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2.5 CONDIÇÕES DE CONFORTO / USO DE ENERGIA INSOLAÇÃO/VENTILAÇÃO: (Figura 3: Planta Baixa)

As várias reformas realizadas não conseguiram garantir condições naturais de conforto para o local, sobretudo as salas de aula, muitas das quais francamente voltadas para o poente. Assim, todas os ambientes pedagógicos contam com ventiladores de teto, e os ambientes administrativos dispõem de aparelhos condicionares de ar, ambos funcionando a maior parte do dia. Logo, é fácil concluir que nessa Escola o conforto térmico natural é deficiente.

ILUMINAÇÃO NATURAL:

Embora suficiente em alguns ambientes, a iluminação natural é deficiente na maioria dos cômodos, o que acontece devido a exigüidade de alguns recuos e a proximidade entre coberturas contíguas (Fotos 5 e 6). Nas salas de aula a iluminação artificial, utiliza lâmpadas fluorescentes e funciona durante todo o dia.

CONSUMO ENERGÉTICO:

Constata-se um alto consumo energético pela Escola, certamente devido à utilização dos equipamentos para climatização e da iluminação artificial durante o dia. Para contenção no gasto energético a climatização artificial da área administrativa (ar condicionado) tem sido desligada antes das 9:00hs e após as 16:00hs. Nas salas de aula, iluminação e ventiladores são desligados no recreio e sempre que a turma não está presente (em aulas de educação física e sessões de vídeo, por exemplo).

RUÍDOS INTERNOS E EXTERNOS:

Embora inicialmente se acreditasse que o transito da R. Olinto Meira iria trazer muito barulho para as salas de aula/atividades, isso só foi percebido na sala do Maternal que fica voltada para a frente do lote, passando desapercebido em

outras salas, sobretudo nas adjacentes ao pátio interno. Nestas últimas, entretanto, o ruído interno do pátio incomoda bastante, principalmente quando uma turma permanece em aula enquanto as demais já estão saindo.

2.6- CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E ACESSIBILIDADE

SEGURANÇA - INCÊNDIO:

Várias duplas de extintores (PQS e AP) estão colocadas em locais visíveis. Apesar de atender às normas, inclusive na altura do equipamento, essa é uma dasqueixas, sobretudo dos pais, pois é comum pequenos acidentes envolvendo as crianças que, distraídas, batem a cabeça nos extintores (Foto 7).

SEGURANÇA – ROUBOS:

A preocupação é evidente, tanto pela presença de grades quanto pela adoção de serviço de segurança eletrônica.

SEGURANÇA – ACIDENTES PESSOAIS:

Além da altura dos extintores (supra-citada), os degraus internos (desníveis entre as diversas edificações) e o material do piso do pátio (cimentado) são responsáveis por pequenos acidentes diários, sobretudo com as crianças menores.

ACESSIBILIDADE À PORTADORES DE DEFICIÊNCIA:

Embora a escola seja quase totalmente térrea, não verifica-se preocupação com o atendimento de necessidades de portadores de deficiências físicas graves, uma vez que existem muitos degraus internos, não há rampas, a maioria das portas (mesmo de salas de aula) tem largura de 70cm e os banheiros não são adaptados, o que impede a freqüência de cadeirantes.

Também para deficientes visuais não existem quaisquer facilidades.

2.8- CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A OCUPAÇÃO

2.8.1- Traços de Comportamento

Na área livre da Escola Fandango, a contínua ação dos funcionários de limpeza/manutenção praticamente eliminam a possibilidade de se evidenciam traços de comportamento tipo acúmulo de lixo, paredes riscadas, e similares. Nas salas de aula/atividades e nas áreas próximas a elas, o traço mais pronunciado é do tipo deposição, com a exposição de trabalhos das crianças, e nos locais onde o piso é antigo pode-se inferir os percursos mais utilizados em função do desgaste do material.

2.8.2- Público, Semi-Público e Privado

Sendo resultante da agregação de várias residências, o lay out da escola não é totalmente setorizado, o que implica a existência de áreas públicas, semi-públicas e privadas relativamente dispersas, com a existência, por exemplo, de uma sala de aula colocada no centro da área administrativa. De modo geral, no entanto, verifica-se as situações a seguir.

A) Com base em um visitante ocasional:

Com relação a estes quae não existem áreas públicas na escola, pois durante o período de aulas o portão permanece fechado com cadeado (controlado pelo porteiro/vigia), impedindo o acesso de pessoas não-conhecidas ou não- autorizadas e fazendo a pré-triagem dos interesses de quem deseja entrar. Logo, a circulação próxima à entrada e a recepção principal são semi-públicas, e as demais instalações configuram-se como área privada, estando os setores abertos/livres sob o controle do grupo de usuários como um todo, e as áreas fechadas sob o controle das turmas com a direção do professor (salas de aula) ou do responsável pelo serviço (área administrativa, salas específicas, etc.) .

B) Com relação aos usuários diretos da instituição:

Sob esta ótica passam a ser considerados espaços públicos, além dos locais supra-citados, os pátios, circulações,

playground e banheiros. Assim, serão semi-públicos: o playgroud, o ginásio e as salas de atividades de apoio- pedagógico (brinquedoteca, sala de vídeo, cozinha experimental, etc), que são usados pelos vários grupos em horários diferenciados. Apenas as salas de aula e de trabalho seriam classificadas como área privada, bem como todo o setor do maternal, cujo acesso só é permitido às crianças menores e seus familiares.

2.8.3- Fluxos internos

Adultos e crianças deslocam-se pela escola definindo fluxos distintos:

A) PAIS/RESPONSÁVEIS:

Embora tenham acesso à escola, pouco transitam pela mesma, a maioria dos quais se mantendo na calçada ou entrada. Os pais de alunos do Maternal (os menores) e alguns do Jardim I são os que mais circulam, deixando os filhos na sala de aula e voltando para buscá-lo.

B) ALUNOS:

Apesar de ocuparem toda a escola, seu tráfego é intensificado nos locais próximos às suas salas de aula, de maneira que, por exemplo, é pouco comum ver uma criança da Alfabetização na área do Jardim. Isso é ainda mais evidente no Maternal, cujo acesso é controlado.

C) FUNCIONÁRIOS MANUTENÇÃO E PROFESSORES: Circulam livremente, apesar de manterem-se próximos aos seus postos de trabalho. Os funcionários dos serviços burocráticos (administração e portaria) pouco transitam pela escola, ao contrário da manutenção/limpeza, que tem maior facilidade para percorrer toda a área. Por sua vez, a diretora parece estar sempre em todos os lugares.