumo das etapas do quase-experimento

O processo de coleta de dados que serviu de base para as análises que suportaram as conclusões deste estudo, e que conseqüentemente, nos guiou no cumprimento dos objetivos aqui propostos é descrito passo a passo nas linhas que seguem. Finalmente um resumo esquemático consolida os passos do quase experimento.

a) O pré-teste baseado em Guerreiro et al (2004) e em Martins e Rocha (2008), por ser umas das peças mais importantes na coleta dos dados desta pesquisa, mereceu destaque

em tópico especial no início da descrição metodológica, onde aqui apenas será citado de forma resumida. Basicamente possui as seguintes funções: a) Checar o nível inicial das turmas quanto ao conhecimento de Contabilidade de Custos, servindo de base de comparação entre os grupos que se iniciam como experimental e controle; b) Comparar a evolução de cada grupo em relação ao ponto inicial, já que este mesmo teste será empregado como pós-teste ao término de cada etapa do experimento. Trata-se de uma comparação no estilo antes e depois; c) Comparação entre os grupos no instante imediato após o tratamento experimental. É o instrumento que viabilizará a comparação entre as evoluções obtidas entre o grupo experimental e grupo de controle, caracterizando assim evidências sobre a aprendizagem dos conceitos de Contabilidade de Custos provenientes do tratamento experimental. Ambos os grupos fizeram este pré e pós-teste que estão na íntegra reproduzidos no Anexo 4.

b) Um caso de ensino foi oferecido como pós-teste com o intuito de avaliar a autonomia dos alunos na busca de conhecimento novo, ou conhecimento que não foi treinado ou experimentado em sala de aula. O núcleo principal do caso constou de assuntos dos quais os alunos tiveram pouco ou nenhum contato. Para a solução do mesmo, os alunos se organizaram em subgrupos de cinco ou seis integrantes que montaram um planejamento dos recursos necessários para a solução do caso. Diferentemente do problema desenvolvido como tratamento experimental, neste caso de ensino o leque de respostas é bem menor, constituindo-se num padrão de resposta mais restrito. Quanto mais próximo os alunos chegarem da resposta esperada mais demonstram a capacidade de se organizarem para adquirirem conhecimento necessário para fazer frente a uma demanda do ambiente. Os alunos tiveram liberdade de pesquisa, de consultas e tempo suficiente para a elaboração das respostas. Adicionalmente, este mesmo caso avalia a capacidade adquirida dos alunos em solucionar problemas imprevistos com temática desconhecida. Os problemas inseridos dentro do estudo de caso lembram os já expostos anteriormente, porém apresentam elementos que possam representar uma nova experiência mesmo que contendo excertos que evocassem aspectos já discutidos (COSTA; MOREIRA, 1997). O Anexo 1 mostra o caso aplicado como pós-teste.

c) Outros instrumentos de coleta de dados são os questionários II e III de percepção de aprendizagem pela metodologia baseada em problema e pela metodologia de ensino tradicional com aula expositiva, respectivamente. Percepção de aprendizagem trata-se

de uma variável abstrata não mensurável por observação direta, sendo então, a aplicação de questionários uma alternativa viável para acessar essas informações. Este instrumento foi adaptado de Souza (2006). O Anexo 5 e o Anexo 6 apresentam a reprodução dos dois questionários.

d) O questionário IV tem o papel de captura de dados referente ao desenvolvimento de habilidades no processo de aprendizagem baseada em problemas. Os alunos responderam considerando os ganhos que a metodologia de aprendizagem baseada em problemas trouxe-lhes. As habilidades focadas neste momento são as habilidades para solução de problemas. Este questionário também foi adaptado dos trabalhos de Souza (2006). O questionário V tem a mesma função de coleta de dados referente às habilidades de solução de problemas, porém, aplicado aos grupos de controle que foram expostos ao curso de Contabilidade de Custos com a metodologia de ensino tradicional. A íntegra destes questionários está no Anexo 7 e no Anexo 8.

e) O questionário VI tem como objetivo coletar informações dos alunos a respeito da avaliação do professor da disciplina. Refere-se à formação de uma base de dados que mostre o perfil do professor segundo a ótica dos alunos. Uma vez que os resultados do experimento podem ser também resultados do desempenho do profissional, com essa ferramenta teremos uma melhor dimensão do quão diferente é o desempenho de cada professor. Vale ressaltar, que na aplicação desse experimento dois professores ministraram a mesma disciplina em salas distintas. Um deles ministrou as etapas de aulas tradicionais expositivas, e somente aulas com esta metodologia, e o segundo, autor deste trabalho, ministrou as aulas com metodologia de aprendizagem baseada em problemas. Logicamente, não poderemos eliminar as variáveis relacionadas ao estilo de ensino e de relacionamento de cada professor, porém, teremos elementos para analisar cuidadosamente os resultados advindos do experimento no que tange a estes fatores. O Anexo 9 relaciona este questionário.

f) Questionário VII: é um questionário mais abrangente que os demais. É aplicado ao final da segunda etapa do experimento após os dois grupos de estudo (tanto o grupo que começou como experimental, como o grupo que terminou como experimental) terem sidos expostos à metodologia de aprendizagem baseada em problemas. O objetivo deste questionário é consolidar dados levantados ao longo do experimento por meio de outros

questionários, fazendo assim, uma validação dos demais. Trata-se de uma ferramenta útil para o cruzamento das informações levantadas em outros momentos do experimento e visa reforçar as respostas dos demais questionários, uma vez que a identificação dos alunos será optativa, justamente visando uma maior liberdade e isenção nas respostas. Este questionário é baseado no trabalho de Rodrigues e Araújo (2006) com adaptações. O Anexo 3 apresenta o modelo do questionário.

g) Para conseguir mapear o perfil sócio-econômico dos participantes do experimento um questionário específico para esta avaliação foi adaptado do modelo usado pela Fuvest- Fundação Universitária para o Vestibular (Anexo 10).

h) E finalmente, foi providenciado junto aos participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para que a pesquisa pudesse ser realizada com o consentimento de todos os envolvidos. O modelo do formulário consta do Apêndice 7. A Ilustração 3 e a Ilustração 4 resumem as etapas que foram seguidas pelo quase- experimento.

Esquema para o grupo que inicia o experimento como Grupo Experimental

Pré-teste - Questionário percepção de conceitos de custos (Guerreiro et. al, 2004) e Martins e Rocha (2008)

Quantificação, tabulação e comparação das respostas, análise dos achados.

Tratamento experimental: Curso de contabilidade de custos com metodologia de aprendizagem baseada em problema (Problema adaptado de Hilton, 2008)

Pós-teste: Questionário de percepção de conceitos de custos (Guerreiro et. al, 2004) e Martins e Rocha (2008), mais caso de ensino baseado em adaptação do

caso Titanic II, mais questionário sobre percepção de aprendizagem e de questionário sobre habilidade de solução de problemas e de autonomia.

Segunda etapa do experimento - Inversão de Função entre os grupos - Grupo Experimental passa a ser Grupo de Controle.

Agora como grupo de controle: Abordagem tradicional com aulas expositivas do custeio ABC com base em Martins (2003) e Martins e Rocha (2010)

Pós-teste: Questionário de percepção de conceitos de custos (repetição do pré- teste da segunda etapa), mais questionário sobre percepção de aprendizagem e de

questionário sobre habilidade de solução de problemas e de autonomia.

Esquema para o grupo que inicia o experimento como Grupo de Controle Pré-teste - Questionário percepção de conceitos de custos

(Guerreiro et. al, 2004) e Martins e Rocha (2008)

Quantificação, tabulação e comparação das respostas, análise dos achados.

Curso de Contabilidade com metodologia tradicional expositiva. Baseado em Martins (2003) e Martins e Rocha (2010)

Pós-teste: Questionário de percepção de conceitos de custos (Guerreiro et. al, 2004) e Martins e Rocha (2008), mais caso de ensino baseado em adaptação do caso Titanic II, mais questionário sobre percepção de aprendizagem e de questionário

sobre habilidade de solução de problemas.

Segunda etapa do experimento - Inversão de Função entre os grupos - Grupo de Controle passa a ser Grupo experimental.

Tratamento experimental: Curso de contabilidade de custos com metodologia de aprendizagem baseada em problema (Problema adaptado de Hilton, 2008)

Pós-teste: Questionário de percepção de conceitos de custos (repetição do pré-teste), mais questionário sobre percepção de aprendizagem e de questionário sobre

habilidade de solução de problemas.