Gostaria de concluir apresentado três argumentos.
Em primeiro lugar, espero que essa abordagem das instituições acadêmicas no âmbito da Antropologia seja uma abordagem que se re- comende por si só. Considerações sobre estruturas institucionais encon- traram seu caminho no universo das histórias da Antropologia anglo- norte-americana. Por exemplo, argumenta-se atualmente que o estabe- lecimento do método de trabalho de campo por Bronislaw Malinowski (1884-1942) como uma estratégia metodológica fundante deve-se mais aos esforços organizativos e empreendorísticos de Malinowski em asse- gurar financiamento do que simplesmente ao poder de suas idéias.67 E quando as interpretações da religião navajo feitas por Gladys Reichard (1893-1955) contrastaram com as defendidas pelo aluno de Boas, A. L. Kroeber (1876-1960), Kroeber contou com mais recursos institucionais para colocar seus pontos de vista em circulação — uma diferença ligada, reconhecidamente, às desigualdades de gênero. Kroeber ensinava na Harvard, onde havia um programa de Antropologia reconhecido, assim como os recursos para apoiar projetos extensivos de formação de pós- graduados, de modo que Kroeber foi capaz de instituir suas interpreta- ções e Reichard não.68
Em segundo lugar, a tarefa de compreender as instituições científi- cas, entretanto, requer que uma série de diferentes abordagens teóricas seja utilizada ao mesmo tempo. Para o projeto UNESCO, precisamos entender o papel das organizações internacionais no contexto da guerra fria, conforme sugeriu Stolcke.69 E precisamos também ser capazes de entender a interação das agendas políticas nacionais e internacionais, tais como aquelas das elites da Bahia e do Brasil e seu interesse no proje- to, com o funcionamento das instituições acadêmicas concebidas como campos de competição e hierarquia. Nos Estados Unidos, a história da Antropologia tem-se preocupado com um “historicismo” que professa ser ateorético.70 Isso implica um relativismo axiológico. Ao mesmo tem- po, a História da Antropologia anglo-norte-americana tem também enfocado primariamenteos desenvolvimentos nos Estados Unidos e na Europa. Mas, claramente, para compreender até mesmo o desenvolvi-
mento da Antropologia norte-americana, a exemplo do trabalho de Herskovits, precisamos entender suas conexões transnacionais na forma do que tenho chamado de uma “formação social intelectual”.71 A Histó- ria da Antropologia no Brasil é muito mais forte no que respeita a isso, incluindo o trabalho de Florestan Fernandes, e mais recentemente, es- pecialmente os trabalhos de Mariza Corrêa, Olívia Maria Gomes da Cu- nha, Mariza Peirano e Marcos Chor Maio, entre outros, e de forma mais geral o de Sérgio Miceli.72
E, finalmente, deveríamos lembrar que reflexões críticas sobre a Ciência Social, mesmo sobre a Ciência Social do projeto UNESCO, não precisam renegar uma crença no papel das Ciências Sociais na emanci- pação humana. Na verdade, essa deveria ser a norma primeira com a qual devemos nos comprometer em nossa própria praxis intelectual.
Notas
* Professor da University of South Florida. Tradução Fábio Baqueiro.
1 Por exemplo, Bruno Latour e Steve Woolgar, Laboratory Life: The Social
Construction of Scientific Facts (Beverly Hills: Sage, 1979), e Bruno Latour, We Have Never Been Modern. (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1993);
Karin Knorr-Cetina, The Manufacture of Knowledge: An Essay on the Constructivist
and Contextual Nature of Science (New York: Pergamon Press, 1981), e Epistemic Cultures: How the Sciences Make Knowledge (Cambridge, MA: Harvard University
Press, 1999).
2Por exemplo, Pierre Bourdieu, “The Specificity of the Scientific Field and the
Social Conditions of the Progress of Reason,” Social Science Information 14(6) (1975), 19-47, e “The Peculiar History of Scientific Reason,” Sociological Forum 6(1) (1991), 3-26.
3Sobre a carreira de Herskovits, ver Walter A. Jackson, “Melville Herskovits and
the Search for Afro-American Culture,” in George W. Stocking, Jr., ed., Malinowski,
Rivers, Benedict and Others: Essays on Culture and Personality (Madison: University
of Wisconsin Press, 1986), 95-126; Robert Baron, “Africa in the Americas: Melville J. Herskovits’ Folkloristic and Anthropological Scholarship,” tese de doutorado, Universidade da Pennsylvania, 1994; Jerry B. Gershenhorn, “Melville J. Herskovits and the Racial Politics of Knowledge,” tese de doutorado, Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, 2000; e George Eaton Simpson, Melville J.
Herskovits (New York: Columbia University Press, 1973).
4 Ver Elazar Barkan, The Retreat of Scientific Racism: Changing Concepts of Race in
Britain and the United States Between the World Wars (Cambridge: Cambridge
Anthropology in the United States (Oxford: Berg, 2001), 55-64; e George W. Stocking,
Jr., Race, Culture, and Evolution: Essays in the History of Anthropology (New York: The Free Press, 1968) 270-307.
5 Por exemplo, Vernon J. Williams, Jr., Rethinking Race: Franz Boas and his
Contemporaries (Lexington: University Press of Kentucky, 1996), 1-36.
6 Herskovits, The American Negro: A Study in Racial Crossing (New York: Alfred A.
Knopf, 1928), e The Anthropometry of the American Negro (New York: Columbia University Press, 1930).
7 Para o Brasil, ver, por exemplo, Thomas E. Skidmore, Black into White: Race and
Nationality in Brazilian Thought (Durham: Duke University Press, 1993 [1974]).
8Franz Boas, “The Problem of the American Negro,” Yale Review 10(1) (1921),
395.
9 Por exemplo, Herskovits, “The Negro in the New World: The Statement of a
Problem,” American Anthropologist 32(1) (1930), 145-155, “On the Provenience of New World Negroes,” Social Forces 12(2) (1933), 247-262, “African Gods and Catholic Saints in New World Negro Belief,” American Anthropologist 39(4) (1937), 635-643, “Some Next Steps in the Study of Negro Folklore,” Journal of American
Folklore 56(219) (1943), 1-7, e “The Present Status and Needs of Afroamerican
Research,” Journal of Negro History 36(2) (1951), 123-147.
10 Ver Kevin A. Yelvington, “The Invention of Africa in Latin America and the
Caribbean: Political Discourse and Anthropological Praxis, 1920-1940,” in Yelvington, ed., Afro-Atlantic Dialogues: Anthropology in the Diaspora (Santa Fe: School of American Research Press, no prelo //já saiu???). Cf. Yelvington, “The Anthropology of Afro-Latin America and the Caribbean: Diasporic Dimensions,”
Annual Review of Anthropology 30 (2001), 227-260.
11 Ver, por exemplo, Jane F. Collier, “The Waxing and Waning of ‘Subfields’ in
North American Sociocultural Anthropology,” in Akhil Gupta and James Ferguson, eds., Anthropological Locations: Boundaries and Grounds of a Field Science (Berkeley: University of California Press, 1997), 117-130.
12 Walter A. Jackson, Gunnar Myrdal and America’s Conscience: Social Engineering
and Racial Liberalism, 1938-1987 (Chapel Hill: University of North Carolina
Press, 1990), 26-31.
13Gunnar Myrdal, et al., An American Dilemma (New York: Harper & Brothers,
1944).
14Entrevista, 10/03/1999.
15Herskovits, The Myth of the Negro Past (New York: Harper & Brothers, 1941). 16 Robert L. Harris, Jr., “Segregation and Scholarship: The American Council of
Learned Societies’ Committee on Negro Studies, 1941-1950,” Journal of Black
Studies 12(3) (1982), 315-331. Cf. Olívia Maria Gomes da Cunha, “The Apprentice
Tourist Revisited: Travel, Ethnography, and the Nation in the Writings of Rómulo Lachatañeré and Arthur Ramos,” a ser publicado em Contours. // já saiu???
Janeiro: Civilização brasileira, 1934); Ramos, The Negro in Brazil. (Washington, DC: The Associated Publishers, 1939).
18 Por exemplo, Herskovits, “Applied Anthropology and the American
Anthropologists,” Science 83(2149) (1936), 215-222. Cf. Yelvington, “An Interview with Alvin W. Wolfe,” Practicing Anthropology 25(4) (2003), especialmente 42-43.
19 Herskovits, The Myth of the Negro Past, 32.
20 Herskovits, org., International Directory of Anthropologists. 3d ed. (Washington,
D.C.: Division of Anthropology and Psychology, National Research Council, 1950).
21 Simpson, Melville J. Herskovits, 5.
22 Por exemplo, Herskovits, “The Contribution of Afroamerican Studies to
Africanist Research,” American Anthropologist 50(1) (1948), 1-10; “The Significance of West Africa for Negro Research,” Journal of Negro History 21(1) (1936), 15-30; “The Present Status and Needs of Afroamerican Research”.
23 Herskovits, The Myth of the Negro Past, 6-7.
24 Herskovits Papers, Northwestern University, Evanston, IL, USA (doravante
HP), Box 7 “Encyclopedia of the Negro”.
25 HP, Box 7 Herskovits-Du Bois, 05/06/1935. Sobre King, ver Ira E. Harrison,
“Louis Eugene King, the Anthropologist Who Never Was,” in Ira E. Harrison and Faye V. Harrison, eds., African-American Pioneers in Anthropology (Urbana: University of Illinois Press, 1999), 70-84.
26 Ver Joyce Aschenbrenner, Katherine Dunham: Dancing a Life (Urbana: University
of Illinois Press, 2002); e Kate Ramsey, “Melville Herskovits, Katherine Dunham, and the Politics of African Diasporic Dance Anthropology,” in Lisa Doolittle e Anne Flynn, eds., Dancing Bodies, Living Histories: New Writings About Dance and
Culture (Banff, Alberta: Banff Centre Press, 2000), 196-216.
27 Pelo menos uma antropóloga africana-americana formada por, Johnnetta Betsch
Cole (1936-), parecia pensar ser este o caso. Ver Yelvington, “An Interview with Johnnetta Betsch Cole,” Current Anthropology 44(2) (2003), 275-289.
28 Ver Sally Cole, Ruth Landes: A Life in Anthropology (Lincoln: University of
Nebraska Press, 2003); Mariza Corrêa, “O mistério dos orixás e das bonecas: raça e gênero na antropologia brasileira,” Ethnográfica 4(2) (2000), 233-265; Mark Alan Healey, “‘The Sweet Matriarchy of Bahia’” Ruth Landes’ Ethnography of Race and Gender,” Dispositio/n 23(50) (1998), 87-116; Cf. Yelvington, “The Invention of Africa in Latin America and the Caribbean.”
29 HP, Box 19, Ramos-Herskovits, 14/03/1940, com cópia do relatório para a Carnegie
Corporation.
30 Além das críticas endereçadas à equipe da Carnegie e a Myrdal, muitos anos
mais tarde Herskovits escreveu uma resenha extremamente crítica do livro de Landes, City of Women. Ver Herskovits, Resenha de City of Women de Ruth Landes,
American Anthropologist 50(1) (1948), 123-125.
in the Field (Chicago: Aldine, 1970), 119-142.
32 Rüdiger Bilden, “Brazil, a Laboratory of Civilization,” The Nation 128 (3315)
(1929), 71-74.
33HP, Box 18, Pierson-Herskovits, 10/05/1934.
34 Raymundo Nina Rodrigues, Os africanos no Brasil (São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1932); ver HP, Box 18, Pierson-Herskovits, 28/08/1934.
35 Herskovits, “Procedências dos negros do Novo Mundo,” in Estudos afro-brasileiros:
trabalhos apresentados ao 1° Congresso afro-brasileiro reunido no Recife em 1934. tomo
I (Rio de Janeiro: Ariel, 1935-37), 195-197, um resumo de “On the Provenience of New World Negroes,” Social Forces 12(2) (1933), 247-262, e “A arte de bronze do panna em Dahome // verificar título em português,” in Estudos afro-brasileiros, tomo II, 227-235, tradução de Herskovits e Frances S. Herskovits, “The Art of Dahomey I: Brass-Casting and Applique Cloths,” American Magazine of Art 27(2) (1934), 67-76.
36 HP, Box 7, Freyre-Herskovits, 01/11/1935.
37 Olívia Maria Gomes da Cunha, “Sua alma em sua palma: identificando a ‘raça’
e inventando a nação,” in Dulce Chaves Pandolfi, ed., Repensando o Estado Novo (Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1999), 257-288; cf. Mariza Corrêa, As ilusões da liberdade: A Escola Nina Rodrigues e a Antropologia no Brasil (São Paulo: Editora da Universidade de São Francisco, 1998), Luitgarde Oliveira Cavalcante Barros, Arthur Ramos e as dinâmicas sociais de seu tempo (Maceió, Alagoas: Editora da Universidade Federal de Alagoas, 2000); e Antonio Sapucaia, ed.,
Relembrando Arthur Ramos (Maceió: Editora da Universidade Federal de Alagoas,
2003).
38 “Deuses Africanos e Santos Católicos nas Crenças do Negro do Novo Mundo,”
in O negro no Brasil: trabalhos apresentados ao 2° Congresso afro-brasileiro (Bahia) (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1940), tradução de “African Gods and Catholic Saints in New World Negro Belief,” American Anthropologist 39(4) (1937), 635-643.
39 Ver Daily Northwestern, 11/02/1941, 1, e 18/02/1941, 1, 5.
40 Para relatos de suas atividades no Brasil, ver Herskovits, Pesquisas ethnológicas
na Bahia. (Salvador: Publições do Museu da Bahia, 1943) e “Tradições e modos
de vida dos africanos na Baía”, Pensamento da América 28/11/1943, 147-148, 159; ver a correspondência em HP, Box 4.
41 E. Franklin Frazier, “The Negro Family in Bahia, Brazil,” American Sociological
Review 7(4) (1942), 465-478; Herskovits, “The Negro in Bahia, Brazil: A Problem
in Method,” American Sociological Review 8(4) (1943), 394-402; e Frazier, “Rejoinder,” American Sociological Review 8(4) (1943), 402-404.
42 Octavio da Costa Eduardo, “West African Religion: Its Nature and Role”,
dissertação de mestrado, Universidade do Noroeste, 1943, e “The Negro in Northeast Brazil: A Study in Acculturation”, tese de doutorado, Universidade do Noroeste, 1945; René Ribeiro, “The Afrobrazilian Cult-Groups of Recife – A
Study in Social Adjustment”, dissertação de mestrado,Universidade do Noroes- te, 1949; e Ruy Galvão de Andrade Coelho, “The Black Carib of Honduras, A Study in Acculturation”, tese de doutorado, Universidade do Noroest, 1955.
43 Por exemplo, Marcos Chor Maio, “A história do Projeto UNESCO: Estudos
Raciais e Ciências Sociais no Brasil”, tese de doutorado, Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, “O Brasil no concerto das nações: a luta contra o racismo nos primórdios da UNESCO,” História, Ciências, Saúde: Manguinhos 5(2) (1998), 365-413, “Tempo controverso: Gilberto Freyre e o Projeto UNESCO,”
Tempo Social 11(1) (1999), 111-136; e Verena Stolcke, “Brasil: una nación vista a
través del cristal de la ‘raza’”, Revista de Cultura Brasileña 1 (1998), 51-66.
44 HP, Box 41, McKeon-Herskovits, 07/04/1947; Herskovits-Havet, 29/04/1947. 45 HP, Box 41, Bowers-Herskovits, 25/07/1947; Herskovits-Laves, 31/07/1947;
Herskovits-Bowers, 04/08/1947; Bowers-Herskovits, 08/03/1948; Herskovits- Bowers, 02/04/1948; Bowers-Herskovits, 05/05/1948; Alfred Métraux, et al.,
L’homme et la terre dans la vallée de Marbial, Haiti (Paris: Unesco, 1951).
46 HP, Box 41, Corner-Herskovits, 22/07/1947; Herskovits-Corner, 30/07/1947. 47 HP, Box 41, Herskovits-Bowers, 21/05/1948; Herskovits-Foster, 25/05/1948;
Herskovits-Bowers, 02/06/1948.
48 HP, Box 54, Herskovits-Métraux, 02/10/1950.
49 Ver várias edições de Man entre novembro de 1951 e junho de 1952. 50 HP, Box 46, Kleinberg-Herskovits, 02/06/1949.
51 HP, Box 50, Ramos-Herskovits, 30/08/1949; Herskovits-Ramos, 16/09/1949;
Ramos-Herskovits, 03/10/1949.
52 HP, Box 50, Herskovits-Ramos, 13/10/1949.
53 Métraux, “UNESCO and Anthropology,” American Anthropologist 53(2) (1951),
294-300.
54 Maio, “Tempo controverso”.
55 HP, Box 50, Métraux-Herskovits, 24/05/1950; Herskovits-Métraux, 01/06/1950;
Box 54, Herskovits-Métraux, 02/10/1950. Mas por volta de 1952 Coelho havia deixado a UNESCO. Métraux escreveu a Herskovits: “foi certamente uma decisão sábia da parte dele, já que ele agora parece estar mais feliz e trabalhando novamente com prazer”, e refletia: “a vida burocrática não é adequada a todos os temperamentos e Ruy Coelho não é o único a sentir nostalgia de sua vida acadêmica...” HP, Box 58, Métraux-Herskovits, 19/02/1952.
56 HP, Box 54, Métraux-Herskovits, 21/09/1950.
57 Herskovits, “Race Relations,” American Journal of Sociology 34(6) (1929), 1129-
1139, “Race Relations,” American Journal of Sociology 35(6) (1930), 1052-1062, “Race Relations,” American Journal of Sociology 37(6) (1932), 976-982, and “Race Relations,” American Journal of Sociology 38(6) (1933), 913-921.
58 Métraux, “UNESCO and the Racial Problem,” International Social Science Bulletin
59 Herskovits, “The Color Line,” American Mercury 6(22) (1925), 208.
60 Melville J Herskovits, Man and his Works: The Science of Cultural Anthropology
(New York: Alfred A. Knopf, 1948).
61 HP, Box 50, Métraux-Herskovits, 24/05/1950; Herskovits-Métraux, 01/06/1950;
Box 54, Métraux-Herskovits, 21/09/1950; Métraux-Herskovits, 07/11/1950; Métraux-Herskovits, 29/01/1951; Métraux-Herskovits, 05/07/1951; Métraux- Herskovits, 10/08/1951; Box 58, Herskovits-Métraux, 16/10/1951. Ver Melville J Herskovits, Les bases de l’anthropologie culturelle. (Paris: Payot, 1952).
62 Por exemplo, ver Ramos, Guerra e relações de raça (Rio de Janeiro: Departamento
Editorial da União Nactional dos Estudantes, 1943), e As ciências sociais e os
problemas de após-guerra (Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1944).
63 HP, Box 54, Métraux-Herskovits, 05/07/1951. 64 HP, Box 54, Herskovits-Métraux, 17/07/1951. 65 HP, Box 54, Métraux-Herskovits, 10/08/1951.
66 HP, Box 54, Herskovits-Métraux, 04/09/1951; Box 58, Herskovits-Métraux, 02/
01/1952.
67 Ver Henrika Kuklick, The Savage Within: The Social History of British Anthropology,
1885-1945 (Cambridge: Cambridge University Press, 1991); George W. Stocking,
Jr., After Tylor: British Social Anthropology, 1888-1951 (Madison: University of Wisconsin Press, 1995); e Joan Vincent, Anthropology and Politics: Visions, Traditions,
and Trends (Tucson: University of Arizona Press, 1990).
68 Deborah Gordon, “The Politics of Ethnographic Authority: Race and Writing
in the Ethnography of Margaret Mead and Zora Neale Hurston,” in Marc Manganaro, ed., Modernist Anthropology: From Fieldwork to Text (Princeton: Princeton University Press, 1990), 148-149.
69Stolcke, “Brasil,” 53-54.
70 Ver Yelvington, “A Historian Among the Anthropologists,” American
Anthropologist 105 (2) (2003), 367-371.
71 Yelvington, “The Invention of Africa in Latin America and the Caribbean”. 72 Florestan Fernandes, A Etnologia e a Sociologia no Brasil: ensaios sobre aspectos da
formação e do desenvolvimento das Ciências Sociais na sociedade brasileira (São Paulo:
Editora Anhambi, 1958); Mariza Corrêa, Antropólogas e Antropologia (Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, 2003), As ilusões da
liberdade, História da Antropologia no Brasil (1930-1960) (Campinas: Editora da
Universidade Estadual de Campinas, 1987), e “Traficantes do excêntrico: os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60,” Revista Brasileira de Ciências
Sociais 6(3) (1988), 79-98, entre outros trabalhos; Olívia Maria Gomes da Cunha, Intenção e gesto: pessoa, cor e a produção cotidiana da (in)diferença no Rio de Janeiro, 1927-1942 (Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2002); Mariza G. S. Peirano, “The
Anthropology of Anthropology: The Brazilian Case,” tese de doutorado, Universidade de Harvard, 1981; Sérgio Miceli, Intelectuais e classe dirigente no
Companhia das Letras, 2001), Miceli, org., História das ciências sociais no Brasil (São Paulo: IDESP/Vértice/FINEP, 1989), Miceli, org., Temas e problemas da pesquisa
em Ciências Sociais (São Paulo: Editora Sumaré, 1992), e Miceli, org., O que ler na Ciência Social brasileira: 1970-1995 (São Paulo: Editora Sumaré, 1999).