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Concepção de linguagem

No documento Monica Lopes (páginas 129-131)

3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A ANÁLISE

3.3.5 Concepção de linguagem

Para orientar o professor, além dos conteúdos e objetivos, apresentamos a abordagem teórico-metodológica para os conteúdos de leitura, escrita e oralidade. Podemos afirmar que a professora teve as DCELEM (PARANÁ, 2008, p. 81) como documento orientador durante o desenvolvimento metodológico, pois registrou a intenção de promover discussões com os alunos sobre as produções textuais, de acompanhar a leitura, a oralidade e a escrita, realizando apresentações das produções. Também foram identificados outros elementos que remetem às prescrições da DCELEM, como os diálogos para promover situações de interação com os alunos. Podemos observar que a professora faz uso das orientações para as aulas.

A metodologia segue ainda as instruções que são determinadas para os professores pelas próprias prescrições educacionais, pela escola e também pelos materiais didáticos.

Apresentamos alguns dos fundamentos teórico-metodológicos que referenciam estas Diretrizes e os princípios que orientam esta escolha:

- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo;

- o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo da Educação Básica;

- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural. (PARANÁ, 2008 p. 52).

Dado os princípios acima citados, a pedagogia crítica é o referencial teórico que se faz presente para embasar as DCELEM (PARANÁ, 2008), valorizando a escola como um lugar social, que é responsável pela apropriação dos conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade, com os quais pretende fazer com que o aluno compreenda as relações sociais e assim promova transformação na sociedade.

A pedagogia crítica parte do princípio que a escolarização tem o compromisso de mediar o conhecimento visando não só à sua produção, mas também à sua transformação.

O PTD faz referência somente a um livro didático que é o Way to go, a DCELEM e ao PPP. Há o registro dos gêneros textuais nos conteúdos para a leitura, escrita e oralidade, mas não consta o trabalho com sequência didática. Conforme a estrutura apresentada e os objetivos que foram mencionados, foi constatado que o PTD segue as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna (PARANÁ, 2008), documento discutido anteriormente, e também o livro Way to go em relação aos conteúdos, objetivos e abordagem

metodológica. O livro e os documentos como DCELEM e PPP constam nas referências como material consultado, durante o planejamento.

No PTD planificado pelo professor há uma preocupação com as prescrições contidas nos documentos, tendo em vista que a DCELEM (PARANÁ, 2008) orienta a disciplina nas escolas. E não apenas esse documento baliza o trabalho docente: o professor deve respeitar as prescrições vindas de documentos orientadores, como as Diretrizes e o PNLD, e também o conteúdo do livro didático. Desse modo, precisa ser atento às necessidades do que a escola postula dadas as reuniões pedagógicas, o PPP, os documentos oficiais como DCELEM, PCNLEM, OCEM e o PNLD. Portanto, essa questão pode ser um dos pontos que estejam faltando; o professor precisa se fazer presente no próprio PTD, como um documento importante, que precisa contemplar o trabalho a ser realizado, além das prescrições que precisa seguir.

Assim, a DCELEM (PARANÁ, 2008, p. 61) tem como conteúdo estruturante o discurso como prática social ―a língua será tratada de forma dinâmica, por meio da leitura, de oralidade e escrita que são as práticas que efetivam o discurso.‖ Assim por meio do discurso que tem como foco, o trabalho com os enunciados orais ou escritos.

O livro Way to go, (TAVARES; FRANCO, p. 179) tem uma preocupação de ―contribuir para o desenvolvimento da formação dos alunos como indivíduos que utilizam a linguagem, de forma crítica, em diversas práticas sociais.‖ Além da formação, espera-se que o aluno aprenda o gênero para agir em sociedade. Os objetivos do livro Way to go (TAVARES; FRANCO, p. 182), estão pautados nos documentos norteadores do Ensino Médio no Brasil, como os PCNEM (BRASIL, 1999) e OCEM (BRASIL, 2006).

Como verificamos, o livro e as DCELEM (PARANÁ, 2008) baseiam-se em uma prática social da linguagem. Kleiman (2007) comenta que o professor que adota também essa prática como organizadora do ensino precisará determinar o que é significativo para o aluno. A atividade parte do conhecimento cultural do aluno.

O livro afirma fazer uso das quatro habilidades previstas pelas OCEM (BRASIL, 2000). São elas: compreensão escrita, produção escrita, compreensão oral e produção oral, que são utilizadas de forma integrada. Em nossa primeira análise, podemos confirmar que ocorre essa integração entre as habilidades no livro.

Os objetivos de aprendizagem do livro estão voltados à temática, e não conseguem fazer uso diretamente da linguagem como prática social, pois o gênero foco na unidade analisada não consegue alcançar diretamente essa prática, ficando mais na reflexão.

Constatamos, dessa forma, que o PTD 1 tem forte relação com a DCELEM (2008), por ser um dos documentos orientadores da prática do professor nas instituições de ensino e menos relação com os objetivos do livro, indo além do que o livro propõe.

3.3.5.1 Concepção de linguagem DCELEM e PTD

Para orientar o professor, além dos conteúdos e objetivos, apresentamos a abordagem teórico-metodológica para os conteúdos de leitura, escrita e oralidade. Abaixo elencaremos um recorte dos itens; a versão completa pode ser conferida no anexo C deste trabalho. A relação entre a abordagem do PTD e DCELEM (PARANÁ, 2008) será discutida após apresentarmos os encaminhamentos para a leitura, oralidade e escrita, assim como seus respectivos objetivos.

Ao confrontar a abordagem da DCELEM para a prática da leitura e o desenvolvimento metodológico planificados neste PTD, algumas questões emergem. Analisaremos os diversos pontos relevantes da relação entre essas duas documentações de forma integrada, em um único texto.

Podemos afirmar que a professora teve a DCELEM (PARANÁ 2008, p. 81) como documento orientador durante o desenvolvimento metodológico, pois registrou a intenção de promover discussões com os alunos sobre as produções textuais, de acompanhar a leitura, a oralidade e a escrita, realizando apresentações das produções. Também foram identificados outros elementos que remetem às prescrições da DCELEM, como os diálogos para promover situações de interação com os alunos. Podemos observar que a professora faz uso das orientações para planejar as aulas.

3.3.6 Análise do Segundo Plano Docente - PTD 2

No documento Monica Lopes (páginas 129-131)