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Discussão dos Resultados e Conclusões

5.2. Conclusões e limitações

As conclusões que retiramos do estudo, de uma forma global, e enfatizando o que foi já largamente referido, é principalemte a certeza de que os educadores são profissionais com largas capacidades de pôr em prática as atividades de ciência com as crianças pequenas, falta das entidades competentes (escolas de formação e estado), a possibilidade de promoverem junto destes, ações de formação, formação

inicial, conferências e assuntos de ciência, com mais frequência, destinados única e exclusivamente aos educadores, formando-os e dando-lhes a possibilidade de “aprenderem a fazer ciência”, e de poderem com confiança e determinação, sem medo de errar, levar as ciências para a creche e jardim de infância.

Despertar a curiosidade dos educadores de infância para as ciências e suas atividades práticas, experimentais, laboratoriais ou de campo. Promover junto destes as ciências de forma a que de uma vez por todas, se entenda a importância que esta área tem, no desenvolvimento de todas as capacidades que foram já muito referidas, ao longo de todo este trabalho.

Continuar a acreditar e a promover, junto dos profissionais de educação, que cada vez mais, as ciências, a educação em ciência, a natureza de ciência e a nossa cultura, tanto individual, como social, depende da nossa formação como pessoas, profissionais e daquilo que acreditamos poder fazer a diferença.

O mais importante de todo este trabalho e, da conclusão que ficou, de que os educadores de infância não estão ainda, de todo, despertos para as ciências em jardim de infância e que, por esse motivo, não promovem atividades diferentes, inovadoras, fazem com frequência confusão entre temas e atividades, não distinguem atividades experimentais de atividades práticas, não sabem definir o que são controle de variáveis, não promovem a sua educação pessoal e profissional em ciência, através de conferências, formação, ou mesmo visitas a locais de divulgação de ciência, não se sentem confiantes na hora de abordar os temas de ciência junto das crianças e que, por isso, preferem não as fazer, ou mesmo fazer sempre as mesmas. É esta ideia e preconceito que é importante mudar. Saber fazer, fazer bem e, estar disposto a descobrir junto das crianças e com as crianças, as ciências e as atividades inovadoras que se podem fazer e descobrir.

Como conclusão ficamos com a certeza de ter tido empenho, rigor e seriedade no trabalho que aqui desenvolvemos e no estudo aqui apresentado. Ficamos também sempre com a sensação de que faltou analisar ou ter incluído no trabalho uma ou outra questão que gostaríamos de ver melhor clarificada. Ficamos certos da importância de promover atitudes, novas situações, novas aprendizagens tanto na formação inicial dos educadores, como na formação contínua ou pontual a que possam ter acesso na sua vida profissional, proporcionando a possibilidade de discutirem, refletirem, proporem questões relacionadas com a didática das ciências,

com a importância que se reserva cada vez mais às ciências na vida das populações e na literacia científica.

Todas as sociedades, países, escolas, professores, educadores, formadores precisam definir prioridades que se vão adequando às necessidades sociais, políticas, e económicas de cada lugar, de cada contexto. Tentar encontrar um equilíbrio promovendo uma educação coerente, que satisfaça inteletualmente os alunos e as crianças envolvidas no processo de aprendizagem. O mais importante é promover nas crianças e nos jovens o gosto pelas ciências, é estimular a sua curiosidade natural com assuntos e temas que eles considerem estimulantes e interessantes, de forma a terem oportunidade de aprender para a promoção da ciência no futuro. Nem todos precisam de aprender o mesmo, nem todos necessitam desenvolver as mesmas capacidades o que é importante é desenvolver uma literacia científica.

Estimular as atividades de ciência e a ciência no jardim de infância, reforçando tudo o que já foi dito anteriormente, passa pela necessidade de percebermos o valor que elas têm nas salas de jardim de infância, conseguir promover a ciência nas crianças pequenas criando um espaço das ciências onde elas possam contatar com diversos instrumentos utilizados pelos cientistas, como ímanes, lupas, recipientes de vários tamanhos, balanças, termómetros... de forma a suscitar nas crianças um entusiasmo ainda melhor e maior em relação às ciências.

No decorrer do estudo, as limitações surgem na maior parte das vezes na própria investigadora, é a ela que cabe promover e saber ultrapassar dificuldades e momentos mais difíceis na investigação, no entanto o tempo que parece sempre pouco, a inexperiência da investigadora, num trabalho desta natureza, que nunca havia desenvolvido, são as maiores limitações. Seria importante também poder ter havido a possibilidade de estender a mais locais a distribuição dos questionários, para obter uma maior dimensão de respostas às questões levantadas. Em relação às entrevistas alargar também o número de entrevistados permitindo esclarecer melhor algumas questões e colocar novas questões, tais como: Que importância é dada pelas crianças às ciências e suas atividades? Que importância é mostrada pelos pais sobre as atividades de ciência? Como organiza as crianças ao realizar atividades de ciências com elas? No seu local de trabalho existe facilidade em trabalhar a área das ciências? Os educadores que trabalham consigo promovem atividades de ciência? Se trabalham, costuma partilhar informação, dúvidas, questões com os outros educadores, sobre as atividades de ciência?.

Quando o trabalho de investigação termina fica sempre a sensação de que faltou muita coisa e alguma vontade futura de alargar o estudo e tentar aprofundá-lo corrigindo o que esteve menos bem.