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Os comentários a seguir devem ser lidos em conjunto com as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, arquivadas junto à CVM em 19 de fevereiro de 2018, e as referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, arquivadas junto a CVM em 22 de fevereiro de 2017, inclusive as respectivas Notas Explicativas a elas relativas, e outras informações financeiras contidas em outras partes do presente documento.

Em concordância com as demonstrações financeiras dos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os valores estão apresentados neste documento em milhões de reais – R$.

(a) comentários dos Diretores sobre as condições financeiras e patrimoniais gerais

Os Diretores acreditam que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais adequadas para a execução dos planos de expansão de capital e de investimento, bem como para atender aos seus requisitos de liquidez e cumprir com suas obrigações de curto e longo prazo. Os Diretores destacam, no entanto, que estas condições estão sujeitas a eventos que estão fora do controle da Companhia, tais como a estabilidade e o crescimento da economia brasileira. Adicionalmente, as variações apresentadas estão impactadas por conta da consolidação dos dois canais de vendas, lojas físicas e online, que aconteceu nos últimos dois meses de 2016.

O entendimento dos Diretores acerca das condições financeiras e patrimoniais da Companhia está baseado nos seguintes fundamentos econômico-financeiros, considerando as demonstrações financeiras consolidadas:

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2017, a Companhia registrou receita operacional líquida de R$25.690 milhões, apresentando um aumento de 29,6% comparada com o exercício social de 2016, quando a receita operacional líquida foi de R$19.819 milhões, o qual apresentou aumento de 2,9% comparado ao exercício social de 2015, quando a receita operacional líquida foi de R$19.268 milhões.

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2017, o lucro bruto foi de R$8.180 milhões e a margem bruta de 31,8%, apresentando diminuição de 2,0 p.p. em relação ao mesmo período de 2016, quando a Companhia apresentou R$6.706 milhões de lucro bruto e margem bruta de 33,8%. Se comparado a 2015, quando o lucro bruto foi de R$6.173 milhões e a margem bruta de 32,0%, houve redução de 1,8 p.p.

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2017, o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$765 milhões, o que equivale a 3,0% da receita operacional líquida e representa diminuição de 1,4% contra o mesmo período de 2016. A diminuição nas despesas financeiras líquidas ocorreu principalmente pelo melhor desempenho na contenção de Despesas com Dívidas. O resultado financeiro líquido em 2016 foi uma despesa de R$776 milhões, o equivalente a 3,9% da receita operacional líquida e em 2015 foi uma despesa de R$627 milhões, equivalente a 3,3% da receita operacional líquida.

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2017, o lucro líquido foi de R$195 milhões frente a um prejuízo de R$95 milhões em 2016. Na opinião dos Diretores da Companhia, esta variação ocorreu principalmente em razão da melhora no resultado dos negócios online e lojas físicas, que apresentou um lucro em função da geração de caixa operacional positiva e da diminuição nas despesas financeiras.

O prejuízo líquido em 2016 foi de R$95 milhões e a margem líquida foi de -0,5%, apresentando uma redução de R$ 109 milhões em relação a 2015, quando o lucro foi de R$ 14 milhões e margem líquida de 0,1%. Na opinião dos Diretores da Companhia, esta variação ocorreu principalmente em decorrência da queda de venda do setor e da empresa, associada à alta inflação nos custos fixos. Além disso, despesas com reestruturação, contabilizadas em Outras Receitas e Despesas Operacionais e a piora na Equivalência Patrimonial contribuíram para a redução do Lucro Líquido.

Em relação ao endividamento, especialmente sobre o índice de Dívida Líquida sobre o EBITDA ((Dívida Financeira + Disponibilidades e Recebíveis) / EBITDA)), nota-se que a Companhia possui maior nível de Caixa do que Dívida, para todos os anos de acordo com a tabela abaixo, refletindo um nível saudável de liquidez financeira:

A Dívida Financeira da Companhia em 2016 foi de R$ 937 milhões, aumento de 19,4% em relação a 2015. Entretanto, em 2017, a Dívida Bruta recuou 21,8% frente a 2016 alcançando o montante de R$ 733 milhões. O Caixa Líquido em

Endividamento

R$ Milhões

2015

2016

2017

Disponibilidades 5.580 4.030 3.559

Recebíveis de Cartão não descontados 46 663 1639

Dívida Financeira -785 -937 -733

Caixa Líquido

(incluindo Recebíveis não descontados)

4.841

3.756

4.465

EBITDA

938

936

1.361

Caixa Líquido/EBITDA

5,2x

4,0x

3,3x

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

2016 foi reduzido em 22,4% em relação a 2015. Mas, no período de 2016 para 2017, houve crescimento de 18,9%. Em 2016, houve uma pequena queda de 0,2% do EBITDA em relação a 2015, alcançando o montante de R$ 936 milhões. Já em 2017 houve crescimento de 45,4% frente a 2016, atingindo valor de R$ 1.361 milhões.

(b) comentários dos Diretores sobre a estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas

Estrutura de capital

Segue abaixo a composição da estrutura de capital da Companhia para os períodos indicados, considerando (i) como percentual de capital próprio o valor resultante do total do patrimônio líquido dividido pelo total do passivo e do patrimônio líquido, e (ii) como percentual de capital de terceiros o valor resultante do somatório do passivo circulante e não circulante dividido pelo total do passivo e do patrimônio líquido:

Em 31 de dezembro de

(em R$ milhões, exceto %) 2017 AV 2016 AV 2015 AV Passivo (circulante e não

circulante) 16.972 85,15% 14.719 83,98% 12.042 73,93% Total do patrimônio líquido 2.959 14,85% 2.808 16,02% 4.246 26,07%

Total do passivo e

patrimônio líquido 19.931 100,00% 17.527 100,00% 16.288 100,00%

Na avaliação dos Diretores da Companhia, a atual estrutura de capital da Companhia apresenta um nível de alavancagem considerado adequado. Quanto à redução no patrimônio líquido em relação a 2015 foi em função da consolidação das operações de Cnova Brasil que possuía um patrimônio líquido negativo em aproximadamente R$1,4 bilhão. Se comparado ao patrimônio líquido apresentando em 2016 houve um aumento decorrente principalmente do aumento da reserva de lucros da Companhia.

Resgate de ações

Os Diretores esclarecem que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas. i. hipóteses de resgate de ações ou quotas

Não aplicável, tendo em vista que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas ii. fórmula de cálculo do valor de resgate de ações ou quotas

Não aplicável, tendo em vista que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas. (c) capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Os Diretores da Companhia acreditam que o fluxo de caixa, bem como os recursos atualmente disponíveis fazem com que a Companhia apresente plena capacidade de pagamento de todos os compromissos financeiros de curto e longo prazo. Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 a Companhia honrou todos os compromissos financeiros assumidos.

(d) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes utilizadas. A captação de recursos em 2017, 2016 e 2015 foi realizada por meio de: (A) geração de caixa através de sua operação; (B) contratos financeiros que representam: (i) financiamentos denominados em reais com obrigação de pagamento de principal e de taxa de juros atrelada à Taxa DI e; (ii) financiamentos denominados em moeda nacional e estrangeira, os quais são imediatamente “trocados” na sua totalidade por obrigações de pagamentos denominadas em reais e com taxa de juros atrelada à Taxa DI, por meio de operações de “swap” e; (C) antecipação de recebíveis.

Para mais informações sobre os contratos financeiros celebrados pela Companhia, veja o item 10.1(f) deste Formulário de Referência.

(e) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Na opinião dos Diretores da Companhia, as fontes de financiamento atualmente utilizadas nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 são adequadas, e continuarão a ser utilizadas pela Companhia como fontes de financiamento, se necessário.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

(f) níveis de endividamento e as características de tais dívidas

A tabela abaixo apresenta o nível de endividamento da Companhia junto a instituições financeiras e o saldo em aberto das captações feitas no mercado de capitais em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015:

(em R$ milhões) 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

Moeda local

Crédito direto ao consumidor por interveniência – CDCI 3.466 3.002 2.474 Arrendamento mercantil financeiro 95 102 107

Outros 55 105 94

3.616 3.209 2.675

Moeda estrangeira (USD)

Capital de giro 266 667 719 Contratos de swap (13) 63 (135) 253 730 584 Moeda nacional (R$) Capital de giro 317 - - Contratos de swap (4) - - 313 - - Total 4.182 3.939 3.259

Em 31 de dezembro de 2017, 100% da dívida da Companhia estava ligada ao CDI. Portanto, alterações no CDI afetam as despesas da Companhia com juros. A média do CDI foi de 10,07% em 2017, 14,06% em 2016 e 13,36% em 2015. i. contratos de empréstimo e financiamento relevantes

Os contratos abaixo descritos são os contratos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras e as captações feitas no mercado de capitais nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 considerados relevantes pelos Diretores da Companhia:

Crédito Direto ao consumidor por interveniência - CDCI

As operações de crédito direto ao consumidor por interveniência correspondem às atividades de financiamento de vendas a prazo a clientes, por intermédio de uma instituição financeira. Foram formalizadas linhas de crédito entre a Companhia e os bancos Bradesco, Safra e Banco do Brasil que são acionadas na medida em que a Companhia realiza vendas na modalidade CDCI. Os financiamentos relativos às vendas podem ser realizados em até 24 meses, entretanto são substancialmente inferiores a 12 meses. Os encargos financeiros médios cobrados pelos bancos em razão das linhas de crédito mantidas pela Companhia, nas operações em aberto em 31 de dezembro de 2017 são de 9,65% a.a., (15,11% a.a. em 31 de dezembro de 2016 e 15,57% a.a. em 31 de dezembro de 2015). Nas operações de CDCI, a Companhia retém substancialmente os riscos e benefícios atrelados aos créditos financiados pelas instituições financeiras, oferecendo como garantia os seus direitos creditórios. A Companhia assume a responsabilidade final pela liquidação do financiamento e pelo risco de crédito da operação

Instrumento financeiro derivativo, empréstimo em moeda estrangeira e nacional

A Companhia faz uso de operações de swap de 100% das captações em dólares norte-americanos e taxas de juros fixas e, quando aplicáveis, juros variáveis, bem como de operações em moeda nacional com taxas de juros fixas, trocando estas obrigações pelo Real atrelado às taxas de juros do CDI (flutuantes). As operações de swap são contratadas com o mesmo conglomerado financeiro e moeda dos empréstimos correspondentes, e são registrados nas rubricas “Outros ativos” e “Outros passivos”, conforme o valor líquido apurado de cada instrumento. Esses contratos possuem os mesmos prazos e datas para pagamento de juros e principal.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais