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Comentários do Banco do Brasil

g) políticas de incentivo eventualmente existentes, especialmente as de subsídio e/ou subvenção, em todas as esferas de Governo.

7. Comentários dos Gestores

7.1 Comentários do Banco do Brasil

340.

Nos tópicos a seguir, apresentam-se o resumo dos comentários do Banco do Brasil e a análise correspondente.

Resumo dos Comentários do Banco do Brasil

341.

O Banco do Brasil identificou seis pontos do Relatório Preliminar em relação aos quais teria esclarecimentos a apresentar.

342.

Em relação ao subtítulo “Aspectos gerais da modelagem de execução do Programa”, constante do item 2.2 da Visão Geral, que trata dos principais aspectos do Plano de Aviação Geral, o BB identificou algumas informações imprecisas nos parágrafos 82, 87 e 89, referentes:

- ao número do Ofício da SAC/PR que solicitou ao Banco a estruturação e organização das atividades preparatórias para a execução do objeto descrito no contrato de prestação de serviços firmado entre as duas instituições, que deveria ser corrigido para “Ofício 102 SEAP/SAC/PR”;

- às providências adotadas pelo BB frente ao fracasso da licitação destinada a contratar empresa responsável pelo suporte no gerenciamento do Programa e elaboração do caderno geral de encargos. A instituição teria assumido a responsabilidade de gerenciamento do Programa, mas não de elaboração dos cadernos de encargos, que foi objeto de licitação específica (RDC Presencial 2013/19658), resultando na contratação do Consórcio Laghi-RCEN em 19/5/2014 (Contrato n. 2014/85930054); e

- à contratação da Infraero para elaboração de anteprojeto de quatro módulos de TPS e de central de utilidades (CUT), que não teria se dado por intermédio do BB, e sim conduzida e efetivada pela SAC/PR.

343.

O Banco comentou também a afirmativa de que a “inércia da SAC/PR é um dos riscos que vêm sendo gerenciados pelo escritório de projetos (PMO), pois pode impactar no cumprimento dos prazos

estabelecidos pelo BB” (grifo nosso), constante do item 6.1, que trata da indisponibilidade de

mecanismos adequados de reportes, responsabilização e gestão no ajuste entre a SAC e o BB. Em relação a esse ponto, reforçou que a instituição não estabeleceu prazos para realização do Plano de Aviação Regional, mas apenas estimou um cronograma, no âmbito do seu escritório de projetos PMO, de maneira a refletir a estratégia de execução dos serviços a seu cargo, previstos no âmbito do Contrato 11/2013, observando o prazo de vigência do mencionado ajuste.

344.

A respeito dos fatores intervenientes no Plano, tratados no item 6.2, o BB buscou diferenciar o seu papel do desempenhado pela SAC/PR. Nesse sentido, destacou que cabe ao Banco atuar na gestão e administração de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) destinados à modernização, construção, ampliação ou reforma de aeródromos públicos, além de contratar, em nome da União, obras, serviços e compras com a finalidade de executar os investimentos necessários a esses aeródromos, em consonância com o permitido nos dispositivos da Lei 12.832/2013 e Decreto 8024/2013, bem como com o objeto definido no Contrato 11/2013. A SAC/PR, por sua vez, seria a responsável por realizar a avaliação da conveniência e oportunidade de aplicação dos recursos do Fnac em aeródromos regionais, incluídas as definições de momento, prazo, destinação dos recursos, compras e contratações a serem realizadas.

345.

Ressaltou que a SAC/PR é a titular do serviço público a que se refere a sua missão institucional, conforme Artigo 24-D da Lei 10.683, de 28/5/2003, não havendo delegação ao Banco para coordenar as políticas para desenvolvimento do setor, ou mesmo a atuação dos órgãos e entidade de aviação civil, ou de decidir quanto a aspectos que concernem às políticas públicas de investimento no setor aéreo civil.

346.

Adicionalmente, informou que devido à gestão operacional a seu cargo, realiza o gerenciamento dos riscos que podem impactar o cumprimento dos objetos do contrato 11/2013, conforme informado

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 003.678/2014-8 oportunamente à equipe de auditoria (Anexo III do Ofício Programa Serviços em Infraestrutura 2014/2655, de 9/4/2014).

347.

Diante disso, considerou inadequado mencionar o BB como responsável pela falta de providências efetivas para mitigar gargalos e obstáculos à execução do Plano de Aviação Regional e, em função disso, pediu a exclusão da menção ao Banco nos itens 298, 328 e 330.

348.

Especificamente em relação ao momento de contratação dos Planos de Zoneamento (PBZPAs), o Banco propôs a correção do entendimento registrado pela equipe, de que teria havido identificação tardia da necessidade desse estudo (item 318), e informou que um dos primeiros itens analisados pela instituição a fim de entender os requerimentos de gestão do Fnac e para instruir a elaboração da minuta do instrumento contratual foi a Portaria SAC/PR 159, de 28/12/2012, onde estariam listados os estudos e projetos passíveis de aplicação pelo mencionado Fundo, constando entre eles os Planos de Zona de Proteção e Planos Diretores Aeroportuários.

349.

Ou seja, a necessidade de contratação de serviços especializados para a elaboração do PBZPA teria sido mapeada pelas partes desde a época de discussão da minuta do contrato, havendo a SAC/PR definido que esse estudo seria providenciado pelos operadores aeroportuários.

350.

Porém, no decorrer das atividades sob condução do Banco, após reunião com Decea, foi discutida a necessidade de apresentação do PBZPA para viabilizar as aprovações dos projetos das intervenções, levando o BB a sugerir que fossem tomadas as providências para a elaboração dos Planos (peça 42).

351.

O Banco argumentou, por fim, que essa mudança não se deu tardiamente, como afirmado no Relatório, pois o PBZPA só pode ser elaborado após a conclusão do Estudo Preliminar e da definição dos investimentos, tendo em vista que não é possível identificar se haverá ampliação dos componentes da infraestrutura aeroportuária que justifique a elaboração do Plano antes disso. Registrou, nesse sentido, que os primeiros Estudos de Viabilidade Técnica (EVTs) foram entregues em janeiro/fevereiro deste ano, e que os estudos que subsidiarão as decisões da SAC/PR acerca dos investimentos a serem realizados ainda estão em fase de elaboração.

Análise dos Comentários do Banco do Brasil

352.

Em relação aos termos de parágrafos constantes do subtítulo “Aspectos gerais da modelagem de execução do Programa”, as inadequações apontadas foram corrigidas, a fim de garantir maior precisão às informações constantes do Relatório.

353.

Sobre a afirmativa de que o Banco teria estabelecido prazos, tem-se que o contexto do item 6.1, que trata da indisponibilidade de mecanismos adequados de reportes, responsabilização e gestão no ajuste entre a SAC e BB, permite concluir que esses prazos são os afetos à realização do objeto do Contrato 11/2013, e não do Plano de Aviação Regional como um todo, alinhando-se com os esclarecimentos trazidos na manifestação. Outrossim, para excluir qualquer margem de dúvida, o texto foi reformulado.

354.

Quanto à relação do BB com os fatores intervenientes que podem atrapalhar a execução do Plano, tem-se, nos autos, elementos que corroboram os argumentos trazidos, tanto quanto às responsabilidades atinentes ao Banco, quanto às medidas de gestão de risco que vêm sendo adotadas em relação ao objeto do Contrato 11/2013, por meio do escritório de projetos PMO.

355.

Cabe observar, somente, que dentro da sua área de atuação, até por ter a rotina de monitorar os fatores que podem interferir na realização do ajuste mencionado (PMO), o Banco pode contribuir com a SAC/PR, uma vez que o insucesso na realização do objeto do Contrato 11/2013 pode comprometer o Plano como um todo. Exemplo de uma atuação nesses moldes foi a solicitação de providências à SAC/PR para elaboração dos Planos PBZPA, que seriam necessários para as aprovações dos projetos e, consequentemente, para viabilizar as licitações das obras nos prazos planejados.

356.

Não se trata, porém, de um dever. Diante disso, não se mostra razoável equiparar a responsabilidade do Banco à da SAC/PR neste caso, de modo que o texto foi alterado conforme solicitado pelo BB.

357.

Por fim, em relação ao momento definido para que o BB realizasse as contratações dos PBZPAs, o Banco trouxe informações não identificadas anteriormente pela equipe de auditoria, de que a necessidade

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 003.678/2014-8 de elaboração desses Planos teria sido mapeada pelas partes desde a época de discussão da minuta do contrato, havendo a SAC/PR decidido inicialmente que esses estudos seriam providenciados pelos operadores aeroportuários.

358.

Desse modo, não teria sido tardia a identificação da necessidade de elaboração dos estudos, como entendido pela equipe, mas sim a definição de que estes deveriam ser contratados por meio do BB, sendo pertinente promover os devidos ajustes no Relatório.

359.

Apesar da afirmativa do Banco de que ainda haveria tempo hábil para essa contratação sem prejuízo às etapas subsequentes do Plano, mantém-se a proposta do Relatório, para que isso seja devidamente demonstrado pela SAC/PR tendo como parâmetro de análise o cronograma do Plano de Aviação Regional, não disponibilizado até o momento.

360.

Tem-se, portanto, que em função da manifestação apresentada pelo BB foram promovidos ajustes no texto do Relatório a fim de garantir maior precisão e clareza nas informações e análises apresentadas, cabendo destacar que essas modificações pontuais não interferiram nas constatações, conclusões e encaminhamentos inicialmente apresentados.