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Nesta seção apresentamos conceitos chave para a realização da análise da tese, relacionados diretamente às capacidades de uso e gerenciamento das tecnologias digitais para o consumo de vídeos, que variam entre os participantes recrutados para a pesquisa.

Mesmo que com a internet as pessoas estejam livres das grades lineares de conteúdo, cada vez mais as plataformas online têm implementado recursos para estabelecer listas de assistência (auto-play, timeline, stories, outros). Nesse sentido, para Wolton (2014), os serviços de oferta de vídeos não têm nada de inovador. Isso porque sempre os públicos delinearam suas próprias práticas de assistência televisiva independentemente de o conteúdo estar disponível ou não. “O problema não é romper essa programação, mas saber que está lá como ‘pré-forma’ da apreensão da realidade” (WOLTON, 1996, p. 308).

Além disso, o consumo segmentado de conteúdos pode gerar uma especialização das audiências, o que pode se tornar um problema na esfera coletiva. Segundo Wolton, esses públicos terão menos senso de coletividade e estarão menos preparados para lidar com o diverso e, por sua vez, coabitar e se comunicar com agrupamentos sociais distintos do seu. A preocupação de Wolton (1996, 2006, 2014) é com o esgarçamento do laço social ao ponto de este deixar de existir e, assim, acirrar a intolerância e instaurar guerras e cenários de incomunicação.

Podemos associar a preocupação de Wolton (2014) ao esfacelamento do que Morley & Silverstone (1990) postularam sobre a capacidade criativa das audiências de trabalharem e retrabalharem o conteúdo televisivo e do papel do processo de produção e circulação de significados experimentado pelos sujeitos para a manutenção das identidades individuais e coletivas em sociedade.

Televisão é tecnologia (embora em última instância) e esta é uma tecnologia que (como outras tecnologias de informação e comunicação) é articulada através de dois conjuntos de significados. O primeiro conjunto é dos significados que são construídos ambos pelos produtores e consumidores (e consumidores e produtores) em torno da venda e compra dos objetos e seus usos subsequentes em uma demonstração de estilo, como uma chave para a

participação da comunidade ou subcultura. O segundo conjunto é dos

significados mediados pelas tecnologias que estão abertas, de forma semelhante, à negociação e à transformação. A estruturação de ambos, na

concepção e comercialização de máquinas como commodities e na concepção de software, a criação de grades de programas e narrativas de programas,

reivindica as “modalidades” de consumo da relação com a televisão e com as retóricas gerais e específicas do envolvimento da televisão na cultura cotidiana. (MORLEY & SILVERSTONE, 1990, p. 36, grifo nosso)55. Como complementa Murdock (1990, p. 200) a televisão “ajuda a reacomodar as relações sociais não somente porque proporciona novos lugares e companhias para as atividades cotidianas, mas também porque altera os limites de nosso acesso às imagens e informação por meio das quais as experiências de outras pessoas podem ser interpretadas”56.

A TV foi – e possivelmente segue sendo agora de forma contígua com as ambiências digitais contemporâneas –, elemento chave e uma das “rodas de fiar”57 a partir das quais os sujeitos criam sentidos não apenas para suas mensagens, mas também a partir delas para um novo modo de vida em sociedade, não mais baseado na lógica comunal pré-moderna (THOMPSON, 2009).

Apoiados em uma visão ampliada de consumo, Morley & Silverstone (1990) o definiram como atividade retórica, já que tanto implica a produção de sentido como provoca o estabelecimento de formas criativas de comportamento para a vida cotidiana. Nessa perspectiva, os autores afirmam que a TV, como objeto de consumo, demanda uma dupla articulação no processo de produção de sentido. Esta afirmação advém do conceito de dupla articulação de Silverstone (1994) que reivindicou a integração dos estudos feitos com audiências no que concerne tanto ao sentido da mídia como texto (primeira dimensão) quanto como objeto (segunda dimensão). Segundo Livingstone (2007), ainda que válida e promissora, essa articulação, contudo, se configurou como algo muito difícil de ser alcançado, especialmente pelas

55 Tradução nossa do trecho original: “Television is technology (albeit in the last instance) and it is a technology

which (like other communication and informing technologies) is articulated through two sets of meaning. The first set is the meanings that are constructed both by producers and consumers (and consumers and producers) around the selling and buying of all objects and their subsequent use in a display of style, as a key to

membership of community or subculture. The second set is the mediated meanings conveyed by those

technologies which are open similarly to negotiation and transformation. The structuring of both, in the design and marketing of machines as commodities and in the design of software, the creation of programme schedules

and programme narratives, lays claim to the consuming ‘modalities’ of the relationship to television and to the general and specific rhetorics of television’s engagement in everyday culture” (MORLEY &

SILVERSTONE, 1990, p. 36, grifo nosso).

56 Tradução nossa de trecho original: “Ayuda a reacomodar las relaciones sociales no sólo porque proporciona

nuevos lugares y acompañamientos para las actividades cotidianas, sino también porque altera los términos de nuestro acceso a las imágenes e información por medios de las cuales la experiencia de otras personas puede ser interpretada” (MURDOCK, 1990, p. 200).

57 Noção proposta por Thompson (2009) ao se apropriar e complementar citação de Geertz sobre o homem ser

“um animal suspenso em uma teia de significados”. A partir desta, Thompson (2009) afirmou que com o surgimento dos meios de comunicação massivos, estes passam a ser as “rodas de fiar” dos sentidos produzidos pela humanidade. Esta articulação nos é cara, já que foi decisiva para os primeiros estudos de recepção nos quais estivemos envolvidas.

barreiras disciplinares e metodológicas que se evidenciam aos que conduzem esse tipo de análise.

Ainda assim, Courtois (2012) e Courtois et al. (2012) defenderam e ampliaram essa perspectiva no que tange aos estudos de consumo de mídia audiovisual. Os autores reconhecem a existência de três articulações distintas, mas necessariamente imbricadas do ponto de vista simbólico, sendo elas: mídia como objeto (a tecnologia por si só), mídia como texto (lírico, jogo, videoclipe…) e mídia como contexto (contexto espacial e social). Eles propõem a noção de tripla articulação – vinculada à teoria da domesticação postulada por Hartmann – como um caminho produtivo para os estudos de televisão.

Independentemente do desafio metodológico implicado na e pela tripla articulação, encaramos a perspectiva de Courtois (2012) e Courtois et al. (2012) como favorável ao desafio desta tese de mapeamento e análise dos fluxos interacionais delineados pelos jovens no consumo de vídeos no contemporâneo. Isso porque esta noção implica vigilância de nossa parte, para que não corramos o risco de observar os processos de consumo a partir de uma única dimensão ou por um único ângulo de análise. Ao contrário, para além da tripla articulação observamos como cada uma dessas articulações foi maximizada no contexto de convergência midiática. Do mesmo modo, o arranjo proposto por Courtois (2012) e Courtois et al. (2012) nos inspirou quanto ao processo de identificação das pluridimensões constitutivas do fluxo interacional. Para cada articulação, os autores reconhecem os elementos que devem ser observados e estes nos ajudaram a perceber os aspectos que não poderiam ficar de fora dos fluxos.

No que toca à mídia como contexto, por exemplo, temos hoje uma infinidade de possibilidades sociais e espaciais de assistência. Podemos destacar a tensão, de que nos fala Courtois et al. (2012), existente entre as práticas domésticas de assistir televisão e vídeo online (relacionadas ao contexto micro) e práticas socialmente compartilhadas e mais amplas de assistência que podem se dar individual ou coletivamente, bem como de forma privada ou pública. Elementos que tornaram o consumo de vídeos ainda mais fluido e agora disperso em múltiplas telas e temporalidades, substrato que é favorável ao estabelecimento de outros modos de assistência, que aqui identificamos como fluxos interacionais.

Diante dessas múltiplas dimensões, é interessante retomar afirmação de Morley & Silverstone, feita ainda na década de 1990, de que o consumo seria a componente chave para a compreensão do que eles denominam de “onda das tecnologias de

informação e comunicação” (MORLEY & SILVERSTONE, 1990, p. 49) e de uma emergente economia do tipo self-service. A partir de argumentos de Miller, os autores reconheciam que as audiências se encontravam incorporadas/mergulhadas em uma cultura de consumo, na qual tecnologias e mensagens estavam justapostas/imbricadas.

Assim, em um cenário de convergência, não nos parece possível estudar as práticas de consumo midiático como um processo unidimensional. No caso do consumo de vídeos, entendemos que este se processa a partir de conexões pluridimensionais tecidas pelos sujeitos. E essas dimensões – que incluem mas não se limitam às dimensões da mídia como tecnologia, texto e contexto – são necessariamente articuladas de forma simultânea em uma mesma interação e, por vezes, implica o uso de mais de uma tela e fonte de conteúdo.

Entendemos que o fluxo interacional tanto promove e é resultado da conexão dessas pluridimensões de um ponto de vista mais prático (que tela, que conteúdo, conectada, onde e quando?), quanto aciona (novas e/ou antigas) competências de gerenciamento e manejo das tecnologias disponíveis no contemporâneo, para além do processo de interpretação de suas mensagens e conteúdos, a começar pela tela que não é mais a mesma e tampouco está localizada em um local que já conhecemos.

O consumo de vídeo no contemporâneo reivindica outros capitais para além do acionamento de uma tela que é parte do mobiliário de nossas casas. E cada um, estabelece as conexões que o interessa, a partir dos recursos que dispõe e está disposto a investir. Ao falarmos de capitais e competências, queremos tocar em um ponto crucial para Williams (2016) ao identificar o porque da TV ter se tornado uma das mais importantes tecnologias da vida moderna. Quando o autor descreve a televisão como tecnologia e forma cultural, ele destaca como característica central da radiodifusão a não exigência de nenhum treinamento específico. Se podemos ver e escutar pessoas em nosso círculo imediato, também podemos ver e escutar televisão. Muito do grande apelo do rádio e da televisão deve-se à sensação de um acesso aparentemente não mediado. As mediações reais terão que ser observadas de forma atenta, mas, ainda assim, elas quase sempre passam despercebidas. Tudo o que é oferecido é um aparelho com um botão para ligar e um seletor de canais; podemos ligá-lo ou desliga-lo ou variar o que receber (WILLIAMS, 2016, p. 141).

Diferentemente da relação estabelecida com os meios de radiodifusão, que segue em plena e pujante oferta de conteúdos, o consumo de vídeos não se dá mais apenas em relação a esses meios, mas também a plataformas que tem a interatividade como marca.

Scolari (2018), por exemplo, propôs uma taxonomia das práticas de produção, consumo e pós-produção midiática no contexto de uma cultura transmídia juvenil, também estudada por Livingstone (2002). Foram identificadas mais de 44 habilidades (SCOLARI, 2018), organizadas em nove dimensões (produção, prevenção de riscos, desempenho social/individual, gestão de conteúdo, mídia e tecnologia, ideologia e ética, narrativa e estética).

Inspiradas por essas referências, nesta pesquisa o que caracteriza o consumo midiático é a combinação de sistemas de comunicação e oferta de conteúdo, associada ao acionamento e desenvolvimento de competências adquiridas tanto de interpretação, de composição de fluxos de assistência e ainda de produção de conteúdos próprios.

Para isso nos apoiamos em Hasebrink & Hölig (2013), que reconhecem a capacidade de gerenciamento de comunicação das audiências. Esta que não nasce com a convergência, mas se evidencia mais claramente no cenário corrente. A partir de Schroder, os autores afirmam que “o uso de mídia sempre foi inerentemente transversal” (HASEBRINK & HÖLIG, 2013, p. 191) e defendem a existência de um repertório de mídia, que consiste no conjunto inerente de mídias que um sujeito usa regularmente.

O repertório de mídia é caracterizado por três princípios: (i) user-centred perspective: o foco deve estar no que o sujeito consome e não em qual público consumidor uma mídia alcança; (ii) entirety: deve-se considerar a variedade de mídia regularmente usada por uma pessoa e não os aparatos de forma separada; (iii) relationality: é preciso compreender a relação entre os usos de diferentes mídias, isto é o que forma o repertório. Este, contudo, não é resultado da soma dos usos , mas sim uma experiência – no sentido de capital ou expertise acumulados –, composta por variadas competências de uso e interpretação que se constituíram ao longo do tempo de interação com diferentes dispositivos.

Para os autores, em um cenário de convergência é necessária uma visão holística dos usos dos aparatos midiáticos pelos sujeitos, que além de se interpenetrarem, acionam competências comuns de uso e apropriação da mídia de forma geral, acumuladas ao longo do tempo e dado o nível de intensidade e frequência das interações que estabelecem. O foco deve estar em compreender as combinações de mídia e seus usos convergentes e pluridimensionais, ao invés de centrar na relação de um grupo social com um aparato ou plataforma.

As pesquisas de audiência e gerenciamento de comunicação não podem mais recair na plana questão se e como geralmente as pessoas usam “a Internet; ao

invés disso é necessário investigar como as pessoas por elas mesmas definem o que elas fazem com a Internet”, ex.: “qual modo de comunicação elas

empreendem” (HASEBRINK & HÖLIG, 2013, p. 197)58.

A noção de modos de comunicação a que os autores se referem na citação, é a maneira como os usuários definem por eles mesmos o uso que fazem se um serviço de comunicação em uma dada situação de comunicação. Para Hasebrink & Hölig (2013), precisamos estudar os modos de comunicação ao invés de usos isolados dos aparatos e estes devem ser definidos pelos próprios sujeitos ao refletirem sobre suas práticas. Para sustentar essa proposição os autores explicam, por exemplo, a pluralidade de usos possíveis a partir do que chamamos de internet.

A Internet não representa apenas uma fonte de conteúdo, mas ao mesmo tempo é um canal de comunicação; não é apenas um meio para receber informações, mas também para produzir, distribuir ou compartilhar informações. Além disso, as atividades de comunicação na Internet podem se referir a um único parceiro de comunicação, mas também a grupos de usuários específicos ou até mesmo grandes públicos. Isso torna difícil decidir se o usuário está envolvido em comunicação interpessoal ou de massa (HASEBRINK & HÖLIG, 2013, p. 197)59.

Consideramos este exemplo alusivo ao que temos observado em relação ao consumo de vídeos, que, por essência, não mais se concentra no sistema de radiodifusão, mas se dá via diferentes dispositivos e fontes de conteúdo. Assim, os fluxos interacionais versam sobre as diferentes combinações que os sujeitos fazem das dimensões que hoje possibilitam a assistência e também produção de vídeos, estas baseadas nos repertórios de mídia individuais que estes possuem e seguem construindo, agora a partir de capitais especializados, diferentemente do que ocorreu na chegada da TV.

Trata-se de um fluxo que se descolou da radiodifusão e que pode começar em qualquer lugar, tela ou tempo. Mais do que identificar esses momentos de início ou fim, nos interessa entender como a articulação de várias dimensões se processa. Seu entendimento pressupõe a caracterização de todos os aspectos que compõem as pluridimensões constitutivas desse fluxo. E isso implica o reconhecimento do aparato usado para assistir vídeo como tecnologia (qual a tela, se está conectada à internet ou 58 Tradução nossa de trecho original: “Audience research and communication management cannot rely anymore on the plain question if and how often people use ‘the Internet’; instead it is necessary to investigate how people themselves define what they do with the Internet, i.e., ‘which communication modes they realize’” (HASEBRINK; HÖLIG, 2013, p. 197). 59 Tradução nossa de trecho original: “The Internet does not only represent a source of content, but at the same time it is a communication channel; it is not just a means to receive information but also to produce, distribute, or share information. In addition, communicative activities on the Internet can refer to one single communication partner, but also to specific user groups or even large publics. This makes it hard to decide if the user is engaged in interpersonal or mass communication” (HASEBRINK; HÖLIG, 2013, p. 197).

não, por que tipo de conexão), do vídeo como texto (além de gênero e formato do conteúdo em si, se este era gravado, ao vivo, baixado, produzido pelo próprio sujeito, e disponível em que janela, encadeado ou não em um fluxo), e do contexto da interação comunicativa tecida. Essa última dimensão está hoje maximizada ao extremo já que não se configura mais apenas de assistência, mas também de produção de vídeos, e que pode se configurar dentro e fora de casa, de forma individual ou coletiva, online ou offline, de forma privada ou pública, e em diferentes períodos do dia.

Neste capítulo apresentamos as abordagens teóricas que foram cruciais para compreensão das práticas de consumo de vídeos entre jovens. A contribuição foi contextualizar, do ponto de vista teórico, as principais discussões sobre o mercado e as práticas de consumo de vídeos encontradas na literatura, bem como estabelecer as bases a partir das quais orientamos o desenvolvimento das Etapas Metodológicas deste estudo, detalhadas nos capítulos seguintes.

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ETAPAS METODOLÓGICAS E INCURSÕES EXPLORATÓRIAS

Partimos da compreensão de que a metodologia vai além das técnicas de que se lança mão para realizar uma investigação científica. Segundo Minayo & Deslandes (2008, p. 14), a metodologia é “o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade”. Percurso que inclui e é derivado das matrizes teóricas que a originam e orientam os procedimentos metodológicos adotados (LOPES, 1990), bem como os modos como abordamos os sujeitos integrantes da pesquisa, como mergulhamos na realidade empírica estudada e, posteriormente, como sistematizamos e analisamos os dados construídos.

A metodologia é processual e se constitui conforme o pesquisador avança teórica, metodológica e empiricamente na compreensão do seu objeto de estudo.

Ainda que seja curta nossa trajetória como pesquisadoras, já foi possível perceber que uma investigação, sobretudo qualitativa, é resultado da articulação de todos os elementos formais da produção do conhecimento científico com as marcas da vivência do investigador, o envolvimento deste com o que estuda, e do afeto que se cria com o objeto estudado (MARTÍN-BARBERO, 2004). E os achados desta pesquisa de doutorado têm marcas e contribuições diretas de vários projetos em que estivemos envolvidas.

Por isso, ao longo de nossa formação, nossa postura foi de abertura e disponibilidade ao diálogo com os diferentes grupos e instituições com os quais fizemos contato. Acreditamos que ao fazer isso, naturalmente os insights e

contribuições para o desenvolvimento da tese se evidenciaram e apontaram os caminhos a serem percorridos para compreensão do fenômeno investigado.

Desse modo, registrar o percurso metodológico dessa pesquisa foi um dos maiores desafios da escrita da tese. Foi difícil chegar a uma narrativa objetiva dos passos e decisões tomadas e que, ao mesmo tempo, evidenciasse a contribuição direta de grupos de pesquisa e instituições distintas, bem como de nosso envolvimento em diferentes projetos nos momentos da formação.

Na tentativa de expor de forma clara esse percurso, criamos uma tabela em que apresentamos uma visão geral das Etapas Metodológicas realizadas para atender aos objetivos desta tese. Ao todo, nove etapas principais foram desenvolvidas. Estas se encontram brevemente descritas na Tabela 160 e posteriormente serão apresentadas de forma detalhada, neste e nos próximos capítulos.

60 Sabemos da distinção entre tabelas e quadros, porém, nesta tese, optamos por adotar o termo “tabela” para

Tabela 1 – Etapas Metodológicas da pesquisa

Período/ Local Subsídios Ações/Procedimentos Contribuições

Et apa 1 Análise de dados contextuais Junho e Agosto/2016

Porto Alegre, Rio Grande do Sul,

Brasil

> Base de dados aberta do PNAD 2014 (IBGE, 2015).

> Dados históricos e sociodemográ�icos de Cametá (PA) e de Tavares (RS) (IBGE e outras fontes).

> Relatórios anuais do CTIC.br.

> Resultados pesquisa nacional da Rede Brasil Conectado (Etapa do Questionário Online).

> Levantamento de dados contextuais, históricos e sociodemográ�icos sobre o universo pesquisado;

> Seleção das variáveis sobre posse de tecnologia da base do PNAD que são importantes para a tese e recorte de dados por Região (Norte e Sul), Estado (Pará e Rio Grande do Sul), Região

Metropolitana (Belém e Porto Alegre) e Municípios do interior dos estados do PA e RS;

> Cotejamento e análise dos dados da Rede Brasil Conectado; > Cotejamento e análise dos dados.