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Organizacional (LNAtivo, LnEndiv, LNROA) e as variáveis referentes ao Conselho de Administração. Por meio da utilização da correlação canônica foram geradas três funções canônicas, devido ao menor número de variáveis referentes ao Desempenho Organizacional. As Tabelas 16 e 17 apresentam os testes de significância estatística e os testes multivariados de cada uma das funções canônicas. as estatísticas do teste são o lambda de Wilks, o critério de Pilai, o traço de Hotteling e o grc de Roy.

As Tabelas 18, 19 e 20 apresentam os índices de redundância para as variáveis de Desempenho Operacional e Estrutura de Propriedade das três funções canônicas respectivamente.

Na Tabela 18 encontramos uma carga canônica alta para a variável LNAtivo (0,959), entretanto devido ao baixo R2 canônico da primeira função (0,281) apresentado na Tabela

Tabela 16 – Análise de Correlação Canônica - Desempenho Operacional x Conselho de Administração

Medidas de ajuste geral do modelo para análise de correlação canônica

Função Canônica Correlação Canônica R2 Canônico Estatística F Probabilidade

1 0,530 0,281 6,588 0,000

2 0,214 0,046 1,675 0,126

3 0,065 0,004 0,420 0,658

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 17 – Testes Multivariados de Significância - Desempenho Operacional x Conselho de Administração

Estatística Valor Estatística F Aprox. Probabilidade

Lambda de Wilks 0,683 6,588 0,000

Traço de Pilai 0,331 6,041 0,000

Traço de Hotteling 0,443 7,069 0,000

gcr de Roy 0,281

Fonte: Elaborado pelo autor.

16, o Índice de Redundância das Variáveis de Desempenho Operacional é pequeno (0,104). Com relação às variáveis do Conselho de Administração, as que apresentam maior carga canônica são INDEP (0,911) e NCONS (0,986), mas também afetada pelo baixo R2 canônico da primeira função (0,281), resultando um baixo Índice de Redundância para as variáveis do Conselho de Administração (0,132).

Tabela 18 – Cálculo dos índices de redundância para a primeira função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo 0,959 0,919

LNEndiv -0,230 0,053

LNROA -0,373 0,139

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 1,110 0,370 0,281 0,104 Variáveis do Conselho de Administração

INDEP 0,911 0,830

CEOCHAR -0,045 0,002

NCONS 0,986 0,971

PINDEP 0,291 0,084

Variável Estatística do Conselho de Administração 1,888 0,472 0,281 0,132 Fonte: Elaborado pelo autor.

Na Tabela 19 encontramos uma carga canônica alta para a variável LNEndiv (0,965), entretanto devido ao baixo R2 canônico da primeira função (0,046) apresentado na Tabela 16, o Índice de Redundância das Variáveis de Desempenho Operacional é pequeno (0,015). Com relação às variáveis do Conselho de Administração, as que apresentam maior carga canônica são INDEP (-0,754) e PINDEP (-0,953), mas também afetadas pelo baixo R2 canônico da segunda função (0,046), resultando um baixo Índice de Redundância para as variáveis do Conselho de Administração (0,017).

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Tabela 19 – Cálculo dos índices de redundância para a segunda função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo 0,265 0,070

LNEndiv 0,965 0,932

LNROA 0,042 0,002

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 1,004 0,335 0,046 0,015 Variáveis do Conselho de Administração

INDEP -0,754 0,569

CEOCHAR 0,128 0,016

NCONS 0,021 0,000

PINDEP -0,953 0,908

Variável Estatística do Conselho de Administração 1,494 0,373 0,046 0,017 Fonte: Elaborado pelo autor.

0,927), entretanto devido ao baixo R2 canônico da primeira função (0,004) apresentado na Tabela 16, o Índice de Redundância das Variáveis de Desempenho Operacional é pequeno (0,001). Com relação às variáveis do Conselho de Administração, nenhuma apresentou carga canônica alta, sendo a maior delas referente à variável INDEP (-0,636), também com baixo Índice de Redundância (0,001).

Tabela 20 – Cálculo dos índices de redundância para a terceira função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo -0,105 0,011

LNEndiv 0,125 0,016

LNROA -0,927 0,859

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 0,886 0,295 0,004 0,001 Variáveis do Conselho de Administração

INDEP -0,636 0,405

CEOCHAR 0,329 0,109

NCONS -0,092 0,008

PINDEP 0,062 0,004

Variável Estatística do Conselho de Administração 0,525 0,131 0,004 0,001 Fonte: Elaborado pelo autor.

A Tabela 21 apresenta as análises de redundância para as três funções canônicas, referentes às variáveis de Desempenho Organizacional e do Conselho de Administração. Podemos verificar os baixos valores do R2 Canônicos comentados anteriormente. Com relação às variáveis de Desempenho Organizacional, a variância compartilhada é de 0,370 para a primeira função canônica, 0,335 para a segunda e 0,295 para a terceira função. Os índices de variância das variáveis do Conselho de Administração são de 0,472 para a primeira função, 0,373 para a segunda e 0,131 para a terceira função canônica. A combinação destes valores com a raiz canônica do Índice de Redundância produz um valor de apenas 0,120 para as variáveis de Desempenho Organizacional e de 0,150 para as variáveis do Conselho de Administração. Com percentuais tão pequenos podemos questionar a significância prática de tais funções, por não explicar uma parte grande da variância das variáveis dependentes.

A Tabela 22 apresenta os pesos canônicos padronizados para cada variável estatística referente ao Desempenho Organizacional e Conselho de Administração. A magnitude dos pesos canônicos representa sua contribuição para a variável estatística. Devido à instabilidade dos pesos canônicos, principalmente na presença de multicolinearidade, utilizaremos também a carga canônica.

Tabela 21 – Análise de redundância de variáveis estatísticas de Desempenho Organizacional e do Conselho de Administração para todas as funções canônicas

Variância padronizada das variáveis de Desempenho Organizacional explicadas Por sua própria

variável estatís- tica canônica

Pela variável estatística canônica oposta Função Canônica Percentual Percentual

Cumulativo

R2 Canônico Percentual Percentual

Cumulativo

1 0,370 0,370 0,281 0,104 0,104

2 0,335 0,705 0,046 0,015 0,119

3 0,295 1,000 0,004 0,001 0,120

Variância padronizada das variáveis do Conselho de Administração explicadas Por sua própria

variável estatís- tica canônica

Pela variável estatística canônica oposta Função Canônica Percentual Percentual

Cumulativo

R2 Canônico Percentual Percentual

Cumulativo

1 0,472 0,472 0,281 0,132 0,132

2 0,373 0,845 0,046 0,017 0,149

3 0,131 0,977 0,004 0,001 0,150

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 22 – Pesos canônicos para todas as funções canônicas

Pesos Canônicos

Função 1 Função 2 Função 3 Coeficientes Canônicos Padronizados - Variáveis de Desempenho Operacional

LNAtivo 0,930 0,268 -0,362

LNEndiv -0,249 0,958 0,144

LNROA -0,139 0,099 -1,019

Coeficientes Canônicos Padronizados - Variáveis do Conselho de Administração

INDEP -0,051 -0,131 -1,321

CEOCHAR 0,164 0,004 0,232

NCONS 1,002 0,289 -0,184

PINDEP 0,085 -0,939 1,072

Fonte: Elaborado pelo autor.

A Tabela 23 apresenta as cargas canônicas para as variáveis estatísticas referentes a Desempenho Organizacional e Conselho de Administração. Podemos observar na primeira função canônica um valor alto na variável LNAtivo (0,959) entre as variáveis de Desempenho Organizacional e valores altos nas variáveis INDEP (0,911) e NCONS (0,986) entre as variáveis do Conselho de Administração. Na segunda função canônica, encontramos um valor significante para a variável LNEndiv (0,965) com relação às variáveis de Desempenho Organizacional e as variáveis INDEP (-0,754) e PINDEP (-0,953) dentre as variáveis do Conselho de Administração. Com relação à terceira função canônica, não encontramos nenhuma variável estatisticamente significante.

Ao analisarmos a estrutura canônica da primeira função, podemos verificar uma correlação significativa e positiva entre a variável LNAtivo, relativa a Desempenho Orga- nizacional, e as variáveis INDEP e NCONS, relativas ao Conselho de Administração. A estrutura canônica da segunda função apresenta uma correlação significativa e negativa entre a variável LNEndiv, referente ao Desempenho Operacional, e às variáveis INDEP

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Tabela 23 – Estrutura canônica para todas as funções canônicas

Carga Canônica

Função 1 Função 2 Função 3

Correlações entre as variáveis de Desempenho Organizacional e suas variáveis estatísticas canônicas

LNAtivo 0,959 0,265 0,000

LNEndiv -0,230 0,965 -0,105

LNROA -0,373 0,042 0,125

Correlações entre as variáveis do Conselho de Administração e suas variáveis estatísticas canônicas

INDEP 0,911 -0,754 -0,636

CEOCHAR -0,045 0,128 0,329

NCONS 0,986 0,021 -0,092

PINDEP 0,291 -0,953 0,062

Fonte: Elaborado pelo autor.

e PINDEP, referentes ao Conselho de Administração. A estrutura canônica da terceira função não apresenta variáveis estatisticamente significantes.

Silveira (2002) buscou investigar se a estrutura de governança corporativa foi relevante para as companhias abertas brasileiras de 1998 a 2000 e se as companhias adequadas às recomendações do IBGC e da CVM alcançaram maior valor de mercado ou melhor desempenho. Os resultados apresentaram forte evidência que as empresas em que os cargos de diretor executivo e presidente do conselho de administração são ocupados por pessoas diferentes são mais valorizadas pelo mercado. Tais resultados não foram encontrados neste estudo, que não encontrou relação estatisticamente significante entre a variável CEOCHAR, que expressa a dualidade de ocupação dos cargos e as variáveis de Desempenho Organizacional.

Andrade et al. (2009) buscou identificar a relação da composição do conselho de administração com o valor de mercado e com o desempenho das empresas brasileiras de capital aberto. Os resultados encontrados demonstram que a composição do conselho tem exercido mais influência no valor de mercado das companhias do que no desempenho delas. Também se verificou que a quantidade total de conselheiros mostrou-se positivamente relacionada tanto com o valor de mercado quanto com o desempenho. Também se constatou que as características das empresas, como endividamento e o seu tamanho, quando intera- gem com as características do conselho de administração, sugerem que as recomendações do código de governança corporativa surtem efeitos diferentes nas empresas, conforme as suas características individuais. Tais resultados foram corroborados por este estudo, que encontrou relação significativa entre as variáveis referentes ao Ativo das empresas e características de seu Conselho de Administração, como independência e número de conselheiros.

Amaral-Baptista, Klotzle e Melo (2011) investigaram a relação entre a dualidade diretor executivo/presidente do conselho de administração e o desempenho das empresas brasileiras em 2008. Os resultados empíricos indicam que as empresas onde o CEO e presidente são a mesma pessoa tiveram um desempenho significativamente mais elevado (ROE). Também foi encontrada uma associação positiva entre a dualidade diretor execu-

tivo/presidente do conselho de administração e todas as outras medidas de desempenho da firma (ROA, ROC, MTBV), embora os resultados tenham sido estatisticamente signifi- cantes. Tais resultados não foram encontrados neste estudo, sendo que a variável LNROA não apresentou relação significativa com nenhuma das variáveis relativas ao Conselho de Administração, nem relação da variável CEOCHAR, que indica esse dualidade, com as variáveis de Desempenho Organizacional.

Holtz et al. (2013) analisou a capacidade de variáveis contábil-financeiras e carac- terísticas das empresas listadas na BM&FBovespa em explicar decisões relacionadas ao tamanho do conselho de administração. As evidências empíricas indicam que as variáveis tamanho da empresa, ativo intangível, endividamento e fluxo de caixa operacional são capazes de explicar o tamanho do conselho de administração das empresas brasileiras. Também neste estudo encontramos relação entre as variáveis de Desempenho Operacional, LNAtivo e LNEndiv, e as variáveis do Conselho de Administração, INDEP, NCONS e PINDEP.

4.3 EMISSÃO DE AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS X DESEMPENHO ORGA-